Militares participam de treinamento em Formosa, Goiás, em outubro de 2017
Militares participam de treinamento em Formosa, Goiás, em outubro de 2017 – Alexandre Manfrim/Ministério da DefesaLuciana Amaral

Luciana Amaral

O orçamento limitado pelo teto de gastos públicos até 2037 e as demandas reprimidas podem ampliar a obsolescência das Forças Armadas, afirma o Ministério da Defesa no sumário executivo do documento “Cenário de Defesa 2020-2039”, ao qual o UOL obteve acesso. A reportagem também ouviu oficiais das Forças, que demonstram preocupação com a contenção de recursos.

A publicação embasa o planejamento estratégico da pasta e das Forças Armadas e, para tanto, comenta situações ligadas à segurança e à defesa do Brasil e projeta possíveis desdobramentos. O texto é também um dos componentes que fundamentam a Política e a Estratégia Nacionais de Defesa.

“As demandas reprimidas por décadas, bem como a limitação orçamentária impostas pelo Novo Regime [Fiscal] ampliarão a obsolescência e inviabilizarão a configuração das atuais Forças Armadas em padrões de potência militar de médio porte [como França, Reino Unido, Alemanha, por exemplo]. Como consequência das restrições orçamentárias, haverá necessidade de as Forças Armadas priorizarem atividades e capacidades”, afirma o documento.

O Novo Regime Fiscal citado pela pasta é o teto de gastos públicos pelos próximos 20 anos, ou seja, até 2037, promulgado pelo Congresso em dezembro de 2016. As novas regras determinam que o governo não pode gastar mais do que o gasto do ano anterior corrigido pela inflação do IPCA (índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Orçamento crescente, mas insuficiente

Nos últimos cinco anos, segundo dados do portal Siga Brasil, do Senado Federal, o orçamento do Ministério da Defesa aumentou, embora às vezes apenas na proporção do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, e não na medida desejada pela pasta.

Para 2018, o governo federal planeja repassar R$ 100,7 bilhões ao ministério, mas é comum haver contingenciamentos e rearranjos financeiros.

A maior parte do orçamento de cada ano é dedicada ao pagamento de pessoal e encargos sociais. Somente no ano passado, esse tipo de gasto consumiu R$ 70,7 bilhões. Ou seja, representou 76,6% do orçamento total. Já os recursos voltados a investimentos foram na ordem de R$ 8,1 bilhões – correspondentes a 8,7% do total. Em 2016, o ministério gastou R$ 64,4 bilhões em pessoal e R$ 9,2 bilhões em investimentos.

No gráfico, é possível perceber que a despesa primária do Ministério da Defesa tem tendência de queda em relação à despesa primária da União há pelo menos duas décadas. Em resumo, esse tipo de despesa é a soma dos gastos do governo, sem contabilizar os juros da dívida pública.

Defasagem tecnológica

Na avaliação do Ministério da Defesa, no documento, além de agravar a insuficiência orçamentária, o teto de gastos impactará projetos que visam recuperar a capacidade operacional e modernizar as Forças.

“Devido a perspectivas orçamentárias, é provável que haja continuidade da atual situação das Forças Armadas, apenas com melhorias pontuais”, afirma.

A limitação de equipamentos continuará condicionando a capacidade operacional, provocando reflexos negativos no adestramento das Forças e na atração, retenção e motivação de seus recursos humanos. A obsolescência de equipamentos provavelmente funcione como desestímulo à atração e retenção na carreira militar. E, provavelmente, não sejam disponibilizados recursos necessários à capacitação das Forças Armadas para controlar o espaço aéreo, o território e as Águas Jurisdicionais Brasileiras”

Ministério da Defesa

O documento elaborado pela Defesa também alerta que os sistemas de comunicações e informações continuarão defasados e vulneráveis. O texto diz que as tecnologias brasileiras provavelmente permanecerão “aquém” das necessidades militares e ressalta componentes da guerra moderna. Como exemplo, cita a exigência de satélites, computadores, redes, materiais compostos, laser, sistemas de guiagem, sensores, explosivos, entre outros, no “estado da arte”.

