‘Nazismo de Esquerda’: a falácia que afronta, além da História, a Filosofia

O fascismo é um projeto reacionário a serviço do capitalismo monopolista, do status quo e das hierarquias, o que o torna totalmente oposto a qualquer vertente socialista

Por Roni Pereira

“Se a interpretação pragmática da ‘XI tese’ [‘Os filósofos até hoje interpretaram o mundo; trata-se de transformá-lo’] fosse legítima, Marx seria o teórico do fascismo e não do comunismo. Para as concepções fascistas os problemas se põem na ação e se resolvem pela ação. Trata-se de um pressuposto irracionalista que está plenamente de acordo com as propostas políticas do fascismo, que se baseiam na manipulação das massas pelos ‘grandes chefes”. – Adelmo Genro Filho, jornalista. [1]

Introdução

Nas redes sociais é cada vez mais comum nos deparamos com um “argumento” inusitado: “O nazismo é de esquerda“. O finado filósofo Umberto Eco citou, certa vez, em entrevista, um dos lados ruins da internet“O drama da Internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”, afirmou o intelectual.

Como muita gente segue a famosa máxima “se está na internet, é porque é verdade”, uma mentira qualquer pode ser rapidamente disseminada nas redes sociais como se fosse “verdade”.

Facções políticas (à esquerda e à direita), através de blogs e sites obscuros, têm se aproveitado disso para disseminar factoides e fraudes históricas com o intuito de demonizar o outro lado.

Listar todas as mentiras desses grupos daria um livro (e eu ainda correria o risco de ser acusado de omissão), por isso vou me ater a somente uma fraude histórica que é muito disseminada pela direita e extrema-direita para demonizar o outro lado do espectro político: “nazi-fascismo é de esquerda”.

Não vou aqui rebater essa fraude com argumentos políticos e econômicos. Esses tipos de refutação são fartamente encontrados na internet. A perspectiva adotada aqui será filosófica.

O fascismo antes do poder

Marcha dos camisas negras sobre Roma

Marcha dos camisas negras sobre Roma.

O regime fascista é fácil de ser identificado quando se está em forma de Estado. No entanto, a coisa complica quando busca identificar sua gênese filosófica e política antes de alcançar o poder. O discurso político do fascismo nunca revela inteiramente sua natureza.

Por exemplo: o integralismo, versão tupiniquim do fascismo, surgiu com propostas claramente conservadoras e reacionárias. Por outro lado, na Europa o fascismo emerge com propostas “de esquerda”.

O programa fascista italiano, por exemplo, defendia propostas reformistas do capitalismo e o programa nacional-socialista chegou a propor “participação dos trabalhadores nos lucros das grandes empresas”.
Para compreender essa “confusão”, e para desmascarar esse suposto esquerdismo, vou adotar a advertência de Palmiro Toggliati: nunca se deve considerar o fascismo como “algo fixo, esquema ou modelo”. [2]

Anticapitalismo de direita?

A Europa pós-Primeira Guerra ficou marcada, também, pela ascensão de movimentos anticapitalistas (ou que se diziam anticapitalistas), tanto à esquerda quanto à direita. O nome “socialismo”, que nunca foi de pertencimento exclusivo do marxismo, entrou na moda e foi adotado também por movimentos e intelectuais de direita, mas com uma concepção totalmente diferente.

O direitista Werner Sombart, economista e sociólogo alemão, elaborou um conceito de “socialismo nacional” ou “socialismo alemão”. Ele entendia esse socialismo como pragmático e contrário ao materialismo proletário do marxismo.

Outro exemplo clássico de “socialismo direitista” foi elaborado por Oswald Spengler através do conceito de “socialismo prussiano”, em que ele busca formular um socialismo “livre do marxismo”.

Ambos os movimentos nunca defenderam abolição de propriedade privada. Spengler chegou a dizer que “o marxismo é o capitalismo da classe trabalhadora e não o verdadeiro socialismo”.

Em um momento em que o anticapitalismo estava em alta, parte da direita europeia fora influenciada por esses intelectuais e passou a se distanciar do conservadorismo tradicional.

