Enquanto guerra completa 11 meses, ameaça russa de cortar energia e usar inverno contra Europa não se concretiza

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Russia Energy

Por Vitelio Brustolin*

Nesta terça-feira, 24, a guerra na Ucrânia completou 11 meses. Em meio ao inverno na Europa, a ameaça russa de usar a energia como instrumento de pressão se mostrou ineficaz. A Europa se preparou para mitigar as ameaças de Putin, buscando novos fornecedores de energia e enchendo os seus reservatórios de gás natural. Além disso, o inverno está sendo anormalmente quente na Europa, fazendo com que o momento de maior pressão de Putin passe sem a concretização do cenário catastrófico com o qual ele vinha ameaçando.

De acordo com dados reunidos por Jeffrey Sonnenfeld, da Universidade de Yale, o inverno anormalmente quente da Europa significa que não apenas os piores cenários foram evitados, mas os tanques de armazenamento cheios da Europa mal foram utilizados e podem ser empregados no próximo inverno. No início de janeiro, os tanques de armazenamento alemães estavam 91% cheios, contra 54% do ano passado, o que significa que a Europa precisará comprar significativamente menos gás em 2023 do que em 2022.

Atualmente, o gás russo representa apenas 9% das importações totais da Europa. Em termos comparativos: em 2021, 83% do gás russo foi exportado para a Europa. Por sua vez, a Europa dependia da Rússia em 46% de seu fornecimento total de gás, com níveis semelhantes de dependência de outros produtos russos, incluindo metais e fertilizantes.

Longe de congelar até a morte, a Europa rapidamente garantiu novos fornecedores. Além disso, a China está se afastando do GNL importando em favor de fontes domésticas. Juntamente com o rápido aumento da oferta de GNL, não é nenhuma surpresa que o mercado futuro de gás esteja agora projetando preços mais baixos do que os níveis anteriores à guerra para os próximos anos.

Putin, por outro lado, não tem alavancagem remanescente e não tem como substituir seu antigo cliente primário; ele está descobrindo de maneira difícil que é muito mais fácil para os consumidores substituir fornecedores de commodities não confiáveis do que para os fornecedores encontrar novos mercados.

O preço do petróleo também caiu consideravelmente. Atualmente o preço do barril está perto do teto imposto pelo G7, de US$ 60 dólares. O custo da extração para a Rússia é de US$ 44 – ou seja, a margem de lucro é pequena e há muito menos compradores. A China e a Índia, sem participar explicitamente do teto de preços imposto ao gás russo, contribuem para a perda de receitas russas, pois exigem descontos de até 50%. Portanto, mesmo que a Índia esteja comprando 33 vezes mais petróleo russo do que há um ano, a margem de lucro da Rússia é reduzida, pois o preço é baixo, a produção continua custando US$ 44 e o transporte para a Índia é mais caro do que para a Europa.

O uso da economia russa como instrumento de pressão acabou se voltando contra a Rússia, assim como aconteceu com a política – leia aqui: Suécia e Finlândia na Otan: Uma consequência das ações de Putin? Inflacionar o preço dos alimentos fez com que mesmo os seus aliados nominais se voltaram contra Putin. Em mercados de metais que a Rússia historicamente dominou, como o níquel, paládio e titânio, compradores temerosos de chantagem, combinados com preços mais altos, agilizaram os investimentos públicos e privados em projetos críticos da cadeia de fornecimento de minerais e de mineração. Estes estão principalmente na América do Sul e do Norte e na África.

Para além das milhares de mortes e bilhões em perdas na Ucrânia, é claro que essas manobras e chantagens afetaram vidas no mundo todo. Elas transformaram as cadeias de abastecimento, mudaram os fluxos comerciais e os consumidores ainda sofrem com os preços mais altos, já que as reduções levam algum tempo para se estabelecer economicamente. Contudo, os erros de cálculo de Putin fazem parte de uma lista cada vez maior, desde haver subestimado a vontade do povo ucraniano, até ter acreditado que a resposta de outros países seria mínima, como havia sido na anexação da Crimeia, em 2014.


