Moniz Bandeira: ‘Os EUA aspiram a uma ditadura mundial do capital financeiro’
Por Sergio Lirio, publicado em 06/01/2017 na revista Carta Capital
O historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira explica a desordem planetária produzida pelas intervenções dos Estados Unidos
Em seu mais recente livro, A Desordem Mundial, o cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira analisa as consequências para o resto do planeta das intervenções militares e diplomáticas dos Estados Unidos nas últimas décadas.
Do Oriente Médio à África, sem escapar o Leste Europeu, vicejam as “guerras por procuração, o caos, o terror e as catástrofes humanitárias”, fruto da tentativa fracassada de Washington de estabelecer o domínio completo da terra, mar e ar.
Enciclopédico e bem informado, Moniz Bandeira, na entrevista a seguir, parte da tese central da sua obra para cerzir uma intrincada correlação entre os recentes acontecimentos globais: o impeachment de Dilma Rousseff, a crise das esquerdas na América Latina, a tentativa de golpe na Turquia, o crescente enfrentamento entre a Rússia e o Ocidente. “Os EUA”, conclui o acadêmico, “aspiram instituir uma ditadura mundial do capital financeiro.”
CartaCapital: O senhor vê paralelos entre o golpe de 1964 e o movimento para derrubar a presidenta Dilma Rousseff?
Luiz Alberto Moniz Bandeira: Ambos, na sua essência, foram golpes de Estado. A diferença consistiu na forma. Interesses estrangeiros, aliados a poderosos segmentos do empresariado brasileiro, não mais bateram às portas dos quartéis.
A maioria das Forças Armadas aparentemente não mais se dispõe a intervir nas crises políticas, para mudar o regime, salvo se o poder rolar pelas ruas. Não desejam se desgastar, como ocorreu quando rasgaram a Constituição em 1964.
Por outro lado, os interesses estrangeiros que se aliaram aos setores empresariais do Brasil temeram o fracasso dos experimentos anteriores com os militares (nem sempre nem todos se submeteram aos desígnios antinacionais).
CC: Durante muito tempo, parte da intelectualidade acreditou que o Brasil estava imune a golpes parlamentares-judiciais como aqueles ocorridos em Honduras e Paraguai. O processo do impeachment encontrou, porém, pouquíssima resistência na sociedade e nos poderes constituídos. Por quê?
LAMB: Vários foram os fatores. Dilma Rousseff é uma mulher digna e honesta. Mas, desde que assumiu o governo, cometeu diversos erros, sobretudo de política econômica, e, também, no segundo mandato. O real ficou muito sobrevalorizado em uma conjuntura internacional bastante adversa ao crescimento do País, em razão da queda da cotação das commodities no mercado mundial.
Por sua vez, o PT igualou-se aos partidos das classes dirigentes. Imiscuiu-se com o PMDB, uma aliança espúria, e grande parte de seus quadros deixou-se corromper, abandonou os valores que defendia e perdeu a ética e sua autenticidade como partido de esquerda.
As mazelas, ao virem à tona, permitiram à mídia corporativa empreender uma facciosa campanha para destruí-lo e também bloquear o regresso ao governo do ex-presidente Lula, cuja popularidade não se esvaíra. A campanha foi impulsada por interesses estrangeiros contrariados.
A elite financeira internacional e setores do empresariado brasileiro influenciaram, por meio da mídia corporativa, vastas porções das classes médias preconceituosas, que jamais aceitaram um metalúrgico nordestino como presidente da República. Houve uma luta de classes, deflagrada de cima para baixo, pelos endinheirados.
CC: A força-tarefa da Operação Lava Jato nega ter um viés político-ideológico, afirma investigar a corrupção “doa a quem doer” e costuma se comparar à Mãos Limpas italiana. O senhor concorda?
LAMB: Salta aos olhos o fato de o ex-presidente Lula, com a cumplicidade da mídia corporativa, sempre ser tratado nos aspectos legais de modo diverso dos outros citados na tal Operação Lava Jato.
O grampeamento e o vazamento de sua conversa com a então presidenta Dilma Rousseff constituiu grave ilícito penal e nenhuma punição foi dada ao juiz e aos policiais que executaram o monitoramento. Esses e outros feitos da força-tarefa tiveram e têm o propósito de estabelecer a presunção de que Lula é culpado de corrupção. Nenhuma prova consistente foi apresentada.
