Brasil vende mais aos BRICS do que EUA e UE juntos
Desde a criação do BRICS há 15 anos, o Brasil tem estreitado laços comerciais com os países do bloco, superando o comércio com EUA e União Europeia (UE) desde 2018. Especialistas apontam que essa tendência deve se intensificar com o aumento de acordos comerciais e diplomáticos entre os membros.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) mostram que a balança comercial brasileira com os BRICS é positiva, enquanto com EUA e UE é negativa. O bloco promove fóruns e possui um banco próprio, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), liderado pela ex-presidente Dilma Rousseff.
De acordo com Silvana Schimanski, professora de Relações Internacionais da UFPel, o BRICS facilita o comércio e os investimentos entre os países membros, promovendo um ambiente de cooperação econômica crescente. Esse impulso reflete-se nas exportações brasileiras, que, embora tenham crescido globalmente, expandiram-se mais rapidamente para os países do BRICS.
Em 2009, EUA e UE importavam mais do Brasil que os BRICS, mas essa situação inverteu-se em 2018. No ano passado, as exportações para EUA e UE somaram US$ 83,2 bilhões, enquanto para os parceiros emergentes atingiram US$ 123 bilhões.
Até setembro deste ano, as exportações para o BRICS cresceram 6,5%, enquanto para EUA e UE subiram 5,8%. A China lidera esse movimento, tendo superado os EUA como principal parceiro comercial do Brasil desde 2009.
As exportações brasileiras para a China cresceram 396% desde então, com a China representando 84,5% do total exportado para o BRICS em 2023. A secretária de Comércio Exterior do Mdic, Tatiana Prazeres, destaca a complementaridade entre as economias brasileira e chinesa.
A China demanda commodities brasileiras, especialmente agrícolas, para abastecer sua população e áreas de baixa produção, enquanto o Brasil importa manufaturas chinesas. Desde a crise financeira de 2008, o agronegócio e a indústria extrativa têm impulsionado as exportações para o BRICS.
Produtos como soja, milho e minério de ferro são os principais itens exportados para a China, consolidando o Brasil como um fornecedor-chave para os BRICS. Jorge Viana, da ApexBrasil, observa que a cooperação entre os membros do bloco tem potencial de crescimento.
Com a entrada de novos membros, como Arábia Saudita e Emirados Árabes, o BRICS ampliará suas oportunidades comerciais, aumentando a relevância do bloco para o Brasil. Segundo Robson Gonçalves, da FGV, essa proximidade econômica entre os membros do BRICS é natural e favorece o comércio bilateral.
Além disso, o BRICS busca reduzir custos transacionais e barreiras não-tarifárias, o que beneficia pequenas e médias empresas na exportação e importação. Schimanski observa que o Brasil se esforça para diversificar seus parceiros comerciais, mirando novos mercados como Oriente Médio e África.
Embora o comércio com o BRICS cresça, o Brasil não abandona EUA e UE, que continuam sendo importantes fontes de importação. A balança comercial com EUA e UE, contudo, pende para o lado deles, enquanto no BRICS é favorável ao Brasil.
O impacto da guerra na Ucrânia e das tensões no Oriente Médio tem influenciado o comércio global, com EUA e UE aplicando barreiras contra produtos chineses, o que redireciona excedentes chineses para o Brasil.
A retomada da indústria brasileira é vista como um fator positivo para as exportações ao Ocidente. O governo brasileiro busca revitalizar o setor industrial e promover produtos de maior valor agregado, tradicionalmente exportados para EUA e UE.
De janeiro a setembro deste ano, a corrente comercial do Brasil com EUA e UE recuperou-se em 8,2% e 4%, respectivamente, indicando um crescimento moderado, mas consistente, nas relações comerciais tradicionais.
FONTE: CNN
O Brasil está se tornando dependente demais de exportação de matéria prima em seu superávit com a China, até hoje a Embraer não emplacou no grande mercado chines de aviões, se não tiver um forte e efetivo projeto de pesquisa e inovação tecnológica e acordos que abram os mercados do BRICS, apenas trocaremos seis por meia dúzia.
Sempre foi. Sempre seremos.
A Embraer está fechando Sierra Madre.
Existe uma esquizofrenia politica no Brasil. A esquerda, que é historicamente hostil ao agronegócio – valoriza a relação comercial com a China; mas esta relação é, em grande parte, baseada nos produtos do agronegócio. Então fica assim: criticam o agronegócio mas elogiam os frutos do que eles tanto criticam…
Meu caro, o que criticam? Rsrsrs. Continuam neste governo a subsidiar fortemente o setor.
