Após 25 anos de negociações, Mercosul e União Europeia selam acordo de livre comércio
O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia foi anunciado após reunião realizada em Montevidéu, no Uruguai. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que o tratado representa uma vitória para a Europa. As negociações, iniciadas em 1999 e que haviam avançado em 2019, enfrentaram obstáculos devido a pressões europeias, mas foram retomadas recentemente, culminando na conclusão do acordo.
Apesar do progresso em 2019, o tratado enfrentou resistência, especialmente da França, que teme uma abertura de mercado que beneficie competidores do Mercosul. A Comissão Europeia, no entanto, considerou o momento oportuno para avançar. Ursula von der Leyen reforçou a possibilidade de anúncio em sua visita ao Uruguai, consolidando a conclusão das negociações e sinalizando consenso entre as partes.
O objetivo do acordo é reduzir ou zerar tarifas comerciais entre os blocos e abranger temas como cooperação política e ambiental, harmonização de normas sanitárias, proteção de propriedade intelectual e abertura para compras governamentais. Contudo, sua implementação ainda depende da aprovação dos legislativos dos países envolvidos e do Parlamento Europeu.
As discussões enfrentaram impasses principalmente no setor agrícola, que protagonizou os debates. Agricultores europeus temem perder competitividade frente aos produtos sul-americanos, que possuem custos mais baixos. Na França, a influência política do setor agrícola reforçou a oposição ao tratado, enquanto outros países da União Europeia, como Espanha e Alemanha, manifestaram apoio à medida.
No Mercosul, o acordo também divide opiniões. Há uma expectativa de benefícios econômicos para os países do bloco, mas setores como o industrial, químico e automobilístico demonstram receio diante da concorrência europeia. Apesar das divergências, o tratado representa uma oportunidade histórica para fortalecer as relações comerciais entre os blocos.
O Brasil é apontado como o maior beneficiado pelo acordo, de acordo com estudos do Ipea. Projeta-se um crescimento de 0,46% no PIB brasileiro até 2040, além de um aumento nas exportações e na atração de investimentos externos. O tratado deve facilitar o acesso ao mercado europeu, conhecido por sua exigência de qualidade e pelos altos preços pagos, especialmente no setor agrícola.
Os benefícios previstos incluem a redução de tarifas de importação na União Europeia, concessão de cotas de exportação e diminuição de custos de insumos e bens de capital no Brasil. Essas condições devem tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional e estimular investimentos no país, especialmente em áreas voltadas para exportação.
No entanto, o acordo apresenta desafios, especialmente para a indústria brasileira. A competição com produtos manufaturados europeus pode pressionar setores menos preparados, expor fragilidades como altos custos logísticos e exigir maior eficiência e modernização para enfrentar o mercado europeu.
Especialistas destacam que setores da indústria brasileira precisarão investir em digitalização, escala e competitividade para aproveitar as oportunidades oferecidas pelo tratado e mitigar os riscos. Por outro lado, áreas como o agronegócio podem se beneficiar consideravelmente, aumentando a presença no mercado europeu.
O acordo entre o Mercosul e a União Europeia marca um momento histórico, com grande potencial de ganhos econômicos para ambas as partes. Contudo, traz também desafios políticos e econômicos, exigindo adaptações significativas, especialmente para o Brasil, que deve equilibrar os benefícios de maior acesso ao mercado europeu com os riscos de maior concorrência em setores estratégicos.
FONTE: G1
É. A vida não está fácil para o Macon.
Resta também saber como os países da AL vão enfrentar a concorrência dos produtos manufaturados da União Europeia.
Atualmente, o nível de industrialização dos países envolvidos no bloco do Mercosul são quase equivalentes, com vantagens para os países mais desenvolvidos. Mas o bloco europeu se atualizou levando modernização e automatização para diversos setores, aumentando qualidade, produtividade e reduzindo os custos à seus produtos.
Vejo vantagens na comercialização de nossos commodities.
