As contraofensivas ucranianas parecem fazer parte de um plano muito maior – dividir o exército russo
Um mês depois das contraofensivas gêmeas da Ucrânia no sul e no leste da Ucrânia, a estratégia geral de Kyiv está se tornando mais clara. Especialistas avaliam que o plano do governo ucraniano é, separadamente, cercar, cortar e destruir elementos das forças russas no sul e no leste, além de cortar as linhas de abastecimento imediatas entre as duas forças.
Isso deixaria o exército russo na Ucrânia frágil e dividido – e deveria limitar as opções do Kremlin, já que o exército ucraniano almeja a vitória total em solo ucraniano.
Mike Martin, membro do Departamento de Estudos de Guerra do King’s College, em Londres, explicou essa possível estratégia ucraniana em tweets na segunda-feira. “Aqui está como a guerra termina, eu acho”, afirmou Martin.
Martin detalhou os dois principais esforços dos ucranianos. No leste, fora da cidade livre de Kharkiv, bem como mais ao sul na região de Donbas, as brigadas ucranianas continuam uma série de envolvimentos que começaram no início de setembro, quando exploraram brechas nas linhas russas – brechas que resultaram da mudança apressada do Kremlin de forças ao sul para bloquear ataques ucranianos ao norte de Kherson, um porto estratégico no Mar Negro que a Rússia ocupa desde a primavera.
Os envoltórios orientais dos ucranianos – primeiro no leste de Kharkiv Oblast, depois mais ao sul ao redor de Lyman e no leste de Luhansk Oblast – danificaram ou destruíram as principais formações russas, capturaram centenas de tanques funcionais e veículos de combate, desvendaram as linhas de suprimentos russas no leste e interromperam o esforço frenético e vacilante do Kremlin para levantar e enviar centenas de milhares de novas tropas.
“Os ucranianos fizeram um número incrível nas forças russas fora de Kharkiv”, disse um oficial de defesa dos EUA não identificado a repórteres na quarta- feira.
A contraofensiva do sul tem sido mais lenta – e por razões óbvias. O presidente russo Vladimir Putin “está diminuindo a prioridade da defesa de Luhansk em favor da manutenção de territórios ocupados no sul da Ucrânia”, explicou o Instituto para o Estudo da Guerra em Washington, DC
Mas os sinais de avanços ucranianos no sul nos últimos dias finalmente se tornaram evidentes. As brigadas ucranianas avançaram para o sul ao longo da margem rio Dnipro, liberando uma cadeia de assentamentos, forçando os russos a voltar para Dudchany e iniciando um envolvimento de potencialmente milhares de tropas russas a nordeste de Kherson.
O bolsão que está se formando na margem direita do Dnipro “será usado para sugar tropas e recursos [russos]”, observou Martin. Se o Kremlin continuar a priorizar a frente sul sobre a frente leste, as unidades russas no leste – sem os reforços pelos quais clamam desde o início de setembro – podem continuar a entrar em colapso, potencialmente acelerando a contraofensiva ucraniana nos oblasts de Kharkiv e Luhansk.
Para ser claro, no entanto, Putin priorizando o sul não significa que os russos vencerão no por lá. Artilharia, foguetes e sabotadores ucranianos passaram meses cortando as principais linhas de abastecimento dentro e ao redor de Kherson Oblast. Despejar reforços na região sem garantir seu reabastecimento pode significar mais russos famintos para os ucranianos matarem, capturarem ou derrotarem.
Por mais empolgantes que os avanços do exército ucraniano no leste e no sul sejam para os líderes da Ucrânia – e para os ucranianos comuns – o que realmente importa, para o resultado final da guerra, é se e como as duas operações se conectam.
Martin antecipa uma eventual terceira contra-ofensiva ucraniana, que partirá de Zaporizhia – a meio caminho entre Kherson e Donbas – em direção a Mariupol, uma cidade portuária histórica que os russos destruíram e ocuparam nesta primavera. A ideia, explicou Martin, é a Ucrânia “usar sua reserva estratégica para dividir as forças armadas russas na Ucrânia em duas partes que não podem se reforçar mutuamente”.
Uma unidade ucraniana em Mariupol divide o exército russo no sul do exército russo no leste. Cada metade ainda teria linhas de abastecimento para áreas de retaguarda estratégicas. A guarnição em Kherson deve desfrutar de uma pequena quantidade de suprimentos da Crimeia ocupada que, por sua vez, chegam por navio ou pela ponte que liga a península ao continente russo. As forças no leste ainda se ligariam à Rússia por via férrea.
Mas com a perda de Mariupol, as forças do sul e do leste da Rússia não teriam linhas de comunicação diretas por terra. E isso pode significar o fim da prática (reconhecidamente desajeitada) do Kremlin de deslocar forças entre as frentes em resposta aos ataques ucranianos. A liderança russa não é conhecida por sua flexibilidade. Mas supervisionando duas forças isoladas na Ucrânia, não teria sequer a opção de flexibilidade.
