Exército Brasileiro inaugura a 1ª Companhia Anticarro Mecanizada com tecnologia de ponta
O Exército Brasileiro está prestes a inaugurar a 1ª Companhia Anticarro Mecanizada (1ª CIA AC MEC), subordinada ao Comando Militar do Sudeste (CMSE), no próximo dia 16. A unidade contará inicialmente com dois pelotões equipados com os avançados mísseis israelenses Spike LR2 e terá cerca de 150 militares quando estiver totalmente operacional. Composta exclusivamente por profissionais, a nova companhia será a primeira no Brasil a incorporar essa capacidade dissuasória.
O míssil Spike LR2, que pesa 13 quilos e pode ser disparado tanto do solo quanto de veículos blindados, como os Guaicurus, possui funcionalidades avançadas, incluindo modos de disparo com controle manual, automatizado ou com ajustes em voo. Ele possui um alcance de 5,5 km e câmeras diurna e termal, permitindo operação em qualquer condição de visibilidade. Essa tecnologia representa um salto significativo na capacidade de defesa anticarro do Exército.
A 1ª CIA AC MEC deve receber, no próximo ano, o míssil brasileiro Max MSS 1.2 AC, fabricado pela Siatt, que equipará outros dois pelotões operacionais, ampliando sua capacidade. Até lá, a unidade estará subordinada ao 4º Batalhão de Infantaria Mecanizado (4º BI Mec), mas futuramente será integrada à 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, que está em processo de se tornar uma das Forças de Emprego Estratégico do Exército (FORPRON) até 2027.
A localização da nova companhia em Barueri, na Grande São Paulo, e sua vinculação à 11ª Brigada, cuja sede fica em Campinas, trazem vantagens logísticas importantes, permitindo o transporte rápido para qualquer região do Brasil com o apoio dos aviões KC-390 da Força Aérea Brasileira. A brigada, por sua vez, é composta por batalhões de infantaria, cavalaria, artilharia e unidades de suporte logístico, ampliando sua capacidade de resposta operacional.
A criação da 1ª CIA AC MEC reflete a preocupação do Exército em fortalecer suas capacidades em áreas estratégicas, especialmente na fronteira norte do Brasil com a Venezuela. Em Roraima, a Força Terrestre aumentou sua presença dissuasória ao enviar mísseis Max MSS 1.2 AC para o 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado, que reforça a 1ª Brigada de Infantaria de Selva frente às crescentes tensões com o regime de Nicolás Maduro e a disputa territorial envolvendo a Guiana. De acordo com o general Tomás Miguel Ribeiro de Paiva, comandante do Exército, embora não haja ameaças diretas ao Brasil, é essencial garantir a capacidade de resposta diante da instabilidade regional.
A 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, que terá a nova companhia sob sua responsabilidade, já conta com uma estrutura robusta que inclui três batalhões de infantaria mecanizada, regimento de cavalaria, grupo de artilharia e batalhão logístico, além de outras unidades. Essa composição fortalece sua atuação em diversos cenários, desde a proteção territorial até ações de suporte logístico e emergencial.
A 1ª CIA AC MEC, com sua tecnologia de ponta e integração com veículos blindados e modernos mísseis, representa um marco na modernização do Exército Brasileiro, permitindo que a força terrestre se adapte aos desafios geopolíticos contemporâneos. Essa nova unidade reafirma o compromisso do Exército em garantir a segurança nacional e a dissuasão estratégica em um cenário global cada vez mais instável.
FONTE: Estadão
Bem, antes ( muito ) tarde, do que nunca…
Espero que o Exército adquira mais Spike e que o anão diplomático Celso Amorim não se envolva para atrapalhar novamente a excelente parceria com os israelenses.
Pq ‘mais Spike’ e não mais MSS 1.2 ?
Porque o Spike é o melhor ATGM do mundo.
