Ucrânia receberá novos lotes de munição para o Gepard somente em agosto
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou os termos de entrega das novas munições para canhões antiaéreos autopropulsados Gepard. Segundo ele, a partir de agosto de 2023, as Forças Armadas da Ucrânia começarão a receber os primeiros lotes de munição 35 mm, que serão produzidos na nova linha de produção da empresa Rheinmetall. Scholz enfatizou que a nova produção está sendo montada, mas levará algum tempo.
Ao mesmo tempo, ele enfatizou que a Ucrânia não pode usar armas fornecidas pela Alemanha para atacar o território russo. O chefe do governo alemão disse ainda que esta regra é seguida por outros países ocidentais que prestam ajuda militar à Ucrânia para contrapor o ataque russo e acrescentou que com toda a assistência necessária tudo deve ser feito para evitar uma guerra entre a Rússia e a OTAN.
De acordo com a lista de armas transferidas para a Ucrânia, que é atualizada regularmente no site do governo alemão, a Ucrânia recebeu 34 canhões antiaéreos autopropulsados Gepard e mais três canhões estão planejados para transferência.
A empresa alemã Rheinmetall planeja começar a fornecer munição para os canhões antiaéreos autopropulsados Gepard, encomendados pelo Ministério da Defesa alemão em nome da Ucrânia, no verão deste ano. Foi relatado que um total de 300.000 projéteis em duas versões, no valor de várias centenas de milhões de euros, estão planejados para serem entregues a Kiev.
A Rheinmetall fornecerá 150.000 cartuchos APDS-T e HEI-T. Os primeiros projéteis APDS-T devem ser entregues no verão de 2023. A transição da produção de APDS-T para HEI-T está prevista para meados de 2024. Em sua fábrica em Unterlüß (Baixa Saxônia), a Rheinmetall está atualmente construindo capacidade adicional para produzir munição de médio calibre, respondendo assim ao forte aumento da demanda global por munição.
FONTE: Militarnyi
…”ele enfatizou que a Ucrânia não pode usar armas fornecidas pela Alemanha para atacar o território russo.”
– O mesmo vale para o Brasil. Estaríamos fornecedo armamento apenas para defesa. Como diz aquele que não se escreve o nome: a parte de cima do muro pertence ao meu lado.
– Brad, parabéns !!!!
Podemos fornecer as munições.
Caro. Como já escrevi em outros momentos, talvez seja um bom negócio para o fabricante de munições neste momento, mas um erro geopolítico a médio prazo. Esta guerra vai acabar em algum momento. Talvez daqui um ano, talvez cinco anos. Isso ainda é incerto, mas ela terá um fim. O Brasil deve focar no que serão suas relação com os dois países a partir do momento em que a guerra acabar e nem Zelensky nem Putin estiverem no poder.
“Podemos fornecer as munições.”
Quase não temos munições para nós mesmos, o Brasil deve pensar primeiramente em sua defesa, a Ucrânia já está sendo ajudada por vários países, inclusive pela fabricante do Gepard e suas munições, na minha opinião, o que o Brasil poderia doar seriam equipamentos que já estão dando baixa, como os Urutus, ou equipamentos que não sairiam das próprias forças armadas, e sim de fabricantes, como bombas burras da Britanite, foguetes da Avibras e armas e munições da Taurus/CBC.
Daonde vem esse “quase não temos muniçoes para nós mesmos”?
O EB comprou mais de 500mil cartuchos.
Considerando-se a taxa de disparo desses canhões ( e lembrando que cada Guepard tem 2 desses ), essa quantidade mal e mal dá pra uma semana de guerra de alta intensidade.
Matheus, o colega Willber já respondeu e muito bem, esses dias, alguém estava falando sobre artilharia, aí alguém perguntou por quanto tempo o EB teria munições considerando o número de disparos que acontecem na Ucrânia, o Galante respondeu e disse que era X de dias, não lembro o número, mas era bem pouco, ou seja, tudo o que temos, se considerarmos essa guerra na Ucrânia, se acaba em poucas semanas ou até mesmo dias.
Alguns jornalistas e reportagens dizem que o número estimado é de 350 – 400 cartuchos disponíveis. Eles estão sendo utilizados em treinamentos e exercícios diversos. É uma quantidade quase que irrisória para o tamanho da nossa frota.
Em uma conta TEÓRICA, 400 mil cartuchos para 34 blindados dariam 11700 disparos para cada. Com a cadência de 1100 TPM, em 10 minutos e meio não teríamos mais munição para gastar em combate.
Alguns jornalistas e reportagens dizem que o número estimado é de 350 – 400 cartuchos disponíveis.´´
Pelo amor de Deus, se isso for verdade, isso mal e mal dá pra uma rajada de 1 dia de guerra da intensidade da guerra ucraniana.
Aliás, vendo essa quantidade irrisória de munições, eu fico imaginando o nível de adestramento das guarnições desse veículo no EB….
EU ERREI ali na frase. O correto é 350 – 400 MIL cartuchos, de um total de 540 mil comprados.
Olá Dan. Antes, tinha um recurso de “editar”. A gente tinha uns 15 min para arrumar o texto mesmo depois de publicado. Eu usava muito, mas continuo errando sempre.
Ufa.
Mas mesmo assim, 400 mil cartuchos não é nada, principalmente porque não fabricamos esta munição.
Todos vocês se esquecem da neutralidade brasileira, porque essas munições já foram pedidas ao Brasil e Bolsonaro recusou o envio destas munições para a Alemanha e estes fornecerem à Ucrânia e isto deve ser tido em conta mesmo antes de se saber quando acaba a guerra
É nessa “vibe” aí que a Ucrânia vai tocar a tal ofensiva.
Falando no diabo, alguém sabe quantas munições dessas vieram junto com os Guepardo quando o EB os comprou? Após isso, o EB comprou mais munições desse tipo?
Olá Wilber. Creio que foram 540 mil munições comprada junto com os veículos. Era um lote inicial de munição com previsão da CBC produzi-la n Brasil.
Legal, saberia dizer se a CBC tá produzindo essa munição?
Olá Wilber. Não sei. Os Gepard chegaram ao Brasil em 2013 e foram usados tanto na visita do Papa naquele ano quanto na Copa de 2014 e nos jogos de 2016 no RIo de Janeiro. Então são 10 anos. Bastante tempo, mas teríamos que checar com alguém com contanto na CBC sobre isso.
Não está. Tudo o que temos veio do fabricante original.
Gepard usa munição de 35×228 mm, Rheinmetall, depois de adquirir a fabricante espanhola de munições Expal Systems SA, está volta a produzir.
Levando em consideração que as compras das munições do estoque alemão não eram novas, poderia o Brasil vir a compra mais um lote novo em momento oportuno.
O Brasil poderia esperar um pouco essa demanda abaixar na Ucrânia e encomendar mais para completar e aumentar os nossos estoques. Esses canhões automáticos de calibres médios se mostraram importantíssimos neste conflito, vale a pena tê-los à disposição.
O problema destes carros são a manutenção dos canos, o Brasil não faz. Tem que vir alguém da Europa pra fazer. O Custo é muito alto. Em uma palestra com o responsável pela manutenção destes carros, o EB estava tentando alguma empresa nacional que quisesse fazer, mas havia interesse. Não recordo qual a quantidade de disparos para ter que fazer a manutenção, mas era pouco tempo, se levarmos em consideração a cadência de tiro. Quanto a fabricação da munição, não existe no Brasil. Novamente batemos na disponibilidade de verba.