FNSS e John Cockerill Defense apresentam Tanque Médio Kaplan na LAAD 2025

Por Sérgio Araújo
Durante a LAAD International Defense and Security Fair 2025, realizada de 1 a 4 de abril no Rio de Janeiro, as empresas FNSS, da Turquia, e John Cockerill Defense, da Bélgica, uniram forças para apresentar o veículo blindado Kaplan. Esta colaboração visa oferecer soluções avançadas de defesa para as forças armadas da América Latina.
Kaplan Medium Tank (VBC CC)
O destaque da exposição foi o Kaplan Medium Tank, conhecido como Viatura Blindada de Combate Carro de Combate (VBC CC) no Brasil. Este tanque médio é equipado com a torre Cockerill® 3105, que possui um canhão de alta pressão de 105 mm. A torre se destaca por sua capacidade de elevação de até +42°, permitindo fogo indireto semelhante ao de artilharia e operações eficazes em ambientes urbanos e terrenos irregulares. Além disso, conta com um autocarregador para 12 projéteis, possibilitando uma cadência de tiro de até seis disparos por minuto.
Kaplan AFV (VBC Fuz)
Além do tanque médio, foi apresentado o conceito do Kaplan Armored Fighting Vehicle (AFV), ou Viatura Blindada de Combate de Fuzileiros (VBC Fuz). Este veículo de combate sobre lagartas está equipado com a torre não tripulada Cockerill® 3030, armada com um canhão de 30 mm. O design modular da torre permite integração de sistemas adicionais conforme as necessidades operacionais.
Objetivos e Expectativas
A participação conjunta da FNSS e da John Cockerill Defense na LAAD 2025 reflete o interesse em expandir sua presença na América Latina, especialmente no Brasil. As empresas buscam atender aos programas estratégicos das forças armadas brasileiras, oferecendo veículos blindados modernos e adaptáveis às exigências regionais. A colaboração entre as duas companhias combina a experiência da FNSS em veículos blindados com a tecnologia avançada de sistemas de armas da John Cockerill Defense.
A apresentação do Kaplan na LAAD 2025 demonstra o compromisso das empresas em fornecer soluções de defesa inovadoras e reforça a importância do mercado latino-americano em suas estratégias de expansão.
Olha a elevação deste canhão, dá pra atirar em helicópteros voando baixo !!!
Sim como no Battlefield 🙂
Se colocar uma hitfact nele com 120mm…..
O requisito do Edital aceita 105mm. O Kaplan em primeira vista preenche todos os requisitos especificados e está operativo na Indonésia
O 105mm ainda possui muita pólvora para queimar, mas pela lógica do EB ter entrado de cabeça no 120mm, com o Centauro II, na minha visão, faz mais sentido partirem de vez para um canhão de 120mm. Assim facilita e muito a logística de munição.
Neste conceito na minha opinião o melhor seria o Tulpar, por usar a mesma torre do Centauro.
Caros editores, o antivírus Kaspersky me impediu de acessar o Poder Aéreo, favor verificar se houve algum ataque ao site. Abraço.
Já resolvemos o problema. Muito obrigado!
Fico feliz, minha ideia foi realmente ajudar.
Blindado que o EB deveria olhar com muito carinho.
Como substituto de uma blindado com canhão 105mm seria mais do que suficiente. Depois se pensa em um MBT com canhão mais poderoso. Por enquanto deixa esse trabalho, temporariamente, nas “costas” do Centauro II.
Enlouqueceu?
Não faz sentido nenhum adquirir um blindado com 105mm, tendo em vista que o centauro já se utiliza da munição 120mm e que é facilmente encontrada.
Além de que, esqueça que o EB vai comprar um kaplan da vida, para em 5 ou 10 anos adquirir um MBT mais poderoso. A aquisição definitiva tem que ser a próxima, e de preferência com canhão de 120mm, no mínimo.
Por que enlouqueci se até os Estados Unidos vai adotar tal tipo de blindado?
O tanque leve é uma realidade, ainda mais para um exército POBRE como o brasileiro. Sem contar que os MBTs usados pelo Brasil utilizam canhões 105mm.
