Por Maurício Andrade Weiss (*)

A indústria de semicondutores é provavelmente a mais concorrida e relevante no âmbito mundial. Eles estão presentes nos componentes dos principais bens de consumo duráveis contemporâneos, tais como smartphones, computadores, automóveis e eletrodomésticos e, com a ampliação e disseminação das “casas inteligentes” e automóveis autônomos, estarão ainda mais presentes na vida cotidiana.

Os semicondutores são empregados não apenas nos bens de consumo, como em toda a infraestrutura de telecomunicação, inclusive satélites, na indústria de energia alternativa, destacando a transformação da energia solar em elétrica; bem como na diversidade cada vez maior de bens de capital e nas cadeias produtivas como um todo, a exemplo da indústria de alimentos e fármacos. Sua utilização ultrapassa a esfera do produto e da produção, envolve praticamente todo desenvolvimento do conhecimento humano e impacta diretamente a própria organização da sociedade (ver UFSCAR)

Em razão disso, as principais potências econômicas mundiais estão disputando acirradamente este setor e dispendo volumosas quantias para incentivar a indústria local, vislumbrando menor dependência externa.

Esse movimento ficou explícito na “Guerra do 5G”, em que China e EUA disputam a oferta da infraestrutura dessa nova tecnologia, na qual o país asiático, através da empresa Huawei (maior fornecedora de equipamentos para redes e telecomunicações do mundo, atuante também na produção de bens de consumo, como smartphones), tem apresentado as melhores soluções em termos de custos e qualidade.

Como resposta, além da tradicional pressão política, os EUA passaram a impor restrições a oferta de chips – cujo insumo base são os semicondutores – para a Huawei. O mecanismo principal dessa disputa se deu através da Taiwan Semiconductor Manufacturing Corporation (TSMC), pois esta utiliza tecnologia estadunidense.

Embora a China tenha domínio na produção de semicondutores para dispositivos móveis, suas empresas ainda estão muito atrás em termos de design e participação de mercado em semicondutores ligados a memória e lógica. Este país tem aplicado em torno de cinquenta bilhões de dólares nas últimas duas décadas na forma de subsídios para a indústria de semicondutores, o que potencializou uma indústria capaz de exportar US$ 101 bi em 2019, crescimento de 20% em relação à 2018.

Contudo, a produção doméstica responde apenas por 30% da demanda interna (TRT WORLD), fazendo com que o país asiático se torne o maior importador de semicondutores do planeta, chegando ao impressionante número de US$ 350 bi em 2020, alta de quase 15% em relação ao ano anterior. Atualmente o mercado de semicondutores é dominado pela tecnologia dos EUA (oito das quinze maiores empresas). Já a produção se concentra em Taiwan, a qual respondeu por 60% da receita mundial em 2020 (Forbes).

Como forma de reduzir essa dependência até 2025, a China implementou um plano que envolve um financiamento na ordem de US$ 1,4 tri, o qual, segundo Ualace Moreira possui quatro dimensões: i) contratar milhares de engenheiros taiwaneses especialistas em produção de chips; ii) aliança de pesquisa com a Rússia, país que forma mais engenheiros do que EUA e principal destino para novos investimentos da Huawei; iii) produção de chips de última geração (largura de porta de transistor de 7 nanômetros) na China; e iv) linha de produção de chips que não requer equipamento estadunidense.

A escassez de semicondutores e chips não é exclusividade para empresas chinesas. Além da crescente demanda decorrente da infraestrutura e de aparelhos que utilizam a tecnologia 5g, as mudanças de hábito na pandemia que geraram maior procura por televisores, computadores etc., em combinação com uma nova geração de consoles de videogames da Sony e Microsoft e inovações do setor automobilístico, intensificaram a busca por semicondutores.

Há ainda a restrição pelo lado da oferta, decorrente da pandemia no ano passado e problemas pontuais, como incêndio em uma fábrica de semicondutores e questões climáticas. A escassez de chips gerará interrupções em diversos setores, gerando perdas expressivas. A título de exemplo, a Ford e GM combinam para um prejuízo estimado de US$ 4,5bi em decorrência dessa paralização (The Gardian e BBC).

A situação atual tem ligado sinal de alerta generalizado. Países europeu incluem como objetivo a ampliação de semicondutores no continente, a qual inclui um plano de 145B€ (Paulo Gala). A Índia tem oferecido auxílio de mais de um bilhão de dólares a cada fábrica de semicondutores que se propuser a se instalar no país. Essa é parte de uma estratégia mais ampla para o país se tornar o segundo maior produtor de smartphones do planeta, ficando atrás apenas da China (Reuters).

Os EUA, por sua vez, reconheceram a importância de não apenas investirem no desenvolvimento de novos produtos, como também a necessidade de retomar a produção internamente. Em 1990, os EUA representavam 37% da produção mundial e atualmente representa apenas 12%. Para tanto, o Plano de Emprego Americano que conta com US$ 2,3 tri, destinará US$ 50bi para a promoção da indústria de semicondutores. Ainda há um projeto no senado para impulsionar a pesquisa e desenvolvimento de US$ 110 bi, no qual o setor de semicondutores está incluso (Valor).

A preocupação com os rumos da produção de semicondutores está presente até mesmo em Taiwan. Os esforços se concentram em evitar que a China prossiga com seu plano de contratação de experientes engenheiros taiwaneses, para tanto o governo taiwanês solicitou que todas as ofertas de emprego na China fossem retiradas das agências de emprego. A relevância desse setor é tão significativa que envolve aspectos geopolíticos. Apesar de a China há muito tempo ver Taiwan como parte de seu território, essa relação tem azedado como consequência da disputa tecnológica entre EUA e China (Nikkei Asia).

E como o Brasil tem se inserido nessa acirrada disputa internacional? Bem, demitindo 34 trabalhadores altamente qualificados, dando prosseguimento ao plano de liquidação da CEITEC, localizada em Porto Alegre, que é a única empresa brasileira que reúne capacidade de desenvolvimento e produção no segmento de semicondutores.

Mais especificamente, ela possui “capacidades técnicas nas áreas de projeto de dispositivos, desenvolvimento de produtos, pesquisa e desenvolvimento e microfabricação de dispositivos eletrônicos, sensores, dispositivos fotônicos, dispositivos microfluídicos, entre outros”. Em outros termos, a empresa “… projeta, fabrica e comercializa circuitos integrados para diferentes aplicações”, tais como “identificação animal, identificação veicular, identificação pessoal, identificação de entidades e identificação sensorial, além de serviços relacionados ao setor”.

E qual seria o motivo alegado pelo governo federal para sua liquidação? A falta de lucros. Já que teria sido investido quase um bilhão de reais e a empresa ainda estaria apresentando prejuízo. Essa forma de avaliação é extremamente simplista e míope diante da importância para o país em ter uma empresa inserida no setor de semicondutores. Desde o impedimento da ex-presidente Dilma, tem prevalecido na condução do país a perspectiva que segue a lógica da financeirização da economia.