*Sobre o Autor: Prof. Dr. Vitelio Brustolin, professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard. Website: https://scholar.harvard.edu/brustolin

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pedro fullback
pedro fullback
1 ano atrás

Assim como a entrada da Suécia e Finlândia na OTAN não se concretizaram…

Palpiteiro
Palpiteiro
Responder para  pedro fullback
1 ano atrás

O que esses países perderam e o que a Rússia ganhou?

M4l4v1t4
M4l4v1t4
Responder para  pedro fullback
1 ano atrás

Claro que não. Nenhum membro da OTAN após sua fundação entrou para a organização do dia para a noite. É um processo de legitimidade moroso porque visa a legitimidade entre membros e entre as forças políticas internas do novo membro.

Mas é claro que daqui a 1 ano ou menos você poderá voltar a esse comentário e dizer se estou certo ou não. Ou seja, ao contrário do que quis dizer, esses dois novos membros entrarão com uma rapidez nunca antes vista.

Andre
Andre
Responder para  pedro fullback
1 ano atrás

Muito menos as ameaças russas caso os dois paises solicitassem adesão…

Arthur
Arthur
Responder para  pedro fullback
1 ano atrás

É só continuar queimando o Alcorão todas as semanas.

Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  Arthur
1 ano atrás

Democracia, sabes o que é???
Eles também queimaram bandeiras Suecas.

Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  pedro fullback
1 ano atrás

Para já, a Finlândia vai entrar e a Suécia, depois das eleições na Turquia, também pode entrar, mas se não for já, será quando erdogan sair de presidente.
A Suécia até lá, fica sobre proteção Europeia.

MFB
MFB
1 ano atrás

Nada mais que o esperado. Putin pode muito mas não pode tudo. Isso é mais do que ele aguenta e o fracasso em dobrar a Ucrânia rapidamente demonstra isso.

Marcelo
Marcelo
Responder para  MFB
1 ano atrás

Os russos nunca quiseram suspender o Gas para europa,quem fez de tudo para isso acontecer foi os Americanos explodindo os gasodutos e agora a europa compra o Gás americano pagando o valor 5 vezes mais caro que o Gas russo !!@

Paulo
Paulo
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

Nossa, temos um investigador especialista aqui, já descobriu quem fez a sabotagem russa dos EUA kkkk

Mayuan
Mayuan
Responder para  Paulo
1 ano atrás

E que não leu a parte da matéria que menciona o fato do gás estar mais barato hoje que antes…

Nei
Nei
Responder para  Marcelo
1 ano atrás

Prove!

suterminator
suterminator
Responder para  Nei
1 ano atrás

O próprio país que passa essa tubulação disse que não foi a Rússia que sabotou, entao foi o ocidente ou a Ucrania, mas eles estão muito longe.

Nei
Nei
Responder para  suterminator
1 ano atrás

Boa tarde. Ou foi esse ou aquele, sempre assim. Discurso anti-americano sempre, não se sabe quem foi ainda, então essas especulações são desnecessárias

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  suterminator
1 ano atrás

Estranho, porque ainda não divulgaram as análises feitas nem o resultado da investigação.

Leo Machado
Leo Machado
1 ano atrás

O problema com o gás russo para Europa é que mesmo com novos fornecedores, a realidade atual e futura é que o preço inviabilizará a indústria de lá.
E isso é particularmente grave para a Alemanha.
Merkel sabia disso e tentou aproveitar o gás russo bem mais barato que outras fontes.
Além do mais, por enquanto, muito gás russo continua fluindo para a Europa.
Até para quem aderiu ao ‘boicote’.

MFB
MFB
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Falou, falou, falou e não disse P nenhuma.

Leo Machado
Leo Machado
Responder para  MFB
1 ano atrás

Arrume seus neurônios, que vou explicar de novo.
A Alemanha sabe que sem o gás russo não tem como competir com os outros países, principalmente a China.
Inclusive, boa parte da indústria pesada da Europa está fechando (metalúrgica, química, papel e celulose) ou migrando para outros países.
Por isso, Merkel ‘surfou’ na onda do gás russo o máximo possível.
Sem ele, já era.
E para finalizar, alguns países que aderiram ao ‘boicote’ continuam comprando dos russos, inclusive a Inglaterra.
Agora, se vc não entender, melhor voltar para o MOBRAL.