Por enquanto, deixa o calibre 120mm com o Centauro. Quando o orçamento permitir adquire-se um MBT com esse calibre.
Isso não é loucura, é ser racional com os parcos recursos que existem.
https://www.forte.jor.br/2022/06/29/us-army-seleciona-projeto-da-gd-para-futuro-tanque-leve/
https://www.forte.jor.br/2020/04/24/general-dynamics-lanca-seu-tanque-leve/
Dá uma lidinha aí…
Justamente, o M10 broker será adquirido para unidades mais móveis dos EUA, em especial os marines, e eles não serão a ponta de lança do US Army, que continuará sendo do M1a2Sepv3 Abrams, é um complemento e não o MBT principal. Aqui a próxima aquisição será para tanque principal, esqueça que o EB fará duas licitações, justamente pelos pacos recursos. O ideal é ter um MMbt ou um MBT com canhão 120mm, trazendo comunalidade de munições com o centauro, que inclusive serão fabricados aqui as munições 120mm.
Doutrinariamente o M10 não é um “tank” mas algo como um “assault gun” é tipo um Stug moderno.
Loucura pq?
M10 Booker é 105mm e está sendo adquirido pelo US Army.
O calibre 105 mm é fabricado pela Imbel aqui no Brasil…tem nada de obsoleto! O melhor é mais estudo e menos vozes da cabeça.
O M10 não foi adquirido para enfrentar outros tanques.
O 105 mm está obsoleto como arma anticarro.
Os requisitos técnicos do Edital dão a entender que não.
Os oficiais envolvidos na licitação têm décadas de estudo e um bom conhecimento de engenharia…prefiro confiar neles.
Esse é 105 mm de alta pressão.
Citar o M10 como um exemplo de uso de MMBTs em outros países é um erro completo. Primeiramente O Booker não veio para substituir o papel dos M1 Abrams, para entender isso é necessário compreender as brigadas de manobra do US Army em que as brigadas de cavalaria continuaram a usar os M1 atualizados. O M10 Booker tem como papel principal não ser um MBT/MMBT e sim atuando como uma plataforma de apoio de fogo direto (MGS) dentro das IBCTs, ou seja, o M10 Booker não vai substituir nenhum MBT e sim ocupar um espaço que não existia dentro das brigadas de infantaria do exército americano, e não atuando como força de ação de choque.
Perfeito!
“O Booker não veio para substituir o papel dos M1 Abrams”.
E quem foi que disse isso?
Até os norte-americanos sabem disso.
Obviamente que os americanos sabem disso, foram eles que fizeram a concepção de uso do blindado. Recomendo ler meu texto novamente, o M10 é uma arma de apoio de infantaria, completamente diferente da doutrina de emprego que o EB está procurando.
Bacana mas não serve pra nós, principalmente pelo canhão de 105mm. Vou repetir o que venho escrevendo há alguns anos aqui:
Já que não podemos ter MBT de 60, 70 toneladas, que compremos um MMBT com o deslocamento mais próximo possível de um.
A versão do Lynx 120 com HITFACT MKII oferecido ao EB tem 50 toneladas, mas é improvável ser escolhido por dois motivos: é o concorrente mais caro e também passível de sanções via ITAR e BAFA.
Então como o melhor virou azarão, eu iria de Tulpar porque pode chegar a 45 toneladas (não foi divulgado o peso standard oferecido ao EB), já tem a HITFACT homologada e seria produzido no Brasil com transferência de tecnologia.
O Edital diz que calibre 105mm atende aos requisitos.
Quem determina o que serve ou não é o EB!
Nunca será aceito que os RCCs tenham um blindado de calibre inferior aos RCBs.
corporativismo pra variar ….
Ninguém no mundo entende. Só o EB.
O mundo todo indo de, pelo menos, 120 mm e nós indo de 105mm para, no mínimo, 50 anos.
“Ah depois adquire outro de 120mm”. Ou é ingenuidade ou ignorância mesmo. Quem acompanha minimamente a dinâmica das FAs brasileiras não tem dúvida nenhuma de que o Leo1 será substituído (quando for) pelo blindado que vai equipar as cavalarias até próximo do final do século.
