Força Expedicionária Brasileira: 80 anos da Tomada de Monte Castelo
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A saga dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a II Guerra Mundial apresentou passagens marcantes. Uma das mais memoráveis foi a Tomada de Monte Castelo, feito que completa 80 anos nesse dia 21 de fevereiro. A heroica conquista dos pracinhas nos campos de batalha italianos está registrada na historiografia militar brasileira e permanece viva como fonte de inspiração até os dias atuais.
A tomada de Monte Castelo era de vital importância para a progressão dos Aliados no norte da Itália, pela sua relevância estratégica. Situado nos Apeninos italianos, a elevação era uma posição fortificada de grande importância estratégica para os alemães, oferecendo uma vista panorâmica e controle sobre a região circundante.
Os ataques à posição inimiga começaram em novembro de 1944. Contudo, as primeiras tentativas de captura fracassaram devido à resistência inimiga bem organizada, ao terreno difícil, que favorecia a defesa, e ao rigor do inverno europeu. Após combates intensos e dificuldades operacionais, a FEB passou por um replanejamento de suas táticas e recebeu reforços.
Em 21 de fevereiro de 1945, após quatro tentativas frustradas, a FEB conseguiu tomar Monte Castelo. A operação contou com o apoio de artilharia e bombardeiros aliados, além de um esforço coordenado das tropas brasileiras e americanas. A vitória nessa batalha foi uma prova da determinação, coragem e capacidade de adaptação dos soldados brasileiros, que enfrentaram condições adversas e um inimigo experiente.
A conquista teve um impacto significativo no moral das tropas brasileiras e foi um passo importante para o avanço aliado no território italiano. A vitória também foi um símbolo de orgulho nacional, mostrando que o Brasil podia contribuir de forma eficaz para o esforço de guerra dos Aliados. O sacrifício dos 478 pracinhas que tombaram nas ações para a conquista de Monte Castelo, sendo 103 na derradeira tentativa, não foi em vão. Dois meses após esse histórico episódio, a Itália estava livre do jugo nazifascista, muito em função dos heróis que ofereceram suas vidas em nome da causa maior da liberdade.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Formidável o esforço desses caras nessas batalhas.Foi uma prova mesmo da determinação, coragem e capacidade de adaptação dos soldados brasileiros, que enfrentaram condições adversas e um inimigo experiente.Depois disso pena que não teve uma continuidade no pós guerra em colher os frutos dominando partes conquistadas na Europa.Simplesmente voltaram para o Brasil e a super tropa que viraram foi dissolvida.Hoje a gente olha para Alemanha,Itália e Japão comparando com o Brasil parece que quem perdeu a guerra fomos nós.
Renato…..
A FEB era uma “Força Expedicionária”…. por isso foi dissolvida ao final da guerra.
fazendo uma comparação bem grosseira, é como a tropa que esteve no Haiti. A estrutura daquela força de paz existiu enquanto havia a missão de paz. Quando a missão foi encerrada, a força de paz também foi extinta
Isso já foi discutido aqui na trilogia diversas vezes, mas é importante continuarmo discutindo a FEB.
Mais ou menos…. A FEB Foi dissolvida na chegada por Getulio Vargas ele não queria militares que lutaram contra o fascimo nas fileiras do exército..teve gente indo pra casa com a farda kkk foi uma desmobilização as pressas por medo. Ela foi dissolvida ainda nos barcos de retorno..Getulio foi o grande responsavel pelo esquecimento da FEB ele não queira dar moral as tropas, apenas uma formatura e tchau! Foi mandando embora quase todos e segurando apenas poucos nas forças. Não foi a toa que depois ele caiu.
Não… temos colegas que frequentam a trilogia que defenderam dissertações e teses sobre a FEB
Como expliquei, a FEB foi instituída como uma força expedicionária para combater na Europa.. quando a guerra acabou, ela foi dissolvida.