E este governo é de esquerda? Segundo vários membros do PT não é.
Como assim, hostil ao agro?
A esquerda – não confundir ideologia com governo, que é exercício de poder – sempre foi hostil agronegócio de alto desempenho. Basta ver o incansável apoio que o PT, por exemplo, dá ao MST e ao Stédile. Mas aqui há a hipocrisia: ao mesmo tempo que, como ideologia, o PT apoia o MST, na exercício do poder, nomeia como ministro um político do PSD do Kassab, que era o vice presidente da APROSOJA, que o Stédile diz ser o que há de pior no agronegócio brasileiro. Então, a esquerda como ideologia sempre foi hostil ao agronegócio, mas no exercício do… Read more »
Agro sempre se utilizou dos benefícios do governo para se manter! Sem isso não duraria muito tempo.
Mestre luciano, errado…..
não está falando da europa?
pode postar alguma tabela comparativa disto?
Este grafico afirma justamente o contrário…vc tem algum insumo sobre isto?
https://www.bloomberg.com.br/blog/subsidios-agricolas-precisam-focar-em-eficiencia-diz-ocde/
sensacional ! melhor comentário
os protestos dos agricultores europeus e em especial franceses não é por menos…eles mamam no Estado….e a concorrencia cm o Brasil não conseguem sustentar…isto ja tinha data marcada para dar zebra….mas agora com a crise da ucrania….o dinheiro minguou na europa….ficou insustentavel…
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
historicamente a esquerda despeja rios de dinheiro no Agro…
Você não está confundindo ideologia com governo? São coisas diferentes. Porque você vai no site do PT (ideologia) e só vê elogios ao João Pedro Estédile, do MST que uma vez disse o seguinte sobre a Aprosoja: “O agronegócio está dividido. A metade que tem juízo apoiou o Lula. A outra parcela é o Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), que só pensa em ganhar dinheiro.” Mas depois você vai ver quem é o ministro da Agricultura e Pecuária do governo do mesmo PT e descobre que é um político do PSD (Kassab) que era o Vice-Presidente da… Aprosoja. Como… Read more »
Mais um das conspirações do ZAP ZAP.
Sim, o PT não apoia o João Pedro Stédile, líder de um grupo que em abril deste anos fez 244 invasões de terras. É conspiração do ZAP.
Esta baboseira de esquerda e direita faz o debate fugir do lado prático das coisas . O lado que voce chama de esquerda. Investiu mais de 362 bilhões de reais e no agro negócio em 2023 . Agora pesquise quanto que o antecessor de “direita” investiu em 2022 .
Eu não acho que este governo seja de esquerda. O Ministro da Agricultura e Agropecuária é do PSD e era Vice Presidente da Aprosoja, – aquela entidade que reúne produtos de soja que é odiada pela esquerda.
“O Brasil está se tornando dependente demais de exportação de matéria prima (…)”
Nossa economia SEMPRE dependeu demais de alguma commoditie ao longo de nossa história…e é esse o problema.
A participação da indústria no PIB do Brasil tem evoluído ao longo do tempo da seguinte forma:
1985: 35,9%
1998: 13,8%
2004: 17,8%
2011: 23,1%
2021: 18,9%
2023: 10,8%.
Período de aumento no índice de participação da indústria e reversão no PIB, em quais governo? Rsrsrsr
Todos os governantes neoliberais que abriram as importações no país, desde Fernando Collor de Mello.
Nossa indústria, fora raras excessões não conseguiu se adaptar a concorrência e nem a pirataria e contrabando_ que os presidentes não combatem_ logo ela só poderia regredir meso.
Dá-lhes Dilma. Sempre acreditei nessa mulher.
teu comentário será o mais negativado, infelizmente !!
Parece q se enganou …
dilma a que estoca vento ????????
Por isso seu comentarios nunca fazem sentido pra min, ta explicado.
“Seu comentários nunca fazem pra mim…”
É. Tá explicado.
Baseado na tua escrita eu entendo por que não entendes o Esteves…
A terrorista que matou Mário Kozel Filho. Jamais esqueremos!
Isto está com cara de Facebook…
“A terrorista que matou Mário Kozel Filho”
Como????
“Dá-lhes Dilma. Sempre acreditei nessa mulher.”