Alguns dos principais programas das Forças Armadas incluem o desenvolvimento de submarinos convencionais e de propulsão nuclear, aviões cargueiros KC-390 pela Embraer, blindados Guarani e do sistema integrado de monitoramento de fronteiras, além da compra dos caças suecos Gripen.

Caça Gripen, da empresa sueca Saab, voa durante demonstração na Índia: Força Aérea Brasileira comprou 36 unidades que devem começar a chegar em 2019 – Abhishek N. Chinnappa/Reuters

Limitação de atividades e “desequilíbrio” orçamentário

Um general do Exército ouvido pelo UOL afirma que, após descontadas as despesas, o dinheiro que sobra para investimentos é pouco. Segundo a fonte, os equipamentos necessários para operações de guerra moderna, além da manutenção de missões de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em áreas densamente populosas com blindados que protejam as tropas e armas que não causem danos excessivos, demandam grandes investimentos e a longo prazo.

“A obsolescência é uma questão matemática com o [regime de] orçamento de agora. A questão é muito presente e preocupante no meio militar”, afirma.

Militares patrulham rua do Complexo da Maré, no Rio, em dezembro de 2017, por meio de decreto de Garantia da Lei e da Ordem – José Lucena/ Futura Press/Estadão Conteúdo

Outro oficial ouvido pela reportagem relata que o impacto já resulta na diminuição de missões de transporte logístico da Aeronáutica para suprir populações de áreas remotas na Amazônia e na redução de horas de voo. A falta de dinheiro, complementa, não afeta somente atividades de grande escala, mas também as que podem ser consideradas banais, como a utilização de impressoras.

“O transporte de órgãos pela Aeronáutica só continuou a ser feito por causa do decreto do [presidente da República, Michel] Temer [que determina a disponibilidade permanente de uma aeronave em Brasília para a ação]. Senão não ia dar para continuar. Não é que a Aeronáutica não queira, mas é porque não ia ter como pela redução das horas de voo para economizar”, afirma.

Um terceiro oficial reconhece a importância da lei do teto de gastos, mas questiona os efeitos negativos que podem impactar a manutenção. “Sem munição e combustível, as Forças Armadas não funcionam. E essas são apenas despesas básicas de custeio. O vai acontecer é que com o teto [de gastos], se não tiver uma racionalização muito grande, as Forças Armadas vão só subsistir”, relata.

“No momento, a tendência é que o percentual de investimento diminua ainda mais. Por exemplo, ou faz o submarino nuclear ou deixa de investir na renovação da frota naval. Não tem como atender a todos os projetos. Algum vai ter que ficar com menos dinheiro”, complementa.

O professor de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília) Juliano Cortinhas, que tem foco em segurança e defesa nacional, avalia que o orçamento é “sempre” limitado e que o maior problema é o desequilíbrio nas contas. Para ele, a questão orçamentária da Defesa passa pela priorização de projetos e redução de pessoal.

Cortinhas diz que o Ministério da Defesa é uma instituição fraca perante as Forças Armadas e que estas tomam a maioria das decisões orçamentárias, o que é inadequado para o professor. “O Ministério da Defesa não faz a indicação do que considera prioritário como estratégia. Em países mais fortes e com maior poder de defesa, há uma centralidade orçamentária na pasta”, diz.

Em relação ao gasto com pessoal, Cortinhas diz que a proporção dedicada a salários e demais despesas obrigatórias é “exorbitante”. “A Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] recomenda que o gasto com pessoal seja de até 40%, porque as guerras hoje em dia são focadas em tecnologias. O tempo de guerras com avanço de tropas passou. O Brasil não investe em alta tecnologia porque não sobra dinheiro para isso”, declara.