Mas se o Estado não começar a investir pesado nestas mudanças e melhorias, a briga será dura.
O Brasil não vai sair da venda de commodities e agropecuária porque isso o colocaria em competição direta com o bloco europeu.
Some a isso que fábricas para produtos manufaturados poluem mais e você tem aí a desculpa perfeita para que não se invista.
Negativo, meu amigo. A produção agropecuária, se feita sem limites, é mais nociva ao meio ambiente.
“O Brasil é apontado como o maior beneficiado pelo acordo, de acordo com estudos do Ipea. Projeta-se um crescimento de 0,46% no PIB brasileiro até 2040″ Muito beneficiado… projeção de menos de 1% do PIB… um vento forte pode acabar com esse 0,46% e transformar em prejuízo
Se tem alguém contra esse casamento fale agora ou cale-se para sempre …
A França levantou pra falar mas a UE e o Mercosul casaram mesmo assim … E acho melhor ficarem assim …
Enfim, acho melhor a UE e o Mercosul manterem-se unidos, mesmo a França prometendo estragar as núpcias, pois a América ligou o f… para o mundo. Então que se f… sozinha.
“mesmo a França prometendo estragar as núpcias.”
O Macron que se preocupe em se manter no cargo, até porque, não está nada fácil a situação dele por lá.
Independente do presidente, a opinião francesa será a mesma. Essa não é uma opinião do Macron, mas sim de vários setores da sociedade francesa, sobretudo os agricultores
Claro, aliás a opinião do Macron é por pressão da agricultura Francesa.
O Macron querer acabar com o casório é até compreensível.
Ele sabe que os produtod agrícolas de seu país vão receber competição pesada, e está tentando resguardar os interesses de seu país.
Até aí, é compreensível. É até perdoável.
O que não dá pra perdoar MESMO é que não é, nem de longe, a primeira vez que a França tenta jogar agua na nossa cerveja.
Mas o Brasil INSISTE em comprar produtos militares dele, sendo o PROSUB o maior deles.
Isso que não é compreensível ou perdoável.
E compraríamos de quem mais se a nossa necessidade era a de um projeto do qual pudesse ser derivado um Sub nuclear? A Alemanha não os fabrica, Inglaterra e Estados Unidos não os vende. Para negociar com a Rússia ou a China nossos almirantes teriam que passar por uma sessão de exorcismo para deixarem de ver fantasmas comunistas. A Rússia chegou a ofertar o aluguel de um submarino nuclear para a MB como fez para a Índia e a fabricação da classe Lada aqui no Brasil, além do repasse tecnológico… Talvez até já tivesse o sub-nuclear haja vista o programa indiano, contudo talvez tivéssemos sido alvos de algumas sansões por parte do tio Dan, sobretudo a partir da guerra aberta da Rússia contra a OTAN. Ops..quero dizer Ucrânia…as então sobrou a França…
Se o Brasil tivesse meio neurônio funcional, essa compra dos Scorpénes pra ser utilizadas em nosso “mítico” subnuc seria condicionada a França nos apoiar na questão do Mercosul entrar na UE.
Mas como a gente não tem o costume de saber utilizar as cartas que temos nas mãos…
Se tive meio neurônio funcional já teria desistido do sub nuclear.
Ou seja, pragmatismo e contexto.
Verdade verdadeira. Com isso temos os melhores submarinos da américa latina.
Isso pq os franceses ofereceram um scorpene extendido que comportaria o reator nacional. Fora isso, o type 214 e o mais recente 2018 sao superiores e oferecem a possibilidade de um
AIP mais moderno que o da Naval Group.
Como não é compreensível? A França é dos poucos países (para não dizer o único) que nos vende o que quisermos, sem qualquer ameaça de sanção ou veto. Temos histórico de décadas de acordos militares com os franceses e eles sempre nos entregaram o que pedimos, sem mimimi.
O que tem a ver uma coisa com a outra?
Isso não significa nada.
