Governo busca solução para crise da Avibras e apoio do BNDES pode ser decisivo
Com a saída do investidor que negociava a compra da Avibras no final do ano passado, o governo federal está intensificando esforços para encontrar uma solução para a crise da empresa. O ministro da Defesa, José Múcio, e o ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, já estão em conversas com um novo fundo brasileiro interessado em assumir o controle da companhia, com a bênção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Avibras é uma das mais importantes empresas de defesa do Brasil e uma referência na indústria nacional, conhecida principalmente pelo sistema de lançadores de foguetes Astros 2020 e pelo míssil de cruzeiro MTC-300, ambos cruciais para a modernização das Forças Armadas.
O BNDES, em nota enviada à coluna Radar da revista Veja, afirmou que acompanha de perto a situação da empresa, com “interesse que o assunto se resolva o mais rápido possível, especialmente no que diz respeito à questão dos trabalhadores da empresa”, que estão há 20 meses sem receber salários. O banco reconheceu a importância estratégica da Avibras para o país e a indústria nacional, mas lembrou que está legalmente impedido de fazer investimentos diretos na empresa enquanto esta se encontrar em recuperação judicial. Ainda assim, o BNDES atua como um dos principais credores da companhia e monitora os desdobramentos da recuperação judicial, bem como informações sobre uma possível troca de controle.
A Avibras desempenha um papel vital para a defesa nacional. A empresa é reconhecida internacionalmente por seus sistemas de artilharia de saturação de área, como o Astros 2020, um dos mais avançados no mundo em sua categoria. Este sistema, utilizado pelas Forças Armadas brasileiras e exportado para diversos países, é modular e capaz de lançar foguetes e mísseis de diferentes calibres, incluindo o MTC-300, o míssil de cruzeiro desenvolvido pela Avibras. O MTC-300 possui alcance estimado de 300 km e alta precisão, sendo considerado uma peça-chave na estratégia de dissuasão militar do Brasil.
Apesar de seu prestígio tecnológico, a Avibras enfrenta graves dificuldades financeiras, que culminaram no início do processo de recuperação judicial. A crise também afeta diretamente os trabalhadores da empresa, muitos dos quais estão há quase dois anos sem receber seus salários. Segundo o BNDES, a solução para os problemas da Avibras precisa ser encontrada com rapidez, dada a relevância estratégica da companhia para o setor de defesa nacional.
Além da sua importância econômica, a Avibras é considerada uma Empresa Estratégica de Defesa pelo Ministério da Defesa, que coordena os esforços do Governo Federal para viabilizar sua recuperação. Esse status reforça a posição da empresa como um ativo essencial para a soberania nacional e a modernização das capacidades militares brasileiras. O sistema Astros 2020 e o míssil MTC-300 são exemplos de como a Avibras contribui para o avanço tecnológico e estratégico do país.
Para o governo, garantir a continuidade da Avibras não se trata apenas de salvar uma empresa, mas de preservar uma capacidade industrial estratégica que beneficia tanto a defesa quanto a indústria nacional. Caso o novo fundo brasileiro assuma o controle da companhia, há expectativa de que o BNDES possa desempenhar um papel de facilitador na recuperação, promovendo condições que assegurem a retomada das operações e o pagamento dos trabalhadores.
Enquanto isso, as negociações avançam, mas sem detalhes concretos sobre o desfecho. A recuperação da Avibras é considerada um passo fundamental para manter o Brasil na vanguarda da indústria de defesa, fortalecendo a autonomia tecnológica nacional e contribuindo para a segurança do país.
O principal problema da Avibrás sempre foi o mesmo: péssima gestão.
O segundo problema da Avibrás sempre foi o mesmo: número de encomendas por parte do EB.
Outra é que os profissionais de alto nível, responsáveis pelos principais projetos, se foram há tempos da empresa. E mesmo que a empresa se recupere, retomar o mesmo ritmo de produção de antes poderá levar anos e mais anos.
Por isso que eu acredito que a solução passe pelo modelo tripartite: uma empresa estatal (ENGEMPRON por exemplo), uma empresa de capital nacional, e uma empresa de capital internacional. Apoio do BNDES.
Com perspectiva de realização de IPO no futuro.
Estaral nível lixo engempron, não dá. Contribuinte não tem pagar por incompetência. Ou desconta da verdade dos militares.
Fato.