Pedro
Pedro
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Desisti ..vc precisa aceitar que a realidade não é a mesma coisa que sua imaginação.

Carlos Gonzaga
Carlos Gonzaga
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Caro Leo Machado. Quem tem que voltar ao Mobral é vc. A propriamateria que a oferta de GNL aumentou e rebaixou o preço. O mercado internacional de GNL hoje tem sobra de oferta porque a CHINA pois em funcionamento diversas unidades de extração e liquefação no ártico e norte do Pacífico. Isso resultou em sobra de oferta no Oriente medio. Bem ali pertinho da Europa mediterrânea. Além disso, os nórdicos Finlândia, Noruega, Dinamarca e Suécia aumentaram consideravelmente sua oferta. Em resumo, o Putin conseguiu acabar com a dependência europeia de gás russo. Tirando o pouco que ainda é vendido para a Europo, apenas China e Índia ainda compram gás russo à preço de banana passada e ainda com capacidade de transporte limitada. Recomendo que você exercite mais sua interpretação de texto e aumente o leque de leitura. Isso lhe fará muito bem.

Deadeye
Deadeye
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás
Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Interna-te, tás todo alucinado.
Dá lá um exemplo, de indústria pesadas Europeias a fechar??

Nei
Nei
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Você está com algum problema de realidade Leo!
Precisar olhar outras notícias além de Sputinik, telegram russo e Intelslava.

Palpiteiro
Palpiteiro
Responder para  MFB
1 ano atrás

Putin deve ganhar o ignóbel de economia este ano

Hcosta
Hcosta
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Sim, a Alemanha vai perder toda a sua indústria como perdeu todas as suas florestas para aquecerem as suas casas…

O que a Merkel queria era aproximar a Rússia da Europa, criando laços económicos… Mas o problema dos lunáticos/salvadores da pátria é que estão mais preocupados consigo mesmo do que o seu país.

Leo Machado
Leo Machado
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Bonzinhos os alemães, não?
Agora, pergunte, por exemplo, para o pessoal da BASF que perdeu o emprego, o que eles acham da transferência de toda a operação industrial da Alemanha para a China.
Estão adorando isso.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Ponha aí as fontes e depois falámos. É que nem sempre as coisas são como quer fazer parecer…

E duvido que em poucos meses tenham tomado essa decisão…

Mas a sua preocupação com as florestas Alemãs? Não acha importante dar a sua opinião sobre a “tragédia” que vem anunciando há meses?

Leo Machado
Leo Machado
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Gigante do setor químico vai reduzir presença na Europa

Basf, líder mundial nessa área, disse que os altos custos de energia tornam a região cada vez menos competitiva

Redação Oeste
27 OUT 2022

Essa foi muito fácil.
Gosto de desafios mais complicados
Essa notícia foi amplamente divulgada por vários jornais
Inclusive , a VW ia ampliar a produção na China e EUA em detrimento da Europa.
Manda outra.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Agora uma empresa reduzir o pessoal é um sinal do Apocalipse?

Vou dar-lhe uma novidade, isso acontece todos os dias. E, mesmo assim, taxa de desemprego nos 6% na UE e 3% na Alemanha…

E em que consiste essa redução? Vai passar de 10000 para 9999? Ou algo parecido?

Mas agora ponha os dados do “crescimento” da economia Russa…

Hank Voight
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Eu posso colocar os dados do déficit russo, que tal?😉

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Pedro
Pedro
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Se da uma de Nostradamus, mas não acerta uma.

Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Olha, na China também despedem pessoas e nos EUA, não é só na Europa, é normal.

Palpiteiro
Palpiteiro
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Consulta os sites de emprego na Alemanha e vê se está faltando vaga. Conheço muita gente daqui indo para lá trabalhar. Dá uma pesquisada.

Carlos Gonzaga
Carlos Gonzaga
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

HCosta, vc não tem a mínima noção de como funciona e como está o mercado de gás natural (GNL).

