Múcio após corte de R$ 280 milhões: ‘Defesa de um país não pode ser improvisada’

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Em meio à insatisfação devido ao corte de R$ 280 milhões do orçamento do ministério da Defesa para adequar as regras do Arcabouço Fiscal, o ministro José Múcio disse que a defesa de um país não pode ser improvisada, e que considerando o PIB do Brasil, a defesa tem orçamento bastante modesto face aos desafios e responsabilidades da área.

Múcio afirmou que defesa é um tema que não tem apelo eleitoral, mas é importante para a soberania do Estado.

O ministro está junto aos comandantes das Forças Armadas em sessão da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Ele ainda defendeu que é preciso apartar as paixões políticas das causas de defesa nacional e que o Brasil precisa olhar para o futuro, pensar nas próximas gerações, ao invés de pensar nas próximas eleições.

Governo corta R$ 419 milhões de Defesa, Polícia Federal e Abin e gera insatisfação

O Ministério da Defesa está entre as pastas mais atingidas por cortes feitos em 2024 pelo governo Lula (PT) para ajustar o Orçamento às regras do novo arcabouço fiscal.

O órgão perdeu R$ 280 milhões durante o ano e afirma que ficou com o menor volume de recursos em uma década.

“Tal restrição gera fortes impactos no cumprimento de contratos já firmados (alguns com governos e empresas estrangeiras) dos projetos estratégicos da Defesa e também na manutenção e no custeio das diversas organizações militares em todo o território nacional”, afirma o ministério.

O governo retirou mais de R$ 4 bilhões em despesas discricionárias de diversos ministérios neste ano. Essa verba não está comprometida com salários e outras obrigações, servindo para custear a estrutura dos ministérios e outros investimentos.

Depois do corte de verbas, a Defesa ficou com R$ 5,7 bilhões disponíveis em verba discricionária, sem contar recursos de emendas parlamentares e do Novo PAC. Em 2014, essa mesma fatia era de R$ 11,5 bilhões, cifra que supera R$ 20 bilhões se for considerada a inflação do período.

A verba obrigatória (como salários e pensões) das Forças Armadas, porém, aumentou em uma década e alcança cerca de R$ 110 bilhões anuais.

No saldo dos cortes feitos em 2024, o Ministério da Fazenda perdeu a maior cifra entre os ministérios, R$ 485 milhões. A redução atingiu verbas de administração das unidades ligadas ao ministério, também para o setor de tecnologia da Secretaria Especial da Receita Federal, entre outras ações.

Em seguida, os ministérios dos Transportes e da Defesa sofreram cortes de cerca de R$ 280 milhões cada um.

A relação com as Forças Armadas é um tema sensível ao governo Lula. Neste ano, o presidente chegou a vetar atos em memória dos 60 anos do golpe de 1964, no momento em que militares são investigados por suposta participação em trama golpista para manter no poder o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Polícia Federal perdeu R$ 122 milhões com os cortes. Em nota, o órgão afirma que nem sequer foi consultado sobre quais áreas seriam atingidas.

O governo cortou parte dos recursos usados para pagar agentes da PF que trabalham nos períodos de sobreaviso, controle migratório e da manutenção do sistema de passaportes.

Também perderam verba as rubricas sobre “controle e registro de estrangeiros, operações policiais de prevenção e repressão ao tráfico de drogas, ações de cooperação policial internacional, entre outras atividades de grande relevância para a Polícia Federal”, segundo o órgão.

O presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), Luciano Leiro, disse que causou perplexidade a inclusão da PF entre os órgãos alvos de corte “porque a corporação tem sido cada vez mais exigida, seja no combate à criminalidade organizada, aos crimes ambientais, na defesa do Estado democrático de Direito”.

“A PF já está na iminência do cancelamento de contratos que abrangem a manutenção de terceirizados que fazem o serviço de imigração e emissão de passaportes”, afirmou, em um comunicado.