Um dos aspectos centrais de uma economia financeirizada é a priorização do curto prazo e da valorização na forma líquida, em detrimento do longo prazo e da valorização na forma física. Como apontado por Dallery (2009) e Stockhammer (2010), tais mudanças nas prioridades são reconhecidas na literatura como as estratégias do maximum shareholder value, isto é, maximização do valor acionário.

Nessa estratégia, as firmas deixam de realizar projetos cujo retorno não seja rápido e que os resultados não possam ser vislumbrados pelo mercado financeiro. Nesse sentido, empreendimentos que possam ser altamente lucrativos, mas cujo resultado além de demorado é incerto, deixam de ser realizados.

Em um regime como o descrito acima, os investimentos e as inovações se dão no core da indústria, sendo que ambos devem refletir em aumentos na valorização das ações. Os investimentos para expandir a produção não se dão mais com expansão das plantas industriais, mas sim na compra de concorrentes. Um aspecto que reforçou essa dinâmica foi a estratégia de downsize and distribute.

downsize pode ser entendido como uma redução da estrutura da empresa, ou seja, venda de ativos físicos e da força de trabalho. Já o distribute é a ideia de que os gerentes deveriam administrar as empresas em benefício dos acionistas, o que implica a máxima distribuição possível de recursos. Nesse contexto, a firma passou a ser vista como um conjunto de ativos negociáveis a serem mantidos ou vendidos, de acordo com o retorno que pudessem proporcionar.

Embora a concepção da financeirização da economia tenha sido desenvolvida inicialmente para o setor privado, ela se encaixa perfeitamente no que tem sido adotado no país desde 2017. A primeira evidência foi em relação à Petrobrás, iniciando pelo fim da política de priorização do conteúdo nacional através da lei MP 795/2017 e, em seguida, pelo projeto de desinvestimento da Petrobrás, seguindo a lógica de concentrar as atividades no core da empresa, reduzindo a estrutura da empresa, priorizando a distribuição de lucros e buscando valorizar as ações.

Mas foi no governo Bolsonaro, cujo projeto é claramente privatista, que este processo se acelerou. Apenas no primeiro ano, foram vendidos R$ 70,9 bilhões em ativos da Petrobras. E o plano estratégico de 2021-25 é para novas vendas entre US$ 25 bilhões e US$ 35 bilhões.

O caso da CEITEC é ainda mais grave, pois sequer o governo buscou alternativas para se realizar um projeto de privatização. No ramo de semicondutores, seguir a lógica da financeirização simplesmente inviabiliza projetos fundamentais para que o país seja competitivo. Conforme argumenta Ualace Moreira, é esperado que se observe prejuízo no curto prazo quando um país opte pela estratégia de catch up e upgrading em suas estruturas produtivas. No caso específico do setor de semicondutores, Júlio Leão, que possui 7 patentes depositadas e 2500 citações e é ex-porta-voz da Associação dos Colaboradores do CEITEC, esclarece que o horizonte para uma empresa amadurecer nesse setor é de 20 anos e que a CEITEC estava prestes a ser lucrativa financeiramente.

As expectativas levantadas por Júlio Leão são referendadas pelo crescimento das receitas nos últimos anos. Em 2018 se observou R$ 7,03 mi, em 2019 R$ 10,14 mi e em 2020 saltou para R$ 15,46 mi, superando a meta de R$ 13,51 mi. O aumento da receita foi acompanhado pela redução das despesas, tanto em termos de despesa pessoal, quanto em termos de despesa operacional, possibilitando que o prejuízo saísse de R$ 23,91 mi em 2017 para apenas R$ 4,17 mi em 2020. Como consequência, a dependência financeira foi reduzida, ficando inclusive inferior à meta estabelecida.

resultado de 2020 também se mostrou positivo para as metas de desenvolvimento de produtos e processos, protótipos em novos processos produtivos e produtos ou aplicações disponibilizados. Esse desempenho recente corrobora outro aspecto fundamental levantado por Júlio Leão, em entrevista ao Revolução Industrial Brasileira, ele argumenta que a CEITEC tem potencial exponencial para desenvolver novos produtos, sendo capaz de concorrer com grandes players internacionais, dando um salto tecnológico e se expandindo para novos setores em um prazo de 10 anos, inclusive no mercado de etiquetas prontas, cuja rentabilidade é bem superior à de chips.

Ainda vale uma observação adicional, mesmo que o governo federal tenha como único objetivo seguir a lógica da economia financeirizada, ignorando qualquer aspecto estrutural de longo prazo e relevância de ter uma empresa no setor de semicondutores com potencial de concorrer com players internacionais, a decisão de liquidação da CEITEC está economicamente equivocada. Quando se faz a análise microeconômica de dar prosseguimento ou não para uma firma, não se deve levar em consideração os custos passados, pois eles são irreversíveis (sunk costs). Nesse sentido, não importa para o cálculo os quase R$ 1 bilhão já investido, mas sim o potencial de lucro, o que a dinâmica recente mostra claramente que deve ser alcançado já em um curto período.

Algumas decisões dos governos podem trazer prejuízos importantes para a economia de um país, mas que podem ser revertidos posteriormente. A conclusão da liquidação da CEITEC, ao contrário, se enquadra naquele tipo de medida que pode ser irreversível, ou revertida a um custo altíssimo e desnecessário. Desta forma, não se pode esperar uma alteração de rumo em eventual novo governo eleito. A interrupção do processo de liquidação da CEITEC é algo urgente e precisa ser amplamente debatido pela sociedade.

(*) Professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

FONTE: www.sul21.com.br

NOTA DA REDAÇÃO: As opiniões emitidas nos artigos publicados expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial de Forças de Defesa/Forças Terrestres.

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Rui Chapéu
Rui Chapéu
3 anos atrás

Mais um chororo de alguém que perdeu a teta pra mamar.

Esses 34 super cientistas deveriam agradecer que está sendo privatizada e agora podem mostrar como são bons em uma empresa privada.

Vamos ver se agora conseguem fazer esse buraco de dinheiro ter lucro com seus “trabalhos altamente qualificados”.

Falando nisso, coloquem Operação Silício no google e vejam o que realmente saia dessa empresa…

Pedro Bó
Pedro Bó
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

Provavelmente serão cooptados por alguma empresa ou Universidade estrangeira, ganhando bem mais do que no serviço público brasileiro e com muitos mais recursos técnicos e financeiros para desenvolver seu trabalho.

Melhor mesmo o Brasil continuar produzindo gado (com duplo sentido, por favor).

