Iraque adquire sistemas de defesa aérea sul-coreanos M-SAM em acordo bilionário
O Iraque anunciou a compra de oito sistemas de defesa aérea M-SAM da Coreia do Sul, no valor de US$ 2,63 bilhões. O contrato, que será assinado na próxima semana, envolve oito baterias do sistema Cheongung-II, conhecido como o “Patriot Coreano”. Esse acordo representa um passo importante na expansão das exportações de defesa da Coreia do Sul para o Oriente Médio, após acordos anteriores com os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.
O sistema KM-SAM faz parte de uma estratégia de defesa em camadas, com capacidade para interceptar aeronaves e mísseis balísticos, utilizando navegação inercial, atualizações em voo e radar de homing ativo para guiá-los. O ministro da Defesa do Iraque, Thabet Al-Abbasi, mencionou também novos acordos para modernizar o exército iraquiano, incluindo a compra de obuseiros franceses CAESAR e a modernização dos tanques M1A1 Abrams.
O Iraque enfrenta dificuldades em manter seu equipamento militar de origem russa, como os helicópteros Mi-17, que serão substituídos por 12 helicópteros Airbus H225M Caracal. Além disso, o Iraque está considerando fornecedores alternativos, como os EUA, embora haja resistência interna contra a aquisição de sistemas de defesa dos EUA devido a pressões de facções apoiadas pelo Irã.
O interesse do Iraque em sistemas de defesa aérea começou em 2014, quando o país adquiriu sistemas Pantsir-S1 da Rússia. No entanto, a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 complicou o fornecimento de peças e armas russas, levando o Iraque a explorar outras opções. Além disso, a compra de equipamentos militares russos pode expor o Iraque a sanções sob o Ato de Combate aos Adversários da América Através de Sanções (CAATSA), como aconteceu com a Turquia.
A França forneceu ao Iraque radares de vigilância aérea de longo alcance Ground Master 403 (GM403) e pode vender sistemas de defesa aérea adicionais. Opções incluem os mísseis Mistral ou Crotale de curto alcance, ou o sistema SAMP/T de longo alcance, capaz de interceptar mísseis balísticos e de cruzeiro.
O Irã também se ofereceu para ajudar o Iraque em suas necessidades de defesa aérea e propôs exercícios conjuntos. O Irã desenvolveu sistemas como o Bavar-373, comparável ao S-400 russo. No entanto, a aquisição de sistemas iranianos pelo Iraque poderia enfrentar oposição dos EUA, especialmente se o pessoal iraniano estiver envolvido.
O sistema KM-SAM foi projetado para substituir as baterias MIM-23 Hawk na defesa da Coreia do Sul, sendo uma peça-chave na defesa regional contra ameaças aéreas, incluindo mísseis balísticos. Ele tem sido amplamente adotado na região e internacionalmente, com vendas significativas para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
Até o iraque? E o nosso?
Lanças, flechas e estilingues.
O Iraque gasto menos com defesa,do que gastamos só com pagamento de pessoal das forças.
Algo de errado, não está nada certo por aqui.
Já ví gente tentando “defender” essa lacuna dizendo que defesa aérea é trabalho pro EB, e que por isso defesa AA de médio e longo alcance não é prioridade pro EB.
Perguntei se o EB tem caças suficientes pra isso, e perguntei porque país que tem forças aéreas com grande n° de caças TAMBÉM tem sistemas de defesa AA de médio e longo alcance, mas a pessoa não respondeu…
Ops, errata:
“defesa aérea é trabalho pra FAB, e que por isso defesa AA de médio e longo alcance não é prioridade pro EB.”
“Perguntei se a FAB” tem caças suficientes pra isso”
Eu ainda perguntei ao Bosco uma explicação mais técnica dos motivos pelos quais não podemos fazer o nosso sistema.
Temos tudo.
Radar Saber M60 e M200.
Veículos lançadores Aviibras.
Mísseis Piranhas MA1-A, MA1-B, A-Darter.
Seria legal ele expor aqui as considerações deles pois é um post mais pertinente.
Desses listados só os radares foram pra frente a Avibrás está em crise e seguer consegue entregar o que deveria produzir, já os mísseis Piranha ou A-darter estão mortos e enterrados…
Só por esse pequeno vislumbre já dá pra imaginar um programa nacional como esse seria, décadas consumindo dinheiro pra no final não entregar nada.
A-darter estão mortos e enterrados…
Recentemente a Africa do Sul recessitou o A Darter, O brasil nesse projeto adquiriu a tecnologia para sensores IR em mísseis
A Denel está em crise há muitos anos, chegou perto da falência, essa tentativa de trazer o A-darder é parte de um esforço de reestruturação da companhia, esse é outros programas foram revistos mas não há nenhuma decisão oficial do governo sul africano em reviver ainda mais porque faltam clientes interessados.
Da parte do Brasil a SIATT é quem deveria tocar esse programa mas no momento ele está no limbo…
Ainda é muito cedo pra dizer que ele ressuscitou no máximo pode se dizer que deram uma sondada pra ver se alguém tem interesse no falecido.