A França que nos vendeu Mirage, Exocet e submarinso é a MESMA França com um longo histórico em ficar contra nossos interesses. Até quase nos atacou militarmente.
Ela pode muito bem nos vender 100 Rafales + 1.000 Exocets hoje, e amanhã nos boicotar na ONU.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
A França defende os interesses dos Franceses em particular e dos Europeus no geral, não os de outros estados.
A França se fosse igual, também dizia o mesmo de quem não defende o que ela defende.
Eu ainda quero saber o que uma coisa tem a ver com a outra.
Todo pós tem seus interesses. A França agora vai deixar de defender os interesses dela só pq nos vendem armamento????
Agora vamos lá. A França nos boicota na ONU, defendendo seus interesses, mas aqui no mundo real, continua nos vendendo o que quisermos comprar, porque são vendedores e para um bom negociante, o que importa é dinheiro. E os EUA? Será que fazem a mesma coisa?
Qual outro país nos vende o que quisermos comprar, sem restrição?
É fetiche com a França.
“Mas o Brasil INSISTE em comprar produtos militares dele, sendo o PROSUB o maior deles.”
Caro, eles transferem tecnologia que os outros não transferem.
“Caro, eles transferem tecnologia que os outros não transferem.”
Bom, se você ainda acredita nessa de ToT…
Esse acordo ainda tem que ser aprovado pelo larlamento cada país o que pode levar anos.
O Canadá chegou a um acordo similar em 2016 e até agora ainda nao foi ratificado e implementado inteiramente.
O mais provável é que França, Austria, Polonia e Irlanda azedem esse acordo por muitos anos… ou decadas.
Parlamento…
Informações confusas.
Acabei de ver no JN que basta que 15 dos 27 estados-membros da UE aprovem e que a maioria simples dos deputados da comissão europeia aprovem tbm. Isso já temos.
França, Austria, Polônia, Irlanda e até Itália podem chorar e espernear, mas até agora são minoria
Exactamente.
De acordo com o Le Monde nao é bem assim
Esse acordo contem provisoes que o tornam um acordo misto pois caem dentro da soberania de cada estado da UE. Portanto, algumas provisoes podem ser aprovadas com maioria simples, outras precisam ser ratificadas por todos os países antes de serem implementadas, é o que atualmente acontece com o acordo de livre comercio UE-Canadá desde 2017.
Em 2019 o acordo entao acertado pela UE e Mercosul nao passou nem pela maioria simples pois a Holanda também ficou do lado dos países contra. No fim Bruxelas e Berlin querem esse acordo, mas nao é unanime dentro da UE.
Mas não precisa ser unânime, basta uma maioria relativa para haver acordo.
Como eu escrevi, esse acordo tera provisoes que passam com maioria simples mas algumas provisoes vao cair dentro da soberania de cada estado. No fim a livre comercio deve passar mas nao todas os itens. Isso aconteceu com o free trade agreement EU-Canada acertado em 2016 e ratificado em 2017, onde a tarifa de importação despencou mas certas provisoes nunca foram implementadas pq os parlamentos dos estados europeus individualmente nao aprovaram unanimente.
Isso é o que diz o Le Monde, um jornal francês reproduzindo o que os franceses estão argumentando. Se o argumento é válido eu não sei. Me parece mais choro de quem perdeu
Não vai azedar nada,os europeus tem interesse nesse acordo para ter acesso a alimentos mais baratos e baixar um pouco o custo de vida do cidadão europeu no geral,aceitaram a comprar ate nosso etanol sem cota por ser barato.
Na maioria sim. E os alemães tem interesse em ganhar espaço exportando equipamento industrial e carros sem aliquotas, coisas que a sua indústria está necessitando.
A longo prazo esse acordo vai ser ruim pro setor agricola europeu, assim como para a industria do Brasil. A França se der uma guinada pra extrema direita, bem possível em 2027, possivelmente sai da UE e volta a usar o Franco… o que já foi declarado pela Marine Le Penn… que tambem é contra o espaço Shengen.