O mundo todo é muita gente…
cabe a cada força armada definir o que é bom para si.
Existem exércitos que sequer operam carro de combate…
Consegue citar, dentre as 30 principais forças armadas do mundo, quais optaram, nos últimos 10 anos, por blindado com canhão de 105 mm como blindado principal?
Pq, independente de nossas peculiaridades, no mínimo devemos tentar mirar no que essas FAs fazem de certo, não?
Se for pra procurar exemplos para encaixar o argumento, vamos achar sim, países com economia, população, território, riquezas etc 50 vezes inferiores ao que temos e que eventualmente tenham optado por tal blindado.
Ou podemos tentar mirar, como você encerra sua resposta, na Costa Rica, que entende desnecessário o papel de forças armadas instituídas. Um ótimo exemplo para nós, não?
Esqueceu de citar o principal: Ameaças.
105 mm de alta pressao.
“Bacana mas não serve pra nós, principalmente pelo canhão de 105mm”.
Qual o calibre do M60 mesmo?
E do Leo 1A5?
Ahhhh…pensei que era 120mm.
??? A ideia não é substituir esses blindados?
Exato….esses que eles querem substituir …por um melhor…não trocar 6 por meia dúzia..
M60 sabra é de 120 mm
Bonito e interessante, o único limitador é o canhão de 105mm.
A grande questão na escolha que estão se submetendo a fazer, é o Centauro II.
Qualquer IFV armado com canhão 120mm, será superior ao Centauro II. E não existe grande disparidade de custos!
.
Um IFV com canhão 120mm, terá um “recheio” semelhante ao Centauro II, agregando proteção blindada e uma mobilidade tática que o Centauro II nem em sonho irá nos entregar, podendo combater em locais que seriam inacessíveis para o blindado italiano. E existirá total integração com o VBCI e demais versões, facilitando a logística de toda uma unidade. É muito mais benefício pelo custo…
.
Um exemplo: vamos pegar o queridinho de um pessoal que vende publi em forma de jornalismo, que é o Tulpar. Propagam um mundo de ilusões, como free isso, free aquilo (coisa que só se aplica ao “trator”, diga-se de passagem), mil e uma ToT para produção local e diversas maravilhas logísticas para um pequeno punhado de blindados que devem ser adquiridos ao longo de décadas (esmola demais, para quem não entendeu)…
Além do desempenho do IFV ser superior ao Centauro II, temos propostas que trazem algo muito superior em termos industriais, quando comparado a montagem CKD de um blindado que não pertence a família Guarani e que não é free isso, free aquilo…
.
Aí entra uma pergunta chave: pq diabos vamos comprar dezenas (ou mais) de Centauro II? É apenas para saciar os desejos da IDV e seu pessoal? Pq não reverter este dinheiro na compra de mais IFVs em diferentes versões, padronizando assim a frota entorno de algo muito mais vantajoso e útil?
.
“Ahhh mas os RCM, Cascavelho, roda x lagarta, blábláblá…”
.
Guarani 6×6 + 30x173mm ABM + ATGM…
E a MB, não vai substiuir os SK105?
Podia aproveitar a compra do exercito e já comprar umas dezoito unidades.
Exército brasileiro não deveria comprar nada do exterior, orçamento das forças armadas da Turquia e comparável ao do Brasil, e o Brasil não consegue desenvolver sua indústria, fica nessa doutrina de tapar buraco em rodovia contaminou as forças chega a ser insano.
Em 30 de julho de 2008, Rotem da Coreia do Sul e Otokar da Turquia assinou um contrato no valor de $ 540 milhões para a transferência de tecnologia direto do motor, transmissão, autoloader e armadura reativa do K2. A tecnologia deve ser incorporada ao tanque da Turquia no futuro batizada MİTÜP Altay.
As forças armadas esta atrasada não é somente em equipamentos em pensamentos também.
Depende, os militares aposentados recebem a aposentadoria diretamente do orçamento militar ?
Ou de um sistema de previdência?
Muitos países pagam aposentadorias de militares através de sistemas de previdência como o nosso INSS.