O fato da empresa depender de apenas um produto também prejudica muito. Parece que faltou á Avibras a oferta de mais produtos. Nem padaria só oferece pãozinho
Com certeza Camargo. Concordo em gênero, numero e grau.
Mas isso dá pra por na conta da má gestão, pois é falta de visão mesmo.
A história da indústria bélica brasileira tem inúmeros exemplos de excelentes que nunca tiveram encomendas e que no final das contas, levou a empresa a falência.
Conhecer um pouco de história é fundamental para qualquer área de negócios, pois no fim das contas, ela sempre se repete. Principalmente no Brasil.
Você tem razão.
Tem um vídeo onde as pessoas que negociam com o governo um apoio do BNDES, relatou que o banco só inicia as negociações SE o presidente atual da empresa sair do quadro de gestão. Sem isso, nem o governo e nem o banco darão algum passo rumo a solução.
É um grande passo.
Iniciar uma nova etapa com uma nova gestão deixando a problemática no passado.
Ter apoio financeiro do governo.
Complicado apenas será tentar recuperar o conhecimento perdido de engenheiros e técnicos que já estão em outras empresas. Mas faz parte do processo.
Não tem mesmo sentido nenhum investir qualquer centavo na empresa e manter no comando dela quem a quebrou, seria o mesmo que em 2013 manterem a Patrícia Amorim de presidente do Flamengo com o Kléber Leite na VP de Futebol e o Edmundo Santos Silva de Vice de Finanças.
Boa comparação.
O Flamengo deveria fixar uma estátua do Bandeira por ter acabado com a cartolagem e profissionalizado de forma competente o time.
A única coisa que o clube me deixa triste é ser um sócio torcedor de fora (moro no Paraná) e não receber nem um pdf com as notícias internas. Fora isso, só por não ver mais aquela época onde o clube definia a permanência na séria A apenas nas últimas rodas, normalmente salvos pelo pai Joel, já me deixa feliz.
Infelizmente de 2019 pra cá o grupo que defende a política do “Flamengo dos sócios-proprietários” tomou de vez o clube social e com isso é remota a possibilidade de alguma mudança nessa relação com os sócios torcedores de fora do RJ e até mesmo com os sócios estatutários off RJ, mas não vou me aprofundar, pq daqui a pouco tomo chamada dos editores por trazer assunto que não tem a ver com a notícia 😅
Oferece pro grupo JBS
E se está última tentativa fracacar “o desfibrilador Federal falhar”
tem empresas no Brasil com capacidade tecnologia que consegue suprir o exército substituindo a Avibras?
Dando continuidade do Míssil e manutenção e suporte a todo sistema Astros?
SIATT e MacJee.
Top, então nem deveriam gastar vela com a Avibras, vale apena pegar está Grana do BNDES e investir em uma destas empresas.
Quem tem compaixão é convento e não governo, o mercado tem concorrência, os incompetente são engolidos.
Tem uma pizzaria em Brasília que só vende 1 tipo de pizza a décadas e fatura alto.
Além de ser exceção à regra, existe há décadas e só tem uma unidade. Se realmente fosse uma empresa de sucesso teria dezenas ou centenas espalhadas pelo país e até mesmo no exterior.
Concordo totalmente. Melhor qualquer outra empresa nacional comprar assumir (comprar) os projetos e tocar o barco. Existiu oportunidade de diversificar. O vício das empresas daqui é só dependerem só do mercado interno, senão quebram. As empresas na Alemanha quebrariam se dependessem do governo alemão, isso é um fato conhecido – por causa da burocracia. demora demais pra pagar. tem dúzias de estudos produzidos lá sobre isso ao longo de décadas e décadas. o primeiro resultado disso TALVEZ saia agora. Talvez. Por isso tudo é mais caro pro governo alemão do que pra fora.
Isso vem, na minha opinião, da mentalidade atrasada econômica que os militares tinham na época do regime militar e alguns economistas tem hoje: o mercado interno é o suficiente pro crescimento econômico. Não é, ainda mais hoje em dia. Nem a China acredita mais nisso com um mercado daquele tamanho (inclusive na área militar). Se desenvolve uma série de coisa exclusiva pra fora. As empresas russas sempre se bancaram com o dinheiro das exportações, porque os valores unitários vendidos internamente davam prejuízo (é o modelo que deu certo pra eles).
Aqui o pessoal quer se sustentar com o mercado interno que nem a Lockheed Martin, que além do cliente interno ser quem mais investe NO MUNDO INTEIRO (e não conta moeda), ainda exporta pros quatro cantos do mundo.