Estudos para a aplicação mais intensiva de equipamentos que possibilitem a dispensa de parte de militares de patentes mais baixas estão em curso. No entanto, apesar de mudanças organizacionais promovidas pelas Três Forças, ainda não há uma resolução definitiva. (*Colaborou Luís Kawaguti, de São Paulo)

FONTE: UOL

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Julio Faria
Julio Faria
6 anos atrás

Vê-se que o Brasil gasta mal, países com muito menos possuem exércitos com armas mais avançadas, pois sabem investir em compras melhores do que nós, infelizmente aqui paga-se 3X mais em um fuzil nacional feijão com arroz, quando poderia comprar o melhor do mundo por uma fração do preço, mas aí não teria graça…

Caio
Caio
6 anos atrás

70 bilhoes de reais so com pessoal e afins, em dolares, um gasto maior que o orcamento geral da Turquia porem, muito mais fracos que eles, e ainda acham que os militares sao nossa salvacao tsc, tsc.

GeneralSofá
6 anos atrás

O problema (do governo e também das FA) não é o a falta de $ mas sim como ele é gasto, é a má administração pública que contingencia os recursos destinados a defesa e impedem o planejamento a longo prazo não a PEC de gastos.

Elton
Elton
6 anos atrás

Boa parte do efetivo das forças armadas e temporário ou variavel e bem mais simples de ser dispensado para equilibrar o orçamento. Bota esse pessoal da carreira para cobrir porque tem muito cacique para pouco índio em muito quartel,base aérea e base naval .

Wellington Góes
Wellington Góes
6 anos atrás

Nada mais do que o óbvio e mesmo assim não fazem o que deve ser feito para maximizar este orçamento. “Ah, mas a culpa é sempre do juiz!”

Augusto L
Augusto L
6 anos atrás

O problema tbm é achar que o Brasil é uma potencia d porte médio como os países citados. O Brasil ta mais para Espanha ou Itália mas n necessita de tbm ser no mesmo nível ja que nosso contesto geopolítico é mais calmo.

jose luiz esposito
jose luiz esposito
6 anos atrás

Bem o TETO agora será o Vilão , mas a Volta de Privilégios como Auxílio Moradia , que enfiará mais 2 Bilhões de Reais na Goela do Homem que trabalha e Produz , esta de bom tamanho , e logo quando queremos tirar este Privilégio de outra Casta Corporativista a do Judiciário , o Pior , Mais Caro e Corrompido do Mundo . Como sempre digo , Militar Engana Bem com esta Conversa de Patriotismo ; com benesses , vantagens e privilégios a frente é fácil ser Patriota , quero ver ser Patriota como o brasileiro comum , Espoliado a… Read more »

tomcat3.7
tomcat3.7
6 anos atrás

Papinho tosco de golpe militar fiot. Aqui não encontrará marionetes pra controlar com esta prosopopeia flácida não. O pior cego é o que não quer ver.

IB
IB
6 anos atrás

É o chamado “austericidio”! Não que reduzir custos com a maquina pública não seja importante; todos sabem que é extremamente necessário, mas isso tem que ser feito com racionalidade, proporcionalidade, pesando pontos importantes para o país e garantindo antes de tudo uma administração eficiente o que não foi feito quando essa aberração do “Teto dos Gastos” foi aprovado por essa mafia que está no poder! Essa lei não foi feita pra melhorar a situação das contas públicas, mas para justificar concentrar recursos onde interessa aos políticos e alto escalão do serviço público (regalias próprias!) e aos bancos (juros da divida… Read more »

petersonmonteirodasilva
6 anos atrás

Sou contra o argumento de que não temos dinheiro para as forças armadas… Temos e má administração de recursos!!! Não temos conflitos em nossas fronteiras com os vizinhos, no máximo divergências, podemos e devemos diminuir pessoal, e nos focar em desenvolvimento tecnológico… 180.000a 200.000 na atividade do exército já é um exagero em tempos de paz e de crise na marinha o efetivo é enorme com equipamentos com 80 anos de uso a FAB com outras atividades que não corresponde com suas funções tá virando empresa aérea de autoridades…parem e pensemos qual é o objetivo de uma força armada é… Read more »

