Zelensky

Em uma surpreendente reviravolta no cenário da guerra, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky afirmou estar disposto a sentar-se frente a frente com o presidente russo Vladimir Putin para discutir um acordo de paz que possa, finalmente, pôr fim ao conflito. Em entrevista concedida ao jornalista britânico Piers Morgan, o chefe de Estado destacou que, se o encontro direto for o único formato capaz de salvar vidas e garantir a segurança dos cidadãos ucranianos, “é claro que aceitaremos esse formato”.

Zelensky deixou claro que a proposta de uma negociação cara a cara não implica uma capitulação – “Eu o considero um inimigo e, honestamente, acho que ele me considera um inimigo também” –, mas sim um caminho que, embora difícil, pode abrir uma porta para a paz, desde que as condições fundamentais de soberania e integridade territorial de Kiev sejam respeitadas. O presidente ressaltou, ainda, que a realização de novas eleições dependerá do término da “fase quente” do conflito e do levantamento da lei marcial, medidas que, segundo ele, são essenciais para que o processo democrático possa seguir seu curso sem colocar em risco a defesa do país.

Entretanto, a iniciativa vem em meio a uma disputa de narrativas. Vladimir Putin, por sua vez, insiste que Zelensky não possui legitimidade para assinar um acordo de paz, argumentando que o mandato do presidente ucraniano já expirou sem a realização de novas eleições. Essa divergência tem alimentado uma tensão crescente, tanto nos corredores do poder em Moscou quanto entre os aliados ocidentais de Kiev, que continuam a cobrar garantias de segurança e apoio incondicional para a Ucrânia.

A abertura de Zelensky para um diálogo direto com Putin representa, para muitos analistas, uma tentativa corajosa de pôr fim a um conflito que já ceifou milhares de vidas e gerou enormes perdas econômicas e humanitárias. Enquanto líderes internacionais – inclusive do bloco ocidental – reforçam a importância de negociações sinceras, alguns críticos alertam que qualquer acordo deverá ser minuciosamente analisado para não comprometer a integridade territorial e os direitos fundamentais do povo ucraniano.

O cenário internacional permanece dividido, com pressões de países como os Estados Unidos e a União Europeia, que veem na proximidade entre a Rússia e um presidente “ilegitimo” a possibilidade de um acordo que não atenda aos interesses de paz e estabilidade da região. Ainda assim, a disposição de Zelensky em se reunir pessoalmente com Putin pode sinalizar o início de uma nova fase nas negociações – uma fase em que o diálogo, por mais difícil que seja, possa prevalecer sobre a continuidade do conflito.

A comunidade internacional observa atentamente os próximos passos de ambos os líderes, enquanto a esperança de uma resolução definitiva para a guerra permanece como uma prioridade para milhões de ucranianos e para os países que apoiam a nação de Kiev.

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PACRF
PACRF
5 horas atrás

Diplomacia e negociação nunca foram o forte da Rússia, muito menos do Putin. Vamos aguardar para ver o que irá acontecer.

JHF
JHF
Responder para  PACRF
5 horas atrás

Desde o início do conflito a Rússia estava sentada na mesa na Turquia aguardando alguém sério negociar alguma coisa. Agora, para se manter na mídia o ZeLenski fala em “aturar” uma reunião com Putin. Todos sabemos que o Trump já mandou passar por cima dele e fechar alguma coisa com a Rússia, para anunciar o fim da guerra desde a Casa Branca. Temos como novidade a Ukrania preocupada em “salvar vidas”….. A primavera deste ano promete.

Underground
Underground
Responder para  JHF
4 horas atrás

Tipo…. minha proposta é ficar com tudo. Essa era a negociação seria de Putin? Sério isso?

LUIZ
LUIZ
Responder para  Underground
3 horas atrás

A proposta inicial era federalizar a Ucrânia com as provincias terem uma certa autonomia. O projeto desde o início sempre foi militarizar por completo a Ucrânia e estrangular a Rússia no campo econômico e militar. Uma Ucrânia com 1 milhão de soldados bem armados ia ser um grande problema pra Rússia. A Ucrânia serve aos interesses do ocidente.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Underground
2 horas atrás

Mr Underground
Não era isso que o tratado representava. Era um tratado de paz que os ingleses amigos do do Zelensky não o deixaram assinar. agora ele vai ter que aceitar um tratado pior.

marcos terra
marcos terra
Responder para  PACRF
3 horas atrás

nao, imagina…. Vietna, Yalta, Start, Afeganistao, Ucrania… Quem abandona os “ALIADOS”, mesmo???

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  PACRF
1 hora atrás

O problema é que a Rússia não cumpre os acordos que assina e por isso não tem credibilidade. Em 1994 assinou o Memorando de Budapeste, no qual, a Ucrânia abriu mão de seu arsenal nuclear em troca de a Rússia reconhecer o território ucraniano, incluindo a Criméia. 20 anos depois a Rússia invadiu a Criméia.
Não faz sentido cometer duas vezes o mesmo erro.

PACRF
PACRF
Responder para  Jacinto Fernandes
1 hora atrás

Bem lembrado.

Nativo
Nativo
5 horas atrás

Já se ligou que o tangerina iria roer a corda, como aliás nunca escondeu e finalmente vai tentar um acordo com o manequim do capeta, mas é melhor do que acabar com o que resta do país..