Por isso que a Embraer é o que é hoje em dia. Faltou visão e o buraco tá muito fundo. Melhor fechar.
OBS: eu sei que a gente já exportou ASTROS e eles continuavam entrando em concorrências, antes que alguém mencione. O problema de não diversificar é que caso não ganhe (e o mercado é limitado), fim, a empresa afunda. Se a Embraer não vende o C390, ela tem todo um catalogo pra oferecer em outras concorrencias pro mesmo país. Tanto de avião, quanto de outras coisas.
Do Governo, vc quis dizer!
Qualquer empresa deve ter diversidade de clientes… qualquer empresa tem que ter diversidade de fornecedores… qualquer empresa deve ter diversidade de produtos…
Uma padaria é um bom exemplo…
ela tem centenas ou milhares de clientes. Quando um deles fica em casa, ela vende o produto para outras pessoas. A padaria tem dois ou trẽs fornecedores de farinha, tem diferentes fornecedores de refrigerantes, sucos, leite… a padaria vende pão, doces, sucos, café expresso, refrigerantes…
Chopp, cerveja
“A Avibras desempenha um papel vital para a defesa nacional.”
Eu discordo demais dessa afirmação. E mais ainda em utilizar recursos públicos pra resolver problemas privados.
No Brasil uma empresa dessas tem 2 soluções:
Ou usa dinheiro público para equipar suas forças em boa quantidade de equipamentos, evitando assim que a empresa quebre, ou usa o dinheiro público para quitar as dívidas depois que a empresa estiver quebrada.
Não há nenhuma obrigação em usar dinheiro público para quitar as dívidas da empresa. Pelo contrário, seria ilegal.
“Não há nenhuma obrigação em usar dinheiro público para quitar as dívidas da empresa.”
Fala isso pro Tio Sam e pra Boeing então…
Qual dívida da Boeing o governo americano quitou?
Isso depende…. lembro de uma crise no setor bancário que obrigou o governo brasileiro intervir por meio de um programa de financiamento. Há poucos dias, o governo também atuou para recuperar as empresas aéreas (Gol e Azul).
Existem outros exemplos no Brasil e no mundo
Em 2008, o governo dos EUA estatizou a GM para evitar a sua falência.
cada caso é um caso.
seria um erro generalizar
Eu disse que o governo brasileiro não tem obrigação de quitar dívidas de uma empresa falida.
Todos os exemplos que deram são diferentes disso.
Perdoar dívidas tributárias, financiamento e aumento de capital são coisas diferentes.
Outrossim, se o governo quiser e o Congresso aprovar uma lei ele até pode assumir dívidas. Mas precisaria de uma nova lei para isso.
O governo americano realmente interviu no caso das montadores dos EUA e, no caso da GM, o governo ficou com mais de 50% da companhia.
Mas isso não quer dizer que ela virou estatal.
A empresa foi totalmente reestruturada, na verdade foi criada outra empresa privada.
O empréstimo previa o repasse de títulos da nova empresa para o Governo Americano como forma de garantia.
Salvo engano, ano passado, o Governo se desfez de seus últimos títulos e não possui mais parte da empresa.
Existiu intervenção estatal, que foi fundamental para a recuperação das empresas envolvidas. Mas isto não significa que a GM foi “estatizada”.
E comparar a cadeia produtiva automobilística americana com a AVIBRAS não tem como. A primeira é muito maior e os efeitos, que se propagariam em cascata por todos os fornecedores, teriam um impacto imprevisível na economia do país.
Basta ver como as FA e outros setores do governo tem repassado programas para outras empresas e finalmente vendo projetos caminharem.
Quer sinal mais claro do que o MANSUP num veículo ASTROS sem nem terem chamado ou mencionado a AVIBRAS?
Se o estado quisesse tomar a AVIBRAS do dono, com uma canetada o presidente da república conseguiria, pois a maior parte da dívida da AVIBRAS é com a união, isso já seria motivo o suficiente para tirar a empresa da mão do péssimo administrador que é o João Brasil!
Sim, apurando-se o valor da empresa para saber se o valor dela é maior que o da dívida com a União e, se não for, pagando a respectiva indenização.
Por outro lado, assumiria todas as demais dívidas da empresa.
Seria um bom negócio?