A versão que Vargas dissolveu a FEB porque temia ser derrubado não tem sustentação histórica.
agora… o que existiu foi a formação de dois grupos dentro do EB, sendo um dos Febianos (que combateram na Itália) e os oficiais de carreira, que temiam serem preteridos nas promoções por não terem experiẽncia de combate
Agora, o comando do EB deve ser criticado por ter desperdiçado a chance de aproveitar a experiência de guerra dos sargentos o oficiais. Isso sim foi uma estupidez e uma irresponsabilidade do comando do EB
não foram os febianos que derrubaram Vargas.
Isso não existe de ser dissolvido, por ser força expedicionária….
Os militares foram postos na Reserva. Uma coisa é dissolver a FEB, e os militares retornarem para suas OM. Outra, é manda-los pra reserva. Inclusive tinham de vir sem farda.
Foi sim por causa de Vargas.
E não existe não ter aproveitado a experiência. Muito pelo contrário. As metodologias de preparo e ensino mudaram totalmente por causa da experiência dos ex-combatentes.
Houve no EB militares com medo de serem preteridos, mas muitos tinham participado de combates no Brasil, como em 32, então tinham suas experiências.
então…
a FEB era uma força expedicionária organizada para combater na Europa como uma divisão do exército dos EUA.
Quando a guerra acabou, ela foi dissolvida porque expirou a sua finalidade.
ao menos concordamos com isso.
ás vezes, leio que se mantivesse a FEB mobilizada no Brasil como uma unidade ordinária do EB.
O comando do EB dispersou os febianos por conta própria.
O ulltimo capítulo do primeiro volume da biografia de Getulio escrita por Lira Netto faz uma descrição sucinta mas suficiente para entender o contexto. O modelo de inspiração fascista do Estado Novo estava em crise e como acontece na história brasileira, era preciso mudar para continuar como estava.
Em uma conversa entre Vargas e Góes Monteiro, o general disse para Vargas que era preciso encerrar o Estado Novo, alertando que havia um amplo descontentamento do comando do EB com a situação política.
Lira Netto escreve que “Para sua surpresa [de Gois Monteiro] Gerulio concordou”. Dutra e Góes sugeriam uma Constituinte, mas Vargas disse que faria a abertura do regime condizente com a situação do país, mas descartou a constituinte. Isso antes do fim da guerra. Portanto, já se articulava o fim do regime muito antes do fim da guerra.
Vargas sempre evitou conflitos e buscava uma solução de consenso que permitisse que ele controlasse o processo.
Dutra e Eduardo Gomes já articulavam as suas candidaturas para uma eleição presidencial. Havia uma movimentação de setores industriais e de outros setores da elite do país envolvidos com o fim do regime e por um processo de democratização. Nunca houve necessidade de febianos para derrubar Vargas, que aliás declarou apoio á candidatura de Dutra.
O gatilho para a derrubada de Vargas estava relacionada com a nomeação do Chefe de Polícia na capital, que na prática era o chefe de todo o aparato de polícia política do regime. Vargas foi derrubado por um golpe de estado impostos pelo comando do EB no Brasil, sem participação de febianos.
A biografia do Lira Netto é muito boa. Tem muitas referências e fontes.
Claro que ela seria dissolvida quando chegasse ao Brasil. O que eu falei e reafirmo é que foi as pressas e rápido pois Vargas tinha medo das tropas e esse é o motivo principal de não se ter homenagens aos militares e aos feitos da FEB. Os outros fatores como os oficias de carreira etc só foi a cereja do bolo, mas não decisivo. O fato é ela foi dissolvida as pressas. O único silver Star Maj Apolo miguel Rezk era temporário e em seu funeral o governo americano mandou representante mas não tinha ninguém do governo brasileiro. Apenas miltar.
então… recomendo a biografia de Vargas escrita pelo Lira Netto.
A instauração do Estado Novo a partir de CF37 ocorreu na esteira de uma onda fascista em todo o mundo. Havia um entendimento que o fascismo seria a solução para a crise do capitalismo que havia assolado o mundo durante a década de 30 e pela ameaça do socialismo soviético
Após a deflagração a Ii Guerra, havia um grupo (principalmente no EB) que defendia o alinhamento com a Alemanha nazista, e outro grupo (principalmente no Itamaraty) que defendia um alinhamento com os EUA.