Esteves, tu é uma figura! 😂🤣
Na realidade, Brasil e EUA são concorrentes nos três principais produtos de exportação do Brasil – minério de ferro, soja e petróleo, que juntos representam em torno de 35% da pauta de exportações brasileiras.
Precisa ver essa pauta. Os grãos que o Brasil exporta não são beneficiados. São commodities ou…ração.
O óleo que vendemos é o óleo que extraímos do pré-sal. Precisa ver o valor comparado à outros óleos leves mais baratos para refinar extraídos de outras regiões.
Precisa sim.
O meu ponto é que os EUA nunca serão grandes compradores dos principais produtos de exportação brasileiros porque eles produzem localmente. Por exemplo, os EUA são exportadores de petróleo – exportaram, entre petróleo, derivados e gas natural, mais de US$ 340 bilhões; mas importam petróleo do Canadá, México e Brasil para a formação do blend, mas é uma quantia pequena. O que, visto da forma, correta é uma oportunidade porque o Brasil exporta para os EUA produtos industrializados. A disputa comercial entre China e os EUA/Europa abre porta para aumentar as exportações de produtos industrializados nacionais, que é um desejo… Read more »
Mestre Jacinto está absolutamente certo!!!
Quando defendo que o Brasil deve defender caro…defender carissimo sua neutralidade , é exatamente por isto.
Os EUA não tem dinheiro nem a necessidade de cobrir um rombo se largarmos os Chineses, pois os proprios americanos são os maiores concorrentes nos produtos agricolas e minerais que exportamos….
Se o Brasil quer deixar de ser um mero exportador de commodities e desenvolver sua indústria/serviços, o melhor caminho é a neutralidade radical. O Brasil não tem como concorrer com a China em termos industriais, mas se houver uma guerra comercial entre China e EUA e Europa em que estes países queiram reduzir a aquisição de produtos chineses, pode haver espaço para o crescimento da indústria brasileira. De outra forma, seremos sempre um fazendão.
E quando deixamos de ser?
A questão é: seremos para sempre?
A guerra comercial já existe ha 3 anos…. e já estamos no meio dela
Agora, se ela crescer e virar militar, talvez tenhamos de praticar a VENDA DE BALCÃO com a RETIARADA POR CONTA DO COMPRADOR….ou seja….navio saindo do porto, a escolta é do comprador….e ponto….Portos ao Nordeste EUA…Portos ao Sul China….
Preço.
Os EUA comprarão produtos de qualquer um se houver Preço e não haver lobby interno desagradando produtores internos.
Mercado.
Os EUA comprarão produtos concorrentes aos produtos produzidos internamente quando e se quiserem construir mercados.
Quem? Quem te ensinou que há ideologias nos negócios?
Preço: a natureza das commodities é essa. A natureza fungível delas implica em que a soja (por exemplo) pode ser comprada do Brasil ou dos EUA segundo as conveniências do comprador, entre elas (mas não exclusivamente) o preço.
Mercado: a construção de mercado é uma atividade pontual, não a regra.
Quem? Eu considero ingênua a ideia de que não existe ideologias em negócios. Não em todos, certamente, mas em muitos há.
Os EUA nao tm bala na agulha para repor ao Brasil, o buraco que ficaria se deixarmos a China….não tem como…. Mas ouçam com atenção o que já repeti e repito….!!!! A saida amarga ou não, mas a unica saida, queiram ou não, seria deslocar os investimentos que fazem na China e Asia e trazer para a AL e em especial, ao Brasil ( somos responsaveis por 50% do PIB AL)…. Isto diluiria o poder Chines….mas sim, criaria uma China Brasileira falando portugues pertinho dos EUA…eles não gostariam…mas…vão se os aneis e ficam os dedos….de uma forma ou outra, seria… Read more »
A questão não é bala na agulha. A questão é que os EUA não precisam do que os Brasil exporta. Soja? Os EUA produzem mais do que precisam e exportam o que sobra. Petróleo? Idem; Ferro? Idem. O ponto é que o Brasil não deve abandonar seu comércio com a China – e nem com ninguém. Mas há uma janela de oportunidade de fornecer produtos industrializado para os EUA (como o México está fazendo e seu crescimento melhorou) e que, tecnicamente, o Brasil tem condições de explorar se a gestão da política externa for pragmática e não se comprometer politicamente… Read more »
Para fortalecer a integração econômica no BRICS, o Brasil deve priorizar acordos bilaterais com países do bloco que compartilhem estágios econômicos semelhantes, aproveitando as complementaridades e sinergias para expandir as trocas comerciais. Ao diversificar seus parceiros e reduzir a dependência de mercados tradicionais, como EUA e UE, o Brasil amplia suas oportunidades de crescimento sustentável. No diálogo com a China, principal parceira comercial do Brasil no BRICS, o governo pode explorar formas de agregar valor às exportações, especialmente em produtos agrícolas e minerais. Além disso, incluir esses temas nas discussões da Nova Rota da Seda traria benefícios logísticos e de… Read more »
O Brasil não é dependente dos EUA ou da Europa em relação às suas exportações. É dependente da China.
