Primeiro núcleo de plutônio para ogiva W87-1 é produzido e certificado pela NNSA para o estoque nuclear dos EUA

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WASHINGTON – Em 1º de outubro de 2024, a Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA) do Departamento de Energia dos EUA verificou a conclusão da Primeira Unidade de Produção (FPU) de um núcleo de plutônio para o Programa de Modificação W87-1. O núcleo de plutônio é um componente essencial nas ogivas nucleares dos Estados Unidos.

A NNSA está atualmente reconstruindo a capacidade de fabricação de núcleos de plutônio, com uma meta de produção de pelo menos 80 unidades por ano. Durante a Guerra Fria, os EUA eram capazes de produzir centenas de núcleos anualmente, mas essa produção foi interrompida em 1989. Desde então, a NNSA tem trabalhado para recapacitar essa produção, que deteriorou no período pós-Guerra Fria, em toda a sua infraestrutura de segurança nuclear.

A conquista da FPU do núcleo W87-1 é um marco importante para a modernização do estoque de armas nucleares dos EUA. A ogiva W87-1 apoia o míssil balístico intercontinental (ICBM) Sentinel do Departamento de Defesa, que fará parte da defesa nuclear terrestre do país, substituindo os ICBMs Minuteman III.

Este primeiro núcleo de plutônio totalmente qualificado para a ogiva W87-1 foi “certificado” após atender a todos os requisitos, significando sua prontidão para ser incorporado ao estoque nuclear dos EUA com qualidade de “reserva de guerra”. Especialistas de várias instituições, incluindo o Laboratório Nacional Lawrence Livermore, o Laboratório Nacional Los Alamos (LANL), o Kansas City National Security Campus (KCNSC) e o Nevada National Security Site, colaboraram com a NNSA ao longo de oito anos para desenvolver e aprimorar os processos de qualificação, certificação e aceitação necessários para fabricar este núcleo. A fabricação do núcleo de plutônio foi concluída no LANL, com o Laboratório Livermore responsável pelo design do núcleo e o KCNSC pela produção dos componentes não nucleares.

“Esse esforço complexo, executado por nossos parceiros de missão, representa um passo importante em nosso caminho para restaurar e modernizar a capacidade da NNSA de produzir núcleos de plutônio nas quantidades necessárias para atender às exigências militares estabelecidas pelo Departamento de Defesa”, disse o Dr. Marvin Adams, Administrador Adjunto para Programas de Defesa.

A produção consistente de núcleos de plutônio e capacidades experimentais robustas para estudar suas propriedades são vitais para o estoque nuclear. As atividades para alcançar a meta de 30 núcleos por ano no LANL continuam, e a instalação de novos equipamentos e melhorias nas instalações proporcionarão uma capacidade de produção cada vez mais confiável. A Savannah River Plutonium Processing Facility, no Savannah River Site, terá a capacidade de produzir pelo menos 50 núcleos por ano até meados da década de 2030.

A NNSA continua a restaurar e modernizar todo o conjunto de capacidades de fabricação necessárias para desenvolver uma infraestrutura mais resiliente, a fim de atender aos objetivos em evolução da dissuasão nuclear.

FONTE: National Nuclear Security Administration

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Clésio Luiz
Clésio Luiz
7 horas atrás

Nuclear bomb for me but not for thee.

Allan Lemos
Allan Lemos
Reply to  Clésio Luiz
7 horas atrás

Com o apoio de muitos que defendem esse status quo ou a ideia pueril de banir todas as armas nucleares.

Marcelo
Marcelo
Reply to  Clésio Luiz
2 horas atrás

Os americanos desenvolve armamento nuclear e ainda faz divulgação,já um país lá da América do sul assinou o tratado de não ploriferaçao de armas nucleares e o nao desenvolvimento de armamento nuclear.
Alguem levou uma bela grana.

Bosco
Bosco
7 horas atrás

Será que o rendimento foi incrementado?
A W87 padrão tem rendimento de 300 kt mas há possibilidade de aumentar para 475 kt.

Marcelo
Marcelo
Reply to  Bosco
2 horas atrás
Helio
Helio
7 horas atrás

Off topic: ‘Plano de salvamento’ da Avibras, da área de defesa, envolve fusão com Akaer e apoio do BNDES

https://www.estadao.com.br/economia/negocios/plano-salvar-avibras-defesa-fusao-apoio-bndes/

Bispo de Guerra
Bispo de Guerra
7 horas atrás

Se os EUA farão 50 por ano até 2030… quanto fara a Russia , China….no mesmo prazo…. é um loop para o fim….

Bosco
Bosco
Reply to  Bispo de Guerra
6 horas atrás

O verbo fazer nesse caso significa “modificar”.
Elas não são construídas do nada e sim renovadas.
Tanto os EUA quanto a Rússia não faz mais armas nucleares do zero há décadas.
Em tese, com manutenção, as armas nucleares americanas são pensadas para durar 100 anos

Bispo de Guerra
Bispo de Guerra
Reply to  Bosco
5 horas atrás

“NNSA está atualmente reconstruindo a capacidade de fabricação de núcleos de plutônio¨.

O “antigo¨ W87 tem 300qt de potencia.
O W87-1 perto de 500qt…

Me engana que eu gosto, 58% de aumento no poder de destruição ….

Cada 30 ogivas w87-1 equivalerão a 47 ogivas w87….aumento descarado do arsenal nuclear…

Obvio que a Russia fara o mesmo.

Last edited 5 horas atrás by Bispo de Guerra
Underground
Underground
Reply to  Bosco
2 horas atrás

Bosco,
Esses cem anos requerem renovação periodicamente, creio. Saberia dizer o tempo de decréscimo para perda de capacidade como bomba nuclear, o que após necessitaria um novo “enriquecimento”?

Carlos Campos
Carlos Campos
3 horas atrás

Vários Quilotons de pura de Diplomacia