Em nota, o Ministério do Planejamento afirmou que teve de reduzir despesas porque uma parcela de R$ 32 bilhões do Orçamento estava condicionada à apuração da inflação.

“Como o IPCA veio abaixo do previsto, o valor de fato que pôde ser liberado foi de cerca de R$ 28 bilhões. Esse ajuste é o principal fator que explica a redução, em R$ 4,5 bilhões, da estimativa para a despesa discricionária em 2024, anunciada no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 1º Bimestre”, disse a pasta.

É comum que ações discricionárias sejam cortadas durante o ano para, por exemplo, reforçar gastos obrigatórios, como a folha salarial, a dívida pública ou sentenças judiciais, além de adequar o Orçamento às regras fiscais.

A recomposição desses valores sofre influência do desempenho da economia, arrecadação do governo e queda de gastos obrigatórios, entre outros fatores. Em 2023, a verba discricionária subiu entre o começo e o fim do ano -em 2024, até agora, houve redução.

Os cortes ainda atingiram R$ 17 milhões da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o equivalente a cerca de 20% da verba discricionária do órgão.

A rubrica de “ações de inteligência”, usada para bancar serviços de tecnologia da informação do órgão e diárias dos agentes, entre outras atividades, foi a que mais perdeu recursos.

Em nota, a Abin afirma que “tem se mobilizado para conseguir recomposição orçamentária”.

O órgão diz ainda que mantém atividades como a instalação de centros de inteligência local para as reuniões do G20 no Brasil, consultoria de segurança para o Concurso Público Nacional Unificado e ações de inteligência para desintrusão em áreas indígenas, além da atuação na Casa de Governo na Terra Indígena Yanomami.

Cortes no Orçamento

Governo reduziu mais de R$ 4 bilhões em gastos discricionários por regras do novo arcabouço fiscal

Ministério da Fazenda

Pasta perdeu maior volume de recursos (R$ 485,8 milhões)

Ministério da Defesa

Teve R$ 280 milhões cortados. Em nota, diz que verba disponível é a menor em 10 anos e cita ‘forte impacto’

Segurança e inteligência

PF perdeu R$ 122 milhões e diz que não foi ouvida sobre corte. Abin teve cerca de 20% da verba cortada

Ministério da Saúde

De R$ 140 milhões cortados, R$ 107 milhões são para entrega com desconto no Farmácia Popular; pasta diz que ainda não há impacto na distribuição dos produtos e lembra que verba geral do programa foi turbinada

MEC e Ciência e Tecnologia

Perderam cerca de R$ 280 milhões, somados. Bolsas em universidade e na educação básica estão entre ações atingidas

Desenvolvimento e Assistência Social

Com cortes de R$ 228 milhões, pasta diz que tem verba limitada para programa Criança Feliz e financiamento de comunidades terapêuticas

Dados extraídos do Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento), Siga Brasil e ministérios

Fontes: CBN e Terra

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Samuel Asafe
Samuel Asafe
7 meses atrás

Poxa ministro, que dó de você. Bora lá no congresso fazer lobby pra aumentar o orçamento sem contrapartida das forças né? Nosso sonho é uma marinha de 100.000 homens e 4 corvetas estacionadas no Rio de janeiro.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  Samuel Asafe
7 meses atrás

Me dá muita raiva essa insistência dos militares BR em baterem sempre nessa tecla de 2% du PIB pra Defesa´´. Isso apenas prova que a alta casta dos militares BR estão totalmente desconectados da realidade do próprio país, e de que vivem no fantástico mundo de Bob. Não há disponibilidade orçamentária pra aumentar a porcentagem do PIB pra essa Pasta. Não há. Pra dar 2% do PIB pra milico, alguma Pasta vai ser tesourada. Vamos tirar da Saúde pra dar pra Defesa? Segurança Pública? Infra-Estrutura? Vamos aumentar e criar ainda mais impostos pra dar mais dinheiro nesse saco sem fundo… Read more »

Akhinos
Akhinos
Reply to  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Você não sabe nada sobre como funciona execução do orçamento no Brasil e acha que pode solucionar tudo com essa ladainha de “hur dur é só cortar efetivo”. Vai aprender a diferença entre gasto obrigatório e discricionário e como cortes no primeiro nunca significam aumentos no segundo.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  Akhinos
7 meses atrás

Me mostra aonde, em meu comentário, eu disse que a solução era simplesmente cortar pessoal.
Mostra aí.