O que importa, porém, não é a prova, não é a lei, mas a “convicção” do juiz. A Lava Jato configura uma guerra jurídica, assimétrica, mediante o uso ilegítimo da Justiça, a manipulação da lei e de processos judiciais, com fins políticos e militares, uma lawfare, conforme conceito desenvolvido pelo coronel da Força Aérea dos Estados Unidos Charles J. Dunlap Jr., no ensaio Law and Military Interventions: Preserving Humanitarian Values in 21st Conflicts, apresentado na Duke Law School em 2001.
Motivos havia para a deflagração de uma lawfare contra o governo do Brasil. Washington jamais admitiu oposição ou discrepância com a sua política internacional. A partir de 2003, sob a Presidência de Lula e, depois, de Dilma Rousseff, o Brasil frustrou a implantação da Alca e compôs o grupo denominado BRICS, que busca romper a hegemonia do dólar.
Ademais, o Brasil comprou aviões da Suécia e não da Boeing, helicópteros da Rússia, tratou de construir o submarino nuclear e outros convencionais com tecnologia da França, continuou a expandir a produção de urânio enriquecido para suas usinas nucleares, não entregou a exploração do petróleo no pré-sal à Chevron e outras corporações dos Estados Unidos, avançou nos mercados da América do Sul e da África.
O juiz Sergio Moro e o procurador-geral, Rodrigo Janot, atacam o Brasil por dentro de suas entranhas ao destruir as grandes empresas nacionais, privadas e públicas, que concorrem no mercado exterior. Causam imensurável dano à economia, maior do que a corrupção que dizem combater.
Empresas de construção e outras da cadeia produtiva estão paralisadas, sem condições de investir, levadas ao limiar da bancarrota e obrigadas a entregar seus ativos a capitais estrangeiros, a custo muito inferior ao que realmente valem. A Operação Lava Jato depreda o Brasil, ao mesmo tempo que agrava a perda de sua credibilidade política, causada pelo golpe contra Dilma Rousseff.
CC: O Brasil copia as políticas de austeridade adotadas sem sucesso na Europa. Executivo, Legislativo e Judiciário avançam sobre direitos sociais e trabalhistas. Quais as consequências prováveis?
LAMB: As políticas de austeridade tendem, inevitavelmente, a piorar cada vez mais as condições macroeconômicas. Não há perspectiva de crescimento em 2017 e com o Brasil virtualmente estagnado, a afundar-se na recessão, o número de desempregados, que em setembro de 2016 era de, no mínimo, 12 milhões, vai voltar a crescer e baterá novo recorde no próximo ano, segundo a previsão do FMI.
Tais políticas de austeridade também provocarão inevitavelmente o recrudescimento das lutas sociais e da violência urbana, já fora de controle em São Paulo e outras cidades. Os investimentos diretos estrangeiros, decerto, não compensarão a queda dos aportes públicos. Capitais somente afluem para onde podem ter lucro. Com o ajuste fiscal que se pretende realizar, haverá forte redução do consumo e o incremento da pobreza e da miséria.
CC: A direita voltou ao poder na Argentina, no Brasil e no Peru. Na Venezuela, o governo de Maduro está por um fio. Quais fatores explicam essa mudança do pêndulo na América do Sul?
LAMB: O caso da Venezuela não é comparável ao da Argentina ou do Brasil, países que não tentaram estatizar até supermercados e implantar o “socialismo do século XXI”. O ex-presidente Hugo Chávez realizou extraordinárias reformas em benefício das camadas mais pobres e menos favorecidas da população.
Distribuiu fartamente a riqueza, mediante um conjunto dos mais avançados programas sociais. Iludiu-se, porém, com a perspectiva de que o preço do barril de petróleo se mantivesse alto. Nada poupou e esbanjou os dólares em nacionalização desnecessária, empresas que o Estado não tinha condições de administrar, e em atividades internacionais.
A Venezuela careceu de administração e sua economia permaneceu fundamentalmente extrativista, petroleira. Quando o preço do combustível despencou no mercado internacional, o país engolfou-se em profunda crise econômica, social e política.
A oposição conservadora, adensada por interesses alienígenas, robusteceu-se, ganhou as ruas e a maioria do Congresso. O presidente Nicolás Maduro assumiu com o país em crise e não soube gerenciar o Estado. Daí o seu governo estar por um fio.
CC: E na Argentina?
LAMB: A situação é outra. O presidente Néstor Kirchner salvou o país da catástrofe social, econômica e política à qual o neoliberalismo o levara em 2001. Retirou a Argentina do fundo do poço e impulsionou o crescimento econômico ao longo da primeira década do século XXI.