Felipe Morais
Felipe Morais
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Não, não é esse o problema. Pelo menos o principal não é.
Você passou meses aqui turrando a paciência alheia dizendo que europeus iriam morrer de frio e bla bla bla.
Como dito na matéria, não aconteceu. Pelo contrário. Além de contar com a “força maior”, de um inverno menos rigoroso, os europeus se preparam para o período. E a tendência é que a preparação se amplie para o próximo período até que seja um ponto que deixe de ser até comentado.
Quanto à indústria, vão fazer o que sempre fizeram. Se proteger, com subsídios, barreiras tarifárias e, quem sabe, aumento de tributos. E irão arcar com os custos sociais e econômicos disso. Nada de diferente, para quem está ligando, ao menos indiretamente, com um conflito militar com um inimigo poderoso.
De um lado você perde a energia mais barata. Do outro lado, você gera mais empregos com a nacionalização de parte da produção, aumenta arrecadação e pode agir em outras frentes pra compensar os aumentos de preços. Além de abrir mercados para outros negócios atrelados aos contratos de fornecimento de energia com novos países fornecedores. Há um copo meio vazio e outro meio cheio. Vamos ver como vão lidar com a situação.

De toda forma, mais uma das teses, que vocês inundam o site, cai por terra. Então não venha com esses contorcionismos baratos, fingindo que o seu ponto era outro.

Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Não comeces a pensar pela tua cabeça, continua a debitar putinês.

Mayuan
Mayuan
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

“Longe de congelar até a morte, a Europa rapidamente garantiu novos fornecedores. Além disso, a China está se afastando do GNL importando em favor de fontes domésticas. Juntamente com o rápido aumento da oferta de GNL, não é nenhuma surpresa que o mercado futuro de gás esteja agora projetando preços mais baixos do que os níveis anteriores à guerra para os próximos anos.”

paulof
paulof
1 ano atrás

Em termos energéticos, os russos agora entram em mercados via abatimento forte, e crise de algum país exportador para Pequim, citando isso o Uzbequistão, talvez, diminua a sua venda de gás a China, veja hipótese, por que está em uma grave crise no seu sistema elétrico devido as baixas temperaturas e aumento do consumo…mas, apesar do governo Shavkat Mirziyayev dizer que cortou as vendas, não é isso que os dados oficiais chineses informam.

Leo Machado
Leo Machado
Responder para  paulof
1 ano atrás

Está semana foi publicado que o Projeto Sakhalin já está produzindo mais gás que o que a Rússia vendia para a Europa.
Não tem como fugir.
Energia é parte fundamental do custo de produção e que comprar gás russo terá uma enorme vantagem relativa.

Paulof
Paulof
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Vê os números direito, a China terá a disposição, não é comprar, ela vai dar prioridade às descobertas offshore dela, ainda vem dando prioridade real as compras da Ásia Central, resto é narrativa como aquela que Alemanha não cancelaeia norstresm 2

Felipe Morais
Felipe Morais
Responder para  paulof
1 ano atrás

Você é estrangeiro? Que péssimo uso da língua portuguesa. Texto incompreensível.

Maurício.
Maurício.
1 ano atrás

Putin ameaçou, ameaçou, mas continua vendendo energia para a Europa, assim como a Europa condenou, condenou, mas continua comprando energia russa…😂

Leo Machado
Leo Machado
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

É exatamente isso.
E a Ucrânia, vai sendo moída.

Maurício.
Maurício.
Responder para  Leo Machado
1 ano atrás

Moída eu já acho um exagero, já que a Ucrânia é um país relativamente grande, mas por onde os russos já passaram, certamente deixaram muito estrago e mortes para trás, guerra é isso, morte e destruição.

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

Vc leu o texto?

Maurício.
Maurício.
Responder para  EduardoSP
1 ano atrás

Os europeus ainda estão comprando energia russa, sim ou não? 🤷🏻‍♂️

Andre
Andre
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

Você conseguiu ler no texto que o gás russo caiu de quase metade de todo gás importado pelo Europa para menos de 10%, não?