Akhinos
Akhinos
Reply to  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Amigão, aqui embaixo você está falando que a maior parte do orçamento a salários e pensões, isso não é gastos obrigatórios onde você vive?

E o que é saco sem fundo da defesa? Explica aí pra nós, eu tô esperando você vir falar que não está falando que a defesa não é saco sem fundo por causa dos gastos obrigatórios.

—— EDITADO ——
Você não sabe como funciona o orçamento das forças e se acha sei lá pq gabaritado a dizer como elas deveriam gastar.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  Akhinos
7 meses atrás

Se você acha certo gastar próximo de 90% de todo o orçamento bilionário da Defesa APENAS com pensão, soldo e aposentadoria…
Adoraria poder dizer que é “só” cortar, com uma canetada, o benefício desse povo, mas sei o suficente pra saber que não é assim que funciona.
E sim, a Defesa é mesmo um saco sem fundo.
Quem foi o culpado por ter chegado nesse ponto? Vai me dizer que foram os civis?

Rodrigo
Rodrigo
Reply to  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Quando as FA baixarem seu custo de pessoal para 60% do orçamento podemos pensar em elevar…agora seria mais dinheiro indo para o ralo.

Waldir
Waldir
Reply to  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Não dá do jeito que o país gasta. Uma reforma para enjugar excessos de gastos, aumento de produtividade do setor público, fim dos milhares de penduricalhos das castas altas do funcionarismo, etc vc ia ver quantos bilhões não sobrariam no orçamento.
Mas não tem um PR que não seja populista que passou ou está lá que enfrenta esse problema. Até resolver isso (se um dia resolver) vai ser desse jeito mesmo.

Jose
Jose
Reply to  Samuel Asafe
7 meses atrás

Samuel é óbvio que o ministro só foi chorar com a autorização do presidente, na verdade o que querem é que se aumente o orçamento para a pasta e quando forem efetuar os cortes como sempre fazem terão um número maior para apresentar sobre a contenção geral dos ministérios, nada além disso.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
7 meses atrás

(…) e que considerando o PIB do Brasil, a defesa tem orçamento bastante modesto face aos desafios e responsabilidades da área.´´ Bastante modesto? Engraçado que militares SEMPRE falam em porcentagem, mas NUNCA falam em valores reais. Sempre tocam nessa tecla de gastamos apenas 1% do PIB com Defesa´´, mas nunca informam quanta grana é essa porcentagem. Ora, o que é maior? Nosso 1% do PIB pra Defesa, ou, por exemplo, 10% do PIB pra Defesa do Paraguai? A verba obrigatória (como salários e pensões) das Forças Armadas, porém, aumentou em uma década e alcança cerca de R$ 110 bilhões anuais.´´… Read more »

Akhinos
Akhinos
Reply to  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Sim, aumentou despesa com salários mas o orçamento real caiu 48% na última década. Deixa eu te perguntar, existe inflação nesse mundo mágico onde você vive? Entende agora gênio porque aumentou gastos com salários?

Por isso que assunto sério não é lugar de palpiteiro. Vocês querem ensinar a missa para os comandantes e não sabem sequer como funciona coisas básicas como inflação.

Last edited 7 meses atrás by Akhinos
Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  Akhinos
7 meses atrás

“Vocês querem ensinar a missa para os comandantes e não sabem sequer como funciona coisas básicas como inflação.”

Ahhhh sim…percebe-se bem como as FA’s são bem geridas, são eficientes, e são exemplos em prestação de contas…
A MB é um excelente exemplo de como os “comandantes” sabem gerir bem suas Forças, claro…
Será mesmo que sou EU que não sabe como funciona inflação e contas básicas?