Rafa_Positronn
Rafa_Positronn
Reply to  Pedro Bó
3 anos atrás

E o pior, cara, é que essa gente é uma contradição só

Quando sai alguma noticia aqui a respeito do desenvolvimento tecnologico Chines, o pessoal corre para tacar o pau no Brasil

Só que o pessoal esquece que na CHINA existe um ESTADO FORTE E ATUANTE, sem essa de “liberalismo sapatênis” para setores estrategicos

Ai eles querem que o Brasil façam o inverso da China, mas querem ter o mesmo resultado dos chineses

essa gente é manjada já

Pedro Bó
Pedro Bó
Reply to  Rafa_Positronn
3 anos atrás

E boa parte da tecnologia pesquisada e desenvolvida no Brasil vem exatamente de Universidades Públicas, Fundações Públicas, Empresas Estatais e SEMs. A iniciativa privada mesmo pouco investe. Prefere importar já pronto e testados de outros países. Os neoliberais adoram um Estado mínimo, mas quando a empresa de meia porta deles ameaça falir (geralmente por má-gestão, confusão de patrimônio entre empresa e empresário, péssimo atendimento prestado, etc) correm logo com o pires atrás do Estado pedindo ajuda. Sem contar os frustrados que não conseguem lograr êxito em concursos públicos e atacam o Assistente Administrativo que ganha dois salários mínimos e meio… Read more »

Sagaz
Sagaz
Reply to  Pedro Bó
3 anos atrás

“Sem contar os frustrados que não conseguem lograr êxito em concursos públicos ..” quem paga a conta são os “frustrados”. Quer um tapete vermelho para andar na rua oh ser superior!? Tem é que ter um estado mínimo mesmo, imagina um condomínio com 5 funcionários exclusivos para dar manutenção nos elevadores, faxineiros exclusivos, diretor de RH, diretor de manutenção, supervisor de manutenção, auxílio creche, auxílio faculdade, auxílio moradia. Você não moraria num condomínio desses pagando por isso, mas os “frustrados” moram nesse país pagando você. Coloca o dedo na boca e fica aí coçando o umbigo.

Felipe Morais
Felipe Morais
Reply to  Sagaz
3 anos atrás

onde tem isso? Auxílio faculdade, auxílio moradia? Quem recebe isso? Funcionário para dar manutenção em elevador? Não, a manutenção de elevadores, enquanto serviço essencial para a manutenção da segurança predial, é por contratação de empresa especializada, assim como ocorre em todos os imóveis brasileiros que dispõe de elevadores. Faxineiro exclusivo? Idem…contratação de empresa de terceirização, assim como em todas as empresas brasileiras em que os próprios funcionários não são encarregados da limpeza. Diretor de RH? Qualquer empresa que se preze tem uma área de gestão de recursos humanos e o responsável por ela. Supervisor de manutenção? O que seria isso?… Read more »

Pedro Bó
Pedro Bó
Reply to  Felipe Morais
3 anos atrás

Felipe, esse pessoal não sabe nada de Administração Pública, Direito Administrativo, Macroeconomia, Microeconomia, etc. Se fiam no que falam os “experts” de Youtube, que às vezes sequer tem qualquer educação formal na área. Nem um livro do Chiavenatto, que é um autor popular na área de Administração e bem acessível, leram.

ALISON
ALISON
Reply to  Sagaz
3 anos atrás

Comparação sem nexo e completamente estupida… igual a quem fez…

Agressor's
Agressor's
Reply to  Pedro Bó
3 anos atrás

São só estrangeiros se apossando de tudo em nosso país…mas vejam se os países desenvolvidos leiloam suas empresas estratégicas como a Qualcomm ou se permitem domínio de estrangeiros em seus países…se privatização resolvesse os nossos problemas a era FHC teria sido a melhor fase de nossa economia e não teríamos estatais de peso nos países nórdicos como Noruega e Dinamarca que estão no topo do IDH global...de fato as privatizações são um bom negocio neste país…para quem compra a empresa…principalmente quando é financiada pelo BNDES e não precisa pagar a dívida!… Segredo é a soberania… Ultimamente, algumas grandes empresas/indústrias de… Read more »

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Reply to  Agressor's
3 anos atrás

Realmente amigo. Gostei muito dessa aqui; “Guerra do 5G”, em que China e EUA disputam a oferta da infraestrutura dessa nova tecnologia”
Só que no Brasil, bastou uma carinha feia do US State Department, e o Planalto botou o galho dentro imediatamente.
Acho que o Brasil era mais independente quando era colônia de Portugal.

Abs

Last edited 3 anos atrás by Joao Moita Jr
Agressor's
Agressor's
Reply to  Pedro Bó
3 anos atrás

Desestatização (ou Privatização) Campanha 01 :

https://www.youtube.com/watch?v=ljQjA21I_d8

Desestatização (ou Privatização) Campanha 02 :

https://www.youtube.com/watch?v=2WfChfvOO4I

Desestatização (ou Privatização) Campanha 04 :

https://www.youtube.com/watch?v=E95lYJ1DtD8

carcara_br
carcara_br
Reply to  Rafa_Positronn
3 anos atrás

Não joga essa jaca pro lado do pessoal que enxerga o desenvolvimento chinês como uma consequência de políticas sérias de estado. Isso ai é um mikeyboy de carteirinha, o verdadeiro, adepto do mises.org e correlatos.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Reply to  carcara_br
3 anos atrás

Chicago Boy, como o ilustre Guedes…

Pedro Bó
Pedro Bó
Reply to  Rafa_Positronn
3 anos atrás

Ainda tem outro fato, quando o Brasil começa a desenvolver algum sistema de arma avançado e é embargado na compra de algum equipamento de outro país mais avançado, começa o mimimi do “por que não desenvolvemos aqui?” ou “por que não investir em tecnologia nacional?”. Aí quando existe alguma empresa, seja ela pública ou privada, que pode desenvolver isso com um pouco de incentivos, querem logo a privatização ou o fim dela.

Nem lógica fuzzy decifra essa retórica!

Rafa_Positronn
Rafa_Positronn
Reply to  Pedro Bó
3 anos atrás

Resumindo, cara: esses trilogiopatas liberais sapatênis são perturbados mesmo

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Reply to  Pedro Bó
3 anos atrás

Essa mesma internet aonde aqui nos encontramos foi desenvolvida pela Darpa, ESTATAL dos Estados Unidos.

Agressor's
Agressor's
Reply to  Rafa_Positronn
3 anos atrás

braziu: Produtor que mais vende pra CEASA China: O “dono” da CEASA Acho que deu pra entender a analogia. Ao contrário de outros países em desenvolvimento, o Brasil tem a habilidade de fazer as coisas acontecerem por meio da intervenção governamental. A Embraer, por exemplo, é uma empresa de economia mista. A agricultura no Cerrado é subsidiada com recursos do governo. Em vários setores, o país já mostrou que quando quer fazer uma coisa, ele consegue. Mas o nosso país é sabotado e mantido assim de forma intencional, para que potências estrangeiras tomem o domínio aqui e estabeleçam o monopólio… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Agressor's
Dilbert_SC
Dilbert_SC
Reply to  Pedro Bó
3 anos atrás

Bom dia Pedro.
Apenas para informar que la profissionais qualificados CA CEITEC já foram mesmo cooptados pelo mercado.
O problema do prejuízo da CEITEC é o mesmo de todas as estatais: má gestão.
Gente incompetente a frente do que não entende bulhufas, só porque é amigo de alguém que o pode indicar.
E sim, a CEITEC já deu lucro e era viável.