Macron nesse momento ta mais preocupado em Salvar seu governo, ele convou Eleições e se deu mal, e agora o Premiê dele foi escorraçado
Ligou o F para o mundo, mas o mundo também vai ligar o F para a América, ninguém ganha, todos perdem, uns mais que outros, mas veremos mais na frente.
O Milei, aparentemente não está muito feliz na foto com seus pares da América Latina, eu acho que ele só fica realmente feliz na presença do Trump, mas, cada um com seus gostos e paixões.
Milei já tem viagem agendada para a China ano que vem.
Vai passar o pires 😆
Liberal libertário ..rs, até faltar $$$.
Desde o início do governo o cara avisou que iria fazer negócios com geral. Se ele se recusasse a fazer negócios com a China você iria criticar da mesma forma. Um representante do país não deve se comportar como um moleque que fica de birra com um e puxando o saco do outro.
Parece alguém que conheço aqui do outro lado da fronteira
Milei é o único ali que realmente apoia o livre comércio, os outros ainda vão estragar as coisas. Passaram por cima da França o que vai ter consequências.
O Brasil é um país livre e soberano, e tem o direito de fazer acordos com quem quiser, se os franceses não gostaram, paciência.
Quanto a possíveis consequências, faz parte do jogo, e os franceses sabem muito bem disso, basta ver o caso do Carrefour!
O Macron vai seguir presidente morto vivo ate 2027, o RN ou a esquerda tem mais chances que o centro. Ambos vao optar pelo Frexit. A questão agricola na França é sensivel, a admin Macron vai sair como culpada por nao ter impedido esse acordo.
O livre comércio???
Como o Trump??
Livre comércio á Trump.
Espero que nesse acordo o Brasil seja tratado como igual, e não um mero vassalo da UE.
De vassalagem brasileira já bastam os EUA e a China.
“seja tratado como igual, e não um mero vassalo da UE”
Nosso comportamento, como país (não como cidadão), potencializa em muito essa visão de vassalagem.
Somos extremamente condizentes como a corrupção e a criminalidade, temos uma classe política self-serving, temos um sistema educacional que não consegue alcançar o resultado desejado (ver o ranking do PISA), temos insegurança jurídica, e mais uma penca de falhas administrativas.
Enquanto não começarmos a tratar isto, continuaremos dando margem.
Basta ver a mudança de comportamento dos demais países em relação à China e Japão.
Cada povo merece o político que tem ..
Votam em tiriricas* … perpetuam famílias de políticos no poder … aceitam o que o poder público oferece como ovelhas .. merecem.
*Países mais sérios se o político não tem no mínimo formação superior, nem concorre a qualquer pleito… nas banânias, muito eleito mal consegue se expressar ou compreender o que lê …se é que lê.
País sem capacidade industrial e tecnologia como o Brasil vai seguir vassalo. Pra cada navio cheio de chips mandamos 10 navios cheio de soja pra China.
Se nos tratam como vassalos, é porque nos comportamos como vassalos e agimos como tal.
Já passou, e muito, da hora de nossa diplomacia parar de achar que todo mundo é nosso amiguinho, botar o pau na mesa e defender nossos interesses.
Por um lado:
Nosso agronegócio tem mais um mercado e se torna menos dependente apenas da China;
Por outro lado;
Nossa indústria, que além de pequena, não tem condições de competir internacionalmente, provavelmente vai sofrer pesado com a concorrência da UE por aqui.
País “fazendão” que tem o grosso de seu PIB dependente de commodities é triste…
Mas, de modo geral, fico feliz que essa novela tenha se resolvido a “nosso favor”.
Me chamou a atenção esse trecho do texto:
“Especialistas destacam que setores da indústria brasileira precisarão investir em digitalização, escala e competitividade para aproveitar as oportunidades oferecidas pelo tratado e mitigar os riscos.”
