Exército Brasileiro assina acordo de defesa química e biológica com Estados Unidos

Rio de Janeiro (RJ) – Representantes do Exército Brasileiro e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos celebraram um acordo para definir ações conjuntas em temas de defesa química e biológica. O instrumento é um anexo complementar ao Acordo Mestre de Intercâmbio de Informações em Matérias de Defesa (Master Information Exchange Agreement – MIEA), assinado pelo Ministério da Defesa Brasileiro e pelo Departamento de Defesa norte-americano.

O Acordo Mestre prevê trocas de informações não classificadas pelas partes, visitas mútuas a laboratórios e centros de pesquisas e debates acerca de estudos técnicos. O objetivo é promover os interesses comuns em gestão de conhecimentos de Defesa, parcerias em projetos, capacitação de recursos humanos e criação de produtos.

Atualmente, a parceria resulta em benefícios a pesquisa, desenvolvimento, avaliação de projetos, além da padronização no uso de equipamentos militares ligados à defesa contra ameaças químicas e biológicas. Com o acordo, a Base Industrial de Defesa também pode receber investimentos diversos, com resultados no avanço tecnológico nacional e na geração de empregos.

O acordo anexo, assinado no final de 2023, delineou os temas principais para o intercâmbio de informações em matéria de defesa química e biológica. São eles: detecção e análise de amostras, descontaminação, modelagem computacional, segurança, gestão da qualidade e tecnologias para atestar a conformidade com a Convenção para a Proibição de Armas Químicas (CPAQ) e para realizar testes de proficiência da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ),

O avanço da parceria em temas de Defesa fortalece as relações diplomáticas e institucionais entre Brasil e Estados Unidos e confirmam o compromisso das duas nações amigas com a promoção da paz e com o respeito às convenções internacionais que vedam o uso de armas químicas e biológicas. Em 2023, a parceria também resultou em projetos para munições de alcance estendido em morteiros 120 mm e no Primeiro Workshop em Nitrocelulose e Propelentes, intercâmbio técnico-científico realizado no Instituto Militar de Engenharia (IME).

A celebração do acordo envolveu o Departamento de Ciência e Tecnologia, representado pelo General de Divisão Armando Morado Ferreira, além do Centro Tecnológico do Exército e do Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear. Do lado dos Estados Unidos, o acordo foi assinado pelo senhor Michael Bailey, Diretor do Centro de Defesa Química e Biológica do Comando de Desenvolvimento de Capacidades de Combate do Exército dos Estados Unidos (DEVCOM-CBC).

FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx

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Henrique de Freitas
Henrique de Freitas
10 meses atrás

Excelente para o Orion em Campinas. Com certeza haverá sinergia em várias áreas.
O Orion ficará próximo ao Sirius.

Underground
Underground
10 meses atrás

Uai! Pode isso?
Segundo relatos, os EUA estão tentando impedir o Brasil de progredir.

Sequim
Sequim
Responder para  Underground
10 meses atrás

Os EUA agem conforme seus interesses. Se ajudar o Brasil interessa, fazem. Se atrapalhar interessa, fazem. Simples assim.

Dexter
Dexter
Responder para  Sequim
10 meses atrás

Fazem o mesmo com a Alemanha, a Finlândia ou a Espanha, etc…
Mas o povinho daqui, acham que eles só se preocupam em prejudicar o Brasil…
Os brasileiros fazem trapalhadas (roubam) melhor que todos!!!
Não precisamos de ninguém para nos boicotar. Somos mestres em fazer isso!!!

Maurício.
Maurício.
Responder para  Underground
10 meses atrás

Não só segundo relatos, tem páginas do WikiLeaks que comprovam isso, é só procurar no Google o que os “parceiros” americanos achavam e ainda acham do programa espacial brasileiro, eles são tão “parceiros” que nunca pressionaram a Ucrânia para a transferência de tecnologia…rsrsrs.