Teve uma matéria recente no PN sobre o “sobrepreço misterioso” das FCT’s que mostra bem quem é que não sabe nada disso…

Akhinos
Akhinos
Reply to  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Eu fico com um pouco de pena quando eu leio esse tipo de comentário como o seu. Tu é o típico caso de efeito Dunning-kruger, você sabe muito pouco do que está falando, mas não sabe o quão pouco sabe, e por isso pensa estar abalando. Se fosse esperto já teria ficado na sua quando eu apontei a falácia do seu argumento em que você sequer considera inflação. Mas eu vou perder meu tempo explicando o caso das Tamandarés pra você. O que aconteceu no contrato delas é absolutamente normal no setor de defesa ,desculpa estourar sua bolha de entendido… Read more »

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  Akhinos
7 meses atrás

Engraçado é que, mesmo eu criticando as FCT’s e seu sobre-preço, eu NUNCA disse que esse programa fosse um fiasco…pelo contrário, já falei várias vezes que até me espanto em como esse programa está indo rápido ( se considerar-mos o histórico dos programas BR ). “eu posso passar o dia aqui provando que a Marinha brasileira manda melhor que quase todas no mundo em administrar grana.” Ahhh sim, percebe-se… O estado atual da MB mostra MUITO bem o quanto a MB manda “melhor que quase todas no mundo” em administrar seus recursos. Boa sorte em tentar distorcer a realidade pra… Read more »

Last edited 7 meses atrás by Willber Rodrigues
Akhinos
Akhinos
Reply to  Willber Rodrigues
7 meses atrás

EDITADO:

POR FAVOR, SEJA MAIS EDUCADO AO EXPOR OS SEUS ARGUMENTOS SEM PRECISAR OFENDER OUTROS COMENTARISTAS.
VOCÊ JÁ FOI AVISADO ANTERIORMENTE.

Rodrigo
Rodrigo
Reply to  Akhinos
7 meses atrás

Não viaja as FA são mal geridas, comandantes não péssimos gestores, não têm noção da realidade do país, passam o dia carimabando papel. Não adianta dar mais dinheiro para quem gerem mal, so olhar tem concurso aberto para músico no marinha…daonde que precisa disso.

Rodolfo
Rodolfo
7 meses atrás

PAC-3 defesa subiu no telhado…

Santamariense
Santamariense
Reply to  Rodolfo
7 meses atrás

Hehehehe…e qual a novidade?

willhorv
willhorv
7 meses atrás

Faz um rapa em metade do efetivo e nos benefícios e aposentadorias vitalícios….vamos ver se sobra ou não sobra dinheiro para compor mais meios operantes….que é o objetivo principal. E ainda vai sobrar gente!!! Surreal o que se passa nessas nossas FAAs

Last edited 7 meses atrás by willhorv
Akhinos
Akhinos
Reply to  willhorv
7 meses atrás

Sim, vamos arrancar direitos garantidos das pessoas pq elas estão velhas e já não podem mais lutar por eles. Só tem gênio da gestão de orçamento nesse blog. É incrível, qlq ditador de republiqueta africana ficaria com um sorriso de orelha a orelha de ler esse tipo de comentário escabroso.

Samuel Asafe
Samuel Asafe
Reply to  Akhinos
7 meses atrás

sai do fake José Mucio kkkkk. Temos o novo defensor oficial das pensionistas, é o lobby das pensões. Boa Guerreiro, continue fazendo esse trabalho, está contribuindo muito em absolutamente nada com o blog kkkkkkk

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Akhinos
7 meses atrás

Caro. Não existe direito garantido futuro. Isso é assegurado para aqueles que já o conquistaram. Dito isso, toda reforma administrativa é implementada para os novos ingressantes, aplicando uma regra de transição para aqueles que já estão exercendo a carreira.