Isso me faz lembrar dois episódios da minha vida profissional:
1 – A produtividade
Trabalhei em uma empresa (mais de 3k de funcionários) e parte da minha atividade requeria a conferência de uma quantidade gigantesca de dados, depois que o projeto estava finalizado. Na época já existia um software para fazer essa conferência, mas é claro que o dono da empresa não queria gastar dinheiro com isso, afinal é o funcionário que é um v@g@bundo e não quer trabalhar. Resultado, levava 4 vezes mais tempo para fazer a tarefa que poderia ser feita melhor e mais rápida.
2 – A digitalização
Já em outra empresa (mais de 1k de funcionários) – área de manutenção – fizeram uma reunião (com os manda-chuvas) para falar da indústria 4.0 e como nossa empresa iria atingir esses objetivos.
Quando perguntaram a minha opinião eu disse: Antes de chegar na indústria 4.0, primeiro tempos que entrar na indústria 2.0, porque imprimir papel, preencher o relatório a caneta, digitalizar e jogar dentro do servidor não é muito melhor do que guardar dentro do velho arquivo de metal. Nunca mais falaram no assunto.
Então, é essa a indústria brasileira que temos pra hoje.
Eu não nego que a burocracia estatal e o regime de impostos BR faça com que abrir empresas no Brasil seja tarefa hercúlea.
Isso é fato.
Mas também É FATO de que a grande maioria do empresariado BR tem visão tacanha, que não sabem a diferença entre “gasto” e “investimento”.
É o tipo de gente que acha que é “perfeitamente razoável” pegar um profissional formado e com anos de experiência, e dar pra ele um salário de um jovem-aprendiz e dar pra ele trabalho equivalente a 5 funcionários, e achar que está fazendo um favor a ele ( é o mesmo empresário que reclama que não tem gente experiente no mercado… )
Enfim, o empresariado BR, de modo geral, é tacanho. Visão estreita. Não aceita críticas. Acha que é semi-Deus.
Eu poderia fazer uma Bíblia com exemplos que eu JÁ VÍ, mas seus dois exemplos acima se encaixam com perfeição.
Só pra tentar dar uma dimensão dos CEOs dessas empresas que trabalhei (todas as duas do setor privado).
Esses caras (os CEOs), quando tinha algum problema para resolver com o Estado, iam direto no gabinete do governador ou o que fosse necessário. Tinham trânsito livre na política.
Já as pequenas e médias empresas (que trabalhavam como parceiros) contavam com melhores ferramentas de software que esses dois exemplos que dei. Mas a questão salarial era uma vergonha mesmo como você já exemplificou.
“(…) quando tinha algum problema para resolver com o Estado, iam direto no gabinete do governador ou o que fosse necessário. Tinham trânsito livre na política.”
Aposto meu couro que os CEO’s que fazem isso são OS MESMOS que juram por Deus que o que atrasa a economia e impede que o Brasil vire 1° mundo é o excesso de CLT’s e direitos trabalhistas e defendem o “Estado mínimo…”
E ainda vem com o discurso de que estão “gerando empregos”, como se estivessem fazendo um favor.
Estão “gerando empregos” porque, como já ensinaram os clássicos, só o trabalho produz riqueza, especialmente o trabalho dos outros.
Quem dera a UE ter gás, petróleo, terras raras, ouro e por aí fora, mas deve ser a zona do mundo, com mais azar nesses quesitos.
Na verdade menos de 10% do PIB brasileiro é puxado pelo setor primário. A indústria brasileira não é pequena em unidades e diversidade, ela não tem é competitividade externa, e não gera tantas divisas – consome mais divisas do que gera na verdade – só algumas como Embraer, WEG, Siderúrgicas, algumas alimentícias, algumas construtoras que possuem competitividade externa.
O agro e a mineração são vitais na geração de divisas e na balança comercial, já que a indústria brasileira é em sua maioria voltada para o mercado interno e os serviços sofisticados não fazem divisas em volume também. Além do mais, esses dois últimos setores importam muito insumos como já dito, então, se não houver divisas haveria a escassez de muitos produtos, diga-se Inflação.