Não obstante o período de grande estabilidade e prosperidade do seu governo e o de sua mulher, Cristina Kirchner, as dificuldades com os “fundos abutres” persistiram. A desaceleração do ritmo de crescimento econômico, decorrente da queda do preço das commodities, favoreceu, diante da divisão no peronismo, a vitória do neoliberal Mauricio Macri, no segundo turno, pela estreita margem de 51,34% a 48,66% de Daniel Scioli, apoiado tibiamente por Cristina.
De qualquer modo, há uma ofensiva do capital financeiro internacional para desregulamentar as relações de trabalho, a fim de comprimir os salários e compensar a queda da taxa média de lucros.
CC: Como interpretar a política externa adotada pelo governo Michel Temer? Melhor: há uma política?
LAMB: Temer não tem propriamente uma política externa. Tenta realinhar-se, agradar aos Estados Unidos e ao capital financeiro internacional, mas, como sempre, há continuidade na mudança, tanto assim que compareceu à reunião de cúpula dos BRICS, em Goa, e assinou a declaração conjunta, não obstante parecer visivelmente constrangido. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e continua a investir mais e mais bilhões de dólares na sua economia.
CC: Há riscos de o conflito entre a Rússia e o Ocidente evoluir para um confronto armado, uma terceira guerra mundial?
LAMB: Riscos sempre há. A Rússia não parece, contudo, desejar qualquer guerra. Sua política é claramente defensiva, diante do avanço da Otan na direção de suas fronteiras. Daí a reintegração da Crimeia, que até 1954 fazia parte de seu território.
Quanto aos Estados Unidos, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o general Joseph Francis Dunford Jr., perguntado no Senado sobre a possibilidade de estabelecer uma no-fly-zone na Síria, para defender Alepo, declarou: “Para controlarmos todo o espaço aéreo da Síria significaria entrar em guerra contra a Síria e a Rússia”. Os militares sabem, perfeitamente, que uma guerra contra a Rússia seria um jogo de soma zero. Não haveria vencedor.
CC: Como o senhor definiria Vladimir Putin?
LAMB: Putin salvou a Rússia do desastre, do colapso, conforme o próprio ex-presidente Mikhail Gorbachev declarou. Com lances precisos no tabuleiro da política internacional, recuperou a Rússia como superpotência mundial. É o maior, o único grande estadista das primeiras décadas do século XXI.
CC: Seu mais recente livro se chama A Desordem Mundial. Essa desordem seria parte da transição para um mundo multipolar ou uma forma de impedi-la?
LAMB: O que se vê no Oriente Médio e na África? O cenário é de guerras por procuração, massacres, terror, caos, catástrofes humanitárias. A União Europeia sofre com uma avalanche de refugiados e migrantes, que não tem muitos meios de assimilar e integrar, em meio a uma severa crise econômica.
Essas são as consequências dos esforços dos Estados Unidos para impor a full-spectrum dominance, o completo controle e domínio da terra, mar, ar e espaço. Os americanos não têm, porém, condições de ser o global cop, o gendarme global. Até 2016, gastaram perto de 4,7 trilhões de dólares nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
Não sem razão, o conhecido economista Jeffrey D. Sachs, professor da Columbia University, escreveu que os EUA declinarão, como ocorreu com a União Soviética, nos anos 1970-1980, se não abandonarem a enganosa pretensão de império e continuarem a investir de forma desproporcional no militarismo, nas guerras do Oriente Médio e a convidar a China a uma corrida armamentista.
CC: Como se deu o processo de mutazione dello stato que o senhor descreve no livro? Ele explicaria o fato de os Estados Nacionais terem se endividado para salvar os bancos na crise de 2008 e, posteriormente, serem punidos por esse mesmo sistema financeiro?
LAMB: A mutazione dello stato foi determinada nas origens dos Estados Unidos, com a instituição da república presidencialista, acompanhou o processo de acumulação do capital e acentuou-se na fase imperialista, em que o capital financeiro desenvolveu o militarismo para integrar, mediante a política de conquista mundial, as economias mais atrasadas, pré-capitalistas e não capitalistas.
Lá foi onde primeiro surgiram, a partir da crise de 1873, as formas monopolísticas de organização empresarial: trustes, cartéis e sindicatos. E sua história sempre foi de permanente guerra, com breves interregnos, em meio a crises econômicas periódicas, que abrangeram todo o sistema internacional, como a de 2007-2008.