Tudo faz parte de um aparente plano ucraniano para dividir o exército russo na Ucrânia. “O que estamos vendo é um excelente projeto operacional ucraniano ocorrendo no sul e leste do país”, observou Mick Ryan, general aposentado do exército australiano.
Mas agora, o plano aparente continua sendo apenas isso – um plano. A terceira contraofensiva ucraniana ainda não se concretizou. Provavelmente porque uma terceira operação requer forças que não estão prontas ou que Kyiv não está pronta para arriscar, dada a fluidez das situações no leste e no sul.
Se Kyiv de fato está planejando uma marcha sobre Mariupol para unificar suas contraofensivas anteriores, essa marcha pode não acontecer este ano. O início do inverno na Ucrânia é úmido, mas ainda não frio o suficiente para congelar a lama em gelo. Não é à toa que, historicamente, os exércitos na Ucrânia fazem uma pausa em novembro e dezembro antes de retomar as operações após o Ano Novo, quando um congelamento profundo – e terra firme – é mais provável.
Então, se uma terceira contraofensiva está chegando, ela virá muito em breve – ou provavelmente não até 2023. Isso levanta uma segunda pergunta: o que a Rússia pode fazer com uma pausa de dois meses? Pode gerar forças suficientes prontas para o combate para estabilizar a frente e complicar a aparente estratégia da Ucrânia?
FONTE: Forbes
O passeio virou uma retirada frenética…
Nem é retirada, é debandada, os russos não se dão ao trabalho de nem ao menos destruir suas armas e munição que abandonam, os ucranianos capturam tudo intacto e “educadamente” devolvem para o antigo dono. Quem mais doa armas a Ucrânia é a Rússia.
O lado ruim dessa história é que cada vez mais o Czar se vê sem opções além de uma guerra nuclear, e amor pelo seu próprio povo nos já sabemos que ele não tem.
“educadamente”, kkkkkkkkk
é a operação barata voa agora
E ai Niltinho…
O Z segue batendo o U e o bonde passando…
Bonde voando rumo a Moscou. Até as ceroulas ficaram para trás.
Agora é mais U bate em Z e Z apanha. O bonde passando e Z retirando…
Esse foi mais um dos coitados que deixou de aparecer para comentar.
O bonde passa, por cima de Z
O Slow tb está sumido…
Nilo tb está sumido…
Estão afogando as mágoas juntos com muita vodka. Somente espero que não façam o erro comum que os russos fazem, fumar um cigarrinho perto de algum lugar “explosivo”.
Sumiu, é muita vergonha.
Como dizem na caserna: “vamo pegá pra libera”… se a Ucrânia realmente estiver disposta a arriscar suas tropas para dividir o exército russo, a hora é agora. Mas é um risco que eles terão que medir muito bem e rápido. Por outro lado, se deixarem a contraofensiva para depois do ano novo, acho que os russos conseguem se reforçar um pouco. A vantagem atual parece ser da Ucrânia, a não ser que o Putin use armas nucleares táticas para barrar o avanço, aí o cenário muda totalmente.
A Ucrânia tem que aguentar firme até a Rússia viver um novo 1917, e isso está bem perto de acontecer.
O fiasco russo é inevitável. Mesmo que Putin consiga estabilizar suas linhas o que terá ganho? Seu país é agora um pária, as principais fontes de riqueza da economia destruída e seu exército humilhado.
a lucro do putin ao perder a guerra vai ser não tomar um golpe e guerra civil de imediato pq a RFA vai tar quase inexistente
Putin prejudicou muita gente graúda dentro da Rússia, difícil que a conta não venha pra ele.
oremos
A derrocada russa é completamente inevitável, em todos os ramos.
As forças armadas russas vão sair em frangalhos dessa aventura, com pouquíssimo equipamentos operacionais (e uma péssima reputação).
Econômica e financeiramente será um desastre a níveis Venezuelanos.
Já estamos vendo, com a evasão frenética de cérebros e as elevadíssimas baixas, que uma revolta social não pode ser descartada.
Juntando tudo isso, a própria existência da federação russa corre riscos, com possíveis desmembramento, como na queda da URSS.
A única dúvida é Putin. Até quando?
Eu acho que sofrerá um “acidente”, bem ao estilo soviético (que ele ama).
Que vergonha hein, o segundo mais poderoso exercito do mundo (no papel claro) tomando um pau dos ucranianos.
Toda propaganda não sobrevive quando a realidade chega. Os russos por anos engaram todos nós.
Sim, e é essa “poderosa” maquina militar que Venezuela, Cuba, N-Coreia e Irã acham que vão protegê-los numa guerra mundial.
Mas o exército russo já tá divido:
Tem os vivos e os mortos.
Hoje tem mais vivos, mas os mortos já tão quase alcançando!
perdikkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkk
relaxa.. isso faz tudo parte do mastermind plano do Putin pra vencer o ‘atranticismo’ e instaurar a Nova Ordem Globalista (tb chamada de nomkkkkk)
Só existe um tipo de mapa para compreender esta guerra: mapa ferroviário. Só quando se compara ou sobrepõe, fica claro o porque de uma ponte no meio do nada ser tão importante, um vilarejo com seis quadras ser tão disputado ou a razão de comboios inteiros serem destruídos à beira de uma vicinal qualquer.