O insuspeito economista Friedrich Hayek revela a existência de “anticapitalistas de direita” na obra O Caminho da Servidão (o livro mais citado e o menos lido entre supostos liberais na internet):

“Foi a união das forças anticapitalistas da esquerda e da direita, a fusão do socialismo radical e do socialismo conservador, que destruiu na Alemanha tudo quanto ali havia de liberal”, escreveu o guru Hayek, na página 164. [3]

Ainda mais surpreendente é o guru da nossa “nova direita”, o economista austríaco Ludwig von Mises, admitir que sim, o fascismo é de direita, no caso uma “direita hegeliana”:

“Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o famoso filósofo alemão, deu origem a duas escolas — os hegelianos de “esquerda” e os hegelianos de “direita”. Karl Marx era o mais importante dos hegelianos de “esquerda”. Os nazistas vieram da “direita” hegeliana”. Mises, O Livre Mercado e Seus Inimigos, página 20 [4]

Fica aqui registrado que a dicotomia “esquerda = anticapitalista x direita = capitalismo” não existia (pelo menos enquanto discurso político) na Europa pós-Primeira Guerra, durante a ascensão do nazi-fascismo.

Então voltemos ao “socialismo de direita”.

O “socialismo prussiano” de Spengler influenciou o nazismo. O fundamental princípio deste “socialismo” pode ser sintetizado em uma frase dele: “O significado do socialismo é que a vida não é controlada pela oposição entre ricos e pobres, mas pelo grau que a conquista e o talento conferem, que é a nossa liberdade, a liberdade do despotismo econômico do indivíduo”. [5] Quanta ‘pelegagem’, não?

Também é bom citar o “Movimento Conservador Revolucionário” (paradoxal, eu sei), um movimento político direitista e alemão do início do século XX, que foi claramente influenciado por ideais anticapitalistas, especificamente pelo socialismo prussiano. [6]

A adoção de um discurso anticapitalista, portanto, não torna o fascismo de esquerda.

Plágio e anti-emancipação liberal

Os fascistas adaptaram o nome e os símbolos dos revolucionários de esquerda. O nome “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores”, de Adolf Hitler e a instituição do “Primeiro de Maio” como feriado nacional em 1933 são os exemplos mais emblemáticos.

Mas o nazi-fascismo tem aspectos opostos à extrema-esquerda, o que o torna contrarrevolucionário. O historiador Eric Hobsbawm explica que os fascistas invocavam valores tradicionais, apesar de não serem tradicionalistas. A retórica ultradireitista era de retorno a um passado tradicional, que supostamente seria melhor que aquele presente.

No discurso político do fascismo também encontra-se oposição à emancipação liberal (como direitos das mulheres), uma forma escancarada de conservadorismo.

A esquerda revolucionária, por outro lado, apesar de rejeitar o regime político liberal (como a democracia), não rejeitava essa emancipação: a União Soviética, por exemplo, foi pioneiro em relação aos direitos das mulheres.

O fascismo no poder

No poder, o fascismo revelou sua verdadeira face: uma tendência ao capitalismo monopolista, que se desenvolve na fase imperialista. Isso fica evidenciado com as alianças que os fascistas fazem quando chegam ao poder: setores reacionários da sociedade alemã e italiana, grandes empresários da indústria monopolista e os bancos.

Surge um pacto em que o Estado fascista passa a ser financiado pelos grandes capitalistas para manutenção da “ordem social” e conter o “perigo vermelho” comunista.

A “ordem social” pode ser entendida aqui como a vida “racionalmente” organizada pelo capitalismo monopolista. Nesta organização há a tentativa de cooptar os trabalhadores para o “projeto da burguesia” e abafar a luta de classes com a ilusão de que os operários e o empresariado têm identidade de interesses.
Porém, os trabalhadores dotados de consciência crítica e com interesses e ideias comuns tendem a constituir uma “classe trabalhadora” que se articula contra a organização e “racionalidade” do capitalismo monopolista.

O objetivo da esquerda, especialmente o marxismo, era (e é) de despertar essa consciência nos trabalhadores para que pudessem se opor à exploração econômica.

Por outro lado, o fascismo busca despertar, politicamente, a “energia negativa” dos trabalhadores para que lutem contra seus próprios interesses, ou seja, em prol da “ordem social” e da hierarquia. Não é por acaso que fazem apologia ao nacionalismo e outras “particularidades estereotipadas” e idealistas.

O fascismo objetiva manter a ordem social através do terror e dos mitos. Pode se dizer que essa forma de ultradireita é uma reação violenta a qualquer ameaça ao capitalismo. Por isso o anticomunismo radical. Para os fascistas, as massas devem ser manobradas a colocarem suas energias destrutivas em defesa da ordem social do capitalismo monopolista.