Uma vez que o capitalismo constituiu o único modo de produção que se expandiu, mundialmente, é um todo e não um amálgama de Estados Nacionais. E o que os EUA aspiram é instituir uma ditadura mundial do capital financeiro, dos grandes bancos concentrados em Wall Street.
CC: A tentativa de golpe na Turquia insere-se nesse cenário de que forma?
LAMB: A tentativa de golpe decorreu muito mais de contradições domésticas do que de fatores externos. É um país cujo exército tem uma tradição laica e republicana, desde que, com o desmembramento do Império Otomano, após a Primeira Guerra Mundial, o general Mustafa Kemal Atatürk aboliu o sultanato e emancipou a Turquia.
O presidente Recep Tayyip Erdoğan, eleito em 2014, aspira, segundo se supõe, restabelecer o califado, sob sua égide, com o apoio da população islâmica, que migrou para as cidades. A oposição é, porém, muito forte e o governo do presidente Erdogan enfrenta a rebelião curda, comandada pelo PKK. A instabilidade é enorme e insere a Turquia, um pivot country, no cenário da desordem mundial.
CC: O quanto o Brexit, a saída do Reino Unido da Comunidade, e o avanço dos partidos e lideranças de extrema-direita, casos da francesa Marine Le Pen e da alemã Frauke Petry, ameaçam a existência da União Europeia?
LAMB: Não vejo como o Brexit e o avanço de Marine Le Pen e Frauke Petry possam ameaçar a existência da União Europeia, apesar de todos os problemas existentes e decorrentes em larga medida da implantação da moeda única, o euro.
A Grã-Bretanha tem na União Europeia o seu maior mercado. Os vínculos econômicos, comerciais e empresariais entre a França e a Alemanha atualmente são tão estreitos que se confundem. E se assumirem o governo em qualquer dos dois países, Marine Le Pen e Frauke Petry não farão, certamente, tudo que querem e apregoam, mas o que podem.
FONTE: Carta Capital
A ditadura dos Rotschields, melhor dito. Os Estados Unidos são uma simples ferramenta para tal final.
Tendo em vista a grande similitude entre as duas matérias, vou repetir o que havia escrito antes:
Ao ler o presente não pude conter o riso! Como já disse anteriormente Moniz Bandeira lamentavelmente usou suas respeitável capacidade intelectual para (tentar) dar suporte à teorias maniqueístas e vitimicistas, que insistem em colocar o Brasil como eterna vítima da “malvada política imperialista” dos EUA. A verdade é que não somos vítimas de conspirações de Potências estrangeiras mas sim somos vítimas de nós mesmo. Vítimas da nossa cultura do jeitinho, da vontade de querer levar vantagem em tudo e sobre qualquer um, da nossa tolerância à corrupção e isso foi se tornando claro a medida em que a Operação Lavajato foi desnudando os bastidores do poder, de como uma organização criminosa de esquerda travestida de partido operário em conluio com um cartel de empreiteiras simplesmente tomou de assalto o Estado Brasileiro.
E diante de tudo o que têm sido revelado esses últimos três anos, de como esse conluio entre o ParTido político e o cartel de empreiteiras tomou de assalto o Estado Brasileiro usando a fachada de um pretenso projeto “nacional-desenvolvimentista”, de como um Banco de fomento (BNDES) que deveria estar apoiando o pequeno e o médio empreendedor converteu-se em um cofrinho onde empresas ungidas por uma equivocada política de “campeões nacionais” (Odebrecht, o farsante império “X” e a JBS “Friboi”) desfrutaram de mamatas indecentes, qual foi a reação de Moniz Bandeira, endossada pelo articulista? colocar a culpa nos vilões de sempre, os EUA. Ou seja, a culpa da debacle não é da corrupção endêmica que desvia recursos e faz a alegria de uns poucos mas sim daqueles que representam as instituições do Estado encarregadas de investigar e julgar os malfeitos. Grosso modo, é culpar o termômetro pela febre e querer criminalizar a atuação do médico que deu o diagnóstico equivocado.
Como se vê, não dá para aceitar o magistério de Moniz Bandeira.
Ps: Ao louvar histericamente Putin, ignorando tratar-se de um déspota corrupto que governa a Rússia com um círculo de oligarcas igualmente corruptos, Moniz Bandeira termina por se entregar.
Joao Moita Jr 13 de novembro de 2017 at 16:36
Já olhou embaixo da sua cama para ver se não tem nenhum “sionista mau” escondido?