Em vez de comprar com ToT, seria melhor comprar com o direito de poder, no futuro, integrar nossos radares e prouzir os mísseis no Brasil.. Assim receberíamos mais baterias, mais baratos e mais rápido.
Iraque foi lá, escolhei, e comprou um sistema.
Enquanto isso, os “iluminados” de verde-oliva estáo a décadas criando trocentos grupos de estudo que se arrastam do nada pr alugar nenhum, pra simplesmente escolher os sistemas.
Quando finalmente escolherem, o processo de compra será outra novela….
Sangue bom , os ” iluminados” dependem de autorização do State Department até para adquirir uma bombinha de São João para a festa da criançada na vila dos oficiais.
Em segundo,”servem” a uma “nação” que tem asco de militares. Povo e autoridade constituída.
Dinheiro não falta realmente.
Mas na atual configuração de nossas forças armadas de nada adianta.
Ps: sempre bom recordar da máquina de criptografia usada pela marinha e fornecida por empresa controlada pela CIA.
“Em segundo,”servem” a uma “nação” que tem asco de militares. Povo e autoridade constituída.” As próprias FA’s sempre se portaram como uma “entidade” distante e acima do povo do seu próprio país, e nunca mexeram um dedo pra se comunicar com o próprio povo. E nem vou falar na qua tidade de vezes em que essas mesmas FA’s se meteram em decisões de governos civis do próprio país… Então, não reclama se a “nação” e o “povo” tem “asco” de seus militares. “Mas na atual configuração de nossas forças armadas de nada adianta.” Essa “atual” ( que de atual, não… Read more »
Que as FFAA brasileiras não contam e nunca contaram com sistemas de defesa antiaérea de médio e longo alcance, à exceção de 4 viaturas Marder Roland na década de 70 e mísseis defasados em fragatas do mesmo período (anos 70 e início dos anos 80) é do conhecimento de todos aqui. Algum país de relevância baseia sua defesa aérea exclusivamente em caças? (Que, caso esta fosse a estratégia, em um país do tamanho do Brasil deveriam ser em número de centenas). Que essa talvez seja a maior deficiência em termos de equipamentos de defesa, é reconhecido há décadas. A grande… Read more »
O pobre Iraque comprou 8 baterias completas desse sistema, pode printar ai, se o Brasil comprar um sistema desses, não passa de 4 baterias e olhe lá.
Tem algumas imprecisões nesse artigo. O KM-SAM é adotado regionalmente? Não mesmo! A Coreia do Sul é a única que usa (não me refiro ao Oriente médio). Patriot coreano? Isso é piada. KM-SAM é chamado de sistema de defesa de “médio alcance”, mas na verdade ele é de curto alcance. Ele só consegue interceptar mísseis e aeronaves a uma distância máxima de 50 quilômetros, o Iron Dome, que classificado como de curto alcance, intercepta alvos a 70 quilômetros. Já o Patriot, esse sim um sistema de médio alcance, intercepta alvos a mais de 250 quilômetros. Uma informação não dita no… Read more »
O KMSAM não é copia do S350 mas o contrário. Quando Almaz Antey concordou em vender tecnologia de radar pesa para a Coreia do Sul os coreanos melhoraram o sistema russo com aplicação intensiva de eletrônica avançada a que os russos não tinham acesso naquela época. A tecnologia transferida pelos russos era do sistema S300 que é composta de uma frota de inúmeros caminhões de tamanhos grotescos com diversos tipos de radares diferentes e os coreanos aperfeiçoaram isso substituindo tudo isso por apenas um radar. Os russos da Almaz tiveram acesso a essas melhorias e decidiram copiar a tecnologia coreana… Read more »
Isso não é completamente verdade. Você tá certo em apontar que o KM-SAM não é uma cópia direta do S350, eu errei na forma como escrevi. O S350 começou a ser desenvolvido praticamente ao mesmo tempo que o KM-SAM. Obviamente houve influência do KM-SAM sobre o S350, mas o KM-SAM foi de fato desenvolvido na Rússia, com participação coreana, obviamente. A Coreia recebeu transferência de tecnologia, e possui propriedade intelectual sobre o sistema. Mas a idéia de que os coreanos melhoraram um sistema russo com tecnologia que os russo não tinham acesso é falsa. Se os coreanos tivessem esse tipo… Read more »
Dê uma olhada no sistema grotesco do S300 e S400 e depois compare com o KMSAM. A melhoria é visível pois ficou mais leve e menor (embora o S350 seja superior ao KMSAM). Todos sabem com a USSR era atrasada tecnologicamente em relação ao ocidente logo contrabandeava peças de computador, peças eletrônicas, etc e naquela época a CS era uma dos mais avançados em eletrônica no mundo. O Crotale foi adquirido pela CS antes da Rússia começar a trasferir tecnologia à CS para pagar sua dívida e grande parte das tecnologias modernas que a CS possui hoje se origina deste… Read more »
70 km curto alcance jovem?