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
Ledo engano. Nos EUA as empresas privadas utilizam o orçamento de defesa anual de quase 900 bilhões de dólares. Cria-se uma linha contínua de produção, com previsibilidade no longo prazo. O fato de sancionarem qualquer país da OTAN que compre material russo ou chinês, vide a Turquia, garante uma reserva de mercado permanente, ainda mais com o nível mínimo de investimentos estipulado pela OTAN. É um ganha ganha para a indústria de defesa americana.
Igualzinho no Brasil… Quantos Bilhões existem pra comprar equipamento bélico nacional…. Azar de quem investir em indústria bélica aqui, morre de fome…
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
“A recuperação da Avibras é considerada um passo fundamental para manter o Brasil na vanguarda da indústria de defesa, fortalecendo a autonomia tecnológica nacional e contribuindo para a segurança do país.”
Após a recuperação — se ocorrer, a questão é se as forças armadas, especificamente MB e EB, aumentarão as encomendas, uma vez que isso não será suficiente. Além disso, o problema da falta de compromisso com a indústria nacional por parte das forças armadas é pífio ou quase inexistente.
Deixarei aqui um “exemplo” de como nossa indústria é priorizada pelas forças armadas:
“A comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW) emitiu um pedido de cotação (RFQ) para adquirir 188 coletes modulares de proteção balística e 60 capacetes de proteção balística, para o CopsEsp.”
Ué? Existem indústrias no Brasil com plena capacidade de atender estes requisitos. Por que precisam requisitar em Washington? Então, é difícil. Vemos que não há um apreço maior por aqui.
Muito obrigado pelo exemplo acima.
Aí somos obrigados a ver fardados indo pro Congresso encher a boca pra falar em BID e defender 2% do PIB pra Defesa…
2% pra Defesa pra quê? Pra gastarem AINDA MAIS da grana do contribuinte comprando de fora?
É, tô vendo essa BID aí….
O material nacional não atende as especificações sempre. Simples.
E as torres blindadas australianas para o Guarani.
Embora eu seja a favor de salvar a Avibrás, tem 3 “pequenos problemas” que ninguém fala sobre:
1- nessa altura do campeonato, quem tinha experiência e conhecimento técnico dentro da empresa já deu o fora a muito tempo;
2- a administração da empresa, a PRINCIPAL responsável pelo estado em que a empresa chegou, vai ser jogada na rua, ou vai continuar no comando?
Se for pra eles continuarem, melhor deixar a empresa morrer mesmo, seria dar remédio pra paciente terminal.
3- as FA’s BR vão realmente comprar da empresa, ou vão persistir nessa de comprar pingado a cada década?
São questões que precisam ser abordadas antes de enfiar a grana do contribuinte nisso.
A Avibras tem que focar em produtos de exportação e esquecer o MD.
É preciso criar um portfólio que atenda civis e militares estrangeiros, algo que seja possível vender em massa no exterior por preços baixos e boa qualidade. Uma estratégia igual a Taurus e CBC.
Os fuzis da Taurus poderiam equipar o CFN, já que eles utilizam a plataforma M16 e M4
As poucas empresas de Defesa ( ou que tem a Defesa entre seus portfólios ) brasileiras que deram certo ( Embraer, MacJee, Taurus e, recentemente, AKAER ) só deram certo por dois motivos:
1- se concentraram em exportar, principalmente pro público civil;
2- terem ciência de que contar com as FA’s BR é a mesma coisa que pedir esmola pra morador de rua.
O problema da Avibrás é que, além de sua diretoria míope ( e estou sendo simpático aqui ) ela não tem mais NENHUM produto pronto além do ASTROS, seja na área de Defesa, seja pra área civil.
Que tipo de empresa sobrevive apenas fabricando UM produto?
Pios ainda: Um único produto que é vendido para um único nicho: artilharia de exército.
Aí não tem jeito.
A Avibrás tinha produtos como pintura automotiva e outras mais não deu certo.
Se em anos de boa gestão, na época do Sami Hassuani na presidência, a Avubras não conseguiu criar um portfólio de produtos, como que conseguiria criar agora que está quebrada?
O problema é as FAs terem liberdade de comprarem de que quiserem, quem deveria decidir as compras é o Estado, numa política de desenvolvimentismo nacional.
As Forças com autorização do Governo e sob fiscalização do TCU.
Ou seja, para cada compra, mais uns três ou quatro anos para efetivar a compra. Mais uns três para pagar, e mais uns quatro para receber. Vai dar certo, oh se vai!