Pessoal, isso se chama “estratégia das tesouras”, pra você que é sectário e vai dizer que tudo isso é mentira dos comunistas e por isso foi publicado na carta capital, é essa mesma a reação que querem te causar. Vá lá e trate os EUA como bonzinho e paladino da democracia.
parei de ler quando li carta capital
Rogério Rufini 13 de novembro de 2017 at 16:59
Revista que defende que o impeachment foi “gópi” já diz a que veio..
Ditadura mundial mundial é que o outro lado quer, aliás sempre quiseram desde que conseguiram por as mãos na Rússia em 1917.
Quando eu li no começo da entrevista a palavra “presidentA” eu já sabia o que viria em seguir: asneiras atrás de asneiras e alegações de “é gópi!”.
Será que os caras simplesmente não conseguem enxergar o óbvio, de que a Dilma se mostrou mental e intelectualmente inapta para governar o país? Aquela senhora tinha dificuldade de articular frases simples que mostrassem ideias concatenadas. E para agravar o quadro, ainda havia (e há) um quadro endêmico de corrupção.
A avaliação dele sobre o que ocorreu na Argentina é algo entre o risível e o patético. Lamento a perda do seu humano, mas como intelectual, o trabalho dele é irrelevante e tem sido irrelevante já faz décadas.
SmokingSnake ? 13 de novembro de 2017 at 17:03
Esse conceito (ditadura mundial) foi empregado pela primeira vez nos assim chamados “protocolos dos sábios do Sião”, documento forjado pela polícia Czarista no intuito de legitimar a perseguição aos judeus. Tal documento serviu de base para as teorias nazistas de “solução final” e também para fomentar o preconceito que as esquerdas nutrem pelos judeus. Modernamente essa concepção de “ditadura mundial” está associado à aliança entre EUA e Israel e a eterna acusação de que banqueiros judeus seriam o verdadeiro poder oculto em Washington
De qual hospício fugiu essa criatura? Só delírios psicodélicos. É duro ler um “troço” desse logo na segunda-feira. Desinformação em massa!
Tá aí uma matéria desnecessária aqui, colocar coisas da carta capital baixa bastante a qualidade.
“Parei de ler quando li carta capital”
Cada um dá a desculpa que quiser para não dizer que não consegue ler…
Tudo se crítica, pouco se reflete e menos ainda leem,,,
“Luiz Alberto Moniz Bandeira explica a desordem planetária produzida pelas intervenções dos Estados Unidos”
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“Desordem planetária”…
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“Desordem”…
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“Planetária”…
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Os caras são realmente fodas.
“O caso da Venezuela não é comparável ao da Argentina ou do Brasil, países que não tentaram estatizar até supermercados e implantar o “socialismo do século XXI”. O ex-presidente Hugo Chávez realizou extraordinárias reformas em benefício das camadas mais pobres e menos favorecidas da população.”
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Então tá, né…
HMS TIRELESS
Veja que os Rotschields se encaixa no estilo de Terrorismo financeiro abaixo deixo um link sobre petição que os americanos iniciarão para listar o multibilionário George Soros (irmão siamês dos Rotschields) como terrorista.
https://www.epochtimes.com.br/peticao-casa-branca-pede-designacao-terrorista-george-soros/#.Wgn-GWhSzIU
Documento Militar chines sobre Terrorismo Financeiro.
http://www.c4i.org/unrestricted.pdf
Luiz Alberto Moniz Bandeira + Carta Capital = lixo pseudo-intelectual
Apesar disso acho interessante a publicação deste tipo de lixo para saber como os inimigos da nação pensam e o que querem.
Sugiro a leitura do livro “A corrupção da inteligência” de Flávio Gordon. Abriu minha mente para a realidade do que é e quais os reais propósitos da dita intelectualidade brasileira.
Olha, tentei ler a entrevista, de verdade, mas quando chegou no “que jamais aceitaram um metalúrgico nordestino como presidente da República.” desisti. Eles simplesmente ignoram todas as falcatruas, roubalheira e desmandos perpetrado pelo lullo-ptismo nestes 13 anos de governo. Igualmente se recusam a acreditar que milhões foram as ruas para pedir o fim desta corruptocracia que se instalou no país, onde conseguiram se eleger usando a máquina pública, a demagogia extrema e o dinheiro roubado para enganar os mais desavisados e humildes.
Por fim, estas matérias com tal viés ideológicos são importantes sim, para que possamos conhecer como pensam está gente e combate-los no campo das idéias, que é onde conseguiram se infiltrar e corromper a sociedade.