Jefferson Ferreira
Jefferson Ferreira
6 anos atrás

O problema não é orçamentário e sim como esse orçamento é alocado, mas o próprio texto já diz onde está o problema:
“A maior parte do orçamento de cada ano é dedicada ao pagamento de pessoal e encargos sociais. Somente no ano passado, esse tipo de gasto consumiu R$ 70,7 bilhões. Ou seja, representou 76,6% do orçamento total.”

Virou uma previdência… se não houver uma reforma ampla vai quebrar…

Marcos Aryeh
Marcos Aryeh
6 anos atrás

70 bilhões para pagar salários e aposentadorias (pagar aposentadoria para filha/filho de militar viajar o mundo todo as custas do povo sofrido)

Eu acho que nem um país em guerra tem tanto militar 4 estrelas, viva o Brasil putênfia.
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Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

Augusto L 22 de Janeiro de 2018 at 11:26 Brasil esta mais para Itália e Espanha? As FA da Itália (2 porta-aviões, além da construção de um LHD — de sete navios multipropósito de patrulha offshore (PPA), com outros três em opção e um navio de suporte logístico (LSS) “Vulcano”, além disso, tem 2 destroier modernos da Horizon-class frigate, 10 fragatas FREMM (além de outras fragtas e corvetas), submarinos U212A, caças AMX, Eurofighter Typhoon, F35, F16, Tornado, treinador M-346, helicópteros aw101 merlin e Agusta A129 Mangusta, blindados Ariete, Centauro B1, Dardo, artilharia PzH 2000, é muito superior a do Brasil.… Read more »

Bardini
6 anos atrás

Coisa de 350 mil integrantes nas Forças Armadas Brasileiras, isso sem contar os inativos. Vai sobrar dinheiro para se fazer o que?

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

jose luiz esposito 22 de Janeiro de 2018 at 11:50
Que isso?

Marcos Aryeh
Marcos Aryeh
6 anos atrás

https://oglobo.globo.com/brasil/uniao-gastara-38-bi-com-pagamento-de-pensoes-vitalicias-filhas-de-militares-este-ano-17566422

“Há 185.326 beneficiárias na Marinha, no Exército e na Aeronáutica, que equivalem a 27,7% do total de pensionistas”.

Olha ai, um exército pronto para sugar o dinheiro do contribuinte. São as filhas dos Generais que nunca lutaram numa guerra, Generais que não se preocupam com uma invasão. Generais pomposos que desfilam glamour no 7 de setembro.

A preocupação dos militares não é o Exército ser obsoleto, é com o salário que eles vão ganhar no fim do mês. Mas um dia o preço será cobrado, um dia os mísseis irão cair e o choro será livre.

Walfrido Strobel
6 anos atrás

Marcos Aryeh, porque filhas dos Generais???
As filhas dos Cabos e Sargentos e demais Oficiais também tinham direito, e se o militar entrou antes de 2000 e optou por contribuir ainda tem direito a receber, e agora podem casar.
Para quem entrou depois de 2000 não existe esta opção, por isso com o tempo vão acabar estas pensões.