Espero que pelo menos consigam salvar o parque fabril da empresa. Julgo, em minha humilde ignorância, que o local serviria como encubadora para empresas menores utilizarem para obterem ganhos de escala.
Só se forem os barracões, pelo que li (por aqui mesmo) o equipamento mais ou menos já foi embora, ficaram algumas poucas coisas obsoletas, e muita coisa se perdeu pela falta de manutenção.
É triste.
Eu particularmente não tenho mais esperança para mim a Avibras é a nova Engesa.
Os problemas são poucas encomendas e gestão. E outra, parece que os profissionais capacitados já sairam da empresa. migraram para outras empresas de defesa de Sjc. O teste do MANSUP no ASTROS não teve nenhuma participação da Avibras, o que sinaliza que outras empresas já estão se preparando para ocupar a lacuna da falta da Avibras. Dos males o menor… Ainda bem que a propiedade intelectual é do EB, que pode mudar o contratante principal. Eu não gostaria que isso ocorresse mas é o Brasil.
A Avibras só será viável se realizar uma reengenharia total.
Tem que deixar de projetar produtos para o EB e focar em produtos de exportação.
Os requisitos do EB geralmente só servem para o EB, que compra pouco.
O negócio é focar em produtos padrão OTAN de custo competitivo , assim como entrar em nichos civis como a forjas Taurus faz no mercado americano.
Como vai fazer reengenharia total se não tem dinheiro para pagar salário de funcionário?
a avibrás já faliu esqueçam. todos os engenheiros e técnicos já se reposicionaram no mercado. uma empresa sem seu corpo técnico é apenas um galpão
Exato. Falar em missil cruzeiro nessa altura sendo que a maior parte dos engenheiros foi pra MacJee nao tem logica. A empresa faliu, se junta a outras como Engesa. Que o GF e EB repassem o Astros e missil cruzeiro pra Mac Jee e AKAER.
o míssil já está pronto agora é só industrializar, creio que será passado a SIAT
Bom dia. É uma questão bem complexa. Partindo do pressuposto que será decretada a falência. Bom, os principais “pensadores/pesquisadores” da empresa já estão longe dela. Será que a massa falida cobre as custas trabalhistas e demais encargos? Li em um canal que o terreno já foi repassado para os donos atuais em uma operação um tanto quanto “estranha”, ou seja, teremos só os projetos, equipamentos etc. para cobrir a massa falida. Assim, isso pode ser repassado para MacJee, Akaer etc., infelizmente – vida que segue. Agora, se os atuais proprietários esperam ganhar dinheiro com os terrenos caberá ao governo desapropriar a área ou colocar algum embaraço de utilização (dado que o terreno deve conter contaminantes no solo) para que a incompetência dos mesmos não seja remunerada, ou seja, o “crime” não compensar. É uma pena uma empresa dessas chegar a esse ponto. Não é só o problema de pedidos de nossas Forças, que em muitos casos privilegiam equipamentos estrangeiros, mas principalmente má gestão. Torçamos para o melhor, mas cá entre nós, todos já sabemos que a Avibrás já morreu só não querem enterrá-la de vez… É uma pena.
Não sei sobre a questão dos terrenos, mas caso tenha sido repassado aos donos nos últimos anos, pode ser considerada fraude contra credores, sendo nula a venda ou doação.
Rafael… concordo contigo… mas eu li isso em algum lugar durante essa ‘novela” que está a Avibrás… detesto não citar a fonte…mas se alguém puder colocar alguma fonte confiável aqui … agradeço… a raiva tb aparece quanto ao nível de informação que temos sobre esse processo – mesmo em canais “ditos” confiáveis vc acaba não sabendo o que é informação, opinião, especulação, desinformação ou “sacanagem” mesmo.
Tem que estatizar, logo em seguida, o EB realizar novas compras.
Entrega o protótipo do osório e pede para avibras construir um novo blindado de combate, qualquer coisa faça uma parceira com a Iveco, usando o mesmo canhão do centauro 2.
Vai torra dinheiro em nada. A empresa faliu e agora nao tem volta. Os engenheiros ja foram pra Mac Jee, AKAER, que o missil cruzeiro e Astros seja repassado para essas.