O nazifascismo tem horror ao intelectualismo e ao racionalismo. Por isso despreza fortemente a consciência crítica das massas. O objetivo é despertar o irracionalismo e o fanatismo das classes médias e dos setores populares e assim acabar com as fronteiras de classes, seja em prol da nação, do Estado, da raça ou de outras particularidades estereotipadas.

Não é por acaso que o fascismo detesta a teoria e se desenvolve pelo primado da ação.

Fascismo e União Soviética

Muito da argumentação falaciosa utilizada pela direita nas redes sociais para equiparar fascismo e comunismo, ou para jogar o fascismo do lado da esquerda, vem de comparações entre Alemanha Nazista e a União Soviética. Da fato, há algumas similaridades entre ambos os regimes. Mas há também diferenças que os tornam inconciliáveis.

Por exemplo, tecla-se frequentemente que os regimes nazi-fascista e comunista são idênticos porque pretenderam construir o “homem novo”, mas não se discute quais as propostas de ambos para se alcançar esse objetivo.

Ontologicamente o fascismo pretende ser naturalista. Sua proposta para a construção do “homem novo”, além de ser idealista, é de uma perspectiva biológica: não apenas pela educação e cultura, mas também por “fundamentos naturais”, ou seja, a biologia. Não foi por acaso as experiências pseudocientíficas e cruéis praticadas contra judeus.

O alcance deste objetivo não será pela história, o que torna a proposta a-histórica. Na verdade, para os fascistas, o natural predomina sobre o histórico.

Isso contrapõe a perspectiva marxista. Deixemos o próprio Adolf Hitler falar:

”A doutrina judaica do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das nacionalidades e das raças, anulando assim na humanidade a razão de sua existência e de sua cultura. Por essa maneira de encarar o universo, conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da terra.” [7]

O caráter profundamente reacionário, nacionalista, naturalista ontológico e de negação abstrata das classes sociais em prol da manutenção do capitalismo monopolista coloca o fascismo como antagonista a qualquer forma de marxismo.

Porém, em um ponto pode se encontrar identidade filosófica entre o stalinismo e o fascismo. Ambas correntes políticas possuem um traço naturalista que pressupõe que o destino da humanidade é traçado, de forma objetiva, pelas “leis do desenvolvimento sociais”. Esse naturalismo rejeita o pressuposto marxista da necessidade do “sujeito histórico” e da práxis revolucionária, pois os fins estão fixados por “leis objetivistas”.

A diferença é que, enquanto o stalinismo encara o socialismo como dado apriorístico – ou seja, uma tendência naturalista otimista- o naturalismo fascista é pessimista.

O nazi-fascista acredita que o destino da humanidade é a desagregação. Somente as elites que conduzem as massas podem evitar esse destino e de forma heroica. Mitos como “nação”, “estado”, “raça” e as próprias “elites” servem como mitos congregadores e têm função educativa.

A teoria stalinista também pressupõe a existência de uma “elite socialista” que possa projetar a futura sociedade socialista de acordo com as supostas leis sociais, através de imposições econômicas que agilizem o processo. Esse traço em comum reproduziu semelhantes práticas e discursos políticos em ambos os regimes.

“Nacional-socialismo”

Outro dos argumentos mais simplistas utilizados por direitistas apela para o nome do partido nazista (“nacional-socialismo”). Conclui-se que o partido era socialista por causa do nome “socialismo” presente. Eles focam no nome “socialismo” e esquecem o nome “nacional”.

O “nacional” presente no nome do partido é referente ao nacionalismo nazifascista, aspecto incompatível com o socialismo marxista. O nacionalismo do nazi-fascismo é idealista, portanto rejeita o materialismo histórico do marxismo. A luta de classes também é negada e substituída pela “solidariedade nacional”. As classes sociais devem se unir em prol da nação.

Outro aspecto repudiado pelo marxismo, mas que está presente na concepção nacionalista do fascismo, é o imperialismo justificado a partir de um conceito “biológico” do Estado.

Para Benito Mussolini, a nação “é um organismo dotado de existência, de um fim, de meios de ação superiores em poderio e em duração aos indivíduos isolados e agrupados que a compõem… Unidade ética, política e econômica, realizam-se integralmente no Estado fascista”.

Na Alemanha, surgiu a pregação de que o “organismo” Estado precisava de “espaço vital” que só poderia ser encontrada fora de seu território: ÁustriaDantzigPolônia e Ucrânia foram os alvos do Estado nazista. É uma teoria que justifica o imperialismo.

Conclusões

Apesar de apresentar um discurso “revolucionário”, o fascismo é um projeto reacionário a serviço do capitalismo monopolista, do status quo e das hierarquias. Projeto político antagonista a qualquer vertente de esquerda.

