De pedreiro a recruta: empreiteiras de Moscou que enviarem trabalhadores da construção civil para o fronte receberão contratos da prefeitura

As autoridades da cidade de Moscou propuseram aos empreiteiros locais o fornecimento de funcionários voluntários para a zona de “operação especial” em troca de contratos com o município.

As autoridades da cidade ofereceram a pelo menos duas grandes incorporadoras para encontrar várias dezenas de voluntários em sua estrutura que concordariam em assinar um contrato de serviço militar e ir para a zona de combate na Ucrânia. Isso foi dito ao “Layout” por uma fonte de uma das construtoras de Moscou e confirmado por um interlocutor da indústria da construção civil em Moscou.

A fonte disse que uma “instrução” do gabinete do prefeito foi recebida pela companhia para fornecer pelo menos 30 voluntários até o final de agosto. Ele afirma que as mesmas tarefas foram definidas para a maioria das construtoras da capital. “Antes, cada aldeia tinha que colocar recrutas. Agora todas as corporações”, diz ele .

Outro interlocutor de “Вёрстки” especificou que sabia de uma oferta semelhante, que foi feita a uma das incorporadoras da capital. Segundo ele, não se tratava tanto de uma missão, mas de um acordo: [futuros] combatentes em troca da oportunidade de continuar recebendo contratos das prefeituras.

“Sim existe. Eles oferecem um contrato com o Ministério da Defesa. Em troca de contratos com Moscou. Estamos falando de voluntários que irão para o front como militares – e não de obras nos territórios ocupados, especificou: “Mariupol está sendo reconstruída de qualquer maneira”.

A Вёрстки conhece os nomes de duas empresas que receberam ofertas semelhantes.

Os interlocutores de Вёрстки acharam difícil responder à questão de quão ultimato era a demanda – pelo menos, nenhuma sanção foi falada abertamente por recusar o “acordo”.

“Isso é sempre formulado com a palavra “perguntou”, “baixou um ponteiro”. É tudo muito conceitual, – diz o interlocutor da indústria da construção civil em Moscou. “Ultimatos geralmente não são aceitos. Não existe tal coisa que em troca disso nós te damos aquilo. Mas todo mundo entende quem trabalha em Moscou há muito tempo”.

O gabinete do prefeito de Moscou não respondeu ao pedido de Вёрстки.

FONTE: Verstka.media