Aqui no Brasil os nossos militares aposentados e os Pensionistas recebem diretamente do orçamento militar e custam mais de R$ 60 bi /ano.
O que representa cerca de Metade do nosso orçamento militar.
Então os U$ 20 bi do nosso orçamento militar, se tornam U$ 10 bi após pagamento de Inativos que em outros países são pagos “fora do orçamento militar”.
Em seguida temos 30% para pagamento do efetivo Ativo e cerca de 10% para custeio. Sobra somente 10% do orçamento para Investimentos (aquisições).
Se os turcos pagarem Inativos através de um “INSS” da vida e os militares da ativa representarem os mesmos 30% que aqui, sobra 70% do orçamento para custeio e investimentos (aquisições). Eles podem gastar 50% mais do que nós com Custeio ou o Dobro (20%) e ainda sobraria 50% para Aquisições.
Neste caso um orçamento que parece igual, é na verdade 5x Maior para aquisições.
Sem falar que aqui é comum o famoso Contingenciamento. Ou seja, daquele mísero valor que tem para aquisições, vem um corte ou bloqueio.
Li uma notícia recente dizendo que os turcos aumentaram o orçamento para defesa esse ano de forma expressiva para cerca de U$ 47 bi.
Parece que uma parte é para segurança interna, mas ainda assim é muito dinheiro. E parece que eles ainda tem um fundo de cerca de U$ 5 bi para produtos de defesa nacionais…
Nosso orçamento de U$ 20 bi com pagamento de Inativos incluso é na verdade um orçamento de U$ 10 bi. Nem se compara com o que os turcos investem em defesa.
https://www.forte.jor.br/2024/09/22/turquia-produz-quase-tudo-o-que-precisa-na-industria-de-defesa-diz-ministro-da-defesa/
Os avanços da indústria defesa da Turquia e do orçamento defesa deles.
O aumento do orçamento turco foi feito a partir 2024 https://meta-defense.fr/pt/2023/10/18/budget-de-la-defense-turc-2024/
Projetos nacionais da Turquia veio antes do aumento, com esse aumento vai acelerar aquisições, desenvolvimento no setor defesa.
As forças armadas do Brasil elas não sabe o que quer, elas estão perdidas junto com congresso Nacional.
Não a justificativa para pensões vitalícia, aposentadoria integral , tem certas coisas atrapalha.
Salário tem que ser melhorado para os militares da ativa tem soldado, cabo, sargento. Tem que olhar mais com atenção para militares especializados que estão saindo pq querem melhoria no salário.
Tudo isso atrapalha.
Prioridade deveria ser adquiri máximo desenvolvimento nacional e assim manter verdadeira defesa. que e
equipamentos defesa produzido localmente.
22,9 bilhões de dolares não é pouca coisa.
Esta torre foi oferecida pela John Cockerill formalmente para o Eb na modernização do leopard 1a5 anos atrás , observando que seria feita uma série de outras intervenções no leopard.
Há vídeos e fotos de um leopard1a5 belga com esta torre.
Se for para comprar este kaplan é melhor modernizar o leopard.
Há 20…25 anos atrás o EB poderia ter observado melhor a concepção do m60 sabra ao invés de ter adquirido mbt da família leopard.
O M60 Sabra foi um projeto caríssimo, na conta de padaria a unidade saiu praticamente com o preço de um MBT novo no período.
3,1 milhões de dólares por unidade o primeiro batch, 3,3 no segundo. Nos anos 2000 a unidade do Leo 2A6 era cotada em 6 milhões e do T-90 em 4 milhões. Creio que o que tenha sido mais relevante pros turcos foi a transferência de tecnologia.
O que o EB deveria ter feito era ter comprado os Leo 2A4 quando estavam disponíveis ao invés dos 1A5.
Bom…com esta transferência de tecnologia hoje em dia estão expondo na LAAD e viraram um grande exportador de equipamentos militares.
Não gastaram 3.3 milhões de dólares e sim investiram, observando que estão desenvolvendo o mbt otokay altay de 65 toneladas, portanto visão de longo prazo.
Imagine toda uma cadeia produtiva absorvendo toda tecnologia, gerando emprego e renda, nacionalização de peças.