Emmanuel
Emmanuel
5 horas atrás

Efeito Trump.

Dagor Dagorath
Dagor Dagorath
5 horas atrás

Podiam logo resolver suas diferenças em um octógono ou ringue. Melhor do que pulverizar a juventude masculina de ambos os países em uma guerra imbecil.

Josè
Josè
5 horas atrás

Gostando ou não o Trump está fazendo todo mundo ficar pianinho, de A a Z pouca conversa, caneta em uma mão e porrete na outra, sem esquecer é claro da singela pergunta “qual escolhe”.

Alexandre
Alexandre
Responder para  Josè
2 horas atrás

A ilusão serve apenas para quem quer ser iludido!

JuggerBR
JuggerBR
5 horas atrás

Dá uma Makarov pra cada um e eles que se resolvam, de um jeito ou de outro…

JHF
JHF
Responder para  JuggerBR
5 horas atrás

Eu preferiria entregar uma faquinha tipo yakutia e filmar em 4k. Iria vender horrores….

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
5 horas atrás

Não tem como não lembrar da famosa frase de Churchill…
“Agora, isto não é o fim. Nem sequer é o começo do fim. Mas é, talvez, o fim do começo”

Rafael Aires
Rafael Aires
5 horas atrás

Agora precisa combinar com os russos (nunca sai de moda rs). Putin falou que o Zelensk é presidente ilegítimo, pois já acabou o mandato. Agora ele não vai conversar com o Zelensk.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
5 horas atrás

Iniciativa louvável, mas tem dois “pequenos poréns” aí:

1- o Zé assinou uma lei tornando qualquer tentativa de acordo com a Rússia ilegal;

2- o próprio Zé já não é mais, tecnicamente falando, presidente desde o ano-passado.

E agora?

Eromaster
Eromaster
Responder para  Willber Rodrigues
2 horas atrás

Por isso que Putin não vai negociar com o Zé Lascado.
Putin deu entrevista há 5 dias atrás, dizendo que o Zé é um presidente ilegítimo, dando entender que é o parlamento Ucraniano que tem que negociar, não Zé lascado.

Além disso, Zé Lascado assinou um decreto em 2022, torando qualquer negociação com a Rússia ilegal. Quem tem poder pra revogar isso é o parlamento ucraniano. O Zé Lascado é mais presidente oficial.

737-800RJ
737-800RJ
4 horas atrás

“Vladimir Putin, por sua vez, insiste que Zelensky não possui legitimidade para assinar um acordo de paz, argumentando que o mandato do presidente ucraniano já expirou sem a realização de novas eleições.”

Peraí, o anão ditador do Kremlin que está há 2 décadas no poder, com “eleições” altamente contestadas não somente pela comunidade internacional, mas por seus próprios opositores que são perseguidos na Rússia, está dizendo que o presidente do país que ele invadiu é ilegítimo?

AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

JuggerBR
JuggerBR
Responder para  737-800RJ
4 horas atrás

Mas faltou pro Zé fazer uma eleição padrão Maduro…

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  737-800RJ
3 horas atrás

Qual comunidade internacional ? A mesma cujo chefe e maior representante quer retirar dois milhões de habitantes de Gaza. Pedindo que os Estado que aniquilou as vidas desse local lhe dê esta área para que ele possa fazer de lá uma Riviera ?

Eromaster
Eromaster
Responder para  737-800RJ
2 horas atrás

Você pode não gosta da pessoa do Putin, mas ele foi eleito pelo povo russo. A popularidade dele já disse tudo.
Aproximadamente 82% dos russos apoiam ele.

Angela Merkel ficou 13 anos a frente da Alemanha. O engraçado é que ninguém chamava ela de Ditadora.
Putin tem mandato a cumprir, já o Zé não. Ele só usou um artifício pra continuar na presidência.

Última edição 2 horas atrás por Eromaster
Alexandre
Alexandre
Responder para  737-800RJ
2 horas atrás

Típica fala de quem nada sabe e muito menos conhece sobre coisa alguma!

marcos terra
marcos terra
3 horas atrás

esse Cachorro Vira-Latas Sarnento e Mijao de sofas, ja foi jogado de volta onde jamais teria que sair: a Sarjeta. Em breve alguma avô ou mãe ucraniana vai despachar esse encomenda recusada. Vai ser arrastado pelas ruas pelo o que sobrou do povo ucraniano. Ele nao tem serventia. Os senhores ja nao precisa mais.

Vitor
Vitor
Responder para  marcos terra
30 minutos atrás

Põe na conta o regime que não teve piedade com seu povo em atender interesses externo , agora seus financiadores querem a riqueza dos minerais do que sobrar da partilha da Ucrânia.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
3 horas atrás

Ele teve as melhores condições em tratado de paz no mês de fevereiro de 2022 . Os ingleses não o deixaram assinar. Pois lhe garantiram que o ajudariam derrotar os Russos. Agora como está tudo perdido. Só está ganhando a guerra nas mídias ocidentais.

Rafael
Rafael
2 horas atrás

Regra número um para encontros com Vladimir Putin:
Jamais beba ou coma algo que lhe for oferecido!