Haiti: Número de brasileiros mortos chega a 21
Morte de civil, que ainda não foi identificado, foi confirmada; corpo de último militar desaparecido é achado
Solange Spigliatti
Subiu para 21 o número de brasileiros mortos durante o terremoto de 7 graus na escala Richter do último dia 12 no Haiti, informaram Ministério das Relações Exteriores e o Exército. Entre os militares, são 18 mortos, depois do corpo do major Márcio Guimarães Martins ter sido encontrado durante a madrugada. O Itamaraty informou na terça-feira que uma terceira vítima civil foi encontrada e identificada por meio de objetos pessoais. Um teste com arcada dentária ainda será feito.
De acordo com dados do Comando do Exército, os corpos de 17 militares que atuavam na Missão de Paz para Estabilização do Haiti (Minustah) voltaram hoje ao País. Até o momento, cerca de 20 brasileiros que escaparam do terremoto já voltaram ao País, segundo o Itamaraty.
Os outros dois civis mortos são a Dra. Zilda Arns Neumann, coordenadora internacional da Pastoral da Criança, e Luiz Carlos da Costa, chefe adjunto civil da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti.
Militares mortos
Hoje, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com os corpos dos 17 militares mortos no terremoto chegou a Manaus ao Brasil. A aeronave deixou Porto Príncipe a 1 hora da madrugada e deve seguir para a Base Aérea de Brasília, onde uma homenagem está marcada para a quinta-feira. Eles serão recebidos com honras militares, em solenidade coletiva.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá estar presente na cerimônia, além do ministro da Defesa, Nelson Jobim, vários ministros e autoridades dos demais Poderes, representantes da sociedade civil e familiares das vítimas, que confirmaram interesse em participar das homenagens.
O terremoto de 7 graus na Escala Richter atingiu o Haiti na terça-feira da semana passada e deixou ao menos 72 mil mortos, segundo a Defesa Civil do país caribenho. Há também 250 mil feridos e 1,5 milhão de desabrigados. O órgão informou que o país está em situação desesperadora por abrigo, água, alimentos e remédios, e que metade das construções foram destruídas na região da capital Porto Príncipe.
FONTE: Estadão.com