Maurício.
Maurício.
Responder para  Maurício.
10 meses atrás

“É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro.”

Eu sabia que teria alguém que não entenderia o meu comentário e viria com o “aiiinnn, mas e o fulano, e o beltrano?”.
Eu não estou isentando o Brasil, seus militares e seus políticos do fracasso do programa espacial brasileiro, mas uma coisa não anula a outra, e é fato que os EUA não gostam do programa espacial brasileiro, e se puderem, vão fazer de tudo pra melar, e volto a repetir, isso é um fato, simples assim.

Underground
Underground
Responder para  Maurício.
10 meses atrás

Os ucranianos usavam componentes americanos, assinando para uso um Termo de Salvaguardas. O Brasil não assinou tal Termo, portanto havia restrições de transferências de tecnologia. Simples assim.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Underground
10 meses atrás

Isso também, mas o que os vazamentos mostram é que a política americana é não apoiar o desenvolvimento espacial brasileiro.

Isso tem várias leituras. Uma é a que você fez. As outras são a concorrência comercial, as tecnologias de duplo-uso que possibilitariam ao Brasil a obtenção de um míssil balístico intercontinental, o histórico brasileiro em tentar um artefato nuclear e o apoio aos iraquianos e iranianos nesse sentido. Como vê os americanos tem mil e um motivos para não nos apoiarem.

Ainda nos vazamentos os americanos veem:
– o submarino nuclear brasileiro como um elefante branco
– o Brasil quer ser igual aos EUA
– os brasileiros são obcecados por defesa territorial e enxergam uma ameaça inexistente à Amazônia

Essa é a visão americana sobre o Brasil obtida através dos vazamentos do Snowden e do Wikileaks. Como vê não é simplesmente sobre acordos de salvaguardas.

João
João
10 meses atrás

É uma parceria importante.
Os EUA tem amplo conhecimento nesta área,devido anos de guerra ao terror. Saliento, que os equipamentos comuns das tropas QBRN deles, até pouco tempo atrás, tinham um arquivo de dados de QBRN praticamente militar.
Devido ao problema do césio 137 no Brasil, nossos meios sempre tiveram um arquivo muito mais amplo, pela necessidade de apoio aos OSP e Def Civ, em casos como o de Goiânia, o que tornava tropas nossas, do mesmo nível que dos EUA, mais caras.
Acredito que deva ter mudado a sit deles depois do tempo de guerra que tiveram.

Henrique
Henrique
10 meses atrás

Para mim, é uma forma de controle indireto do que estamos fazendo, espionagem, captação de recursos humanos para seus centros de pesquisa. EUA não da ponto sem nó.

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Henrique
10 meses atrás

óbvio que é controle, mas para os ________é uma cooperação real , uma parceria com nossos irmãos do norte..

EDITADO. MANTENHA O RESPEITO. NÃO ROTULE OS OUTROS PARA NÃO SER ROTULADO, O QUE QUASE SEMPRE LEVA A UMA SÉRIE DE COMENTÁRIOS COM TROCAS DE OFENSAS, DESVIANDO TOTALMENTE DO TEMA DA MATÉRIA.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Sergio
Sergio
10 meses atrás

Interessante. Quem sabe ” ajuda ” a elucidar quem saiu com aquelas 18 , DE – ZOI – TO!! Ponto 50 do arsenal de guerra/Barueri. Reforçando que duas ainda não foram devolvidas. Desculpem o azedume mas é difícil de suportar.

marcos
marcos
10 meses atrás

lamentável isso nosso país assinar mais um acordo de submissão com um país que não gosta de ninguém não é parceiro de ninguém nossa defesa dando total liberdade pra impedir qualquer avanço tecnológico da defesa do nosso país nosso país nunca vai deixar de ser capacho deles

Fábio Mayer
Fábio Mayer
10 meses atrás

Segundo alguns foristas daqui da trilogia, isto significa que o Brasil está abrindo mão de sua soberania…