Natan
Natan
Reply to  Dilbert_SC
3 anos atrás

Pode até ser má gestão, mas o fato é que qualquer empresa estatal que está engatinhando no mundo da tecnologia vai dar prejuízo no começo. Vide exemplo de empresas chinesas e sul coreanas de tecnologia (Huawei e samsung) que no começo eram deficitárias, e hoje, décadas depois, estão na fronteira tecnológica e geram bilhões de divisas para seus respectivos países.
Nossa única esperança de uma futura Samsung nacional era a CEITEC, que deus a tenha.

Rafa_Positronn
Rafa_Positronn
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

Trilogiopata é bicho trouxa mesmo viu … e se for Trilogiopata metido a liberal Sapatênis então… ai é que a comédia é completa

Vai ser engraçado quando eles descobrirem que LIBERALISMO é conto da carochinha para enganar besta

Já foram enganados uma vez conta estorinha de OCDE

e não se cansam de fazerem papel de otários

Misericórdia

Pedro Bó
Pedro Bó
Reply to  Rafa_Positronn
3 anos atrás

O que mais existem são exemplos malsucedidos de privatizações: o Sistema Telebrás é um. O serviço prestado pelas operadoras (um verdadeiro oligopólio) é caro e falho. Falam em 5G quando ainda existem regiões do país com cobertura 3G de péssima qualidade.

No Rio de Janeiro, são constantes as concessionárias de transporte público irem a mídia ameaçar a interrupção dos serviços prestados se o Estado não entrar com recursos financeiros (Estado mínimo para quem mesmo?).

As concessionárias de energia elétrica também não fogem à regra, e por aí vai.

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

Eu não sabia da operação Silicio, agora pra mim tá evidente que não era só falta de investimento, as próprias pessoas estavam roubando a empresa, mas a culpa de eles não darem certo é o Bozzo.

carcara_br
carcara_br
Reply to  Carlos Campos
3 anos atrás

Vamos excluir o palhaço da jogada, o ministério de ciência e tecnologia não é a favor da liquidação da empresa, agora adivinhe qual o ministério que é?
Sim, o da economia.

Roberto Bozzo
Roberto Bozzo
Reply to  Carlos Campos
3 anos atrás

Mestre Carlos Campos, não é “Bozzo” é ” a culpa é do Bozo”; a família dele é outra….. hehehehehe

Felipe Morais
Felipe Morais
Reply to  Carlos Campos
3 anos atrás

meu irmão, para que pagamos um MP e judiciário caríssimo?
Tá “roubando” a empresa? Cana neles.
Demite, recontratada e especializa.
Agora ficar dizendo que a empresa não presta por causa disso, sendo uma área estratégia em todo o mundo, é sacanagem.
Não atoa somos esse país medíocre. Nossa própria população é a mediocridade materializada. Vivem de vangloriar políticos e pautas específicas baseadas em textões recebidos no whats app.

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Felipe Morais
3 anos atrás

lê meu outro comentário, essa empresa era pra dar certo, mas o povo lá era acomodado,querem a mamata do GF e não ganhar dinheiro.

Thiago A.
Thiago A.
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

“não jogar fora o bebê junto com a água do banho”
É Só jogar fora a sujeira e preservar a “criança”.
Como todos os países sérios fazem.

Agressor's
Agressor's
Reply to  Thiago A.
3 anos atrás

Infelizmente, o poder econômico influencia a política mundo afora. Isto, porque existem corruptos que vendem a suas almas para conseguir dinheiro e poder. E nesse quesito, somos campeões mundiais. Continuamos como os índios na época de Cabral. As potências estrangeiras manipulam os governos para explorar o país e o povo não tem a mínima ideia disso. Estes políticos brasileiros são os responsáveis por todas as mazelas que assolam o país, corrupção, má administração, incompetência… E mesmo assim alguns brasileiros acreditam que eles querem fazer “o melhor pelo Brasil”. Este governo não é o primeiro e nem será o ultimo a… Read more »

Agressor's
Agressor's
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

Se estatais só dão gastos/prejuízos e não trazem nunca nenhum tipo de retorno, então porque por aqui sempre querem compra-las?

Last edited 3 anos atrás by Agressor's
Carlos Miguez - BH
Carlos Miguez - BH
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

AMEI seu comentário: é o espelho do que ocorre no Brasil.

Mauricio
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

Não tenho qualquer relação direta com a CEITEC e sua liquidação não me afeta monetariamente. Minha única preocupação é com o futuro do país. Também não tive qualquer retorno financeiro para produzir o texto. Passei meu final de semana o escrevendo, inclusive de sábado e domingo a noite. Agradeço a leitura.

Rui Chapéu
Rui Chapéu
3 anos atrás

Aliás, esse cara ai fica falando que financeirização é um problema.

Meu filho, se isso fosse um problema, IBM, AMD, Intel não estariam nas bolsas americanas…..

Todas elas tem que mostram balanço 4x ao ano, e isso não as impedem de serem lideres do setor, com planejamento de curto, médio e longo prazo.

Isso ai é simplesmente chororo de alguém que vai ter que trabalhar em vez de ficar lacrando e tomando cafezinho em repartição custeada pelo povo.

Igual artistas que ficam chorando pela lei ruanet…….

Resumindo: Vai trabalhar, vai!

Allan Lemos
Allan Lemos
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

E você acha que as empresas que você citou não recebem e/ou já receberam incentivos governamentais, não é? Rsrs esses pseudo-liberais brasileiros são uma piada.

carcara_br
carcara_br
Reply to  Allan Lemos
3 anos atrás

Piada de mal gosto diga-se.

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Allan Lemos
3 anos atrás

ele falou do ponto da financeirização, o que não é ruim, quanto a incentivo o governo deu e tem que dar.

Caio
Caio
Reply to  Allan Lemos
3 anos atrás

Esses sujeitos são apenas papagaios, com sua grande capacidade de repetirem apenas o que ouvem e só. Vide sua fontes de informação.

Felipe Morais
Felipe Morais
Reply to  Allan Lemos
3 anos atrás

Justamente Allan. SÃO UMA PIADA!

Renato B.
Renato B.
Reply to  Allan Lemos
3 anos atrás

É o mesmo povo que acha que o Brasil lucra quando madeireiros e garimpeiros (lavanderia do PCC) derrubam a floresta amazônica. Esse povo vê uma galinha de ovos de ouro e só pensa em fazer uma galinhada.