Bardini 13 de novembro de 2017 at 18:42
Kkkkkkkkkkkkk verdade Bardini, depois de seu comentário que eu voltei ao texto e li isso…..
O cara podia até ser um bom pesquisador, mas pela entrevista…. devia produzir o q alimenta essa esquerda doente brasileira…
Putin, o maior estadista…
As guerras na África existem só pelo interesse americano…
É daqueles q vem com a história dos EUA terem apoiado a Revolução de 64, mas não mencionam o trabalho da Inteligência Militar do bloco comunista conduzindo os trabalhos da corja aqui desde muito antes de 63…
Devia falar do AI-5, sem mencionar q o terrorismo cresceu sobremaneira muito antes…
Construtor de uma história deturpada, base daqueles q tem destruído o Brasil de forma q até cego vê, mas continuam com o boa bla bla de ditadura… Chaves bonzinho…
Maionese estragada
Carta Capital.
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“CC: Como o senhor definiria Vladimir Putin?
LAMB: Putin salvou a Rússia do desastre, do colapso, conforme o próprio ex-presidente Mikhail Gorbachev declarou. Com lances precisos no tabuleiro da política internacional, recuperou a Rússia como superpotência mundial. É o maior, o único grande estadista das primeiras décadas do século XXI.”
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Já e suficiente
Houve um golpe mesmo,não aos moldes de 64 aquele foi bem arquitetado,tinha até respaldo popular,por isto mesmo demoraram tanto tempo no poder.Este golpe branco foi mais midiático,não falem de roubo pois o roubo foi de todos os partidos e de todos os candidatos a presidente.E mudou algo neste ultimo ano ,mudou para pior sim é muito.No Brasil tentaram destituir o FHC,LULA,DILMA essa ultima conseguiram,mas foi um golpe sem liderança,sem apoio nem do povo nem dos militares.
Meu caro Ronaldo, como um instrumento previsto na constituição pode ser golpe?
Emmanuel 13 de novembro de 2017 at 21:26
kkkkkkk
Eu ia comentar justamente esta parte, parece que o autor molhou sua “calcinha” ao falar do grande estadista Putin.
Putin é, sem dúvida alguma, o maior estadista das primeiras décadas do séc. XXI. Isso é fato. Vocês podem não gostar dele por uma série de motivos, mas deve-se reconhecer os méritos da figura política, pois são poucos os que conseguem empreender uma recuperação tão rápida como a que foi — e vem sendo — feita por ele e seus cupinchas em um país completamente falido como era a Rússia no período subsequente ao desmembramento da União Soviética.
17 anos de Século XXI e já elegem o Putin como maior estadista, kkkk…
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Aiai…
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Só por curiosidade: Essa vem dos mesmo que dizem que Fidel foi o maior estadista do século XX?
BOLSONARO 2018 !
Aqui esta parecendo o Site ¨O Antagonista¨ onde os editores de lá vem com esquerdismo/politicamente correto/¨visão dos dois lados¨/etc e são praticamente massacrados pelos próprios leitores (vacinadíssimos contra ¨boas intenções¨) todo santo dia.
Eles não aspiram nada, já controlam tudo, ora. Vão tentar acabar com o BRICS de qualquer maneira.
O SIONISTA é conhecido pelo Cheiro de ENXOFRE !
Alex 14 de novembro de 2017 at 8:49
E desde quando “Uzbriqui” são alguma coisa no jogo do bicho?
Senhor Bardini cite um Estadista do Século XXI que não seja PUTIN , já no Século XX , claramente foi DEGAULLE sem ele a França apenas seria uma Espanha, agora duvido que tenhas outro em mente para este Século , OK !
Zé Luiz, Putin apenas substituiu uma máfia pela outra no comando da Rússia. Os mesmos desmandos, especialmente a corrupção brutal, permanecem vivos e forte. Ocorre que como ele colocou o aparato estatal para perseguir seus inimigos, que podem ser de oligarcas rivais a algumas cantoras pop sem noção, terminou incutindo na mente dos russos a falsa percepção de que teria voltado a ordem. E quando dos preços altos do petróleo pode investir mais nas forças armadas e fazer demonstrações de força tais como os vôos de bombardeiros perto do espaço aéreo da OTAN e a intervenção na Síria. Mas bastou o preço do petróleo cair, fruto da queda de braço entre a Arábia Saudita e os produtores norte-americanos de xisto, para a economia russa entrar em um prolongada recessão.