Os argumentos de direitistas para tentar enquadrar o fascismo como “projeto de esquerda” não resistem a uma profunda pesquisa. Qualquer historiador minimamente informado sabe disto, o problema é que a desinformação tem se espalhado como água de esgoto pelo mar e enganado muitos leigos. É necessário combater isso.

O estudo aprofundado da política nazi-fascista também deixa evidente a necessidade de defender as instituições democráticas para que não passem por uma transformação reacionária rumo ao fascismo.

Notas

[1] GENRO FILHO, Adelmo. Teoria e revolução (proposições políticas e algumas reflexões filosóficas). In: Teoria & Política. São Paulo, Brasil Debates, 1987 n.8. pp.32-53.
[2] TOGLIATTI, Palmiro. Lições sobre o fascismo. São Paulo, 1º vol., Coleção História e Política, Liv, Editorial Ciências Humanas, 1978, p.4.
[3] Disponível em PDF aqui.
[4] Disponível em PDF aqui.
[5] Heinrich August Winkler, Alexander Sager. Germany: The Long Road West. English edition. Oxford, England, UK: Oxford University Press, 2006
[6] Heinrich August Winkler, Alexander Sager op.cit.
[7]Essa citação na edição do Mein Kampf, publicado pela Editora Centauro, 2001, p.53

Referências

  • Blamires, Cipriano; Jackson, Paul. Fascismo mundial: uma enciclopédia histórica, Volume 1. Santa Barbara, Califórnia, EUA: ABC-CLIO, Inc, 2006.
  • GENRO FILHO, Adelmo. Teoria e revolução (proposições políticas e algumas reflexões filosóficas). In: Teoria & Política. São Paulo, Brasil Debates, 1987 n.8. pp.32-53.
  • GENRO FILHO, Adelmo; ROLIM, Marcos et WEIGERT, Sérgio.Hora do povo – uma vertente para o fascismo. São Paulo, Brasil Debates, 1980. 55 pp
  • H. Stuart Hughes. Oswald Spengler. New Brunswick, New Jersey, US: Transaction Publishers, 1992Harris, Abram Lincoln. Race, radicalism, and reform: selected papers. New Brunswick, New Jersey, US: Transaction Publishers, 1989.
  • HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o Breve Século XX. (1914-1991). São Paulo, Companhia das Letras, 2003.
  • TOGLIATTI, Palmiro. Lições sobre o fascismo. São Paulo, 1º vol., Coleção História e Política, Liv, Editorial Ciências Humanas, 1978.

FONTEvoyager1.net

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carcara_br
carcara_br
7 anos atrás

Parabéns pela matéria que outros espaços sirvam ao propósito da desinformação!

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

O fascismo nasceu em resposta as ideias revolucionárias socialistas, Churchill uma vez elogiou o fascismo dizendo que ele seria um contrapondo do socialismo soviético, só que ainda não podemos dizer que os fascistas estão alinhados ao pensamento ideológica da direita por apenas dizer que a propriedade privada não foi abolida assim como acontece com o nazismo. O nazismo é o resultado prático da ideologia nacionalista que é consequência da mentalidade coletivista encontrado também nas ideologias socialistas. O ódio de Hitler para com os soviéticos era por motivos raciais e geopolíticos e não por uma concepção diferente de estado, que era… Read more »

James Boanerges
James Boanerges
7 anos atrás

Que tipo de analfabetismo funcional é esse?! Nunca li tanta groselha. Ele diz no texto dele: “… o fascismo é um projeto reacionário a serviço do CAPITALISMO monopolista…”. Esse cara nunca leu Emilio Gentile, um historiador italiano, um dos maiores especialistas e uma das maiores autoridades sobre o estudo da ideologia e da cultura do fascismo. Emilio Gentile descreve no seu livro (Fascismo. Storia e interpretazione) o fascismo como sendo constituído por 10 elementos principais, e entre eles está o fato de o fascismo ser ANTICAPITALISTA.