Aliás, o peso orçamentário são os militares de carreira. Os 90 mil jovens que cumprem serviço obrigatório custam menos de 1% do orçamento e tem impacto nulo na previdência.

O fato inequívoco é que o sistema atual e insustentável e a curto/médio prazo irá colapsar as forças armadas.

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  willhorv
7 meses atrás

Olá W. De fato, é preciso uma reforma previdenciária do setor militar. O atual sistema é insustentável Há cerca de 10 anos, foi feita uma reforma da previdência dos servidores civis do executivo. Nesta reforma, todos os servidores que ingressaram após 2013 irão se aposentar no, máximo, no teto do INSS, ainda que continuem contribuindo com uma porcentagem fixa do salário. Para os que ingressaram antes de 2013, foi dada uma opção de migração para o novo sistema. Não existe direito garantido futuro. Seria possível mudar em uma canetada todo o regime previdenciário dos servidores na ativa, contudo isso seria… Read more »

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  Camargoer.
7 meses atrás

Suas idéias são boas, nada de outro mundo, ou do mundo da lua.
O problema é que, se algum civil cometer a audácia, a pachorra e a indecência de propôr isso, não quero nem imaginar o ranger de dentes dos militares…

E não se enganem: essa reforma terá que vir de fora pra dentro. Pros militaree, essa situação, por pior que esteja, está cômoda pra eles.
A inércia deles mesmos em mexer nisso apenas demonstra isso.

adriano Madureira
adriano Madureira
7 meses atrás

Quem sabe se mexesse no parlamento, no número de deputados, suplentes, assessores, partidos, gordos salários, além de fazer uma reforma política nas inúteis câmaras de vereadores e deputados estaduais, poderia melhorar algo…

São os malandros de Brasília que deveriam dar o exemplo.

Rodrigo
Rodrigo
Reply to  adriano Madureira
7 meses atrás

Concordo tb, mas temos os malandros dos milicos tb que precisam dar exemplo, nosso serviço público é péssimo de uma maneira geral nada se salva.

Jose
Jose
Reply to  adriano Madureira
7 meses atrás

Adriano nem para sonhar dá com essas sugestões sua, vivemos em um país onde um estado como Roraima que tem pouco mais de 600 mil habitantes tem o mesmo peso político que São Paulo que tem mais de 40 milhões de habitantes, ambos tem direito a 3 vagas no senado, um país onde um deputado com 300 mil votos não se elege e outro com 300 votos se elege, um país onde se usa um tal coeficiente eleitoral para eleger e que “só um PHD em física quântica” para entender, um país onde para ser candidato tem que ter a… Read more »

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  adriano Madureira
7 meses atrás

O congresso faz parte do poder legislativo e as forças armadas fazem parte do poder executivo.

Considerando a independência dos poderes, mesmo que o poder legislativo fizesse uma reforma administrativa, isso não impacta nos servidores do executivo.

Santamariense
Santamariense
Reply to  Camargoer.
7 meses atrás

Ah, não impacta??? O dinheiro que mantém o Executivo, Legislativo e judiciário vem de um lugar só!!! O Legislativo e o judiciário decidem quanto vão gastar e o Executivo só paga, sem poder reclamar. Mas se o Lwgislativo é o judiciário gastarem menos, é óbvio que sobra mais dinheiro. Isso é mais do que básico…

Felipe M.
Felipe M.
Reply to  Camargoer.
7 meses atrás

como assim não impacta? Cabe ao legislativo estabelecer o regramento aplicável à administração pública. E mais, em muitos pontos, bastaria uma aprovação de nova lei ordinária, para, por exemplo, mudar vários pontos da lei 8.112/90. Basta o legislativo aprovar uma pec para, por exemplo, acabar com a estabilidade ou mitigá-la, visto que esta prevista na CF. Na verdade a CF estabelece uma série de limitações ao poder executivo, de forma unilateral, mexer em sua estrutura. A própria estruturação de ministérios e demais órgãos é feita por decreto, que precisa de aprovação posterior do legislativo. O mesmo para o caso do… Read more »

