Evento um ano NIB

O Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), Luiz Teixeira, esteve presente nesta manhã (12) ao evento comemorativo do primeiro ano da Nova Indústria Brasil (NIB), promovido pelo Governo Federal.

Lançado oficialmente em janeiro de 2024, com o objetivo de impulsionar a indústria nacional até 2033, o NIB utiliza instrumentos tradicionais de políticas públicas, como subsídios, empréstimos com juros reduzidos e ampliação de investimentos federais. O programa também prevê incentivos tributários e fundos especiais para estimular alguns setores da economia.

No caso específico da Missão 6, referente às tecnologias estratégicas para a soberania e defesa nacionais, estão previstos investimentos públicos e privados de R$ 112,9 bilhões, sendo R$ 79,8 bilhões de recursos públicos e R$ 33,1 bilhões do setor privado. Os investimentos públicos incluem o PAC Defesa, com R$ 31,4 bilhões destinados a projetos como o caça Gripen, o cargueiro KC-390, viaturas blindadas, fragatas e submarinos.

A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Vice-Presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, além de outros representantes do Governo Federal, da sociedade civil e do setor produtivo.

Em discurso no evento, o presidente da ABIMDE destacou que a entidade atua como a voz da indústria de defesa e segurança do país, com a missão de promover um ecossistema robusto que incentive o desenvolvimento tecnológico, amplie a participação da indústria nacional e fortaleça a autossuficiência em sistemas estratégicos.

“O fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) é uma oportunidade estratégica para inserir o Brasil como um ator global na economia. Está comprovado que cada real investido em programas de defesa gera um multiplicador de quase 10 vezes em valor do PIB, demonstrando que a defesa é, acima de tudo, um investimento no futuro do nosso país”, afirmou Teixeira.

Segundo dados do Governo Federal, o Brasil exportou US$ 1,8 bilhão em produtos de defesa, um aumento de 22% em relação a 2023. No ano anterior, as exportações haviam somado US$ 1,5 bilhão, um crescimento expressivo de 123% em comparação a 2022.

“Com inovação, investimentos e políticas adequadas, podemos transformar esse setor em um motor de crescimento, geração de empregos e fortalecimento da soberania nacional”, completou Luiz Teixeira.

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Henrique de Freitas
Henrique de Freitas
10 horas atrás

Já temos como será o breakdown dos investimentos?

amarante
amarante
9 horas atrás

Mas é indústria nacional ou galpões para parafusar peças importadas?
Tem uma leve, porém significante diferença entre os dois.

lucena
9 horas atrás

Soberania é um artigo de luxo que nem todo pais do mundo tem e está disposto a manter, caso tenha…. basta vê o caso da Europa em especial a grandiosa Alemanha com todo seu passado com personalidades como o Oto Von Bismarck…se a elite não tiver amor pelo seu povo e pela nação que dá guarida a ela.
.
Para ter soberania … tem que haver um pacto de sangue com toda a sociedade … seja a classe que for …onde uma cuida da outra … os grandes considera e respeita os pequenos e os pequenos com os grandes também…e todos… respeitando as instituições e as autoridades.
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As vezes …. o verdadeiro inimigo de uma nação .. o pior deles …. é o interno, dentro da casa.

Nativo
Nativo
8 horas atrás

A soberania nacional, leia-se força militar respeitável, só existirá quando os chefes militares assim o que quiserem, pois eles tem sim força de pressão, sobre a liderança para isso, não o fazem porque não querem, este não querer, é o verdadeiro mistério.

amarante
amarante
Responder para  Nativo
8 horas atrás

As elites econômicas e militares Brasileiras não estão muito preocupadas com soberania do Brasil. É mais prático serem meros atravessadores das riquezas do país do que engajar uma luta por soberania e desenvolvimento nacional. Por eles, vendiam tudo para comprar uma mansão na Flórida e colocar os filhos em uma escola na Suíça.

Talisson
Talisson
Responder para  Nativo
8 horas atrás

Penso que isso só sera feito quando os bilionários da soja e da FIESP entenderem se sofremos um bloqueio naval, deixamos de exportar pra China ou para os EUA, dependendo de quem nos bloquear.
Todo politico trabalha sob pressão da grande midia e dos bilionários que o colocaram lá. E ambos visam o lucro e apenas o lucro.

Libertário
Libertário
Responder para  Talisson
3 horas atrás

“Penso que isso só sera feito quando os bilionários da soja e da FIESP entenderem se sofremos um bloqueio naval..”