Vargas (como era comum) adiou a decisão até que a situação internacional ficasse clara, pendendo para os EUA, tanto pelo apoio dado por Roosevelt e também pela comoção após o afundamento dos navios na costa brasileira quando os corpos de pessoas com queimaduras, inclusive crianças, chegavam ás praias… imagine o impacto disto.
Então, ocorreu um alinhamento político e da opinião pública.
A partir da definição do resultado da guerra, já com a tropa da FEB combatendo na Itália, já havia um entendimento no Brasil da necessidade de eleições e uma nova constituinte. Vargas concordou com as eleições mas preferia adiar a constituinte. Sua vontade era controlar o processo eleitoral e garantir a eleição de um sucessor.
A convocação das eleições gerais, inclusive presidenciais foi assinada por Vargas assim como uma nova lei partidária.
Surgiram duas candidaturas fortes, a de Dutra (ministro de Vargas) que seria a candidatura governista e a de Eduardo Gomes, que agremiava a oposição.
O problema foi o surgimento de um movimento “queremista” que defendia a convocação de uma assembleia constituinte e a permanência de Vargas e adiamento das eleições presidenciais para depois da promulgação da nova constituinte.
Nesta crise política, Vargas adiantou as eleições para governadores e tentou indicar seu irmão para Chefe da polícia do RIo de Janeiro (que sempre serviu de polícia política durante o Estado Novo), o que serviu de gatilho para o golpe que derrubou Vargas.
A FEB nada teve nem teria influência nesta situação da política nacional.
O pano de fundo era a eleição presidencial em 46 na qual a oposição apostava na vitória de Eduardo Gomes. Dutra tinha pouco carisma, mas ganhou o apoio da base governista, inclusive dos comunistas. Venceu Dutra.
Uma coisa é uma coisa.
Outra coisa é outra coisa.
A dissolução da FEB por ser expedicionária não implica na dissolução da 1ª Divisão de Infantaria. Está, a maioria da FEB voltou.
Como uma tropa do Haiti q voltou deixando de ser o BRABATT Nr “tal”, e voltava a ser “tal” Btl Inf ou “tals” Cia Fuz de “tals BI.
Não foi uma decisão do EB em dar baixa nos Ex-combatentes.
Tanto, q muitos q eram temporários lhes foi dada a oportunidade de permanecer dentro de vagas que ficaram “abertas” pelos de carreira q não queriam mais ficar ou morreram ou ficaram inválidos.
A baixa forçada com proibição de utilizar suas fardas e condecorações veio do Governo e não da FEB.
Mas eram experiências bem mais limitadas. Basicamente o EB lutando contra uma fração do EB, policiais, escoteiros e outros voluntários de SP. E ainda tomaram uma canseira para derrotá-los.
Tanto que os EUA tiveram que treinar bastante os militares brasileiros e equipá-los antes de enviá-los para a Itália. Não dava para simplesmente mandar os militares apenas com o treinamento que receberam do EB e “suas experiências”.
O EB perdeu muito com a reforma da maior parte dos militares da FEB
Rafael
As polícias eram Forças Públicas com metralhadoras e artilharia leve. Não foi tão fácil.
Há um engano grande sobre isso.
A Ae de SP derrubou aeronaves do EB.
Esse poder bélico das Forças Públicas foi “disciplinada” pelo Governo Militar.
O RS, por exemplo, ia adquirir Art 105 mm, na época, a 155 de hj.
Os brasileiros tiveram de ser treinados, pois, assim como os exércitos europeus, estava preparado para uma guerra de trincheiras e não pra uma guerra de sucessivas ofensivas, q os EUA aprendeu rápido com os alemães.
E a maior parte deu baixa, pois não havia vaga pra todos na Força. É um Força, como a maioria dos países, de mais vagas temporárias do q de carreira.
O grande erro q acho foi o banimento feito pelo governo desses q deram baixa. Isso foi terrível.