Paulo Sollo
Paulo Sollo
7 meses atrás

E revoltante demais : Em 2024 o Brasil está na 18ª posição mundial em orçamento militar com US$ 24.752 bilhões. Acima de Israel com 24.400 bilhões, Espanha com 22 bilhões, Taiwan com 19.100 bilhões. Comparar o que estes países têm com menos orçamento já é um escândalo. Porém vamos ficar mais estarrecidos ainda comparando com o que o Egito tem com seu mísero orçamento de 9.400 bilhões de dólares: 468 mil efetivos. 168 F-16, 75 Mirage 5, 38 MiG-29, 15 Mirage 2000, 24 Rafale. 8 submarinos de ataque, 1 porta helicópteros classe Mistral, 13 Fragatas: 3 FREEM, 4 Meko A200,… Read more »

Maurício.
Maurício.
Reply to  Paulo Sollo
7 meses atrás

“Espanha com 22 bilhões”

Hoje mesmo, em outro site eu vi uma matéria sobre a força aérea da Espanha, operando F-18 e Eurofighter, e fiquei pensando:

“Como a Espanha consegue ter e operar bons meios e a nossa FAB ainda operando F-5 e meia dúzia de AMX?”

Na verdade eu já sei a resposta, mas sinceramente, debater sobre as nossas forças armadas dá até um desânimo, na verdade acho até uma perda de tempo.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  Maurício.
7 meses atrás

A Grécia, repetindo, a GRÉCIA, tem 11 submarinos, todos eles com menos de 15 anos. Um deles, com AIP.
Recentemente, comprou 3 fragatas novas de 4.500 ton. da MBDA francesa.

A Grécia opera 11 submarinos. Mas a MB, segundo reportagem recente, tomou um susto com o preço da milha navegada dos Riachuelos, e não temos idéia se teremos mais unidades após o Angostura.

Precisa mesmo falar o quanto isso mostra que há algo profundamente errado com nossas FA’s?

Dworkin
Dworkin
Reply to  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Grécia um país que anos atrás tava numa crise gigantesca com grande parte dos jovens desempregados.

Kommander
Kommander
Reply to  Paulo Sollo
7 meses atrás

EB, FAB e MB são uma vergonha. Não sei como ainda tem gente que admira esses caras. Rsrsrs

Fëanor
Fëanor
7 meses atrás

Fala-se muito sobre aumento com gastos em defesa em 2% do PIB, contudo, pouco se fala da forma errônea em que orçamento é executado pelas três forças.

Despesas obrigatórias com pessoal, previdência e encargos sociais, é altíssimo se comparado com as verbas destinadas à modernização e à compra de materiais para fins de defesa.

Todavia, continua-se abrindo concursos públicos pra essas áreas que já se encontram abarrotadas.

Talvez esteja na hora priorizar a alocação de recursos em materiais bélicos de ponta em detrimento da contratação de pessoal.

Rodolfo
Rodolfo
7 meses atrás

Off topic
Israel atacou o Irã…

https://www.twz.com/news-features/israel-strikes-back

Fernando "Nunão" De Martini
Reply to  Rodolfo
7 meses atrás

Solicitamos que comentem a notícia no Poder Aéreo:

https://www.aereo.jor.br/2024/04/18/israel-ataca-isafahan-no-ira/

BraZil
BraZil
7 meses atrás

Bom dia. gente, se A PF,__________________ perdeu essa enorme fatia do orçamento é por que a coisa está feia…No mais, nada novo. qualquer governo, independente do viés, qdo precisa cortar, sacrifica onde dói menos, para eles. Defesa. Isto também explica a penúria da BID em muitos momentos…

EDITADO:
5 – Não use o espaço de comentários como palanque para proselitismo político.

Marcelo
Marcelo
7 meses atrás

E o General que confrontado por obviedades mostrou o dedo do meio pra deputado federal na Comissão da Câmara?

Quanta hombridade de um oficial.