Maurício.
Maurício.
Responder para  Andre
1 ano atrás

Os europeus ainda estão comprando energia russa, sim ou não? 🤷🏻‍♂️

Andre
Andre
Responder para  Maurício.
1 ano atrás

É, pelo visto não….

Maurício.
Maurício.
Responder para  Andre
1 ano atrás

Só responde, sim ou não? 🤷🏻‍♂️

Nilton L Junior
Nilton L Junior
1 ano atrás

É verdade kkk outros fornecedores tipo Índia que compra da Rússia barato e vende mas caro kkkk esse é o cara.

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

Só lembrando que a era dos combustíveis fósseis não vai acabar por falta de combustíveis fósseis … assim como a Idade da Pedra não acabou por falta de pedras. A tecnologia e os hábitos de consumo é que vão determinar o fim da era dos combustíveis fósseis … inclusive a própria China já colocou em funcionamento uma planta piloto de produção de gasolina a partir de CO2. E os chineses estão tão entusiasmados com os resultados que já estão planejando construir uma mega fábrica.
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planta-piloto-converte-co2-diretamente-gasolina&id=010125220318#.Y9RaMaRv9zA

M4l4v1t4
M4l4v1t4
1 ano atrás

As reservas de petróleo e gás da Rússia deveriam ser expropriadas para serem entregues à Ucrânia desde os anos 30 do século XX como parte de um esforço internacional para indenizar e castigar a URSS pelo Holomodor.
A invasão de 2014 na Crimeia e expansão de 2022, precisam ser considerados como um marco de onde o argumento de quem é contra uma intervenção internacional da OTAN para a expropriação das reservas de gás, não pode mais ser aceito. Quem não concorda precisa ser colocado do outro lado da força, é inimigo.

As reservas são ucranianas por direito moral, e esse guerra é uma oportunidade para se fazer essa cobrança. Em fases, destruir a integridade política russa, que é uma ditadura, para posteriormente criar-se países no Cáucaso que concordem com o uso das reservas por parte do tesouro ucraniano.

Sobre a falácia de que a Europa iria congelar, falácia que teve inclusive vídeo de muito mal gosto produzido pela Gasprom (governo russo) ameaçando os europeus, não passava de uma falácia porque não há lugar no mundo onde haja mais independência do que na Europa e no EUA. Se eles precisarem trocar a matriz energética eles podem fazer isso melhor e mais rápido do qualquer um; Se precisarem transformar a Europa em um fazendão, eles fazem também.

É o poste mijando no cachorro achar que a Rússia vai deixar sem energia aqueles que criam as tecnologias energéticas ao longo de toda a história;
É chover para cima o Brasil achar que a Europa vai rezar qualquer tipo de cartilha que venha da força do agronegócio brasileiro, que, alias, aprendeu a plantar outra culturas além da mandioca e utilizando métodos mais modernos do que a queimadas com o próprio, o europeu e o japonês;

A Rússia cometeu um erro capital. Ela tentou colocar a Europa de joelhos de forma descarada. Este é um erro histórico, que será lembrado nos livros de história.

Recordar é viver:
https://www.youtube.com/watch?v=15CJTK-nK58

Felipe
Felipe
Responder para  M4l4v1t4
1 ano atrás

E quando os EUA vão devolver a California e Texas para o México?

Andre
Andre
1 ano atrás

Mais uma previsão do Da Lua que falhou catastroficamente.

Ele ainda insiste que a indústria alemã está afundando e “mudando” para a China.

Tadinho…

Nilton L Junior
Nilton L Junior
Responder para  Andre
1 ano atrás

O da lua não faz previsão, com informação e intuição qualquer pessoa que não seja bot consegue entender as perspectivas que podem acontecer para a indústria Alemã que esta atrelada a compra do gás Russo em preços e volumes que tornaram os produtos Alemães competitivos inclusive nos EUA, aliás, não estranhe se muita empresas Alemãs começarem ir pra lá.
Isso é uma possibilidade pois o atlanticismo sabe o maior rival no ocidente é a EU/Alemanha, então sai desse seu mundo fabricado pelo otanistão e comece a ver as a geopolítica real e não aquela de lado bom contra lado mal.

