Força de pronto emprego de Brigada de Cavalaria passa por inspeção

Ok, vamos lá. O senhor não respondeu a mim mas como falou muito sobre a “blindagem de papel manche” do qual fui o único que escreveu, tomo que suas palavras foram dirigidas a mim.

1- O M113 NÃO É PARA ARTILHARIA. Pode até ser que, por motivos de gambiarra à brasileira ( e talvez aqui esteja o pulo do gato nessa questão), tenha esse fim, mas ele foi feito para transportar tropas e só. Qualquer outro fim adverso desse não muda o motivo fim para o que foi feito. Pintar um porco e chamar o resultado de cavalo não faz o porco virar um cavalo.

2- Mesmo que tenha a discussão do Leopard 1 ter blindagem inadequada, a resposta para isso não foi criar veículos leves de transporte de tropas. Foi a criação do Leopard 2. Discussão sobre qualquer assunto sempre haverá. O que interessa é que rumo se toma e quais os resultados e aqui , fica claro que ter mais blindagem é melhor, tanto é que os EUA criaram o Abrahms com blindagem de DU, os Ingleses com Chobam, os Alemães com mais aço e os russos vem melhorando os seus tanques desde sempre passando pelo T-50, T-64 (muito mais blindagem), T-72 (blindagem de melhor qualidade), T-80, T-90 e agora, o Armata que mais parece uma nave espacial.

3- O M113 tem um blindagem de papel manche, como eu disse, pois é feita de alumínio. Esse metal não só não segura arma de nenhum calibre por motivos óbvios, ela é altamente perigosa para as tropas pois o alumínio é pirofóbico (pega fogo quando pulverizado sobre pressão) que é exatamente o que acontece quando é atacado por foguetes, até mesmo os velhos RPG-7s. Israel mesmo retirou os M113 de combate direto na década de 70 quando perdeu inúmeros soldados em M113s que pegavam fogo quando acertados com essa arma. Na verdade, se me lembro bem, o negócio foi tão sério que soldados simplesmente se negavam a ir para o campo de batalha nos M113s e tinham que descer alguns metros antes de ir chegar até o campo de batalha a pé. Era menos arriscado andar na Faixa de Gaza sob tiros do que andar naquele veículo.

4- A questão aqui não é apenas sobre a blindagem ( que é pífia) mas sim a qualidade da blindagem (alumínio ao invés de aço). Sim, a maioria se não todos os veículos hoje em dia usam uma camada de liner, mas ele só ajuda ( ajuda mas não impede) spalling, e não a criação de fogo. Lembre-se que pó de alumínio é usado em bombas para ajudar no potencial explosivo da mesma. Você se sentiria seguro se soubesse que está andando em um veículo que usa este produto como construção de sua blindagem?

5- Não só a questão da blindagem, mas também o número de veículos verdadeiramente modernos é o que chama a atenção. É triste mesmo, mas no Brasil, quando falhamos em algo, dizemos que era pra funcionar daquele jeito mesmo. Pegue até algo inócuo em sua construção como um fuzil. O IA2 não é preciso? É porque não o soldado não vai ser preciso mesmo debaixo de tiro, então não precisa de tanta precisão assim. Ele super aquece? Ah sim, isso é porque o soldado nunca vai estar sozinho então ele dá alguns tiros, se abriga e deixa a arma esfriar enquanto o outro soldado atira e vice-versa. Não tem blindagem? É porque não precisa naquele terreno em particular. O veículo não é moderno? Foi feito pela Engesa, é 100% brasileiro e blá blá blá. E assim, agente fica na vanguarda do atraso.

Não entende o motivo da existência de um GAC em uma Bda porque teu conhecimento para querer opinar se baseia em videogame.

…… concordo plenamente com seu comentário, observando a quantidade absurda de baboseiras tecladas pelos especialistas, conhecedores,”estrategistas de Tik Tok” “marechais de Tinder”, muitos sustentados pelos país, chega se a conclusão, óbvia, que o problema não e o Exército, governo, pais, nação, o problema é o brasileiro.