Há cerca de 8 anos, no período de 18 a 31 de maio de 2000, o Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais realizou o exercício AVOPE (Avaliação Operacional), com o objetivo de levantamento de parâmetros operativos dos Obuseiros 105mm Light-Gun L118, então recém incorporados. Na ocasião, a 2ª Bateria de Obuses deslocou-se para o Campo de Instrução de Formosa (CIF), em Goiás, área de adestramento do Exército Brasileiro. Essa região foi selecionada por permitir a realização do tiro no alcance máximo do armamento (17.200m). O CIF ocupa uma área de aproximadamente 60km de comprimento por 30km de largura, tendo como limite vertical a altura de 6.000m, reunindo, assim, todas as condições para a realização de tal avaliação.
A distância de 1251 km percorrida até a área do exercício fez com que os participantes da AVOPE fossem divididos em dois grupos, um realizando o deslocamento por terra e o outro em aeronaves C-130 da FAB até Brasília. Assim, nos períodos dos dias 18 a 20 (ida) e 28 a 31 de maio (regresso), uma unidade de marcha com 47 viaturas, estendendo-se por 4 km, realizou os deslocamentos terrestres. Os demais participantes chegaram e partiram por aeronave nos dias 21 e 29, respectivamente.
No dia seguinte à chegada à Formosa, iniciou-se a avaliação operacional propriamente dita. Foram realizados testes de dispersão para alcance mínimo e máximo, testes de cadência normal e máxima, testes com tiro vertical, regulações, ajustagens e eficácias de todos os tipos (zona 1 e 2, ceifa, salva, rajada), além de iluminação coordenada e entradas rápidas em posição. Ou seja, procurou-se avaliar o desempenho do armamento em quase todas as situações previstas para o seu emprego. De um total de 1.190 tiros disparados, 256 tiros eram de granadas AE (82 tiros com carga super), 814 granadas de exercício e 120 iluminativas. Embora cumprindo um grande número de missões de tiro, não ocorreu qualquer incidente de tiro ou nega.
O Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais superou com brilhantismo mais este desafio, demonstrando, da forma mais realística possível, ou seja, executando o tiro em condições próximas às de combate, sua capacidade de rapidamente adequar-se para operar um armamento no estado da arte, executando com perfeição e profissionalismo as várias missões de tiro.
Nota do Blog: A aquisição desse armamento de tubo para equipar a nossa Artilharia Anfíbia foi muito importante, trazendo um equipamento mais moderno e de maior alcance que os M-101 usados anteriormente. Permanece ainda a questão, já estudada pelos nossos artilheiros anfíbios, sobre a adoção de foguetes de saturação e de novos canhões de 155mm para substituir os M-114 ainda em uso.
Fuzileiro e bom de servico em qualquer lugar do mundo! Rsrsrsrs
Per Mare, Per Terram!
Semper Fidelis!
Ad Sumus!
Quantas unidades destes obuseiros foram adquiridos?
Uma pergunta de leigo..
Para substituir os atuais M114, não poderiamos contar com o produto da AVIBRÁS – AV-SS 12/36?
RL, você é acionista da Avibrás? hehehe
Amigo Rodrigo.
Seria de muito orgulho poder fazer parte dos acionistas dessa empresa de capital 100% nacional. Infelizmente, dadas as imensuraveis imcapacidades administrativas e governamentais desse pais, eu me retenho a participar com meu “rico” e “suadissimo” dinheirinho em ações de empresas, sejam estas nacionais ou não.
Olha, eu gostaria muito mesmo, de coração, poder apenas responder sua pergunta com um categórico SIMMMMMMMMMMM…más infelizmente minha resposta você já deve saber.
Se não posso participar de forma efetiva em proteção ou defesa das indústrias nacionais, então faço voto de que meu otimismo e minha luta para com os trabalhadores brasileiros no setor de defesa, que aliás, diga-se de passagem são verdadeiros guerreiros pra não dizer heróis, continuem a ter na mesa o que comer e que recebam de nós todo o respeito que merecem. Não entendo como um empresário braileiro no segmento de defesa sobrevive. Um dia quem sabe eu entenda.
Por isso, defendo tanto que que os produtos a serem incorporados em nossas FAA´s sejam de origem brasileira. Mesmo que não seja no âmbito militar, mas em diversas áreas, que as compras sejam preteridas junto a industrias nacionais.
Então Rodrigão, sei que posso parecer insistente, chato, metódico até, más se não tenho condições de hoje ser acionista de uma empresa nacional, e já não tenho como servir as FAA´s de meu país, então vou lutar com o que posso para defender os ideais e o meu povo.
