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Brasília (DF) – O Comando Militar do Planalto (CMP) realizou, no período de 03 a 12 de novembro, a Operação Treme Cerrado, grande exercício militar de combate convencional, dentro de um contexto de defesa da Pátria, com as finalidades de aprimorar sua capacidade de mobilização militar, elevar o nível operacional de sua tropa, prosseguir com a capacitação de seus profissionais, entre outras.

A Treme Cerrado contou com a participação de, aproximadamente, 280 veículos e cerca de 2 mil militares oriundos do Comando de Operações Especiais, da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada e das Organizações Militares diretamente subordinadas ao CMP e de seu Estado-Maior.

Esta atividade, prevista no Programa de Adestramento Anual, foi realizada integralmente na área de instrução do Campo de Instrução de Formosa (GO). Ao longo desta ação, foram realizados treinamentos operacionais, tais como marcha para o combate, ataque coordenado, reconhecimento e segurança, operações especiais e o tiro das armas coletivas. Problemas Militares Simulados (PMS) foram propostos aos oficiais, subtenentes e sargentos em funções de comando, aos quais couberam realizar um estudo de situação e decidir pela linha de ação a tomar. O desempenho da tropa foi analisado após término do exercício, na reunião de Análise Pós-Ação (APA), consolidando a aprendizagem.

Para a concentração estratégica das tropas no local de exercício, houve grande fluxo de veículos militares nas estradas que de Brasília chegam a Formosa, por ocasião do início da Operação, bem como no seu encerramento, quando as tropas retornaram às suas cidades de origem. Foram realizadas coordenações com a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, o que permitiu que o fluxo do trânsito transcorresse da melhor forma possível, sem nenhuma alteração.

O Exercício
O Exercício desenvolveu-se em duas fases. Na primeira, nível Brigada, foi realizado o exercício de conclusão do Período de Adestramento Básico (PAB) da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada. Ato contínuo, foi realizado o exercício referente ao Período de Adestramento Avançado (PAA) do CMP, cumprindo os objetivos de adestramento previstos no Plano de Instrução Militar (PIM/2017). Foi realizado, ainda, no dia 11 de novembro, o Tiro das Armas Coletivas orgânicas daquela Brigada.

Nas palavras do Comandante Militar do Planalto, General de Divisão Luiz Carlos Pereira Gomes, “a Operação permitiu o exercício de comando dos Comandantes de OM: Grande Comando, Grandes Unidades, Unidades e Subunidades; e também das frações, pequenas frações e seções. Possibilitou o adestramento de todas as funções de combate no terreno: movimento e manobra, inteligência, comando e controle, fogos, logística e proteção. Possibilitou, também, aos oficiais, subtenentes e sargentos que não são da Guarnição de Brasília adestrarem-se em terreno diferente do acostumado, inclusive em condições meteorológicas adversas”.

A chuva foi a condicionante de todo o exercício. Ela esteve presente em todos os momentos, testando a determinação dos combatentes, e manteve a postos a equipe de engenharia responsável por manter as condições mínimas das estradas e resgatar algumas viaturas que se prenderam na lama.

O Comandante da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, General de Brigada Pedro Celso Coelho Montenegro, nas suas palavras por ocasião da APA, disse que “a tropa deve estar preparada a todo momento, em permanente estado de prontidão. Esta só pode ser obtida fruto de um adequado preparo”. Destacou a importância da Liderança e da Ação de Comando. Segundo o General Montenegro, “o exercício possibilitou o desenvolvimento, consolidação e fortalecimento de uma série de atributos da área efetiva, tais como a rusticidade, o espírito de cumprimento de missão e a camaradagem”.

Após o encerramento da parte tática da Operação Treme Cerrado foi realizado o Tiro da Armas Coletivas para adestrar as guarnições dos armamentos das OM daquela Brigada. Desta forma, no dia 11 de novembro, sob o olhar os demais participantes da Operação, foi realizado o tiro real do Morteiro 60, dos Morteiros Médio Brandt e Royal Ordenance, da Metralhadora Leve MAG, da Metralhadora .50, do Canhão Sem Recuo Carl Gustaff 84mm, do Canhão 90 sobre o carro de combate Cascavel, do Obuseiro 105mm Light Gun e do Astros.

Infraestrutura
Para o alcance do máximo de realismo em todas as ações desenvolvidas, foi montado um Sistema de Comando e Controle similar àqueles usados em uma situação de combate. Para o apoio da manobra, foram empregadas estruturas de cozinha de campanha, barracas, toldos, redes de camuflagem, cisternas de água, cisterna de combustível e geradores. A tropa bivacou durante toda a Operação. A manutenção da rede mínima de estradas foi garantida pelo emprego de tratores motoniveladores, bobcat, entre outros. As comunicações durante a Operação foram garantidas pelo Sistema de Comunicação Militar por Satélite (SISCOMIS), pelo emprego de rádios APX 2000, XTL 1500 Motorola e repetidoras. Foi empregado , ainda, o Radar SABER M 60.

O 1º Subchefe do Comando de Operações Terrestres (COTER), General de Divisão José Eduardo Pereira, em sua verificação da Operação considerou o Período de Adestramento a fase mais importante do ano de instrução. Em suas palavras, “ao final desta fase a tropa está em condições de ser empregada!”.

FONTE: Exército Brasileiro

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Juliano Bitencourt
Juliano Bitencourt
7 anos atrás

Excelente exercício. Parabéns ao braço forte do EB.

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
7 anos atrás

Grande Cerrado!! Saudades de quando morei em Brasília! EB sempre se movimentando!

