Nammo lança munição de 155 mm com propulsão ramjet
A Nammo apresentou um novo conceito de munição de artilharia que permitirá a qualquer país com um moderno sistema de artilharia de 155 mm lançar ataques de precisão contra alvos a mais de 100 km de distância.
“Isso poderia ser um divisor de águas para a artilharia. Com exceção de um pequeno número de projéteis guiados com precisão, com alcance de 50 a 60 km, a maioria dos sistemas de artilharia ainda dispara nas mesmas distâncias de quando o M109 foi lançado, há mais de 50 anos. Isso pode mudar completamente essaa situação”, disse Thomas Danbolt, vice-presidente da unidade de grande calibre da Nammo.
O novo design da Nammo é construído em torno de um ramjet de combustível sólido compacto que é iniciado com o lançamento de um canhão, e é um programa colaborativo entre engenheiros de munição e foguetes da Nammo.
“Nós construímos motores de foguete há cerca de 60 anos e nos especializamos em motores pequenos e potentes para mísseis ar-ar, como Sidewinder, IRIS-T e AMRAAM. Há alguns anos, começamos a pensar em usar motores de respiração (Ramjet) para ajudar a ampliar sua autonomia, mas rapidamente percebemos o enorme impacto que isso poderia ter se o adaptássemos a uma granada de artilharia”, disse Erland Ørbekk, VP Technology da unidade de negócios de Propulsão Aeroespacial da Nammo.
O lançamento de teste do novo projétil está previsto para começar em 2019-2020, enquanto o novo conceito de munição de artilharia provavelmente estará operacional por volta de 2023-2024.
A Nammo é uma empresa internacional aeroespacial e de defesa com sede na Noruega. Com 2.300 funcionários espalhados por mais de 30 unidades e escritórios em 14 países, a Nammo é uma das principais fornecedoras mundiais de munição, motores de foguetes e serviços de desmilitarização para clientes militares e civis.
FONTE: Nammo
Um incremento fantástico no alcance do projétil !! Além de atingir o inimigo mais longe torna a peça mais protegida por conta de em muitos casos poder atirar em locais mais protegidos fora do campo de batalha !! Quanto custa cada munição alguém sabe ??
Seis milhões de dolares
seria o inicio do fim do sistema Astros e similares??
WWolf22 , pelo que acompanho e aprendi aqui no forte, o sistema Astros usa munições com alcance de 4 a 90 km, variação de foguetes, poderá lançar míssil com 150 a 300km.Uma bateria de astros tem maior poder de fogo de saturação que uma bateria de obuseiro , e maior mobilidade e flexibilidade. ASTRO 2020, chuto que Vai além de 2045
Uma bateria de Astros…
Logo uma Bateria de Obuseiros….
Qual o custo benefício?
De forma alguma! Mecanismos de ataque e defesa se sobrepõem… e fica difícil dizer qual o melhor sem observar detalhes e particularidades de cada projeto…
É por isto que o sistema de mísseis balísticos com o astros deve continuar e evoluir!
Assim não dá.
Daqui a pouco, vão usar artilharia com 300 km de alcance…
Ou 1.000 km.
Aí fica o EB atirando de Manaus contra a fronteira venezuelana.
Ou Seul – piong iang.
Nonato,
E você não está errado não. O USA está pensando em canhões com alcance de mais de 1000 km para burlar o tratado INF em vigor entre os EUA e a Rússia. http://www.thedrive.com/the-war-zone/19847/the-army-now-wants-hypersonic-cannons-loitering-missiles-and-a-massive-supergun
Nos anos 50 esse conceito foi desenvolvido pelos EUA e o Canadá, mas foi abandonado devido a baixicima precisão, não sendo útil até mesmo para as ogivas nucleares.
Mas hoje com a tecnologia embarcada nas peças de artilharia de alta precisão, é totalmente viável.
Então os canhões na prática lançarão, assim, projéteis “autopropulsados” a enormes distâncias em vez de propulsioná-los, como os monstruosos canhões nazistas sobre trilhos ?
Mas se tais projéteis forem balísticos, então sua margem de erro a longas distâncias será enorme, ok ? Ou terão alguma forma de guiamento ?
Serão guiados! Com certeza!
Bosco, este a´”protótipo” da foto acima não é?
Juarez,
Acho que não tá nem na fase de protótipo não. Deve estar na fase de avaliação de conceito.
Então, num futuro distante, pode-se entender que a artilharia, terá sua importância em campo de batalha de volta, como arma de dissuasão? Daqui a algumas décadas ou menos, com estas munições com autopropulsáveis um País, poderá simplesmente atacar outro e vice-versa do seu próprio território, sem ter que usar um míssil balístico?
Vai virar uma guerra nas estrelas.
Abraço.
Esta munição deve levar uma cabeça de combate muito pequena e a precisão também não deve ser das melhores. Mas não duvido que o conceito evolua colocando algumas aletas e desenvolvendo algum combustível mais eficiente.
Se for para gastar de dezenas a centenas de milhares de dolares por projetil de 155 mm com uma carga explosiva provavelmente insignificante, então é melhor investir em misseis de verdade.
Muito interessante.
Tem que ver o preço, mas certamente sera um Game Changer.
Da avaliação de conceito até a criação de um modelo mais evoluído, passando pelo primeiro modelo de série não deve demorar, com combustivel, carga e precisão melhorados! O mesmo deve acontecer com os foguetes de artilharia de lancadores múltiplos como o ASTROS 2020.