Lutar e defender tudo isso demonstrando interesse e muito orgulho do que somos é minha melhor arma.
E só vou deixar de fazer isso, quando eu fechar os olhos pra nunca mais abri-los.
Critico sim o governo, e não deixo isso encoberto. ´Más defendo quem trabalha nesse país e que produz muito produto de valor, inclusive lançadores de misseis e projéteis de saturação de área.
Desculpe-me pela sinceridade e pelo desabafdo amigo. Entendo sua sátira..rsrs..aliás, aprovo o espirito da brincadeira…rsrs..
E não leve pelo lado pessoal, jamais.
Forte Abraço.
Os Light Gun,são mais leves,importante no transporte,
podem ser reposicionados com rapidez,e com tubo longo,
tem um bom alcance.Os nossos M-101,105mm,podem ser
reformados ,ficam com o tubo mais longo tambem…
Gostaria de saber se o sistema de controle de tiro,
é do CFN,ou o mesmo usado do EB….
O CFN poderia ter alguns ASTROS II ou III
Pena que sejam tão poucos. O modelo L118 Light Gun é uma arma de bom desempenho, mesmo para os dias atuais. E, olha que em 1982, já causava “baixas” no Exército Argentino, quando 17 dessas peças foram tramsportadas pela Royal Navy para o T.O. do Atlântico Sul.
Acho desperdício de dinheiro gastar alguma coisa com uma eventual repotencialização dos M-101 ou M-114. São muito antigos, com pequeno alcance, pesados, e com cadência de fogo muito pequeno. Apóiaria a compra de obuseiros novos. Variedade é o que não falta.
Caro RL
Foram adquiridas 18 peças, sendo válido ressaltar que o
Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais,
no dia 19 de maio deste ano, realizou o teste da munição
para o obuseiro L118 Light Gun no Centro
de Avaliações do Exército (CAEx), localizado na
Restinga da Marambaia.
A munição foi fornecida pela empresa espanhola
EXPAL, para que a Marinha do Brasil realizasse
um teste de sua eficiência balística.
A EXPAL, em parceria com a EMGEPRON,
está desenvolvendo um programa de capacitação da
Fábrica Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos
(FAJCMC) para produção de munição 105mm,
com alcance estendido. Esta carga suplementar não
tem a finalidade de impulsionar a granada, e sim melhorar
o seu coeficiente aerodinâmico, aumentando o alcance
do obuseiro L118 Light Gun em 2.900 metros.
AD SUMUS
Paulo,o sistema de controle de tiro,e o mesmo do EB Se chama “2-EYES”…rsrsrs.
Existe a possibilidade de comprar mais peças?
E quanto ao EB, existe em andamento algo que nos permita comprar ou produzir algo semelhante o melhor para substituir os atuais equipamentos?
Ok,joao,eu vi uma reportagem que o IME estava desenvolvendo
um sistema de controle de tiro computadorizado,e na foto
tinha um oto melara 105mm, do CFN,voce tem noticia deste sistema?
Gaitero,
sempre existe a possibilidade de se comprar mais equipamentos como esse. Só falta o principal: convencer a sociedade da necessidade desses meios.
Paulo Costa,
Oto-Melara??????? 105mm????????? no CFN?????????????????
São 17 no CFN, 22 no eb.
servi um ano 32gac e participei 3 campos de artilharia e nén um dos 3 tivemos esses resultados com o mesmo obuseiro L118
nao é medisfazendo do q aprendi más o q vale eo treinamemto.
MANDEM PARA MIM POR FAVOR, MATERIAIS FALANDO SOBRE O OBUSEIRO M114- 155MM, VULGO DINOSSAURO. ESTOU FAZENDO UMA MONOGRAFIA SOBRE ESTE OBUSEIRO E PRECISO COLHER O MÁXIMO DE INFORMAÇÕES SOBRE ESTE. DESDE JÁ AGRADEÇO A ATENÇÃO. VICTOR HUGO BENHAME SALES CADETE DA ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS.
VICTOR HUGO:
O obuseiro M114A1 tem peso de 5800kg, cano de3,7 metros com ajuste de elevação de -2 a +65 graus, alcance de aproximadamente 14000 metros e é guarnecido por 12 militares: 10 serventes, um chefe-de-peça e um motorista.Atualmente está em uso no Corpo de Fuzileiros Navais, mas está em processo de desativação, devido a falta de peças de manutenção ( o projeto tem 70 anos de idade!)Espero ter ajudado (y)
deveria ser adquirido pelo exercito também pra substituir os m-111.
conheci este site hoje, 28/11/2010; é muito interessante.não entendo de armas ; apenas gostaria de perguntar o que todas essas armas significam em termos práticos numa guerra.