Qualquer tronco ferroviário ao alcance da artilharia inimiga significa dezenas/centenas de quilômetros a mais para o esforço logístico.
Svatove já está no alcance da artilharia.
Não sei se o exército Ucraniano tem recursos para mais uma frente, embora tenhamos notícias de concentração de tropas em Zaporizhzhia.
Tendo recursos suficientes, eu faria uma ofensiva na direcção Tokmak – Melitopol, dividindo os russos em dois e avançando para cortar a ligação da Crimeia a Kershon, obrigando os russos a escolher entre ficar na panela a ferver, ou saltar para o lume, isto é, ficar com 15 a 20 mil militares completamente cercados, ou avançar para uma debandada, desastrosa ao nível de meios humanos e materiais.
Ucrânia pressionando fortemente Kherson e na região de Kharkiv ameaçando cada vez mais severodonetsk a Russia vai se encontrando em um beco sem saída enquanto ainda nem está precisando lidar com as forças ucranianas que estão se reunindo na região próxima a Melitopol (algo que já foi discutido varias vezes por apoiadores da Russia)
Uma terceira ofensiva seria uma terceira facada no peito das forças armadas Russas, e essa mobilização tardia com soldados mal treinados e equipados não vai solucionar essa situação.
Cada vez mais a sociedade russa se opõe a esta guerra absurda.
não será novidade a deposição e prisão do Putin como uma saída honrosa para as forças armadas.
O problema será a defesa nas zonas de fronteira com a Rússia. Principalmente se avançarem para a região de Luhansk. Quanto mais território reconquistado, menos pessoal terão para ofensivas.
Se fosse Russo, aproveitaria esse reforço, por mais ineficiente que seja, e atacaria no norte. Luhansk deve ser uma maior prioridade para os Russos do que Kherson e, talvez, uma das razões para a mobilização.
Se fosse Ucraniano, concentrava as defesas nos grandes centros urbanos, afastados da fronteira. Isto, obviamente, apôs a consolidação do território reconquistado.
É um problema verdadeiro, Hcosta, mas imagino que a coleta de inteligência consiga identificar acúmulos de tropas próximas da fronteira que possam vir à serem usadas para ataques atrás das linhas Ucranianas. Provavelmente deveriam conseguir levantar uma unidade bastante móvel para responder à essa possibilidade. Mas obviamente, tudo especulação minha até o momento.
Exato, o nível de inteligência que a Ucrânia está recebendo da Otan faz toda a diferença, queria ser uma mosquinha para ter acesso a esse matéria só por curiosidade mesmo!
O problema é que se os russos manterem Kherson, terão uma cabeça de ponte do lado ocidental do rio, para prosseguirem com os objetivos da Novorussia. Já Luhansk pode ser recuperada com a mobilização russa mais facilmente.
Ao meu ver, está e a atual estratégia russa, mas sabemos que até lá, eles correm o risco de perderem boa parte de Luhansk e material.
Teriam que começar a guerra do 0 e contra uma Ucrânia mais preparada.
O ideal seria o EUA fornecer os ATACMS para a Ucrânia conseguir acabar com as linhas logísticas russas imediatamente.
E, talvez, uns E-3 do RU…
Que baboseira os dois lugares separados seriam ligados pela Russia que fica atrás de tudo que besteirol, vamos filtrar um pouco trilogia os caras estão se empolgando demais.
O plano pode ser tomar uma bomba atômica na cabeça também ..
Tomara que você esteja bem no epicentro.
Posso tá falando besteira, mas acredito que a decisão por armas nucleares, por parte do Pudim, sejam as localidades de Kerson, Nova Kakhovka, Melitopol e Mariupol. Acho que essa é linha vermelha traçada pelo assaltante moscovita. Em hipótese alguma, ele vai aceitar perder a Criméia.
Falo faz tempo, se não tomar cuidado a Criméia dança, inclusive aventei a possibilidade de a Criméia ser atacada em definitivo antes das províncias separatistas para manter a moral e o suporte em geral!
é porque as pontes foram bombardeadas hoje.
Se o putin não usar logo os nukes os ucranianos só vão parar no Volga
A situação de Putin está ficando pior a cada dia que passa. Suas forças armadas vão sofrendo derrota após derrota na Ucrânia, enquanto a insatisfação e o medo crescem dentro da Rússia. O neoimperialismo de Putin está levando a Rússia para o abismo. É cada vez menos provável que Putin consiga se manter no poder.
https://www.19fortyfive.com/2022/10/putins-is-in-his-own-personal-hell-ukraine-keeps-winning/
Se Rússia usar bomba nuclear. A ponte que liga Rússia a Crimeia será a primeira a ser destruída. Aviões americanos e da OTAN vão brotar do nada em enxames nunca antes vistos.