Irlanda avança na modernização de suas forças com aquisição de mísseis Javelin dos EUA

Javelin
WASHINGTON – O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma possível venda militar estrangeira (FMS) à Irlanda envolvendo mísseis antitanque FGM-148 Javelin e unidades leves de lançamento de comando (Lightweight Command Launch Units – LwCLUs), no valor estimado de US$ 46 milhões. A notificação foi enviada ao Congresso norte-americano nesta quarta-feira (23), pela Agência de Cooperação em Segurança de Defesa (DSCA).
O pacote inclui 36 unidades de lançamento LwCLUs, que se somam a uma compra anterior de 44 mísseis Javelin feita sob um contrato de menor valor, dispensado de notificação ao Congresso. Com a nova solicitação, a Irlanda terá um total de 44 mísseis e 36 lançadores, além de contêineres, assistência técnica dos EUA, treinadores básicos (EPBST), instrução e outros elementos de apoio logístico e operacional.
Segundo o Departamento de Estado, a venda tem como objetivo fortalecer as capacidades de defesa da Irlanda, com foco na proteção de sua soberania e integridade territorial, além de permitir uma participação mais eficaz em missões de paz das Nações Unidas e no programa Parceria para a Paz da OTAN.
“A proposta irá aumentar a capacidade da Irlanda de fortalecer sua estrutura de defesa de longo prazo”, destacou o comunicado oficial, que também afirmou que o país europeu não terá dificuldades em integrar os novos sistemas às suas Forças de Defesa.
Os principais fornecedores do sistema Javelin são o consórcio Javelin Joint Venture, formado pela Lockheed Martin (Orlando, Flórida) e pela RTX Corporation (Tucson, Arizona). Não há acordo de compensação (“offset”) previsto até o momento, embora essa possibilidade possa surgir durante as negociações bilaterais.
A transação, que não exigirá envio de técnicos ou pessoal adicional dos EUA à Irlanda, tampouco impactará a prontidão das forças armadas norte-americanas, segundo informou o governo dos EUA. A operação insere-se no contexto de um crescente investimento da Irlanda em capacidades de defesa e dissuasão em um cenário de segurança internacional mais instável.
Curioso, pensei que a Irlanda fazia parte do British Army, eles são uma força independente?
A Irlanda do Norte é que faz.
Qual a logica de ter 36 unidades de lançamentos para 44 misseis ? Não é mais ultil ter umas 7 unidades de lançamento e o dobro de misseis ?
Em uma situação ideal é definido primeiro o número necessário de unidades de lançamento e depois o número mínimo de mísseis, considerando a quantidade que será usada para adestramento e a que ficará estocado para uso em uma emergência/necessidade.
Considerando a existência de simuladores, em teoria serão 8 disparos reais em adestramentos, de modo que fiquem estocados 36 lançadores/36 mísseis (sem considerar a eventual compra de novo lote de mísseis).