O que uma Trump-fobia europeia não faz .. França , Polônia que chorem 😆
Um caso raro aonde a nossa diplomacia soube utilizar o timming do momento…
Vocês só pensam no Trump isto, Trump aquilo, existe também a China, a Ásia no geral,, América Latina e a África.
A concorrência é cada vez mais difícil.
China já fechou com mais da metade do mundo.
Este acordo só serve o Mercosul e a Alemanha, e recordo que a Alemanha abriu a UE à China, para poder vender as suas máquinas, as mesmas que agora a China usa para produzir bens que vende à UE e deixa a Alemanha sem mercado
Obaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
agora sou Europeu, e nem vou precisar tirar minha cidadania Suíça por causa de meus ancestrais.
Obaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Caro.. acordo de livre comércio é uma coisa, aliás defendida no discurso de qualquer liberal. Outra coisa é geografia. Quem nasce na Guiana Francesa continua sendo Sulamericano assim com quem nasce nas Malvinas… Independente da cor do passaporte
kkkk, sério?
Se não vai trazer benefícios para mim, esquece!
Não gostei!
Mais um acordo que não vai mudar nada na minha vida!!
Sim, vai trazer. Segundo a CNN, vai baixar o preço do azeite extra-virgem, dos vinhos e queijos europeus.
E pasme, lá na Europa, a cachaça, o cafézinho e a castanha de caju ficarão mais baratos, diz a CNN.
Fora isso, esqueça algum “benefício” direto.
Basicamente, o acordo é bom para os setores que são mais eficientes e têm menores custos. Do lado Europeu, quem ganha é a industria, que é muito mais desenvolvida e eficiente que a nossa. Do nosso lado, quem ganha é o agro, que é muito mais eficiente e desenvolvido que o deles.
Se formos espertos, aproveitaremos a competição para melhorar a nossa eficiência e consequentemente a nossa competitividade, baixando nossos preços.
O estado tem que ter um certo protecionismo com sua industria, mas não pode exagerar, senão todo mundo fica preguiçoso e mal acostumado. Vou nem falar da qual cidade de incentivo fiscal e insenções que o gov federal dá, como na zona franca de Manaus, para no fim das contas termos tudo caro e ainda ter empresário reclamando…
A eficiencia industrial vem por aumento de produtividade o que requer investimento em equipamentos, qualificação da mao de obra e menor custo de operação. Pra tudo isso ocorrer, alem de menor aliquota para importação de maquinario industrial, o estado precisa ser mais eficiente, diminuir carga tributária e regulamentacoes. Vejo a Argentina hoje em melhores condições de desenvolver a sua indústria com um governo focado em nao sufocar o setor produtivo. O Brasil vai seguir no mesmo caminho, com um estado com sonhos de desenvolvimento na base do investimento estatal e oferecendo subsidios a certos setores privilegiados e criando distorções que sufocam os demais empreendedores.
Por mim, que saiam mais acordos que deem mais segurança ao nosso mercado, já que o birobiro dos EUA já ameaçou taxar todos os produtos brasileiros. Se eles querem se isolar, que se isolem. O Brasil tem que ser é pragmático
Antes tarde do que nunca. O Brasil precisa aumentar sua relevância no comércio internacional e ter posicionamentos e metas definidas e coerentes.
Esse tratado nos abrirá muitas portas mas…
Mas exigirá regras claras, responsabilidade fiscal, política industrial definida, investimentos em logística, maturidade e clareza de propósitos, saber falar grosso, enfim, um pragmatismo e uma competência que nunca foram o nosso forte.
Brasileiro não gosta de ganhar dinheiro e odeia quem sabe ganhar.
Esse acordo nao foi ratificado ainda. Esse filme já ocorreu em 2019.