Concordo com você. E há mais uma coisa, o número de funcionários que ainda poderiam voltar para a empresa são muito poucos. Esqueça aquele papo de desgoverno “aqui mais de 10 mil empregos”, se houver uns cem é muito. E além do mais, esse governo tá com o dinheiro curto, já tá só pensando em reeleição, fazer propaganda pró mercado bélico é papo contrário, na verdade, e pauta do concorrente. Pra mim, vai no máximo liberar a venda pra quem quiser comprar do jeito que der mesmo, não importa se for fatiar, se vai ser só patentes, se é estrangeiro, o que der pra liquidar assim será. Pra mim, não tem quase nada pra salvar lá.
SIATT é que desenvolve mísseis.
Ué? As forças armadas são credoras da Avibras. Compraram produtos que ainda não foram entregues.
Nos comentários muita gente diz que tem que deixar falir mesmo. Mas fala em deixar os chineses comprarem a empresa, os caras ficam doidos.
Porque iria fechar da mesma forma, só levando os projetos e, principalmente, o corpo técnico, que interessam aos chineses, para aquele país (vi isso ocorrer em outros setores). O corpo técnico já se foi, agora ainda resta algo na parte de propelentes e motores foguete que ainda deve apresentar alguma interesse por parte de alguma empresa
A China fabrica sistemas melhores que o Astros, então ela não está em busca de tecnologia.
O que ela queria é ter uma empresa brasileira para ajudar no lobby e vender seus produtos para o Exército (montaria parte aqui).
Suas ofertas de veículos blindados via Avibrás teriam muito mais chances do que tem hoje sem uma “empresa local”.
Neste caso poderia comprar qualquer empresa brasileira e investir. Comprar uma empresa cheia de problemas e com um baita passivo trabalhista e jurídica tem que ter algo a mais.
Lembrando que know How de granulação de propelente do A Darter foi passado para a empresa, algo bastante complexo.
Será mesmo que os mísseis chineses são tão bons? Lembra dos radares vendidos ao Peru?
Acho que no final vai liberar para estrangeiros sim. A Avibras parou no tempo, não tem quase nada de importante intelectualmente falando, e material menos ainda. Se tiver alguma coisa de valor lá, que venda enquanto da tempo. De resto, já faliu mesmo.
A capacidade de desenvolver mísseis de cruzeiros tanto Ar solo como solo solo ,Ar mar e mar mar, incomoda a muitos pais no mundo que se dizem amigo do Brasil! A solução deste problemas tem que ser em sigilo sim!
O MCT300 tá em desenvolvimento desde os anos 90 (oficial nos anos 2000, mas já existia matéria sobre ele no Estado de SP desde os anos 90 escrita pelo falecido Godoy), até hoje não vingou como o Piranha e o Míssil Anti Radiação. Alemanha, França, UK, Italia, EUA, Japão, Coreia do Sul, Turquia, China, Russia, Israel, Irã, India, Paquistão… todos produzem mísseis de cruzeiro superiores ao MCT300. Australia assim como UK tem acesso ao Tomahawk americano. Até os ucranianos em plena guerra conseguiram desenvolver o Neptune. Fora a falta de meios para lançar o míssil além da fronteira do país (a FAB não opera bombardeiros…), o alcance não incomoda nenhuma potência, só assustaria os vizinhos mesmo.
O que matou o programa da Avibras alem da incompetência administrativa da empresa, foi esse eterno desenvolvimento do míssil a conta gotas, coisa que a MB e a SIATT fizeram melhor com o Mansup. Hoje tem startup americana de defesa oferecendo mísseis de cruzeiro de baixo custo com alcance superior a 900 km. Se o MCT não for repassado pra MacJee ou Akaer, logo não vai ter mercado nenhum.
https://www.anduril.com/barracuda/
mansup só andou pois os Arabes querem o míssil e deram o $$$$$$$. Pesquise e verá que o missil é uma arma necessária na região.
MTC 300 nom ecxiste !!!!
Obs: agora vi a “cara da fera” rsrs.
A solução para a Avibras é muito simples.
As FAA, s comprarem em muitas quantidades o MT-300, Guará 4WS, comprar o lote piloto do Falcão, foguetes guiados, obrigar uma cooperação entre Avibras e Akaer/EDGES, para uma nova versão do MT-300 com 1.000 à 2.000 km de Alcance, já com suas versões Naval, aérea, Astros III e toda uma gama de produtos da empresa.
Em contra partida, a empresa tem que aceitar uma nova administração voltada para a inovação, busca da qualidade extrema, pesquisa de mercados, da mesma forma que a Embraer trabalha.
O resto é perda de tempo e jogar dinheiro no lixo.
