Seabees realizam intercâmbio com o EB
Entre 25 de outubro e 25 de novembro, 14 integrantes dos Seabees da Marinha dos EUA estiveram no Brasil para realizar, pela primeira vez, intercâmbio na área de Engenharia de Construção com unidades do Exército Brasileiro. O intercambio entre militares brasileiros e norte-americanos permitiu o desenvolvimento de um relacionamento profissional que servirá para operações em nível de Brigada ou escalões inferiores, e a oportunidade de um aprendizado para ambas as partes.
Durante esse mês os Seabees acompanharam as operações correntes de Engenharia de Construção do EB, mais especificamente as que estão a cargo do 1º Grupamento de Engenharia de Construção do EB (1º Gpt E Cnst), com sede em João Pessoa-PB.
O 1º Gpt E Cnst é uma das duas unidades desse tipo, de tamanho de Brigada, que o Exército Brasileiro possui. O 1º Gpt E Cnst e seus cinco Batalhões subordinados são responsáveis atualmente por obras, em todo o nordeste brasileiro, que somam um valor de US$ 400 milhões. Todos esses projetos contribuem diretamente para o desenvolvimento da infraestrutura dentro de sua área de responsabilidade. Alguns destes projetos incluem: a duplicação da estrada federal BR-101, em um trecho de 120 quilômetros, construção do novo aeroporto internacional de Natal-RN, construção de duas seções de 720 quilômetros do projeto do aqueduto atualmente em execução no nordeste e revitalização de 300 quilômetros do Rio São Francisco.
O 1º Gpt E Cnst, como unidade anfitriã identificou quatro localizações onde os Seabees poderiam se incorporar às operações diárias de construção ora em curso. Logo depois de chegarem os Seabees foram divididos em grupos e encaminhados aos diversos Batalhões com os quais iriam operar. Eles foram designados e integrados ao 3º BEC no trecho 6 da obra de duplicação da BR-101, próximo a Recife-PE, ao 2º BEC no trecho 5, próximo a João Pessoa-PB, ao 1º BEC no trecho 1, próximo a Natal e na obra do Aeroporto de Natal, também com o 1º BEC.
Os três trechos da duplicação da BR-101 são muito semelhantes e ofereceram condições para que os três grupos trabalhassem no mesmo projeto. Os Seabees participaram ativamente nos seguintes trabalhos: colocação e compactação da camada de concreto para assentar asfalto, terraplanagem, drenagem, planejamento, construção e restauração de pontes, etc. A experiência e a ampla gama de competências das equipes Seabees foi muito útil e bem aproveitada em todos os canteiros de obras. Durante o intercâmbio os operadores de equipamento dos Seabees desempenharam um papel vital, ajudando o pessoal do EB a manter o cronograma dentro de prazos muito apertados. Por ocasião de uma emergência em Natal, vários operadores brasileiros tiveram que se ausentar e o seu número ficou abaixo do necessário. Um dos Seabees assumiu o equipamento e prosseguiu no trabalho colaborando para que os prazos fossem cumpridos.
O novo Aeroporto de Natal fica a cerca de 40 minutos ao norte da cidade. Os Seabees que estavam nesse projeto se concentraram principalmente na gestão, controle de qualidade e execução de operações de terraplanagem. Os operadores da U.S.Navy transmitiram aos operadores brasileiros algumas novas técnicas de operação e algumas dicas de manutenção que podem ser úteis nas operações do dia.
O intercâmbio provou ser uma experiência única e recompensadora. Os 14 operadores dos Seabees se envolveram completamente com as operações conduzidas diariamente pelas unidades de engenharia do Exército Brasileiro. As barreiras do idioma foram o maior obstáculo encontrado, mas foi contornada com o auxilio de tradutores brasileiros. O pessoal militar norte-americano adquiriu inestimável experiência e o respeito, camaradagem e admiração entre o pessoal de ambas as partes atingiu níveis sem precedentes. O EB planeja enviar aos EUA uma equipe para realizar um intercâmbio semelhante em 2009, onde poderão se familiarizar mais com as práticas americanas na área de engenharia de construção militar.
Fonte: Embaixada dos EUA
Em varios exercitos, a Arma de Engenharia,alem da função
militar,contribui tambem para a realização da infra
estrutura de seus paises,quer em horas dificeis,ou em locais
remotos,ou aonde necessario for.Tambem promove intercambio produtivo com outros paises,aumentando o relacionamento entre eles.
Alguem saberia informar se o 4ºBE COMB (Itajuba-MG) foi ou ira para Manaus? SDS.
Vcs não acham no mínimo curioso.Militares americanos dando apoio
técnico a construção de um novo aerorporto em local estratégico?