É o que dá ter um país governado por tios de zapp.

jairo
jairo
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

Reparem que aqui na triologia até mesmo quando se fala de algum projeto nacional os farialimers mencionam escala e mercado. Imagina os americanos levando isso ao pé da letra em se tratando do F-22. hahahha A piada do liberal brasileiro é que descobriram esses dias um tal de day-trade, acham que vão ficar ricos com isso e nao se importam por um milésimo de segundo que todo o potencial de um gigante como o Brasil seja desperdiçado para que não haja soluços na Bovespa e o bot caríssimo dele nao de conta de prever o mercado. Financeirizacao no Brasil nao… Read more »

Natan
Natan
Reply to  Rui Chapéu
3 anos atrás

Quando eram pequenas, essas empresas que você citou foram grandemente auxiliadas pelo capital estatal, por meio de incentivos e subsídios, além do protecionismo.

OSEIAS
OSEIAS
3 anos atrás

Termos aqui varias opiniões sobre ataque e defesa ao GF. Não importa muito sua preferencia, seu gosto, sua opinião. O que importa mesmo é ” que país queremos ter, e que povo queremos ser”. Quando resolver isso, ai sim teremos um plano e fica fácil seguir. Queremos mais educação com a melhora da qualidade dos aluno? Ou preferimos mesmo ficar de boa esperando copa do mundo, pater papo, tomar cerveja tocar a vidinha. Se der certo deu, se não der tudo bem. Ou queremos ser o motor indutor de conhecimento, cultura e muito mais, desse maravilhoso planeta? Uma escolha da… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Alexandre Galante
Guacamole
Guacamole
3 anos atrás

Eu vi a CEITEC ser construída e opera em Porto Alegre (morava a uns 6km dela) e te digo, não tinha como funcionar. Infelizmente, empresas de tecnologia precisam de dinheiro e dinamismo que o Estado não tem. Note que a corrida pela tecnologia é constante, onde um passo em falso pode fazer a sua empresa quebrar (pessoas migram para chips melhores sem problemas) e a CEITEC tinha 3 problemas graves: não tinha lucro para poder investir em si mesma, burocracia à brasileira (se quebrasse uma janela, precisaria abrir uma licitação para comprar e outra para instalar o vidro), e não… Read more »

Skopi
Skopi
Reply to  Guacamole
3 anos atrás

Era a Six Semicondutores, hoje parece que viu Unitec Semicundutores

Oráculo
Oráculo
3 anos atrás

Mais um “acadêmico” triste por perder a mamata estatal. Que vendam todas essas estatais. No Brasil espresa estatal presta serviço ruim, caro e sem qualidade. Foram tomadas de assalto pelos políticos, que usam e abusam delas para o seu bel-prazer. Se você conseguir descobrir as ligações politicas dos dirigentes das estatais, você vomita. Se ver os nomes que fazem parte do conselho então, compra uma passagem e vai embora do Brasil. Estatais brasileiras são cabides de emprego para aliados políticos. Sem falar na corrupção, desvio de recursos, patrocínios absurdos, gastos estratosféricos, supersalários, dinheiro gasto com veículos de mídia aliados, etc.… Read more »

Caio
Caio
Reply to  Oráculo
3 anos atrás

Mais triste é um sujeito atacar os acadêmicos nacionais, um dos poucos meios de se retirar o país do atraso social, estrutural, e econômico em que eu mantido, pelos políticos que passam décadas, como perfeitos e caríssimos inúteis e criminosos, mas que são cada vez mais idolatrados, por prefere papagaiar a pensar.

ODST
ODST
3 anos atrás

Mimimi

Allan Lemos
Allan Lemos
3 anos atrás

O (des)governo atual é inimigo declarado da ciência e da tecnologia. O Ministro da economia entende tanto dela quanto um catador de latinhas, até a Nuclep o mentecapto queria privatizar. O resultado é a destruição dos (poucos) avanços que o Brasil teve na área de tecnologia.

Last edited 3 anos atrás by Allan Lemos
Guacamole
Guacamole
Reply to  Allan Lemos
3 anos atrás

Mal posso esperar para o Pai dos Pobres voltar ao “pudê” pra recomeçar o programa “Turismo sem fronteiras”, companheiro.

Saudade dos bons tempos estudando em Amsterdã.

Last edited 3 anos atrás by Guacamole
Rafa_Positronn
Rafa_Positronn
Reply to  Guacamole
3 anos atrás

Ele era MUITO MELHOR do que o atual

Guacamole
Guacamole
Reply to  Rafa_Positronn
3 anos atrás

Qom Serteza.

Flanker
Flanker
Reply to  Rafa_Positronn
3 anos atrás

Não, não era! Enquanto esse “dá” ativos da Petrobras para a iniciativa privada, aquele roubava a mesma Petrobras. Enquanto esse é uma bost@, aquele é uma merd@! São dois lados da mesma moeda….e vcs, fanáticos de cada um dos lados, emporcalham esse espaço de debate. O Brasil está dividido e perdido, bem como os dois lados querem. …

jairo
jairo
Reply to  Flanker
3 anos atrás

Como é bom ler comentários assim.
Se tivessem mais alguns milhões de cidadãos pensando assim a gente ficaria mais próximos de sair do buraco.
Nao sei pq o brasileiro que vive num país tão diverso ficou tão binário nas questões políticas.
Sempre digo que entre governantes mais corruptos/incompetentes e outros menos corruptos/incompetentes deveríamos escolher a guilhotina…

Jose
Jose
Reply to  Guacamole
3 anos atrás

Japão, Coréia do Sul e China tem/tiveram um “ciencia sem fronteiras” para chamar de seu. Sai do zap, e se informe melhor.

Athos Franca
Athos Franca
3 anos atrás

Infelizmente vai acontecer o mesmo que se deu na produção de insulina. Uma empresa estrangeira comprou a Biobrás( fabricava insumos, fármacos, antibióticos e insulina) e a fechou. Hoje dependemos de importar insulina.
Alguns anos atrás escrevi ao governo que o país precisava investir em produção de chips , turbinas aeronáuticas, fármacos e fertilizantes, e em Forças Armadas forte e no programa espacial
Veja hoje que dependemos da China e Índia para fabricar vacinas e pra lançar satélites.
Eu até apoio este governo mas lamento esta falta de visão neste caso dos chips.

Michel
Reply to  Athos Franca
3 anos atrás

Mas para um nação conquistar (desenvolver) os itens que você citou, tenho que lhe dizer que está apoiando o governo errado.

Por acaso você alguma vez ouviu esse “presidente” falar ou mesmo fazer algo de bom para a educação?

Que sejam as educações elementares (antigo primário), básica (antigo ginásio) e ensino médio (antigo segundo grau) que são, a meu ver, os níveis de educação, de fato, mais importantes para um país como o Brasil. Pois sem eles uma nação não é nada.