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

Marcos Aryeh 22 de Janeiro de 2018 at 13:15
Será que está certo isso? Vindo da Globo há uma margem de erro (sempre intencional) de 120%.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
6 anos atrás

Walfrido, não sabia dessa que podem casar. Piorou, para filho trans também pode? Ou nem precisa ser trans? A gente estará morto e enterrado e ainda existirão essas pensionistas na folha de pagamentos da Ministério da Defesa. Muitos militares ainda irão morrer e deixarão filhas novas, que viverão, 90…100 anos (sem levar em conta a evolução da medicina). Capaz de começarem a entender que vale para filhos também, em razão do princípio da igualdade. Ou seja, no próximo século isso ainda será discutido no Brasil (FAB quer comprar caças de 8ª geração, mas 75% do orçamento é gasto com pessoal,… Read more »

Elton
Elton
6 anos atrás

Quem já foi ou a militar sabe muito bem que na maioria dos quarteis tem mais militares do que armas para equipalos.muitas unidades são operacionais apenas no papel

Rodrigo
Rodrigo
6 anos atrás

Isso é geral da administração pública brasileira, que um exemplo? Saiu a notícia que a Embrapa terá maior corte de repasse desde sua criação. 3.5 bilhões de reais terá um corte de 20%, aí pensei quando lia nossa muitas pesquisas serão afetadas isso era expectativa, realidade 85% desse orçamento e pra pagar salário de uma instituição que tem 9.6 mil funcionários públicos! Agora imagina 3.6 bilhões e 85% disso é salário mds… Brasil precisa que mudamos isso senão vamos ficar sempre pra trás, isso não é raro nas ffas tbm aonde 70% e pra folha pessoal, nos EUA acho que… Read more »

Rafael_PP
Rafael_PP
6 anos atrás

O Brasil caminhou até muito tempo sem “austeridade”, praticamente desde de 1822. A bem da realidade, responsabilidade fiscal só passou a ser seriamente discutida após a edição da Lei Complementar n. 101, de 2000. Repito: 2000! . Em minha opinião o Novo Regime Fiscal veio no limite. Mais alguns anos e a única opção seria a moratória, que atingiria principalmente investidores nacionais e daí seria uma catástrofe sem precedentes. Acredito que o próximo passo seja uma profunda racionalização do sistema tributário. Porém, o mais importante é mudar a atitude do administrador público, em todos os níveis, seja empregado, servidor estatutário,… Read more »

Marcelo-SP
Marcelo-SP
6 anos atrás

O teto para gastos públicos é importante para a estabilidade econômica do país e deveria servir como um indutor para que a classe política tomasse alguma responsabilidade em gastar com racionalidade o dinheiro do contribuinte. Quanto às despesas das FFAA, elas são parte de um todo e seguem o padrão do resto da máquina: mais despesas com pessoal e menos investimentos. E esperar que dá para transformar salário, ou pensão, em equipamentos, sem alterar os conceitos que regem o Estado brasileiro, é ingenuidade. O gráfico de despesas primárias do Ministério da Defesa e da União já mostra o que aconteceria… Read more »

Celso
Celso
6 anos atrás

As vezes fico com vontade de comentar alago a respeito, mas so de ler os comentarios acima, acredito q todos estao corretos e leam as mesmas conclusoes. Entao porque serea mesmo que ninguem empuha a canat pra resoler esse inbroglio. Infelizmente as minorias continuam a dar as cartas nesse pais, enquanto a maioria lucida e consciente sabe exatamente o que fazer para resolver. Parabens a todos os comentarios acima, eh so resumir e colocar essa questao e as solucoes e m abaixo assinado, colher cerca de 2 milhoes de assinaturas e envia-las ao congresso nacional, para q nossos ilustres politicosd… Read more »

Agnelo Moreira
Agnelo Moreira
6 anos atrás

Marcos Aryeh e demais, boa tarde Quem é pensionista só recebe 100% se for o único dependente. Um Militar q deixou 3 filhas, deixou 1/3 pra cada uma, q não acumula caso alguma delas morra. Muitas pensões são referentes aos Ex-combatentes (FEB, litoral e embarcados) e seus dependentes. Há 17 anos, a lei não é mais essa. Hj, no máximo 3000 militares vão pra reserva por ano, sendo q pelo menos a metade é Subtenente e Suboficial, o q não dá o teto. Os outros 1500 tem 1000 q ganham pouco acima o teto e menos de 500, q são… Read more »

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

Rafael_PP 22 de Janeiro de 2018 at 15:05
Verdade.