Kommander
Kommander
Reply to  Marcelo
7 meses atrás

Esse General tem cara de sínico, dissimulado. Já ficou bem claro a quem ele responde.

Rodrigo
Rodrigo
7 meses atrás

Triste mais uma vez isso, mais já era de se esperar… Pra que investir em segurança e inteligencia não?. Mais nos debates bonitinhos da TV o que sempre se houve é “Vamos investir como nunca na segurança desse país” 😒

LucianoSR71
LucianoSR71
7 meses atrás

No post anterior havia sugerido um novo sobre esse tema p/ se esclarecer o que realmente está ocorrendo, pois em alguns lugares falam que os cortes são definitivos e em outros que seria um contingenciamento e portanto ainda teria a possibilidade de liberação de pelo menos uma parte desse montante até o final do ano. Outro ponto que gostaria de saber é se o valor do ‘PAC da Defesa’ já está garantido ou também está sujeito a maré dos acontecimentos políticos e econômicos, pois isso poderia amenizar esses cortes. Obs.: tenho minhas convicções políticas, mas não gostaria de contaminar esse… Read more »

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  LucianoSR71
7 meses atrás

‘PAC da Defesa” isso era uma previsão, como o país depois da pandemia vinha crescendo a arrecadação, eles acharam que iria continuar, juntaram os porjetos da FA e colocaram o nome de PAC da DEFESA, PAC é um nome que traz azar. ou seja vamos manter nossos programas na UTI prolongando eles como sempre

Heinz
Heinz
7 meses atrás

Não tem jeito, temos que aumentar o orçamento para a aquisição de equipamentos, até concordo em diminuir o efetivo, principalmente da MB e FAB, mas para sentir os efeitos é a longo prazo, a curto e médio prazo é necessário mais reais.

NBS
NBS
7 meses atrás

O Estado tem que encontrar uma solução de financiamento de longo prazo para os gastos militares, resolver o problema previdenciário, desenvolver uma estratégia conjunta para a aquisição de equipamentos militares e definir quais são os projetos que devem ser implementados, seguindo o plano. O aumento dos recursos para 2% do PIB, sem que haja uma reformulação da carreira militar com definição clara do número de efetivos e postos, a solução do problema da aposentadoria e das pensões ‘filhas’, não surtirá os efeitos que o comandante e ministro imaginam.

francisco
francisco
7 meses atrás

Ja recebem demais. O PIB do Brasil em 2023 foi de R$ 10,9 trilhões. 1,1% é demais.

NBS
NBS
7 meses atrás

É necessário resolver uma série de problemas inicialmente. O orçamento militar não deve se misturar com o pagamento de aposentadorias e pensões. É necessário encontrar uma solução de financiamento a longo prazo, como acontece em grandes corporações e estatais. A criação de fundos de pensão que possam ir ao mercado aplicar os seus recursos. Por questões de direito adquirido, deve-se começar com os neófitos da carreira militar. Com o aumento da expectativa de vida, esse orçamento será impactado cada vez mais.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  NBS
7 meses atrás

O problema é que, simplesmente pegar todo esses fardadoa que recebem pensão e aposentadoria, e “simplesmente” transferir pro INSS, além de serem 2 tipos de aposentadoria diferente, apenas abririra ainda mais o rombo na Previdência.

Primeiro, tem que passar um pente-fino nisso, mas duvido MUITO que os próprios militares queiram mexer nesse vespeiro…

NBS
NBS
Reply to  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Por se tratar de direito adquirido, não se deve colocar no INSS. Deve-se mudar a previdência dos novos, estabelecendo um ponto de corte. Essa solução, em princípio, não resolve a situação no curto prazo, mas evita a potencialização do problema que ocorrerá com o aumento da expectativa de vida dos militares, ficando cada vez mais tempo no orçamento. De fato, as propostas ao longo do tempo foram rechaçadas pelos militares e seus comandantes. Porém, se nada for feito, vão pedir 2, 3 ou 5%. Será igual à dívida dos EUA. Um dia a casa cai.