Mas não era o P…T que era contra o Acordo, ainda bem que eles caíram na real, esse acordo traz mais beneficios que maleficios
Ponto para o atual governo. Projeção, segundo o IPEA, de crescimento de 0,46% no PIB, até 2040. Muito bom para o Brasil.
O Brasil deveria forjar alguma espécie de poupança soberana advinda da exportação mineral e agropecuária. Essa poupança só sairia para:
1° infraestrutura energética e de transporte vitais (beneficia todos os setores econômicos e a população geral)
2° investir em ciência e tecnologia (que beneficiaria o próprio setor agro e mineral, incluso investimento no cluster industrial de Defesa).
3° Catástrofes de grande monta.
4° TALVEZ financiar compras externas de material bélico de alto padrão como: destroyers, caças, MBTs todos de última geração, coisas que o Brasil ainda não está disposto a fazer sozinho no médio prazo, mas todos esses materiais poderiam ser, em parte, construídos no Brasil.
Deveria haver filtros de como esses recursos seriam retirados, projetos claros para onde iriam esses recursos, com retiradas máxima por cada ciclo presidencial, assim como alocação mínima a cada ciclo presidencial atrelado ao nivel de entrada de divisas desses setores, quem desrespeitasse esses filtros, responderia politicamente.
E o custo Brasil? Impostos insuportáveis? Proteção aos “amigos” incompetentes e total menostrezo àqueles que produzem honesta e competentemente?
Na Europa existem direitos trabalhistas e os impostos em geral são até maiores que aqui. Qual a competição injusta que haverá no setor industrial?
“No Mercosul, o acordo também divide opiniões. Há uma expectativa de benefícios econômicos para os países do bloco, mas setores como o industrial, químico e automobilístico demonstram receio diante da concorrência europeia. Apesar das divergências, o tratado representa uma oportunidade histórica para fortalecer as relações comerciais entre os blocos.” … em resume, ambos os lados não querem perder nada so pensam no que levam vantagem….
Essas acusações absurdas e inverídicas da frança em relação a nossos produtos deveriam ser contrapostas em relação à dominância escravocrata deles em relação à Africa. https://jacobin.com.br/2023/12/como-a-franca-continuou-explorando-suas-ex-colonias-africanas/
No que toca ao acordo, o que os franceses dizem é que existe concorrência desleal porque existem muitas normas europeias, que não existem no Brasil, e que tornam a concorrência desleal e desonesta, diferenças a nível sanitário na criação de animais onde é proibido a adição de antibióticos, enquanto no Brasil é permitido e recordemo-nos de que muita gente na saúde se preocupa com o fato de muitos brasileiros tomam antibióticos sem prescrição médica, mas pode tomar por via indireta através da ingestão de carnes de animais que tomaram antibióticos e que consumidor não sabe. Também são utilizados pesticidas na produção de alimentos para a criação de animais, pesticidas esses proibidos na UE.
Tomemos também em conta outro aspeto e que é o desmatamento que os europeus fizeram no passado, mas todo o mundo se esquece que no passado as casas, os barcos, as mobílias, a confeção de alimentos e o aquecimento das habitação eram feitos com recurso à madeira, mas também todo o mundo se esquece que a recuperação de florestas acontece no continente europeu e na América do Norte e não nos países com florestas tropicais e serve para chamar a atenção de que muita gente vai tentar produzir mais à custa do desmatamento e isso é inaceitável..
Muita gente no Brasil é contra o acordo porque temem pelos seus negócios, pelos seus trabalhos, mas não nos esqueçamos que o Brasil já perdeu mercado industrial na AL para os produção industrial chinesa, mas ninguém se preocupa. Mas algo difícil de compreender é que os trabalhadores industriais europeus recebem remunerações mais altas do que os trabalhadores brasileiros e ainda assim a industria brasileira é menos competitiva do que a europeia.