M. Silva
M. Silva
6 anos atrás

Dinheiro para mordomia dos 3 poderes sobra; falta só para as necessidades.

Desde os meados dos anos 1980, o negócio é sucatear as forças armadas e enriquecer políticos safados e oportunistas.

Com um país arrasado sem guerra, não sei onde esses pilantras vão morar…em Miami, com green card de “empreendedor” (=investindo a locupletação no exterior)?

De quebra, teremos um país a ser desrespeitado até pela Bolívia ou Paraguai.

Ozzy
6 anos atrás

E as filhas solteiras? E os carros com motoristas? E as recepções de luxo?

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
6 anos atrás

Recepções de luxo? Hahahahahahahahahahha
Há alguma FFAA no MUNDO que não pague seu pessoal, não pague reserva (aposentado é civil: militar é reserva ou reforma)? Será que se olharmos outros países o percentual não está próximo? Só que no Primeiro Mundo tem mais recursos para INVESTIMENTO. Agora somos a bola da vez? De novo? E o Judiciário? Um juiz de SINOP embolsou R$ 503 mil. A memória de alguns é muito curta….

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
6 anos atrás

Ahhh: eu concordo com o teto. Mas tem que valer, também, pro Judiciário e Legislativo mais caros e ineficientes do mundo.

Delfim Sobreira
Delfim Sobreira
6 anos atrás

Quando vai se perceber que para o Estado e suas instituições, anarcocapitalistas são tão maléficos quanto anarcocomunistas ?

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
6 anos atrás

De acordo com a matéria, a OTAN recomenda gastar até 40% com pessoal. A gente gasta quase o dobro, em parte, por causa das pensionistas e seu regime “singular” no mundo. Por isso no Primeiro Mundo sobra dinheiro para investimento. Duvido que nos EUA, Reino Unido, Alemanha, Israel exista pensão vitalícia para filhas solteiras e acho que até as das viúvas não deve ser integral. No mais, tanto o Legislativo quanto o Judiciário federal devem respeitar o teto de gastos. Pode ver que tem um monte de juiz choramingando por aí que está sem dinheiro para ir para Miami comprar… Read more »

Eduardo
Eduardo
6 anos atrás

“Elton 22 de Janeiro de 2018 at 11:10
Boa parte do efetivo das forças armadas e temporário ou variavel e bem mais simples de ser dispensado para equilibrar o orçamento. Bota esse pessoal da carreira para cobrir porque tem muito cacique para pouco índio em muito quartel,base aérea e base naval .”

Você fala isso pq nunca tirou um serviço de guarda na 24 ou nunca voltou de missão sugada e estar de serviço na guarda 3 vezes na semana do regresso. O que falta é administração de recursos.

Aldo Ghisolfi
6 anos atrás

SE o país fosse sério, não estaríamos nesta miséria vexaminosa; estarímos em destaaque no concerto das nações, como um dia cheguei a pensar que permaneceríamos. Esse Brasil não é o Brasil que um dia, emocionado, saudei em continência e cuja bandeira jurei… CONCORDO plenamente com o Rinaldo Nery e com o Colombelli, tendo já me manifestado em outros fóruns exatamente nestes termos. QUEM acompanha o FB sabe; o teto precisa valer para todos, inclusve e principalmente para o judiciário e legislativo, EXATAMENTE, começando por eliminar os seus desavergonhados pinduricalhos. LASTIMAVELMENTE temos o legislativo mais corrupto e o judiciário mais ineficiente… Read more »

XO
XO
6 anos atrás

Agnelo Moreira 22 de Janeiro de 2018 at 15:50

Belo comentário… resta saber se é mais fácil lê-lo ou continuar com convicções equivocadas… abraço…

