Alto diplomata chinês pede que China e EUA consertem relações
PEQUIM (Reuters) – O principal diplomata da China pediu na terça-feira (2 de fevereiro) que Pequim e Washington coloquem as relações de volta em um caminho previsível e construtivo, dizendo que os Estados Unidos deveriam parar de se intrometer nos assuntos internos da China, como Hong Kong e Tibete.
Yang Jiechi, diretor da Comissão Central de Relações Exteriores do Partido Comunista Chinês, é o líder chinês de mais alto escalão a falar sobre as relações China-EUA desde que o presidente Joe Biden assumiu o cargo.
Sob a administração de Trump, as relações dos EUA com a China caíram ao seu ponto mais baixo desde o estabelecimento de laços diplomáticos em 1979, quando ambos os lados entraram em confronto sobre questões que vão desde comércio e tecnologia a Hong Kong, Taiwan e Xinjiang, e o Mar do Sul da China.
Enquanto assegurava aos Estados Unidos que a China não tem intenção de desafiar ou substituir a posição dos EUA no mundo, Yang enfatizou que nenhuma força pode deter o desenvolvimento da China.
“Os Estados Unidos devem parar de interferir em Hong Kong, Tibete, Xinjiang e outras questões relacionadas à integridade territorial e soberania da China”, disse Yang, definindo-as como questões relativas aos interesses centrais da China e à dignidade nacional.
Falando em um fórum online organizado pelo Comitê Nacional de Relações EUA-China na terça-feira em Pequim, Yang disse que a China nunca se intromete nos assuntos internos dos EUA, incluindo suas eleições.
Yang, cuja posição no Partido Comunista no poder lhe dá mais influência do que até mesmo o ministro das Relações Exteriores, também pediu ao governo Biden que não abuse do conceito de segurança nacional no comércio.
“Nós, na China, esperamos que os Estados Unidos superem a mentalidade ultrapassada de soma zero, rivalidade entre as grandes potências e trabalhem com a China para manter o relacionamento no caminho certo”, disse ele.
Yang reafirmou que a China está preparada para trabalhar com os Estados Unidos para levar o relacionamento adiante ao longo de um caminho de “sem conflito, sem confronto, respeito mútuo e cooperação ganha-ganha”.
A palavra “cooperação” apareceu 24 vezes em seu discurso. Ele sugeriu que as empresas americanas poderiam lucrar com cerca de 22 trilhões de dólares em exportações para a China na próxima década.
FONTE: Reuters
Muito engraçadinho. Em resposta os EUA deveriam doar alguns F-35 para Taiwan.
como disse um general americano “Diplomata do PCCh pede que os EUA continuem sendo otários.”
Que diferença de tratamento. Aqui podemos ver quem é gigante e quem é anão diplomático.
Com tudo que o Trump fez e ameaçou a China, comparado com o que as nossas “otoridades” e outras nem tanto (como os filhos do homi) falaram (só falaram), para os EUA eles acenam com uma trégua. Para nós boicotam vacinas e fazem outras ameaças.
Quando nós deveríamos é estar de olho nestes 22 trilhões de dólares.
Como sempre dizem aqui, o Brasil nunca perde uma oportunidade de perder uma oportunidade.
Sabe pq ele fez isso aos EUA? Pois eles estavam de 4! A China sabia muito bem que nao iria aguentar mais 4 anos com os EUA no cangote deles. Agora como lá tem um lacaio, eles mandam essa “mensagem” igual a que Hitler deu em 1937….. Alem do que, o boicote da vacina pode ter saido pela culatra pois colocou o Brasil cada vez mais perto da arqui-rival Chinesa, a India. Ademais, interessante que desde que viramos nosso rumo para a China em meados da primeira década desse século, o que colhemos com isso? Nossa indústria, foi sucateada, algo… Read more »
Caro Pedro
Sem entrar no mérito do que você listou, o Brasil não deve se alinhar com ninguém. Mas deve manter comércio com todos. Com EUA, UE, China, Índia e quem mais quiser fazer trocas comerciais conosco.
E cada um segue com seus problemas. Política centenária estabelecida pelo Barão do Rio Branco, que nas últimas décadas foi deixada de lado e criou alguns dos problemas que você enumerou.
Abraço
Nossa indústria já era sucateada há muito tempo. Era uma indústria que vivia de subsídios e legislação anti-concorrencial quase soviética, com o famigerado PSI, nascido na década de 50 e perpetuado até meados da década de 90.
Quanto à espionagem pelo tal 5G chinês, bem, o caso de espionagem em massa da NSA manda lembranças. Para sermos espionados basta estarmos conectados à rede. Porém devemos lembrar que nosso povo é pobre, não podemos sujeitá-los a produtos caros por causa de picaretagem política.
Lembrando que um dia desses o site do Ministério da Saúde foi hackeado por um cara que ainda chamou o site de lixo. É esse o tipo de segurança cibernética e contra-inteligência que temos.
Para deixar claro que isso não é só um problema estatal, ainda temos o vazamento da Serasa.
De fato.
Pedro
Com todo respeito.
Vc está precisando de umas horas de sono (ou o popular: Vai dormir!)
A desvantagem americana é que o Estado está altamente endividado, a população está extremamente endividada, o mercado de trabalho está parado (hoje foi anunciada a criação de apenas 49.000 empregos em janeiro), a China está crescendo e criando um ‘meio-ambiente’ internacional de cooperação com Ásia, Europa e grande parte da América Latina e por aí vai.
Ninguém vai querer interromper os negócios com a poderosa China por causa de birra de um País decadente.
Conforme-se.
“Enquanto assegurava aos Estados Unidos que a China não tem intenção de desafiar ou substituir a posição dos EUA no mundo” não entendi essa parte, me parece que não se encaixa com o discurso oficial do partido Chinês.
Ele fala uma coisa, o Xi outra, capaz de ele perder o emprego
Assim são a diplomacia e governo entre nações comandadas por adultos,se diz o que é bom para ser ouvido, mas cada age de acordo com os interesses de seu país, simples assim! Para quem tem cérebro amadurecido e útil claro!
A situação evidente é que os EUA perderam a ‘guerra comercial’ contra a China.
O país oriental continua crescendo bem mais que os EUA e, pior, o deficit comercial americano aumentou com a China.
Em tempo.
Biden está restabelecendo as ligações portuárias e aeroportuárias com a Venezuela.
Grande notícia.