Rússia passou tecnologia para a Coreia para ganhar dinheiro e colocar pressão no Japão, agora tá perdendo clientes em potencial
Alemanha deu ToT de submarino e agora os Coreano até tentam vender subs para outros.
Dá um pouco de inveja, aqui temos ToT caríssimos que resultam em quase nada
Bom, o texto vai ser longo. Antes de mais, notei alguns deslikes. Porque? Eu apenas disse fatos, me apresente argumentos e, se necessário, contexto reais. Que tal fazer assim? 🙂 Nesse textão, eu vou fazer justamente isso, vou mostrar alguns fatos, e dar um bom contexto. 🙂 Espero que leiam até o final, e com calma. — Porque colocar pressão no Japão? O motivo das cooperações entre Coreia e Rússia tinha haver com empréstimos que a Rússia (ainda União Soviética) recebeu da Coreia. Em troca da Rússia se afastar da Coreia do Norte, a Coreia do Sul emprestou algum dinheiro… Read more »
Quanto ódio no seu coração …. rsrsrs
Que ódio? Se o comentário parece agressivo, essa não foi a minha intenção. Eu apenas quis expor fatos, e fiquei um pouco incomodado com os deslike sem motivo.
Você tem provas de que engenheiros japoneses ajudaram no desenvolvimento da tecnologia bélica coreana? Sei que engenheiros japoneses costumavam vender segredos industriais aos coreanos, assim como os coreanos fazem hoje em dia para os chineses, mas em termos militares grande parte dos equipamentos japoneses estão se mostrando inferiores aos sul coreanos, logo não sei quais seriam os segredos bélicos que os engenheiros japoneses poderiam vender aos sul coreanos. Sei que os coreanos compraram muita tecnologia do ocidente (e também fizeram muita engenharia reversa), mas nunca ouvi falar que ouve essa contribuição japonesa de que você fala.Se me lembro bem um… Read more »
Japão desenvolveu baterias ion litio capazes de irem dentro de sub marino, ninguém antes tinha coragem de fazer isso.
Japão é capaz de fazer Turbofans para seus aviões, e tem um no mesmo patamar do PWF119, que a Coreia não tem capacidade para fazer, e o Japão está ainda melhorando ele para colocar no F3
Radar
Radar OPY 2, banda X que é mais sensível que banda S, sendo usada para radares diretores de tiro, alta resolução.
então nao concordo que o Japão não desenvolveu tecnologia relevantes nessa área nos ultimos anos
Baterias de lítio as coreanas são melhores. O turbofan japonês foi desenvolvido com transferência de tecnologia dos gringos e os japoneses não dariam a ninguém, logo não sei se o Japão ajudou a coreia no desenvolvimento de sua tecnologia nesta área. Quanto aos radares o japoneses são de fato um dos melhores, mas também não transfere tecnologia a ninguém, logo a indagação permanece: tem provas de que japoneses ajudaram os coreanos a desenvolver sua tecnologia bélica?
Alguns Turbofans foram desenvolvidos a partir de tech dos EUA, mas o XF5 e XF9 não foram, ( XF9 Nível do Turbofan do F22 e produz muito mais energia elétrica, para ter sensores e radares mais potentes vistos atualmente em quelquer caça) , XF9 tem tecnologias que ninguém dá para ninguém, e até fazer engenharia reversa neles nao adianta se vc não está com pesquisas no estado do arte em Metalurgia e compositos. “””””””””””””””indagação permanece: tem provas de que japoneses ajudaram os coreanos a desenvolver sua tecnologia bélica?”””” Nunca disse que os Japoneses fazem ToT, só quis te corrigir sobre… Read more »
A situação volta pra década de 90 ainda existia a possibilidade do Japão se recuperar, o Japão vinha como um tigre se armando e juntando Plutonio adoidado, as visões geopolíticas nãp eram as de agora, existia um temor de que Japão que nunca se desculpou e se arrenpendeu do que fez na Ásia, se, se igualasse aos EUA em termos economicos poderiam tentar mais uma vez anexar ou de alguma forma prejudicar seus vizinhos e ninguém ia fazer nada para parar eles, pois seriam uma potencia economica e foi naquela época a maior potencia militar da região, por isso do… Read more »
A Rússia de fato quer uma CS forte para contrapor ao fortalecimento do Japão e da China no extremo oriente. Tanto a Russia como a CS temem o fortalecimento destes dois países na região logo anseiam poder contar com a ajuda mútua em caso de necessidades. Quanto aos submarinos parece que o barulho ocorreu no tipo 209 e se me lembro bem os coreanos processaram os alemães por isso e ganharam, e depois resolveram o problema. Quanto aos submarinos da próxima fase (KSS II) os problemas ocorreram por incompetência dos coreanos mesmo, devido a problemas relacionados com corrupção e esses… Read more »
KSS III está despertando a atenção de todos, ele parece que é bem melhor que o antecessor, e ainda teria a cpacidade de lançar SLBM, algo incrível, pois poucos países tem essa capacidade.
Eu não tenho inveja nenhuma do Iraque! Uma bomba relogio. Quem quiser pode se mudar pra la.