HMS TIRELESS 14 de novembro de 2017 at 9:22
E mesmo assim Tio Sam e the Old Briton não se conformam!
jose luiz esposito 14 de novembro de 2017 at 9:23
“Senhor Bardini cite um Estadista do Século XXI que não seja PUTIN , já no Século XX , claramente foi DEGAULLE”.
Se vamos falar de estadistas do século XX, Roosevelt, que liderou os EUA para fora da maior depressão economica de sua historia e Winston Churchil, que liderou a Inglaterra e o que ainda sobrava de “mundo livre” contra o nazismo, não podem ficar fora dessa lista, me desculpe.
Churchill tem dois L no final, mas aqui não tem corretor 🙂
https://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/site-brasil-247-recebeu-propina-de-vaccari-diz-lobista-1677.html
Sem mais.
Muito me espanta matérias deste tipo serem veiculadas num site como este.
Diga-se de passagem, Roosevelt e Churchill foram MUITO MAIORES que De Gaulle! Eu inclusive diria que outros estadistas do séc. XX como Reagan e a Dama de Ferro provavelmente foram maiores que ele….
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Alex, os EUA e a GB não estão muito preocupados com os BRICS não, até porque sabem que os integrantes do bloco se sabotam mutuamente.
Claro que estão e não estão pouco, mesmo que eles no fundo ainda signifiquem uma “ameaça” pequena, a China tem muito o que capinar ainda pro lado de cá pra se tornar um player como os dois anglos no controle da economia mundial. Talvez em breve (algumas décadas, isso leva tempo) haja uma mudança ou divisão de guarda do oligopólio financeiro mundial.
E quais foram as reformas que o Putin fez para recuperar a grandeza da Rússia? Me fale de apenas duas e eu me convenço dessa atribuição.
Ah, e o New Deal é um programa que fracassou miseravelmente, a taxa de desemprego só caiu acentuadamente quando a indústria dos EUA foi realocada para a guerra.
George Santayna: “Aqueles que não conseguem se lembrar do passado estão condenados a repeti-lo.”
BRICS? Ainda existe isso?
“A mentira mais antiga da América:”O poder pode ser inocente” – Lex Luthor em Batman x Superman.
Acho a frase poderia tranquilamente ser adaptada para qualquer país ou continente deste mundo:
“A mentira mais antiga do Brasil…
“A mentira mais antiga da Russia…
“A mentira mais antiga do Mundo”
Não é novidade nenhuma que a Rússia é vulnerável por sua alta concentração econômica em
alguns poucos recursos naturais, em particular gás, petróleo, madeira e minérios. Qualquer comparação com a crescente dependência brasileira à exportação de commodities agrícolas e minerais não é mera coincidência. Consequentemente, o crescimento russo está diretamente ligado ao mercado do petróleo e gás, o que afeta diretamente a política fiscal russa. Como o petróleo bruto e refinado e o gás natural representam 61% das exportações russas, qualquer variação de preço, para cima ou para baixo, afeta profundamente a economia russa. Durante a bonança econômica russa com a alta das commodities e sua exportação, o governo russo conseguiu criar uma reserva internacional pujante que mais tarde serviria ao propósito de evitar a queda acentuada do rublo em 2014-2015, esse é o único mérito que eu reconheço do governo Putin. Essa concentração nos hidrocarbonetos, em detrimento da indústria de transformação, com exceção do segmento bélico, aumenta a vulnerabilidade dos russos. Como na Venezuela, outra mono-dependente do petróleo, seria imprescindível fazer uma diversificação da economia doméstica para torná-la menos exposta aos azares do mercado do petróleo e gás, aliás, como certos emirados do Oriente Médio estão tentando fazer, gradativamente, embora não estejam em uma mesma situação de crise alavancada pela baixa das commodities.
Uma rápida comparação entre o setor industrial chinês e o russo é pertinente. Desde 1992, o setor industrial chinês cresceu em média 13,9% ao ano, mas o russo cresceu apenas 0,3%. Assim, a renda energética russa permanece fundamental para o equilíbrio de suas contas públicas. Essa renda foi responsável por 28% da receita fiscal do governo em 2014. E se você acha que esse dinheiro gerado pelo monopólio é reinvestido na modernização da Rússia está muito enganado, tem sido enviada para fora do país por empresas offshore comandadas pelos novos “czares da economia russa”, que desconfiam das políticas e das intenções do governo e relutam em guardar no país o que lá ganham explorando as riquezas que conseguiram amealhar em lances da polêmica privatização russa, esses oligarcas recebem suas exorbitantes quantias e o enviam prontamente a Suíça e Londres, talvez o caso mais famoso seja o do oligarca russo Alisher Usmanov que foi obrigado a repatriar suas empresas, basta apenas colocar no google “Homem mais rico da Rússia atende apelo de Putin para repatriamento de bens”, assim como o Panamá Papers e o Paradise Papers mostram essa postura dos oligarcas em relação ao governo russo, ninguém quer ser o próximo Mikhail Khodorkovski.