Por fim, no Brasil é crime assassinar alguém, no entanto existem demasiados crimes praticados, como tal a dominância escravocrata francesa ou melhor a exploração francesa em África não deve ser alvo neste debate porque todos os africanos francófonos que podem, emigram para França.
Só depende da França, então esquece.
Esse acordo é horrível, mas vou deixar todo mundo comemorar e daqui 15 anos eles vão ver a burrada.
Salve senhores!
Penso que temos mais a chorar que a comemorar…o tempo vai dizer.
Sgtº Moreno
Discorra, por gentileza.
Acordo entre Mercosul e União Europeia após 25 anos de negociacoes, reforma tributaria após 50 anos de procrastinacao dos deputados e senadores no nosso Congresso Nacional, isenção do imposto de renda para quem ganha ate 5 mil reais, ou seja, para a grande parte da populacao brasileira, taxação das grandes fortunas, corte na escala 6×1 em prol da escala 5×2, grandes acordos bilaterais no G20, crescimento do BRICS e cesta de moeda para se contrapor ao dólar e contra sancoes economicas unilaterais, isso tudo vai ajudar e muito o Brasil a se fortalecer economica e geopoliticamente. Agora resta ver como sera a administracao do Trump, pois se ele isolar os EUA, a tendencia é que a Uniao Europeia se volte muito mais para o comercio com o Mercosul, México e Canadá.
Mercosul e União Europeia – irrelevante
Reforma tributaria – irrelevante, pois continua caro.
Isenção do imposto de renda até 5 mil – Não faz mais que a obrigação, só para ter uma ideia, 5.000 reais você comprava um pombal em 95 (https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/3/27/dinheiro/12.html)
Taxação das grandes fortunas – Difícil.
Escala 6×1 – O trabalho é uma obsolescência por si só.
G20 – Irrelevante
BRICS – Irrelevante
Contrapor ao dólar – Somente uma moeda deflacionada e livre pode enfrentar o dólar.
Amigo, vc esta bem?
Uniao Europeia, irrelevante?
Reforma Tributaria, irrelevante? Assim que ela for totalmente implementada o custo de producao vai diminuir muito.
G20, irelevante? Com varios acordos bilaterais formalizados, principalmente com a China e outros países importantes?
BRICS irelevante? Se o BRICS fosse tao irrelevante assim então pq o Trump quer impor sancoes contra os países que deixarem de usar o dólar?
Isenção do imposto ate 5 mil vai favorecer 80% da populacao brasileira.
A taxacao das grandes fortunas sim, eu concordo, vai ter resistencia, por isso o mercado financeiro esta dando chilique, eles queriam que fossem feitos cortes nos beneficios sociais no lugar de se impor taxas sobre os dividendos acima de 50 mil.
Me explique seu ponto de vista, pq a sua argumentacao nao bate com os fatos, e fatos são fatos.
Efeito TRUMP 2.0.
off: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/07/rebeldes-na-siria-avancam-cerco-para-20-km-de-damasco-diz-comandante-rebelde.ghtml
Off, parece que a flotilha russa já zarpou.
Do contrário que alguns pensam, a américa do sul, em especial o Brasil; tem tudo que a indústria europeia necessita atualmente …. matéria prima e energia barata.
.
A indústria brasileira tem muito o que ganhar, fazendo parceria com os investidores europeus; …… não ficarei admirado se grandes empresas com a BASF e tantas outras iguais alemãs …. virem na américa do sul um ideal local para produzir de forma mais competitiva aos produtos chineses.
.
O atual governo do Brasil realmente, está de parabém pelo seu grande empenho por essa conquista.; onde muitos não acreditavam que ocorreria.
Nossa mão de obra é mais barata que a chinesa.
Interessantes os movimentos recentes do stablishment. “O corpo se contorce ao sentir dor”. Acho que a Europa acionou um dos planos B deles. Infelizmente péssima notícia para nós. Sempre fui contra esse acordo…tempos sombrios e governos fracos…mas tenhamos fé em Deus. Opa, “Deus” também é Europeu…ferrou