Já foram exaustivamente expostas em outros debates as limitações do MAX.
além disso, duvido que o Brasil consiga produzir uma quantidade de MSS 1.2 adequada dentro de um curto período.
“Porque o Spike é o melhor ATGM do mundo” – Em 3 gerações de um equipamento militar se chega ao estado da arte, se 30 anos atrás tivéssemos adquirido o Osório hoje estaríamos com um MBT nacional de ponta. Acompanhe o raciocínio: Em 94 sai o “MK1”, 15 anos depois(99/2000) sai o “MK2” e 15 anos depois (2015) um “MK3” que estaria operando hoje e provavelmente seria uma versão capaz de enfrentar as ameaças da atualidade. O mesmo raciocínio serviria para o primeiro MSS 1.2. Daí vc provavelmente vão contra-argumentar dizendo que ‘precisa-se de um equipamento de ponta pra usar em caso de guerra…’ que devolvo com uma outra pergunta bem objetiva: Em qual guerra nos envolvemos nos últimos 30, 50 anos ?!? Por causa desse raciocínio raso e pouco comprometido com o país os nossos generais e demais autoridades deixaram o país refém da indústria de defesa de outros países que podem e vão nos boicotar em caso de necessidade e ainda destruíram nossa BID. Mais um ponto pra reflexão: do que adianta comprar um míssil super-mega-blaster em quantidades infímas que só serve pra desfiles? isso é dissuasão ?
Mas também existe o Javelin, o Bill e o Milan, o Kornet, o HT-12, o HOT e tantas outras opções.. porque a euforia em aprofundar a já excessiva dependência brasileira em relação a um país hostil e complicado como Israel que vive em conflito com seus vizinhos ( os quais são nossos parceiros históricos e com os quais mantemos um intenso comércio e fortes relações culturais)? Um país que só não está totalmente isolado da comunidade internacional porque recebe o apoio americano que o impõe entre os seus aliados da OTAN? um país que mantém um genocida condenado pelo TPi como primeiro ministro? Francamente temos melhores opções… Inclusive exercitar nossa alto-estima e apostar no desenvolvimento autóctone ou em parcerias industriais com nossos aliados como África do Sul, Índia ou Emirados Árabes.
Mude suas fontes de informações, você está vendo uma realidade distorcida sobre Israel. Lembra da tragédia de Brumadinho? Qual país se prontificou a nos ajudar?
Tem uma razão pra essa companhia estar equipada com spike e não MSS. É uma tecnologia defasada (e as razões não vem ao caso) que pode não ser suficiente pras ameaças atuais (nem da américa do sul). Existem outras alternativas aos Spike, mas por conta da guerra da Ucrânia a fila é a perder de vista. Sobra ao Brasil duas alternativas: Spike, quem tem um catálogo grande, diversificado e já foi provado em guerra; e o produto sul-coreano, que parece muito bom (e é mais barato), mas não tem tantas opções nem nunca foi usado em conflito real. Excluindo protótipos.
Tem os produtos chineses também.
Também existe o francês Akeron MP.
A Argentina lembra bem como é maravilhoso suporte logístico de míssil francês em guerra…
Tenha certeza que se estivessem em guerra contra um país da OTAN o suporte Israelense não seria tão diferente.
Que bobagem.
È um pouco incerto se foram um ou dois mísseis Exocet que erraram o alvo. Os demais acertaram. Uma boa taxa de acerto.
O problema é que a Argentina só tinha 6 mísseis Exocet.
Têm melhores opções a considerar no âmbito dos BRICs tanto na China como na Rússia… Sem os embróglios diplomáticos ocidentais… O único risco é macular a imagem dos nossos militares junto aos seus amigos do US Army… Contudo podemos estar abertos a melhores ofertas sem a necessidade de entregar a alma em troca. Devemos manter a postura e a alto-estima.
Espero MESMO é que o EB realmente insista no MSS e que uma versão aprimorada dele não leve mais 30 anos, além de adquirí-lo em boas quantidades.