A Força, por sua vez, mudou muito. Por este motivo, em 57, foi solicitado q participasse de Suez, q durou anos e anos.
Em Suez, 3º e 2º Sgt da IIGM eram STen e Of QAO. Ten e Cap da IIGM eram Of Superiores.
Após a IIGM, começaram a surgir os Programa Padrão de Instrução de cada fase de formação e adestramento, os quais tem sido aperfeiçoados sucessivamente até hj.
Agradeço os esclarecimentos.
Mas ainda assim não se compara ao Exército Alemão.
Camarada
O exército alemão era “outro mundo”.
Por terem perdido “sem perder”, terem cultura guerreira, serem bastante pragmáticos, dentre outras características, desenvolveram e conservaram TTP excelentes.
O próprio Estado -Maior da forma como se entende hj, veio deles. Criaram com a seguinte concepção: muitos pensam melhor do que um, mesmo este sendo brilhante. Fizeram pra derrotar Napoleão.
Também tiveram excelentes engenheiros. Aviões, tanques, fuzis, tantos meios se destacavam.
A concepção de formação do EB é baseada nos alemães, que é o militar ser formado para comandar 1 nível acima e entender pelo menos 2 níveis acima, no caso dos temporários. E comandar 2 níveis acima e entender mais dois.
Permite elasticidade no crescimento da força, e que os níveis mais baixos possam ter iniciativas coerentes com a finalidade mais alta da missão.
O tio do meu pai foi convocado kkkkkkkkk.Aquele chororô todo e as despedidas familiares meu pai me contava.Chegou em RJ a guerra acabou.Pelo que sei ele recebeu pensão como ex combatente.
Isso teve muito.
Achavam q teria a 2ª DIE.
Os ex-combatentes somam dezenas de milhares a mais dos q foram. Um dos grandes motivos de alto custo de pessoal na reserva.
Sim.Fui saber disso com meu falecido pai.
o Brasil era para enviar um Corpo de exercito e para Africa mas conseguiu apenas 01 Divisão e demorou tanto que a guerra na África acabou e tiveram que ir para Europa. E ainda teve mais baixas no caribe (dos afundamentos) do que no campo de batalha da Europa. Sempre que tem uma guerra (1 e 2) o Brasil perde gente no Caribe.
Se a participação na segunda Guerra tem pouca fonte imagina a participação na Primeira Guerra Mundial onde foi enviado um Hospital de Campanha, Pilotos da aviação naval e do EB e alguns oficiais que combateram com blindados franceses.
Olá Renato. Acho que meu tio deve ter serviço com o seu tio-avô.. ele também fez o treinamento básico e estava aquartelado no Rio de Janeiro esperando o embarque.
Olá.Possível que sim.Ainda bem que a guerra acabou.
Verdade… pena que ter demorado para acabar… em outra matéria sobre a FEB comentei como fiquei emocionado quando visitei o memorial dos combatentes lá no Rio de Janeiro, ao lado do Museu de Arte.
muito triste
Concordo.Importante continuar discutindo a FEB. Os militares que combateram não foram os mesmos que depois ocuparam o território europeu. Nesse panorama, o comando aliado lembrou que, dos 25 mil pracinhas enviados pelo Brasil à Itália, 10 mil, por falta de tempo para receber o treinamento, não entraram em combate – tinham passado o tempo no ciclo de instrução preparatória. No fim do confronto, foram consideradas tropas “descansadas”, logo, prontas para participar da ocupação.Ocupação essa que deveria de servir dos recursos do país ocupado como reparação pelos soldados da FEB que lutaram na guerra e seus familiares.Mas não ficou tudo de boa e a história tristes da desmobilização da FEB já sabemos como a maioria ficou as moscas no fim da guerra.
Tem sido “discutida” de forma equivocada.
A FEB como Unidade foi dissolvida, com seus integrantes revertendo a suas unidades originais.
Porém, convocados e parte de quem estava na ativa lhes foi dado baixa do serviço ativo, ainda na Europa. Inclusive, não podendo usar o uniforme e condecorações.
Ordem de Vargas.
São coisas distintas.