Rússia e Brasil são duas grandes economias altamente vulneráveis a vergar sob o peso de suas imensas riquezas naturais, contaminadas pela manipulação política dos preços de mercado e pela corrupção de suas elites. Foi assim no regime comunista da ex-URSS e continua igual no regime
ficto-capitalista atual, o que demonstra que o populismo e a corrupção se adaptam bem a qualquer ambiente econômico. O mesmo se passa no Brasil, onde as elites fazem seus negócios com qualquer comando político. Manipuladores do poder e elites corruptas nunca enfrentam mau tempo, justamente por esse capitalismo de estado no BRICS, Rússia e Brasil são os piores países dentro do bloco, enquanto a espinha dorsal do bloco sempre foi a Índia e a China com suas economias bem mais liberais do que os morfados e medíocres Brasil e Rússia.
Infelizmente é impossível não traçar paralelo entre os morfados Rússia e Brasil com a Índia, Modi está fazendo exatamente o que esses países deveriam fazer, liberar suas economias. O plano de Modi, Make in India lançado meses depois de tomar posse como primeiro-ministro teve como iniciativa liberar vários mercados para a possibilidade de investimentos estrangeiros diretos, enquanto os morfados ficam em suas mediocridades com seus planos de desenvolvimentos pelo estado, a Índia inicia suas reformas liberais para impulsioná-la para o topo, onde o Brasil deveria estar.
http://www.makeinindia.com/about
Aliás, quantos planos de desenvolvimento econômico nós já tivemos? O Brasil se desenvolveu por conta deles? Somos do primeiro mundo?
Enquanto isso, aguardamos em 2018 para mais um capítulo da nossa mediocridade dos planos miraculosos de desenvolvimento econômico pelo estado, não basta os miraculosos Plano Brasil Maior e Nova Matriz Econômica, no próximo tenhamos convicção que irá dar certo, afinal “Somos brasileiros e não desistimos nunca”.
Um abraço meus camaradas e tenham uma boa tarde.
Gilson moura a saida de capitais é normal numa economia emergente. Se investe, lucra e depois retira-se o lucro. É assim que a balanca de pagamentos dos EUA fecha, tem deficit na balanca comercial mais superavit na balanca capital e financeira, justamente pelo dinheiro que é devolvido pelos investimentos estrangeiros das empresas americanas. Ou seja as empresas americanas investem fora, importam para o mercado americano, lucram e depois tiram os lucros dos paises produtores para o EUA.
Como eu disse e reafirmo o Brasil apenas poderá almejar um lugar entre os grandes no dia em que a mentalidade do povo mudar. Eis que o VA Othon, que deveria estar enfrentando o processo no qual foi acusado dentre outros delitos de corrupção passiva e também de associação criminosa, uma vez beneficiário de um Habeas Corpus dá “entrevista” para deputado petista que diga-se de passagem emporcalha o diploma de bacharel em direito. E ele reitera o mesmíssimo discurso do capo maior da OrCrim do ABC ou seja, que estaria sendo vítima de “agentes internacionais”
https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/327288/Em-entrevista-hist%C3%B3rica-almirante-Othon-denuncia-abusos.htm
O Moniz Bandeira tinha um pensamento atávico, muito ligado à Guerra Fria. Intelectualmente, ele estava morto há muito tempo porque ele tinha enorme dificuldades em compreender que o principal movimento político/econômico deste começo de século não está, nem na Rússia, nem no Oriente Médio e muito menos na América Latina. O grande movimento deste começo de século é o crescimento da Ásia – e da China especificamente. E o grande estadista deste momento histórico é aquele que foi capaz de promover este movimento: Hu Jintao. Ele multiplicou por 4 o PIB da China, iniciou e presidiu o processo de modernização e crescimento das forças armadas chinesas que ameaça até a hegemonia americana no pacífico. A longo prazo a Rússia não tem nenhuma condição de competir economicamente com os EUA. A China tem esta condição.
Falecido, lamento pelo ser humano, mas como intelectual, ele estava ultrapassado.
BRICs não é nada mais que uma sigla inventada por um economista, são países que não possuem praticamente nada um com o outro.