Seal
Seal
7 anos atrás

Excelente exercício! Parece que o EB está testando 10 protótipos de um veículo tb para as forças de ação rápida ( paraquedistas e forcas especiais), o Chivunk VLEGA (veículo leve de emprego geral aerotransportado). A versão padrão estará armada, além do armamento principal com mais dois mísseis anti-tanque Alac. Se for aprovado, serão construídos em torno de mais 40 veículos destes. http://tecnodefesa.com.br/wp-content/uploads/2017/11/chivunk_eb_rebocando_morteiro.jpg

Doug385
7 anos atrás

Em pleno século XXI e ainda cavamos trincheiras.

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

Doug385
Igual todos os exércitos do mundo.
Sds

Matheus
Matheus
7 anos atrás

Doug385

Pois é não? Porque eles não estão expostos ao fogo inimigo?

Que vergonha, nos “stazunido” não é assim.

sergio ribamar ferreira
sergio ribamar ferreira
7 anos atrás

Excelentes exercícios. A pá de trincheira também serve como arma. Sobre trincheira ou o soldado se protege ou ficará exposto. Infantaria. Pior seria se o militar estivesse sobre buracos feitos por explosões de artefatos de artilharia. E digo no contexto do conflito fica e ainda se dá por satisfeito. EB de parabéns.

Leonardo
Leonardo
7 anos atrás

Chega de exercícios!!! Ponham em prática uma ação que ajude a conter os 60 mil assassinatos por ano. Vocês não são pagos para defender o povo brasileiro de inimigos externos e internos? Ou uma folha de papel com artigos e incisos impraticáveis vale mais do que o sangue do brasileiro? Não entendo isso, a FAB é usada para transportar políticos, a Marinha não tem uma bóia capaz de flutuar e o exército vive de exercícios e simulados, enquanto brasileiros morrem mais do que povos que vivem em guerras. Até quando, meu Deus???

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
7 anos atrás

Leonardo meu caro você está equivocado,não é função das forças armadas conterem assassinatos.As forças armadas que compõe a OTAN,EUA,China e Rússia fazem o mesmo papel com suas autoridades,e infelizmente é o que temos para hoje em matéria de autoridade.Da uma olhada no material repatriado da MB e do EB vindo do Haiti, verás quê tem muito país que queria estar no nosso lugar.Exercícios e simulados do EB,suando no exercício,para não sangrar na guerra só isso.Brasileiro morre porque a polícia prende o direito dos manos soltam.

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
7 anos atrás

Leonardo, é simples a conta: 60.000 homicídios/ano = Governos e polícias desorganizados + Leis brandas + Recursos + Direitos Humanos pra bandido + Milícias + Presídios Dominados + Facções criminosas mandando no Estado + povo pacífico + massa de manobra + consumidores de drogas+Política de Segurança Pública de Estado e não de Governo + OAB conivente com advogados criminosos + Políticos que só pensam na reeleição + Corrupção desde da blitz até o rombo da Petrobrás É isso! As FFAA , infelizmente, terão que entrar, sem qualquer respaldo jurídico, pois, quando um militar deste matar uma criança na favela, durante… Read more »

Zé
7 anos atrás

Treme Cerrado, excelente! Esse é o espírito para incutir no Soldado. Poder!

AL
AL
7 anos atrás

O EB sempre fez muitos exercícios todo ano e não prestei atenção, ou esse ano está acima da média?

Seal
Seal
7 anos atrás

Marcelo Andrade 17 de novembro de 2017 at 10:52
Pelo que assisti no noticiário de assuntos policiais, 4 dos 7 elementos já tinham passagem pela polícia por tráfico.

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

AL, boa tarde
Normalmente faz.
O segundo semestre é dividido em Período de Adestramento Básico e Avançado.
No básico, são os exercícios de Pelotao e companhia.
No avançado, as unidades e grandes unidades se adestram.
É mais comum este adestramento avançado no CMS, CMP e CMSE.
Nos outros também tem, mas as missões preterem. Então acaba um exercício acumulando mais de um nível de fração para adestrar.
Sds

Ronaldo de souza gonçalves
Ronaldo de souza gonçalves
7 anos atrás

Esse treinamento e de suma importância,pois se houver uma invasão no nosso território,estamos preparados.OP Brasil tem tem objetivos de projeção de poder,analizando assim a guerra só poderia ser em nosso território.Só deveriam convidar a Fab com seus aviões daria mais realismo.Fora isto tá bom demais,forças armadas não é para atuar como policia,só de vez em quando numa emergência,com o tempo determinado.

Agnelo Moreira
Agnelo Moreira
7 anos atrás

Ronaldo, boa tarde.
É bem comum a participação da
FAB e da MB nos exercícios de Adestramento
Avançado.
Sds

Leonardo
Leonardo
7 anos atrás

Apenas para esclarecer, eu não quis dizer que as FA devam atuar como polícia, mas acho que passou o tempo de se respeitar uma constituição (a tal folha de papel cheia de incisos e artigos inúteis) que só nos trouxe agonia. Por muito menos, houve intervenção. O exército brasileiro fez um bom papel em 64. Recebeu críticas desde que devolveu o poder aos malandros, mas não deveria se importar com críticas, e sim em fazer o que é melhor para o país. Desculpem se sou leigo no assunto, é apenas minha opinião, mas eu não me sinto bem em saber… Read more »

Leonardo
Leonardo
7 anos atrás

Ok, colombelli, mas quando a situação se tornar insustentável, vão ser chamados de qualquer forma.

Doug385
7 anos atrás

colombelli 17 de novembro de 2017 at 16:08

Colombelli, muito obrigado pela explicação. Muito elucidativo, como sempre.

Abraço.

Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares
7 anos atrás