Renato, boa tarde.
Há muita coisa explorada de forma equivocada sobre a FEB.
O despreparo como se fosse culpa do EB. Todas as nações se surpreenderam com a Blitzkrieg, tendo de mudar suas doutrinas. Com isso, tem de mudar farda e equipamento.
Nossas roupas de frio, eram quase idênticas as dos alemães….precisamos de novas e nem os americanos tinham pra todos eles. Por que o Brasil haveria de ter pra um clima europeu?
Há a desmobilização. Confunde-se desmobilização com baixa a forca.
Houve “ciúme” dos que não foram, é real, mas não houve o não aproveitamento de doutrina e ensinamento, muito pelo contrário. Revolucionou o EB.
E sobre Monte Castelo, se fala q atacamos errado.
Erro de quem disse isso. A FEB realizava um ataque frontal, para fixar as defesas alemães, com a 10ª Div dos EUA realizando o ataque pelo flanco. Deu errado. Só depois da FEB assumir as duas frentes, q deu certo.
Também dizem q Monte Castelo não era importante, mas Montese. Erro.
Ambas e Castelnuovo faziam parte do mesmo complexo defensivo. Todos eram importantes.
//www.snh2017.anpuh.org/resources/anais/54/1488391055_ARQUIVO_ArtigoElonirJoseSavian.pdf
João, este artigo do Elonir Savian esclarece a sequencia de eventos.
A FEB não fez ataque de fixação, sua linha de partida é lançada 2 dia após a 10a avançar sobre Belvedere. Isso não desmerece sua a atuação, pois cumpriu sua função dentro do planejado.
Mas é preciso entender que Monte Castelo é um ponto elevado que avança a partir da linha geral do Belvedere, fazendo quase um angulo de 90 graus com aquele. Ou seja, a partir do momento que a 10 avançou sobre a crista do Belvedere, os alemaes teriam sua retaguarda ameaçada, o que facilitou o ataque dos brasileiros. Olhe o mapa na 3 fotografia da matéria.
Os ataques de fixação (na verdade, ataques frontais de penetração) foram nas primeiras. Para que as reservas não aprofundassem na direção dos americanos. Por isso fixação, pra foxar as reservas em profundidade.
Depois, não o ataque como um todo, mas na Zona de Ação específica que ficou pra FEB, que aumentou, pegando parte q era da 10ª, houve a manobra, com tropas em ataque frontal e outras pelo flanco exposto.
Flanco exposto não necessariamente é “de lado”.
Uma Zona de Ação, mesmo de frente pro inimigo, sem profundidade na defesa, é um flanco exposto.
As vezes o “desenho representativo” de uma manobra faz ficar o entendimento q é de lado, mas não necessariamente é, principalmente quando o escalão considerado é Bda pra cima.
Desculpe….não entendi….
A FEB nunca fez ataque de fixação, em nenhuma das tentativas.
Em somente uma ocasião a 10a atuou junto com a FEB.
Coube à 10a tomar a linha de elevações, atacando a partir do dia 19. Somente no dia 21 a FEB avançou sobre Castelo, tendo a 10a já tomado boa parte de Belvedere e ameaçando cortar a retaguarda da linha alemã em Castelo.
Camarada
Talvez eu tenha me expressado errado.
O ataque de fixação é realizado com o mesmo poder de combate do inimigo em sua zona de ação, para empenhar seu esforço em vc, sem contudo vc se engajar totalmente, economizando meios pra outra frente.
A FEB realizou normalmente ataques frontais de penetração. Mas visto de um nível acima, esses ataques proporcionaram que os alemães se empenhassem na frente FEBiana e rocassem suas reservas pra ZA brasileira. Neste sentido, fixavam o esforço q aprofundava a defesa do lado americano, expondo aquele flanco.
Por exemplo, após a abertura da frente na França, a frente italiana foi utilizada para fixar alemães ali, evitando q reforçassem acima.
As ações na Itália impediram q as principais reservas alemãs, sob comando de Manstein, fossem empregadas em Kursk, o q poderia reverter o resultado daquela batalha, já q quase foi revertida.