XO
XO
6 anos atrás

Acredito que artigos como esse sejam ideais para uma análise mais desapaixonada e uma reflexão… Alguns aqui gostam de citar o bendito papo da pensão das filhas… ora, ou não estão atualizados quanto ao assunto “remuneração” ou apenas repetem um mantra cantarolado por outros… senhores, critiquem para mudarmos e sermos melhores, mas atenção à base onde alicerçam seus comentários… Comparar o orçamento e FFAA de nações como Espanha não é algo que sustente argumento, desculpe… os desafios e problemas são outros… as fronteiras terrestres e marítimas de lá são infinitamente menores… não tem malha hidrográfica relevante… não fazem uso de… Read more »

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
6 anos atrás

Eu não conheço o sistema previdenciário e pouco de administração pública… Mas eu acredito que quem administre o país conheça menos ainda. A questão básica é aritmética.. Quando saem mais pagamentos que entram recebimentos a coisa mais hora, menos hora vai para o brejo. Que existem excessos de benesses na administração pública não tem como negar. Dois exemplos.. Eu tinha uma conhecida que trabalha no TRE-SP e ela sempre recebe um adicional por cada curso que faz. Esta semana eu estava vendo sobre cargos comissionados na toda poderosa Câmara dos Vereadores de Natal-RN, não tem cabimento um Assessor Parlamentar comissionado… Read more »

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
6 anos atrás

Agnelo e XO, Caso fossem aplicar o estatuto dos servidores públicos federais aos militares, as FAs teriam que se adaptar a ele e não simplesmente continuar a funcionar do mesmo jeito. Exemplo: fim dessas escalas bizarras com turnos de 24…36 horas. Ou teriam turnos de 8 horas ou 12×36. A ideia é não pagar horas extras. Outra coisa, provavelmente, oficiais seriam considerados como cargo de confiança e não ganhariam horas extras, independentemente de quanto trabalhassem (isso é bem normal no Judiciário, por exemplo). Outrossim, nem todos militares trabalham em condições periculosas ou em horário noturno (estar no quartel não significa… Read more »

Emmanuel
Emmanuel
6 anos atrás

Eu nem ia falar nada mas vamos lá. Imaginem hipoteticamente que um belo dia algum presidente corte as pensões da filhas dos militares, e o poder judiciário, depois de acionado, confirme tal corte. Imaginem que deixem de ser gastos 20 bilhões por ano nessas pensões. Agora imaginem que as FFAA cortem no osso e resolvam diminuir em 150 mil as suas tropas. Independente de quantos sejam os números em cada força. Mas, que no total das três armas reunidas se chegue a esse número, diminuindo em mais 5 bilhões as despesas em seus orçamentos. O que vocês acham que vai… Read more »

Silva
Silva
6 anos atrás

Podem me chamar de louco, mas sinceramente, acho que a melhor coisa que poderia acontecer com o Brasil, seria o país quebrar, ir a falência de vez, igual aconteceu com a Grécia, Portugal, Espanha e etc, há pouco tempo atrás. Vamos ser sinceros e realistas, os super salários e os privilégios infinitos que há nos três poderes e em todas as instituições públicas desse país, só vão acabar quando não houver mais dinheiro. Nesse país, onde há dinheiro, sempre há parasitas.

XO
XO
6 anos atrás

Rafael Oliveira 23 de Janeiro de 2018 at 7:33 Rafael, não cabe, na minha opinião, aplicar o estatuto dos servidores públicos federais aos militares… são carreiras completamente diferentes… Outra coisa, por favor, não fale em pensões vitalícia, pois isso não existe… quem quiser que sua(s) filha(s) tenha(m) esse direito, tem de contribuir para tal… para ampliar, de acordo com norma da DGPM, “são considerados dependentes do militar, após declarados na OM e publicados em Boletim do Pessoal Militar: … d) a filha solteira sem remuneração ou a filha solteira, desde que inválida ou interdita; … “1.3.7 – Da Manutenção Após… Read more »