Andre
Andre
Responder para  Nilton L Junior
1 ano atrás

Informação?? Você falando sobre informação??

Irônico vindo de quem disse que aqueles que acreditavam no afundamento do moska usavam chapéu de alumínio.

Fala em informação mas foi incapaz de ler este texto que mostra que não há mais dependência de gás russo.

Esse meu mundo, “fabricado pela Otan”, é o mundo real.

Nilton L Junior
Nilton L Junior
Responder para  Andre
1 ano atrás

kkk claro claro a Alemanha não esta mais dependente do gás barato da Rússia kkk só do gás com o dobro do preço comprado dos outros fornecedores kkk, sobre o Moskova afundado kkk tudo é duvidoso até provar o contrário, diferente do mundo paralelo que faz comentário na base do desejo kkk, depois chora porque foi enganado.

Hank Voight
Responder para  Nilton L Junior
1 ano atrás

Interessante você chamar o Da Lua de Da Lua….você está certo!

Red Pill - 红色药丸
Red Pill - 红色药丸
1 ano atrás

Europa vai muito bem obrigado. Só acompanhar o canal do Caio alemão em que ele mostra a conta de energia residencial(gás e eletricidade) em que subiu 200% e as fábricas demitindo.

Hank Voight
1 ano atrás

A segurança do trabalho no Irã anda muito ruim…🇮🇱🇮🇱🇮🇱🇮🇱
https://www.instagram.com/p/Cn_sAtBOoz2/?igshid=MWI4MTIyMDE=

Carlos Gonzaga
Carlos Gonzaga
1 ano atrás

Para informação, a produção chinesa de gás natural cresceu 6,5 % nos últimos 6 meses o que resulta redução proporcional da compra de gás russo.

Nei
Nei
Responder para  Carlos Gonzaga
1 ano atrás

Esses soldados brasileiros do Putin, não conseguem ver isso, acham que está tudo indo bem.
Pois se a Rússia não vende à Europa, a China ativou fábricas e aumentou a própria produção, é óbvio que China cada dia irá comprar menos do Putin.

Bruno Vinícius
Bruno Vinícius
1 ano atrás

Mais uma narrativa do russos e suas vivandeiras cai por terra. Fato é que – no mundo real – chantagear o segundo maior PIB do planeta Terra (UE) sendo uma economia de segunda com grande dependência das exportações de commodities não é a melhor das ideias.

Carlos
Carlos
Responder para  Bruno Vinícius
1 ano atrás

A economia russa é baseada no extrativismo, a forma mais básica de ação humana, esta fonte pode ser facilmente substituída perfurando um buraco em outro local já que o gás não é algo raro,o resultado era previsto e está aí, a Europa comprando de outro local por preço similar e eles vendendo com desconto e se subjugando aos chineses.

Paulo
Paulo
1 ano atrás

A única coisa que se concretizou ali foi a vergonha da Rússia kkkkk

Nei
Nei
1 ano atrás

Impressão minha ou tivemos poucos comentários nesta postagem?

Russetes chorando com a realidade.

Carlos
Carlos
1 ano atrás

A inflação, queda na produção e alta taxa de juros na Europa mandam lembranças!

KLESLEI
KLESLEI
1 ano atrás

O custo médio de extração de petróleo e produção de derivado da Petrobras, em 2021, foi de R$ 114,89 por barril, mas a estatal vendeu produto no mercado interno por um valor três vezes e meia maior, R$ 416,40 o barril. O lucro, pago pelo povo, foi de R$ 301,51 por cada

KLESLEI
KLESLEI
1 ano atrás

O Japão está comprando petróleo russo a preços acima do limite estabelecido pelos países ocidentais de US$ 60, escreveu o The Wall Street Journal.

KLESLEI
KLESLEI
1 ano atrás

“No que pode ser descrito como uma operação de lavagem global, o petróleo russo é levado para refinarias estrangeiras e depois importado para os EUA como gasolina. Uma vez que o petróleo tenha sido refinado em outros produtos, ele pode entrar legalmente nos EUA sem quebrar as sanções.”