Retomando a pergunta… já ouviu?

carcara_br
carcara_br
3 anos atrás

Alguém tem a menor dúvida que agora não é o momento da aplicação de políticas liberais na economia?
Os idiotas querem fazer uma política de terra arrasada, transformando isso aqui num grande bananal, nem o ministério da ciência e tecnologia é favorável a liquidação da empresa.

Cadillac
Cadillac
Reply to  carcara_br
3 anos atrás

Ok, então façamos ao modo estatal e tenhamos mais um “Correios”.

carcara_br
carcara_br
Reply to  Cadillac
3 anos atrás

Já tentou comprar uma placa de vídeo nova? o valor da entrega é irrisório em relação ao frente, muito caro mesmo, isso se você tiver a sorte de achar os modelos novos no mercado, alguns estão a mais de 6 meses indisponíveis.
Agora imagine que podemos ficar mais 100 anos marginalizados, e fora do mercado, dos avanços que a tecnologia proporcionará. E coloca isso na conta de padaria dos gênios liberais. Vai ficar difícil arrumar capacidade computacional pra minerar criptomoeda (deixa eu tentar falar numa linguagem que esse pessoal entende).

carcara_br
carcara_br
Reply to  carcara_br
3 anos atrás

o valor da entrega é irrisório em relação ao *produto*

fewoz
fewoz
Reply to  Cadillac
3 anos atrás

Quantas empresas estariam interessadas em criar filiais em todas as cidades do país? A maioria das pessoas não entende que sem os Correios, muitos municípios ficariam simplesmente sem serviço de entrega, pois o país é absurdamente grande e as empresas só investiriam em cidades onde teriam lucro. Diferente do que muitos pensam, o papel do Correios não é apenas de “levar carta”, mas de criar coesão territorial. Você acha mesmo que as empresas estariam interessadas em investir numa cidadezinha de 1000 habitantes perdida no meio do Amazonas, por exemplo? Claro que não. O problema dos liberais brasileiros é que eles… Read more »

Last edited 3 anos atrás by fewoz
Agressor's
Agressor's
Reply to  Cadillac
3 anos atrás

Então porque nos países desenvolvidos lá não fazem isso?

bjj
bjj
Reply to  carcara_br
3 anos atrás

Eles (liberais) ditaram todas as reformas econômicas dos último 5 anos, sempre prometendo que o país “decolaria” uma após a outra, e o resultado disso foi pífio, para dizer o mínimo, e mesmo assim seguem defendendo esse modelo. Acreditam que o Brasil se desenvolverá facilitando a abertura de lancherias e salões de beleza enquanto liquida o que sobrou da industria nacional de alta tecnologia. Se dependesse deles até a Embraer, que não se pode chamar de ineficiente, teria sido vendida também.

Last edited 3 anos atrás by bjj
jairo
jairo
Reply to  bjj
3 anos atrás

A maior prova que essas “reformas” não pensadas prejudicam não só a população como o próprio Estado foi a surpresa que tiveram quando lançaram o auxílio emergencial e constataram que 70 milhões de brasileiros eram empreendedores (não se pode mais usar o termo informal). Um mundo de trabalhadores precarizados depois de uma reforma trabalhista que prometia justamente o contrário. Na grande mídia não vi uma vírgula sobre a recente decisão da justiça do reino unido que reconheceu vínculo empregatício entre uma grande empresa de aplicativo de transporte e seus motoristas. Até na terra da dama de ferro estão revendo as… Read more »

Renato B.
Renato B.
Reply to  carcara_br
3 anos atrás

Um argumento que ouvi de um liberal: o sistema privado é mais eficaz para produzir que o estatal assim como um elevador é mais prático que uma escada. Porém, é estupidez correr para o elevador no meio de um incêndio. Para isso tem a escada. Por isso vários liberais com cérebro advogam a ação estatal em situações específicas. Se liberalismo for tomado como política e não como dogma ele até funciona. Em tempo, outra função das estatais é atuar como precursoras, criadoras de mercado. A Embrapa não foi feita para dar lucro, mas funciona muito bem para dar o suporte… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Renato B.
Carlos Campos
Carlos Campos
3 anos atrás

Olha se eles iam dar lucro ou não, não sei, mas se realmente fossem deviam ter corrido atrás do governo e dos bancos para tentar fazer um IPO, o Guedes não ia se opor à isso, se tava prestes a dar lucro então ele ia sorrir de orelha a orelha pq desde que entrou só vive contando moedas, eu vejo com suspeita esse texto, várias empresas promissoras recebem fundos sem darem lucro a própria Tesla é o maior exemplo disso, não gera tanto dinheiro quanto uma Ford, mas vale mais que ela, pq? pq tem a possibilidade de dominar o… Read more »

Jose
Jose
Reply to  Carlos Campos
3 anos atrás

Guedes? Acorda! Esse cara foi colocado lá para saquear o pais. Ele não se interessa por desenvolvimento nacional ou empregos. Pare de se enganar. Ele é limitado como economista e só sabe ganhar dinheiro através de especulação financeira com os recursos de terceiros.

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Jose
3 anos atrás

O Guedes teve aceitação do mercado a ponto de fazer a taxa de juros ir lá embaixo, o Guedes conseguiu fazer o PIB cair 4 por cento, enquanto no nosso querido vizinho que são pragmáticos, exemplos a ser seguido pq escolheram o Alberto, caiu 10 por cento, o guedes tem um plano para manter a arrecadação no mesmo nível e zerar os encargos trabalhistas, deixando só o previdenciário, assim criando milhões de empregos em pouco tempo, colocou na mesa a privatização de algumas empresas que foi barrada pelo STF que disse que tem que passar pelo congresso, desculpa, mas o… Read more »

Jorge
Jorge
Reply to  Carlos Campos
3 anos atrás

Responde aí, quem você acha que é o ‘mercado’?

jairo
jairo
Reply to  Carlos Campos
3 anos atrás

Juros de 2% em troca de dolarização da economia nao me parece uma boa estratégia. A inflação ta aí pra demonstrar.

Siarom
Siarom
3 anos atrás

Se a empresa é tão boa assim sugiro que os funcionários façam um clube de investimento, reunam investidores e comprem a empresa.

Nascimento
Nascimento
Reply to  Siarom
3 anos atrás

Difícil. A maioria das estatais seguem sem rumo e objetivos claros. Criam planos e projetos que são iniciados e nunca terminados ou super atrasados, ocorrendo sempre mudanças no meio do caminho, a maioria das quais, lastreadas na desculpa da falta de verbas, isto apesar do imenso orçamento que dispõem ser realocado para salários, e quando desenvolvem algo geralmente é mais caro do que encomendar de fora (o que a torna incapaz de competir no mercado privado caso seja vendida). E, não havendo objetivos e metas fica quase natural a tendência para a gestão cair na armadilha da atenção de interesses… Read more »

Jose
Jose
Reply to  Nascimento
3 anos atrás

Quem disse para você que as estatais não tem objetivos claros, cara? Uma postagem do zap ou algum blog de político do NOVO?