Anos 80, né, então 40 anos. O mundo dos ATGMs evoluiu muito rápido nessa última geração, se for fazer algo nesse nível vai demorar bastante, porque o MSS tá gerações pra trás.
Sim o MSS já é defesada, mas não é por isso que ele não faz estrago, olha o uso do stugna-p dos ucranianos, muito utilizado para atacar tropas de infantaria, blindados leves, até helicóptero ele já derrubou.
Os indianos começaram o desenvolvimento de seu ATGM na mesma época.
Hoje, eles tem toda uma família de ATGM’s, lançadas por helis, veículos terrestres, drones, disparado por infantaria e versão “dispare e esqueça”.
E nós?
Um míssil que parece um Malyutka da época do BMP-1.
…como tem Petista que defende aquele ignorante…
Tenho zero esperança de qualquer compra de produto bélico israelense nesse governo, por isso nem coloco como opção nos comentários que eu faço (a menos que alguém tenha citado antes).
Que aliás é um “embargo” meia-bomba, pra jogar pra torcida. Porque os WAD, HMD não são “tecnologia nacional” p.n. são tecnologia israelense, fabricados aqui. Que nem várias montadoras mandam as peças e aqui só juntam e montam os carros. O HMD do gripen usa até o nome de marca da Elbit (targo), que é quem foi “embargada” no caso dos ATMOS.
Ou todo mundo na chuva ou todo mundo coberto.
Interessante que antes o EB havia anunciado que esta unidade ficaria sediada em Pirassununga….mas agora pelo visto mudaram de idéia.
Eu tinha lido isso também meu caro, estavam animados com a reforma das dependências do 13 RCM (antigo 2 RCC) para receber a nova OM.
A unidade não está em Barueri e sim em Osasco, no quartel em Quitaúna, juntamente com 4° BI MEC
Obrigado pela informação!!
Eu não sei como vai ficar a questão da doutrina, pelo que entendi cada fração tem seu apoio de fogo AC, o pelotão usa o AT4, a companhia usa o Carl Gustav, teoricamente um batalhão já era para usar Missil Anticarro, mas pelo visto estão colocando misseis para apoiar a brigada como um todo…não entendi essa questão, ou “vai ficar um buraco ali” ou vão mudar tudo e centralizar os pelotões anticarro dos batalhões de infantaria em uma companhia só, ninguém sabe se isso é só um remanejamento ou é um reforço…está confuso.
Btl e Bda vão utilizar o Míssil.
Os Btl terão o Pel AC com míssil e as Bda terão a Cia com o Míssil.
A resposta é simples. O EB comprou apenas 10 lançadores Spike e o MAX ainda não entrou em produção. Por conta da ameaça Venezuelana o EB decidiu criar emergencialmente essa subunidade operacional para pronto emprego.
Na verdade, é prevista uma Cia AC nas Bda Inf. Era pro caso de guerra, mas já há um tempo se definiu que seria organicamente normal, até por conta da fabricacao de míssil nacional.
Outro fator que foi definido foi a dotação do Light Gun nas Bda de natureza Leve. Se a OTAN autorizar, serão fabricados no AGRJ.
Em termos de Ap Fg, fica faltando somente a Art 155 AR ser definida e o Mrt 60 mm L ser fabricado aqui, que, salvo outro juízo, ainda não é.
Acredito que seria interessante a fabricacao nacional do Carl Gustaf também.
Espero que seja a “primeira” de “várias”…
Um soldado no Brasil recebe220us mês.
Onde é parecido.
SD especialista
Quem ganha isso é recruta
Espero que seja a primeira de muitas companhias, cada brigada de infantaria deveria ter várias companhias destas. A Brigada de Paraquedistas vai ter? Esse tipo de armamento é essencial para uma unidade paraquedista que opera atrás das linhas inimigas.