Ou o governo fazer igual o governo Árabe.
Pegar todas as empresas que fabricam mísseis, fazer um conglomerado e criar uma só.
Uma só empresa de mísseis, uma de drone etc etc etc.
Olá Gustavo… vocẽ sugeriu uma boa direção…
centralizar todas as empresas estatais de defesa em uma única. Junta a Imbel, com a Emgepron, tem aquela que produz munição para a MB.. etc.. pode incluir a Avibras… e cria a EBD… empresa brasileiro de defesa…
Isso amplia o portifólio de produtos e mesmo que um deles possa dar um prejuízo em algum momnto, os outros cobrem … e assim a empresa têm fôlego e músculo
Até seria melhor, mas como se faz em um país em que estatal só investe em cabides?
Exatamente
Simples, a empresa vai receber de aporte do governo, a mesma quantia que consegui exportar.
Ou seja, vendeu 1 bilhão de dólares, receberá a mesma quantia.
Agora se vender 100 dólares, receberá a mesma quantia.
Ou seja, se não for lucrativa, nada de salários altos e regalias.
Esta ideia de cabide de empregos já devia ter sido superada… é uma discussão que demandaria um levantamento do quadro de funcionários e uma comparação cruzada com outras empresas que atuam no mesmo seguimento…
Pegando as grandes… a Petrobras tem cerca de 50 mil empregados e um lucro de R$ 124 bilhões em 2023. O BB tem 86 mil funcionários e um lucro de R$ 36 bilhões..
O Bradesco tem 88 mil funcionários e o Itau tem 100 mil.
Peguei propositalmente esta duas empresas consideradas de excelência para mostrar que o fato de ser uma empresa pública não significa necessariamente cabide de emprego ou empresa deficitária.
É muito provável que outras empresa públicas tenham lucros pequenos ou até prejuízo, mas isso mostra que cada caso é um caso e precisa ser analisado com atenção.
A Imbel tem 2 mil funcionários e um lucro de R$ 40 milhões.. então, parece-me há um oportunidade de reformar a estrutura das empresas estatais da áreas de defesa, primeiramente passando-as para a alçada do Ministério da Defesa. Não faz sentido que as empresas estejam vinculadas aos comandos.
Por outro lado, é pouco raro encontrar gabinetes de parlamentares com pessoas ocupando cargos de confiança que servem apenas para desvio de dinheiro por meio de “rachadinhas”. Neste caso é um vespeiro.
O lucro de uma empresa está muito mais relacionado ao produto ou serviço produzido do que à quantidade de empregados.
Outra falha na comparação diz respeito à quantidade de terceirizados. Na operação de plataformas de petróleo a maioria dos trabalhadores é terceirizada, por exemplo.
Em bancos, apesar de existir terceirização de serviços de vigilância, limpeza e transporte de valores, os bancários são empregados dos bancos, formando a maioria dos trabalhadores atuando na empresa.
Sobre a Imbel, não analisei o balanço do ano passado, mas em outros anos o Governo Federal fez aportes de dezenas de milhões na empresa (por aporte, entenda transferência de valores e não compra de produtos). Precisa ver se teve aporte ano passado ou se realmente a empresa lucrou R$ 42 milhões.
Olá Camargo.
Pois é, nossas FAAs não compram em grandes quantidades como outras nações, para justificar essa “fortuna” de empresas de defesa, todas fabricando e oferecendo a mesma coisa.
O exemplo Árabe é perfeito para mim.
Criar empresas especializadas em suas áreas, voltadas ao lucro e exportações, sem interferência na diretoria, por militares da reserva, como acontece hoje.
Quando forem extremamente lucrativas, adquirem empresas estrangeiras para conseguir tecnologias.
Você citou Inbel, engepron etc.
Não acho esse exemplo válido, pois são empresas engessadas na burocracia, sem a intenção de conseguir lucro, ineficientes e inúteis.
Pois tem em sua diretoria, mitares ultrapassados e engessados com o passado!
Quem são os militares ultrapassados, engessados, inúteis e ineficientes da Emgepron?
Mas se todas dão prejuízo separadas, juntas continuarão dando prejuízo. Juntar não melhora os produtos, a eficiência dos empregados e da Diretoria.
Só é mais um CNPJ criado (aliás, criaram a ALADA dias atrás, já perdi a conta de quantas estatais de Defesa nós temos).