Nascimento
Nascimento
Reply to  Jose
3 anos atrás

Triste ter de usar Ad Hominem contra a minha pessoa, uma vez que falei apenas fatos, deveria usar argumentos para contrapor e não me acusar. A parte majoritária de seus orçamentos ser gasta com salário diz isso claramente. Os grandes presidentes dos sindicatos de estatais só falam de aumento salarial e de aumento de verbas… As estatais têm gastos com pessoal totalmente fora da realidade financeira que dispõe, para uma sociedade que não tem condições de pagar mais, além do que já paga anualmente. Não mudaram a espinha dorsal dos seus gastos, para se adequar a realidade financeira e também… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Nascimento
Gabriel BR
Gabriel BR
3 anos atrás

Reconheço que esse tipo de indústria demanda uma enorme quantidade de capital que não temos e que gerir uma empresa com lei 8666 e concurso público é condena-la a morte. O ideal é que criássemos um regime próprio de contratação para as nossas empresas de maneira a fazê-las competitivas …mas é uma missão quase impossível visto que o lobby sindical no Brasil é contra.

carcara_br
carcara_br
Reply to  Gabriel BR
3 anos atrás

Existiam outras opções, a liquidação foi a escolha do Ministério da economia.

Gabriel
Gabriel
3 anos atrás

Faz todo sentido a “CEITEC” ser uma estatal, guardadas as devidas proporções, igual a Boeing americana, Embraer brasileira e a Sukhoi russa.

Só que não (s.q.n)

Que continuem as privatizações e acabem com os cabidões de emprego.

Pedro Bó
Pedro Bó
Reply to  Gabriel
3 anos atrás

A Sukhoi foi unificada sob a marca da UAC, uma SEM cujo acionista majoritário (mais de 90%) é o Estado russo através da Rostec, uma empresa pública.

Claudio Pepe
Claudio Pepe
Reply to  Pedro Bó
3 anos atrás

Não fala isso, vai bugar a cabecinha dele.

Felipe Morais
Felipe Morais
Reply to  Pedro Bó
3 anos atrás

Eita Pedro Bó, cuidado com essas informações aos pseudo liberais. Pode dar curto circuito.

Nilton L Junior
Nilton L Junior
3 anos atrás

Logo teremos a miliciatec dizendo que é uma absurdo o estado investir em tecnologia isso é coisa de comunista.

Last edited 3 anos atrás by Nilton L Junior
Rafa_Positronn
Rafa_Positronn
Reply to  Nilton L Junior
3 anos atrás

As vezes eu fico feliz de ver que na trilogia existe um punhado de nacionalistas realmente preocupados com esse país e que nem todo mundo é adepto de acabar com o Brasil para satisfazer o Deus Mercado em nome do liberalismo sapatênis

mas fico triste quando vejo que ainda é minoria

Last edited 3 anos atrás by Rafa_Positronn
Nilton L Junior
Nilton L Junior
Reply to  Rafa_Positronn
3 anos atrás

Se o imperio americano se rendeu aos gastos públicos pra fazer frente a crise de produção aqui o paulo jegue e seus micos rentistas opportunistas continuam mamando no rendimento da divídia pública, é o liberalismo de oportunidade.

Alexandre Galante
Admin
3 anos atrás
Last edited 3 anos atrás by Alexandre Galante
Rafael
Rafael
Reply to  Alexandre Galante
3 anos atrás

O vídeo também não reproduz a opinião da Trilogia?

Lucas
Lucas
Reply to  Rafael
3 anos atrás

Tá incomodado pode procurar outro lugar.

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
3 anos atrás

A época de privatizar passou uns cinqüenta anos atrás, quando o mundo ainda era outro. Agora, é um tiro no pé. Agrobusiness não segura uma nação como o Brasil num patamar de estabilidade, vai rolar muito sangue nas calçadas. Mas o milenarismo quer isso mesmo: sofrimento pavoroso como sinal do esperado advento do reino. Já o capitalismo, submerso na própria compulsão e sem oposição mitigadora da desmedida, já prepara o seu suicídio, que vai coincidir com o fim da civilização. Apreciemos.

Foxtrot
Foxtrot
3 anos atrás

“E como o Brasil tem se inserido nessa acirrada disputa internacional? Bem, demitindo 34 trabalhadores altamente qualificados, dando prosseguimento ao plano de liquidação da CEITEC, localizada em Porto Alegre, que é a única empresa brasileira que reúne capacidade de desenvolvimento e produção no segmento de semicondutores.”
Uma vez colônia vendedora de bananas, assim o será para o resto da vida.
Basta pegarem a pauta de exportações da época do império e comparar com a de hoje, verão que pouca coisa mudou.
O Brasil sempre será a eterna colônia bananal das grandes potências ocidentais.
E tenho dito.

Lucas
Lucas
3 anos atrás

Eu concordo com o texto.
Do jeito que vai o Brasil vai ser pra sempre vassalo dos outros. Nunca vai ter um só vislumbre de autonomia.

Skopi
Skopi
3 anos atrás

Empresa que produz um chip pro boi.

Grande empresa.

Carlos Eduardo
Carlos Eduardo
3 anos atrás

Concordo plenamente que essa indústria não deveria ser fechada, pois o seu campo é vital para o futuro do Brasil. Mas também concordo, que o fato de ser uma estatal não ajuda em sua administração. Acredito, que o caminho mais correto para esta empresa, seria o governo abrir suas ações em Bolsa de Valores, tornando assim essa empresa uma SA, de capital aberto mas sem esse negocio de Golden Share, sendo o governo apenas um acionista comum, com ações do tipo PN, sem se envolver nas decisões da empresa, apenas colhendo os lucros através dos dividendos. Assim não venderíamos para… Read more »

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Carlos Eduardo
3 anos atrás

por mim teria golden share, a EMBRAER é assim e tá muito bem.

Natan
Natan
Reply to  Carlos Eduardo
3 anos atrás

Concordo, mas teria sim que ter golden share, para prevenir de se adquirida por algum fundo de investimento estrangeiro e daí sim o país deixar de ter os ganhos advindos da empresa.

willhorv
willhorv
3 anos atrás

Deve ser privatizada sim. Governo não tem que fazer gestão disto não. Competitividade e eficiência não fazem parte de órgãos governamentais e sim morosidade e comodidade.
Que privatizem tudo logo.

Rafael
Rafael
3 anos atrás

Essa Nota da Redação ofendeu fortemente a inteligência dos leitores.

sub urbano
sub urbano
3 anos atrás

Enquanto existir a figura do “aspone”, do “amigalhaço”, do indicado político, do peixe, do COMISSIONADO, as estatais brasileiras continuarão sendo medíocres.