Pq temos que criar um culpado ou um inimigo dos nossos problemas sendo que o óbvio está debaixo do nossos narizes?

Os bilionários da soja não tem nada haver com o problema da falta de investimentos na indústria bélica brasileira meu caro Talisson.

Será que é tão difícil assim de aceitar que a falta de investimentos no setor industrial brasileiro é pq o Estado sobrecarrega demais com impostos e burocracias para o empreendedor nacional desestimulando esse setor e abrindo espaço para o concorrente estrangeiro vender seu produto com preço mais competitivo que o nosso, será que é tão difícil assim de enxergar isso?

Até quando o brasileiro vai continuar nessa cegueira querendo um “inimigo” interno e fazendo o jogo de interesses estrangeiros que só serve para nos dividir?
Não seria melhor ter o agronegócio e uma indústria brasileira ambas fortes?

A solução é simples, acabe com os subsídios que só ajuda a criar desproporcionalidades entre setores, redução de impostos e regulações para termos uma indústria com mais investimentos internos e externos, melhorando a qualidade dos nossos produtos e tendo preços mais competitivos no mercado nacional e internacional, não há solução mágica, e sim falta de boa vontade política em fazer essas ações, e como não vão fazer inventam vilões como “agroterror”, o “agro bicho papão” que precisa sofrer um bloqueio naval para aprender uma lição, Ah gente vamos crescer façam mil favor.

Todo mundo sabe que tudo passa por vontade política pra conseguir atingir um objetivo em qualquer país no mundo, é praticamente uma unanimidade e consenso geral em qualquer debate acadêmico seja de direita ou esquerda, centro, pra cima ou pra baixo, e a indústria de defesa e segurança do Brasil nunca esteve na pauta de Brasília gostem ou não da verdade nua e crua.

Parem de culpar o Agro pela incompetência dos outros, por favor cresçam e amadureçam.

Obs: Desculpa se meu comentário pareceu ser rude Talisson, mas não foi a minha intenção é que cansa de ver e ouvir essa desculpa do agro pagar pelo erro dos outros.

George A.
George A.
8 horas atrás

Bem, virou política pública, tem que ver se a União terá capacidade de investimento pra isso ao fim da guerra das emendas.

Gustavo Tavares
Gustavo Tavares
7 horas atrás

Essa conversinha fiada de Indústria de defesa nacional, alguém ainda acredita?
Que soberania traz uma indústria que está sob domínio internacional de no mínimo 50%?
Que se era ia traz uma indústria que só sabe replicar o que os fabricantes internacionais fazem em seus países e nos deixam pintar localmente?
Que soberania traz FAAs que só compram das indústrias internacionais?
Que soberania traz políticos e militares que deixam a única indústria de defesa realmente nacional ir parar em mãos estrangeiras?
Me poupem, não insultem minha inteligência.

Henrique A
Henrique A
7 horas atrás

O lobby tá on

Heinz
Heinz
7 horas atrás

Se depender desse governo atual… Não sai 1 real pra isso ai

Moisés
Moisés
Responder para  Heinz
5 horas atrás

Prosub foi política pública de qual gestão mesmo ?

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Moisés
3 horas atrás

Desse aí, 40 bilhoes de reais pra 4 scorpenes mais um SSN que vai ficar pronto sabe-se lá quando talvez só no meio desse século,Prosub esse que deve ter enchido o bolso de um monte de gente no Brasil e na França… não poderia ter sido de outra gestão.

Henrique
Henrique
Responder para  Heinz
5 horas atrás

Mas em qual governo teve investimento de peso e política séria mesmo para as FA’s? Compras de submarinos, Caças, tanques…

Acho que esse plano é um início, mesmo que seja pouco agora no momento, porém só o fato de começar a ter direcionamento, debate e relevância… Já é algo que ajuda para as próximas tomadas de decisões, que inclusive, precisamos resolver a eficiência do dinheiro já empregado atualmente, né?

adriano Madureira
adriano Madureira
5 horas atrás

Investimento é deixar de comprar menos de fora e mais de dentro…

Aumentar o percentual de material adquirido internamente, melhor exemplo de algo assim é a turquia e o número de drones Bayraktar adquiridos para as forças de segurança turca.

Até a polícia turca tem helicóptero de vergonha

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Silveira
Silveira
4 horas atrás

Nova Indústria e velhos políticos, mistura tudo acrescenta um pouco de Brasil e não dá em nada.

Vila Nova
Vila Nova
1 hora atrás

E a AVIBRAS fica com quem?