Jose Carvalho
Jose Carvalho
7 meses atrás

Ué, Não vejo motivos pra reclamar, não queriam um Estado mais “enxuto”?

Last edited 7 meses atrás by Jose Carvalho
Henrique
Henrique
Reply to  Jose Carvalho
7 meses atrás

Quem dera fosse estado mais enxuto kkkkk

Esse dinheiro vai sair da Defesa e vai continuar no Estado e será usado pra tornar o Estado maior, como ta claro o objetivo do governo atual

isso se não for usado para ilícitos ou coisas moralmente questionáveis (tipo emenda parlamentar pra “comprar” Deputados pq o sujeito não tem articulação na Casa)

Last edited 7 meses atrás by Henrique
Mr.White
Mr.White
Reply to  Henrique
6 meses atrás

O que torna o estado “balofo” é juros e rolagem de divida, mais de 600 bilhões foram dados para o rentismo e financismo (maioria estrangeiro) é um país saqueado!

Carlos Campos
Carlos Campos
7 meses atrás

Reflexo de como está nossa economia, patinando, infelizemnte acredito que vai piorar, o governo não sabe de onde tirar dinheiro, a esperança é de que os juros caiam aí sobraria dinheiro para gastar mais, porém com um rombo nas contas o mercado não vai querer emprestar dinheiro a um digito, a não ser que vejamos cortes ainda moiores, que seria decisão correta, mesma que impopular na classe polítca e nos empregados públicos que estão entrando em greve.

Daniel
Daniel
7 meses atrás

Bom, pela matéria podemos tirar várias conclusões. A primeira é que se está faltando dinheiro, não há necessidade de ficar comprando móveis e reformando Palácio do Planalto. Poderia economizar nas viagens desnecessárias e na quantidade de ministérios inúteis também. Será que não dá para cortar nada dos cargos comissionados dos amigos? É só uma ideia . . . Com relação às forças armadas, elas precisam fazer o óbvio: cortar o efetivo para que sejam sustentáveis com o que recebem. Não dá para gastar 80% do orçamento com salários e pensões e achar que dá para resolver o resto dos problemas… Read more »

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Daniel
7 meses atrás

Olha se o que a Mídia diz for verdade, que foram 3bi de viagens e mais 16bi de Rouanet, então estamos na m… pq prioridade não é defesa nacional nem segurança pública, fora o fundo partidário que até gosto da proposta, mas os valores são estelares.

Daniel
Daniel
Reply to  Carlos Campos
7 meses atrás

Sim. Fora os valores gastos no orçamento secreto 2.0. Dinheiro tem. Só precisa ir para o lugar certo. E claro, ser administrado com responsabilidade.

adriano Madureira
adriano Madureira
7 meses atrás

A defesa desse país é patética… E ainda se fazem cortes ! Fora o fato de que as raposas do senado e os sanguessugas do congresso estão pouco ligando paraa situação da defesa dessa republiqueta.

Importante mesmo é aumentar o fundo eleitoral, verba indenizatória e orçamento secreto, sem esquecer a época de eleição, que após muito trabalharem arduamente em Brasília,partem para suas bases eleitorais e vão apoiar seus apadrinhados políticos e herdeiros, isso recebendo um bom salário.

Henrique
Henrique
7 meses atrás

isso pq o a gente ta no governo que defende soberania nacional e valoriza a indústria nacional mas não culpem o governo ou os politicos por isso… é a vontade do povo apenas é como o Sérgio Sacani falou esse dias que o Governo não vai investir em exploração espacial pq quem foi eleito não foi eleito com esse proposito, e só ver o recorrentes cortes das ultimas duas décadas e falta de debate pra ter certeza disso. o mesmo vale pra Defesa, alias o mesmo vale pra qualquer setor. Não/Vai ter legislação para area tal ou recursos para area… Read more »

mattos
mattos
7 meses atrás

é um circo dos horrores esse país.