E abrir novos contratos com novos pedidos sendo que nem os equipamentos JÁ pagos em contratos anteriores foram cumpridos?
O problema agora não é só o passivo trabalhista. Ela perdeu grande parte do seu capital humano para outras empresas da BID em SJC. Eu, sinceramente, não vejo saída. O MTC é de propriedade intelectual do EB, e o Astros tb pode ser produzido por outras empresas do setor
Faz mais sentido isso que manter a Avibras em pé.
Mesmo eventual propriedade intelectual da Avibrás poderá ser leiloada na falência e se tiver alguma empresa interessada poderá comprá-la.
A falência cada vez mais é o destino da Avibrás.
Acho que a Aviabras terá um final feliz.
Vai pro reino dos céus das empresas de defesa brasileira.
Mais uma vez o contribuinte vai dançar.
Infelizmente a Avibras não produz mais nada de moderno, é uma empresa de um produto só. O cluster industrial de defesa de S.J dos Campos come do DCTA e nas demais instituições de pesquisa/ensino do governo. Esses sim que fomentam isso tudo na base. Se a Avibras falir, o Governo consegue outros para industrializar o míssil de Cruzeiro e o Astros.
Um dos caminhos seria, como mencionado anteriormente, criar um Conglomerado de Defesa – com Imbel, Avibras, Arsenais de Guerras, Emgeprom, PAMA etc– pujante que construísse blindados, artilharia, munições, navios, armamentos e insumos militares gerais. Não adianta achar que o Brasil constrói blindados se é a Iveco que está industrializando o produto.
O ideal mesmo seria a Embraer ter uma ala completa de defesa – virando um conglomerado de defesa – similar à BAE Systems. Ir para a área naval, de carros de combates, artilharia, aeroespacial, drones militares, sistemas antiaéreos. Ou seja, um setor de Defesa completo da Embraer que teria grande suporte estatal por trás, não atrapalhando a área civil que é o ponto forte da Empresa.
Mas estou falando da boca para a fora, obviamente tem que haver estudos e projetos sérios, e é claro um programa de estado para dar base a isso tudo.
Faz sentido.
Empresa grande, pequena, conglomerado…existe se existir venda. Faturamento recorrente. Pedidos constantes. Negócio precisa fazer caixa.
Poderiam criar fundos de investimentos ou fundo soberano se Tivéssemos receitas excedentes para financiar projetos estratégicos como nacionalizar o estaleiro ThyssenKrupp Brasil Sul que comprou o Oceana.
Ou comprar a Embraer Defesa.
Precisa existir negócios. Pedidos. Clientes. Vida.
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
Vamos falar português bem claro: acabou a Avibras. Ela não é mais viável nem economica nem tecnicamente. Ela perdeu todo o corpo de técnicos mais capacitados e de engenheiros. E depois de quase 2 anos sem receber, alguém acha que voltarão? De forma alguma!
Mais: alguém acha que os clientes internacionais ainda vão comprar da Avibras? Nunca! Ainda mais com um Astros que já estava defasado tecnologicamente antes da crise, imagina agora depois de 3 anos sem nenhum desenvolvimento.
Já era meus caros. Já era…..
Sim, MacJee pode ocupar o nicho. Para lá já foi a maior parte dos engenheiros da Avibrás. Eles já assumiram o 14x e estão desenvolvendo um VLS, assim como a AKAER. Fora que estão expandindo internacionalmente.
Não teria porque a MacJee, AKAER ou SIATT assumir o MCT300.
Que tal inserir mísseis chineses nesses lançadores? E comprar um bocado e oferecer a Colômbia e Peru.
Embraer poderia comprá-la por um valor simbólico de R$1,00, e pagar a dívida da Avibras como parte do acordo, garantindo assim a manutenção da empresa e dos empregos.
Isso já foi feito muitas vezes mundo afora…
E o que ela ganharia com isso?
Se a Embraer quiser fabricar foguetes ela simplesmente manda seus engenheiros desenvolverem foguetes, eventualmente contratando mais engenheiros, e os fabrica em suas instalações.
Ela não precisa da Avibrás para nada, então não faz sentido comprar uma empresa quase falida e arcar com suas dívidas. R$ 600 milhões não é dinheiro de pinga para a Embraer torrar.
Nao existe nemhuma sinergia de produto, so ia ser dor de cabeça e fazer o lucro da empresa tombar. So seria de interesse da Embraer se a Avibras tivesse desenvolvido drones talvez.