camargoer
6 anos atrás

Olá Colegas. Para aqueles que preferem o documento original, encontrei a apresentação do powerpoint do MinD sobre o documento.
http://www.defesa.gov.br/arquivos/ensino_e_pesquisa/defesa_academia/cadn/palestra_cadn_xi/xiv_cadn/cenarios_de_defesa_2039.pdf

camargoer
6 anos atrás

A propósito, a Jornalista erra em relação aos gastos do MinD. Se ela verificar o portal da transparência (que contabiliza os gastos efetivamente realizados pelo MinD) os números são diferentes, principalmente em relação à 2017 quando os gastos foram menores do que em 2016.

2017 R$ 76,8 bilhões (na reportagem R$ 92,2 bilhões)
2016 R$ 81,9 bilhões (na reportagem R$ 87,6 bilhões)
2015 R$ 76,0 bilhões (na reportagem R$ 80,1 bilhões)
2014 R$ 74,7 bilhões (na reportagem R$ 78,4 bilhões)
2013 R$ 66,2 bilhões (na reportagem R$ 69,7 bilhões)

camargoer
6 anos atrás

Sobre a previdência, eu recomendo o Relatório da CPI do Senado. Lá existe uma boa descrição sobre a previdência dos militares. Eu li este relatório alguns meses atrás. É melhor do que ficar no achismo.
http://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento/download/c20f0635-1112-4636-bc0c-49a2ca4b919a

Rafael_PP
Rafael_PP
6 anos atrás

colombelli 22 de Janeiro de 2018 at 19:34: “A começar especialmente pelo judiciário e legislativo prezado Rinaldo. Inclusive com supressão de pinduricalhos. Subsídio é parcela que deveria ser única.” . Colombelli, concordo e sempre me revoltou a forma como destruíram o bem intencionado instituto do subsídio. Porém, infelizmente, os penduricalhos não são monopólio do judiciário. Sua presença é vasta ao redor da administração. Como exemplo citarei os militares que servem em missões diplomáticas, quase a totalidade superava o teto do serviço público à época, alguns por muito. Há reportagens da Gazeta do Povo e do O Globo que abordam o… Read more »

camargoer
6 anos atrás

Olá Rafael. Eu coloquei um link ao powerpoint da apresentação do documento. Infelizmente, não consegui localizar o documento original. MAs do powerpoint, você poderá observar que a jornalista focou em uma parte bem pequena do documento. Acho que emitir um juízo apenas sobre um recorte da jornalista sobre um documento muito mais amplo pode ser um engano.

XO
XO
6 anos atrás

camargoer 23 de Janeiro de 2018 at 9:52
“Sobre a previdência, eu recomendo o Relatório da CPI do Senado. Lá existe uma boa descrição sobre a previdência dos militares. Eu li este relatório alguns meses atrás. É melhor do que ficar no achismo”

Boa colaboração, camargoer… permitam-me sugerir nossa abordagem disponível em https://www.marinha.mil.br/spsm/node/32

Abraço…

Agnelo Moreira
Agnelo Moreira
6 anos atrás

Isso aí, XO.
Somos muito diferentes.
Escalas com folgas não cabem a nós, pois perderíamos o q nos faz diferentes, q é o adestramento constante.
Sds

Marcelo-SP
Marcelo-SP
6 anos atrás

Emmanuel 23 de Janeiro de 2018 at 8:19

Nem A,nem B, Emmanuel. Provavelmente viraria mordomia ou corrupção em outro Ministério ou algum dos outros dois Poderes…

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
6 anos atrás

XO, já tivemos essas discussões sobre pensões e sempre foi infrutífera. Melhor deixar para lá.
.
Colombelli, acho que o amigo imagina como está hoje com o PJe e a assinatura por meio de certificado digital.