Ou seja, fixar, nao necessariamente é fazer um ataque “mais fraco” no sentido literal de fixar.
Ok, agora entendi, mas acho que não se aplica ao presente caso.
Como falei, o ataque principal à linha da serra foi feito pela 10a, no dia 19. Somente no dia 21 a FEB avançou sobre Castelo, que se via ameaçado de ser flanquedo pelos americanos.
Assim, o esforço principal foi dos americanos, tendo a FEB papel secundário no dispositivo.
Independente disso, lutaram bem e cumpriram sua função.
A FEB ocupou a linha da 10a somente após esta ter avançado, como tropa de substituição, novamente em papel secundário.
Uma curiosidade sobre Castelo: da base da elevação, se tinha contato visual com Porreta Terme, onde o Mascaranhas insistiu em instalar seu QG, contrariando recomendação e avisos dos americanos. Resultado: o QG brasileiro passou todo o invernos sendo bombardeado, submergido pelos geradores de fumaça dos americanos.
Para começar a entender o tamanho do esforço e sacrifício necessário para um soldado aliado avançar sobre a posição alemã na 2GM, convém assistir a demonstração de disparo das metralhadoras MG-34/42 que as tropas alemãs usavam. O negócio era tão intimidador que os oficiais americanos inventaram a frase “its bark is bigger than its bite” (seu latido é maior que a mordida), o que era uma mentira completa, mas necessária para dar coragem às tropas.
https://www.youtube.com/watch?v=GfJkU4Sah8I
A campanha na Itália teve vários problemas, começando com o Gen.Clark. Por exemplo, ele ignorou uma ação que poderia ter impedido a retirada das tropas alemãs, p referindo “libertar” Roma. esta decisão permitiu que Kesselring reorganizasse sucessivas linhas de defesa que provocaram a morte desnecessária de soldados dos EUA e também brasileiros
Clark sabia dos preparativos para o Dia D, mas ele não foi informado da data, tanto que ele se queixou que o desembarque na Normandia ocorreu em 6 de junho, dois dias após a libertação de Roma em 4 de junho.
Churchill imaginava que o segundo front mais simples seria subir a Itália a partir do norte da África, contudo as característica geográfica da Itália criaram uma situação favorável para as linhas de defesa alemãs.
foi uma luta sangrenta.. ainda que os aliados não tenham chegado perto da fronteira alemã, como supunha Churchill, a campanha na Italia demandou tropas experientes e recursos que de outro modo, teriam sido empregados contra o desembarque.
E ainda assim essas tropas sofreram a pecha de “D-Day Dodgers”, com conta a lenda sobre o suposto discurso de Lady Astor no Parlamento Inglês. Para quem gosta de Gibis, tem uma que trata justamente disso:
https://www.goodreads.com/book/show/976121.War_Story
As MG tem uma cadência tão alta, q as novas, baseadas naqueles modelos, tem um dispositivo pra desacelerar sua cadência.
É quase um “raio lazer”…. De bala
Em post anterior comentei que a historiografia brasileira estava devendo uma análise do contexto de operação da FEB na linha do V Exército.
Acho que a lacuna foi preenchida:
“Dos Apeninos aos Alpes”, disponivel na Estante Virtual, do mesmo autor que fez um artigo muito bom sobre o dispositivo aliado na operação de tomada dos montes Belvedere e Monte Castelo.
Os italianos amam o povo brasileiro por essa façanha e pelo motivo dos pracinhas dividirem a boia com eles italianos!
Sempre tive uma visão romântica da “distribuicao” de víveres entre a população civil.
O alto comando americano se exasperava com o descontrole do consumo de rações entre a tropa brasileira. Está descrito no livro do Waack.
Os problemas começaram já nos navios de transporte, com o comando americano avisando que iria cortar o rancho. Relato de um pracinha, publicado.
Recomendo uma boa olhada no mapa na 3a foto. Aparece o dispositivo da investida contra Belvedere e Monte Castelo
Glória ao Brasil! Glória aos heróis da FEB, máximo respeito!