e a China é dependente do Brasil , EUA , Australia, Argentina….
então…estamos bem….porque de celeiro…só argentina….
Mas o verdadeiro problema é outro. Desde 2020 o governo chinês iniciou um programa de substituição no uso da soja para produção de rações animais (que é onde a soja é majoritariamente utilizada) e as importações de soja da China devem começa a diminuir nos próximos anosn
Mestre…eu desconheço isto….eles não possuem area plantada necessaria…e a Africa que era uma aposta….ainda aos proximos 30 anos, consumira o que produz….não deu certo o projeto africa….a medida que a produção aumenta lá, esta acaba sendo alocada em grande parte no mercado interno…e o deficit deles é ainda enorme….não há melhor conversos alimentar animal que soja e milho….
Qualquer um com mais de 1% é importante. Errado é concentrar 40% em somente um.
Legal, o problema que ainda dependemos de produtos industrializados mais sofisticados, e a nossa industria é feita de subsidiárias de empresas do Ocidente, Coreia e Japão, pra China o Brazil ser um fazendão é tão bom quanto para o Ocidente,
Por um lado, é bom ver a balança comercial BR em superavit.
Por outro lado, é um superavit dependnete quase exclusivamente de commodities.
O problrma do Brasil é que, historicamente, nossa economia SEMPRE dependendeu muito de algum commoditie:
Cana de açúcar
Pau Brasil
Cacau
Borracha
Café
Ouro
E, a médio e longo prazo, sempre houve um crash em nossa economia por causa disso.
Lembro do professor Espedito… mostrando e explicando .. nos livros de Geografia, os produtos com valor agregado e a dependência tecnológica do Brasil .. 1990 ! o tempo passa !! e o Brasil não avançou quase nada!
A China representa 84,5% da importações do Brasil para os BRIC mas a notícia é de que vende mais para os BRICS.
Sem a China, a Rússia, a Índia e a África do Sul representam 15,5% das exportações do Brasil para estes países, sendo este valor ainda menor nas exportações absolutas.
Boa sorte ao tentar que a Rússia importe um décimo do que a China importa do Brasil.
Rússia eu não sei , mas o mercado Indiano é promissor.
Onde se diz BRICS, entenda-se China.
Boa materia…semanas atras postei estes graficos e tinha gente que duvidava….
E de que adianta vendermos mais aos BRICs (Leia-se China) se é apenas minério de ferro, soja e carne? Entra muito dinheiro, mas não vemos esta bonança sendo espalhada para a população. Para EUA e Europa, vendemos aviões. Muito mais favorável ao desenvolvimento do país.
E com q dinheiro fabricamos aviões?
Com aquele q entra no pais pela venda de ferro, soja e carne…. bobinho..
Li muitos comentários criticando o Ocidente de apenas comprar comodities e que era apenas isso que o Brasil vendia, questiono se com os BRICS é diferente e fica a questão, quem compra os aviões construídos pela Embraer?
Mestre Fewoz existem dois pontos:
O lugar do Brasil é no BRICS, nossa prosperidade está na região Ásia-Pacifico .
Acordo com UE não vale o estresse!
De que adianta exportar aos BRICS se so exportamos minerio e soja? Que nos aliemos automaticamente as grandes democracias do Ocidente para exportarmos minerio e soja aos países certos.assim o desenvolvimento vem.
As grandes democracias do ocidente não tem como comprar tudo isso do Brasil. São nossos concorrentes. Exportem isto para os Estados Unidos….
os BRICS, tentam dar vies politico, mas não é politico, tem inclusive adversarios lá dentro, o que ele traz de vies é uma quebra de lastro de moreda internacional, na medida que o modelo anterior só estava permitindo vantagens e ascendencia ao G7…somente isto….é uma multipolarização….