Na China existe o comissário político que é UM cara no conselho da estatal para dedurar capitalistas para o Partido. No Brasil cada estatal 90% é indicado de político. Nem na União Soviética tinha isso. Não produzem nada, só mama. Ah, a maioria é de direita ainda rs

Agressor's
Agressor's
Reply to  sub urbano
3 anos atrás

Não existem países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Existem países bem administrados e mal administrados. Nestes países independente dos líderes e suas ideologias políticas, eles pensam na nação. Já no braziu eles preferem roubar toda a riqueza e não ligam se o país vai pra frente. A maioria dos eleitores vota esperando se beneficiar individualmente ou beneficiar a categoria da qual faz parte, não importa se o candidato eleito for um criminoso. Uma vez eleitos, esses corruptos governam defendendo seus próprios interesses e os de suas famílias. É um círculo vicioso.

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  sub urbano
3 anos atrás

dedurar os capitalistas kkkkk o Deng Xiaoping riria disso, como ele mesmo disse, enriquecer é maravilhoso.,, agora me diz quantos milhões esses comissários desviam da empresa? e se a empresa só der prejuízo o que acontece com os funcionários que gerenciam? Na China corrupção pode dar pena de morte.

Richard Stallman
Richard Stallman
3 anos atrás

Eu comprava se tivesse dinheiro. Foi muito difícil conseguir esses equipamentos.

A Perseverance usa um processador de 300.000 dólares com 20 anos de idade, um mercado de nicho muito lucrativo.
https://en.wikipedia.org/wiki/RAD750
https://en.wikipedia.org/wiki/Perseverance_(rover)
——————————-
A Russia produz seus próprios processadores.
https://en.wikipedia.org/wiki/Elbrus-8S
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Russian_microprocessors

Historia dos computadores na União Soviética:
https://www.filfre.net/2017/06/tales-of-the-mirror-world-part-1-calculators-and-cybernetics/
——————————
Alguns links
https://news.ycombinator.com/item?id=26822732
https://news.ycombinator.com/item?id=17642872
https://news.ycombinator.com/item?id=26822732
https://news.ycombinator.com/item?id=27095558
https://news.ycombinator.com/item?id=20524923
https://news.ycombinator.com/item?id=16665747
———————
Uma das coisas mais importantes da historia:
https://en.wikipedia.org/wiki/VLSI_Project
—————-
Esse cara faz CI na sua garagem e o Brasil não.
http://sam.zeloof.xyz/
https://hackaday.com/2017/02/25/the-fab-lab-next-door-diy-semiconductors/
https://hackaday.com/2018/11/19/of-roach-killer-and-rust-remover-sam-zeloofs-garage-made-chips/
————————–
Ceitec deveria focar em Risc-v

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Richard Stallman
3 anos atrás

pra tu ver como é, um cara faz em casa, a CEITEC tinha ajuda governamental, certos tipos de isenção fiscal, mão de obra barata e deu errado, acredito que o Brasil devia criar uma nova empresa, mas desse vez de capital misto, que já viesse com licenças de produção, em alguns anos poderíamos concorrer com Taiwan

Manuel Flavio Vieira
3 anos atrás

Não houve interessados em adquirir a participação que o Governo tem na CEITEC. E olha que o Estado já conseguiu privatizar várias empresas problemáticas… Quanto ao faturamento, é fácil tê-lo com apoio Governamental. Difícil é conquistá-lo no livre-mercado. O Estado não tem e não deve ficar carregando estatal nas costas que nem o mercado aceita comprar.

Last edited 3 anos atrás by Manuel Flávio
Luiz
Luiz
3 anos atrás

Apesar do texto politizado devemos focar no tema principal que é a extrema dependência brasileira de ativos de alto valor agregado do exterior e a desindustrialização sistêmica da nossa economia.

Enquanto isso EUA, Europa e China usam de diversos programas para protegerem e desenvolverem tecnologia própria ao mesmo tempo que no Brasil impera a pobre dicotomia esquerda X direita.

Gustavo Henrique Wanderley
Gustavo Henrique Wanderley
3 anos atrás

Aos editores deste site. Saiam de cima do muro. A liquidação é evidência de que a destruição e não a privatização é o objetivo do governo no setor de semicondutores. Sem Donald Trump esse cidadão lá em Brasília não vai mais dizer “obrigado Estados Unidos”. Quem ele vai procurar agora? O putin?

Adriano Madureira
Adriano Madureira
3 anos atrás

A visão não é míope, não há na realidade é olhos para ser diagnosticada uma falta de visão ou sua limitação…

IBIZ
IBIZ
3 anos atrás

O Brasil não é um país, é uma colonia com uma elite (incluindo as forças armadas em muitos casos) que defende todas as formas e medidas de atraso e empobrecimento para nosso país. Liberalismo no … dos outros é refresco e por isso que as grandes potências estrangeiras empurram essa logica idiota no nosso r…! Por isso que hoje em dia eu acho que o objetivo de qualquer brasileiro que queira uma vida melhor é sair dessa b…ta e ir pra um lugar decente!

Dario
Dario
3 anos atrás

“É necessária muita cautela para revidarmos uma autocrítica”
Stanislaw Ponte Preta

Adriano Madureira
Adriano Madureira
3 anos atrás

Interessante, enquanto vemos o governo brasileiro se desfazer de uma empresa que fabrica um produto de grande importância e vemos alguns aplaudindo o posicionamento porque irá acabar com a “mamata” ,o governo de Washington faz o contrário…

Será falta de visão americana?! Aqui na república Cleptocrática do Bananal,o governo Bolsonaro quer acabar com única empresa que pode fabricar chips na América Latina.
Em 2017 Trump proíbiu a compra da empresa americana Lattice Semiconductor pela estatal chinesa Canyon Bridge Fund ,para ver a importância do produto.

https://sis-publique.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=53616&sid=5

IBIZ
IBIZ
Reply to  Adriano Madureira
3 anos atrás

Pq o governo, o congresso, o judiciário e os “empresários” brasileiros só querem saber é da sua mamata! E cortam investimentos verdadeiros dizendo que são as mamatas com o povo mau educado, alienado e/ou arrogante caindo nessa conversa e aplaudindo.

Darkestlost
Darkestlost
3 anos atrás

Ahhh os ESTATISTAS.

Natan
Natan
3 anos atrás

A extinção da CEITEC é um dos vários indícios de que o Brasil está se tornando cada vez uma fazenda exportadora de carne, soja e minério de ferro. Até mesmo a China, com seu partido comunista no poder, entende a importância de investir BILHÕES em tecnologia para se colocar frente a frente na fronteira tecnológica com os grandes players mundiais.
Isso gera bilhões de dólares de divisas para o país que detém tecnologia, enquanto ficamos reféns do preços das commodities no mercado internacional, já que nem sequer chip de controle remoto sabemos fazer mais, depois de extinta a CEITEC.