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

Um ponto que eu gostaria de destacar no texto: ‘No poder, o fascismo revelou sua verdadeira face: uma tendência ao capitalismo monopolista, que se desenvolve na fase imperialista. Isso fica evidenciado com as alianças que os fascistas fazem quando chegam ao poder: setores reacionários da sociedade alemã e italiana, grandes empresários da indústria monopolista e os bancos. Surge um pacto em que o Estado fascista passa a ser financiado pelos grandes capitalistas para manutenção da “ordem social” e conter o “perigo vermelho” comunista.” Isso apenas confirma a tese que de o estado é usado para monopolizar o mercado para os… Read more »

Gabriel Oliveira
Gabriel Oliveira
7 anos atrás

Sério essa discussão de novo eu li a matéria e está um pouquinho tendenciosa mas não vou entrar no mérito,é uma discussão vazia querer enquadrar um regime autoritário e totalitário como nazismo/fascismo dentro de qualquer centro de idéia a idéia de direita e esquerda como bem lembrado pelo texto é um contexto Hegeliano lá de 1700 e alguma coisa da qual tinha pressupostos básicos para referenciar Girondinos e Jacobíanos dentro do idéiario de esquerda ou direita só acho que o texto puxou a sardinha um pouco o comunismo/socialismo seus danos e sua nocividade ao mundo é bastante ignorada.Mas enfim é… Read more »

Delfim Sobreira
Delfim Sobreira
7 anos atrás

Ninguém cita que Mussolini foi um importante socialista italiano.
“Mussolini tornou-se ativo no movimento socialista italiano na Suíça, trabalhando para o jornal L’Avvenire del Lavoratore, organizando encontros, discursando para trabalhadores e servindo como secretário da união dos trabalhadores italianos em Lausanne.”
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Benito_Mussolini

Augusto
Augusto
7 anos atrás

A falácia é dizer que toda esquerda é socialista, como se os ideais e motivações socialistas de todo espectro monopolizem a esquerda, dito isso, sim o nazi-facismo é de esquerda, se não é conservador, nem liberal, nem centrista é de esquerda. Quanto as hierarquias, todo regime repressivo a usou a seu favor, isso não quer dizer que Hitler pleiteava o status quo só jogava com ele a seu favor, assim como, Mussolini. O facismo não estava a favor do capitalismo monopolista, o facismo estava há seu próprio favor, inclusive no início os grandes capitalistas temiam Mussolini e Hitler e nunca… Read more »

Delfim Sobreira
Delfim Sobreira
7 anos atrás

E o nazismo é descendente do antissemitismo.
O ódio de Hitler pelo socialismo é oriundo das “costelas judias” do mesmo (Marx, Trotsky, entre outros).

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Regimes de direita autoritários seriam o exemplo a ditadura no Brasil, o mais certo seria conservadores-autoritarios ou liberais-autoritarios, que tem alguns aspectos do Facismo como manter a ordem mas não são Facista. Quanto a repressão e estado policial não é uma característica exclusiva do Facismo como de nenhuma ideologia, ou seja, não posso falar que a repressão na ditadura era uma característica Facista. Na Europa de 30 temos vários exemplos de estados conservadores e que eram autoritários e não era ligados ao Facismo. Ex: Áustria,Polônia,Tchecoslováquia .

Wiliam César Violato
Wiliam César Violato
7 anos atrás

Olha… eu acompanho o Blog a tempos, e hoje resolvi comentar ao ler esse texto …….Deixa então ver se eu entendi: um partido que nasce com o nome de Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores então não é de esquerda? ! kkk sei…….. …… E só pelo fato de ter lutado contra o Comunismo *(por conveniência do momento) o faz ser de direita? será mesmo? então vejamos: Países do Eixo na IIWW – Itália *(Fascismo) – Alemanha *( Nazi-Fascismo) – Japão *( Império Monarquista Ditatorial)… todos governos com idealismo totalitário, talvez não tão tudo para o estado como o comunismo…mas com… Read more »

Guilherme Poggio
Editor
7 anos atrás

…….Deixa então ver se eu entendi: um partido que nasce com o nome de Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores então não é de esquerda? ! kkk
.
O nome oficial da Coreia do Norte é “República Popular Democrática da Coreia” e o da Alemanha Oriental era “República Democrática Alemã”. Onde está/estava a “democracia” nesses países? Cuidado com as pegadinhas.

pangloss
pangloss
7 anos atrás

Gostaria de ter maiores detalhes sobre o autor. O texto dele é absolutamente tendencioso.

Samuel Toledo
Samuel Toledo
7 anos atrás

Presados editores do ForTe, peço que com todo respeito, atenham-se às matérias relacionadas com a militaria, informações, novidades, etc. Vamos deixar a política fora dessa discussão, por favor.
Obrigado

hannes
hannes
7 anos atrás

Texto interessante.

De minha parte, sempre considerei o fascismo e suas variações como uma ideologia de terceira via.

Wiliam César Violato
Wiliam César Violato
7 anos atrás

Guilherme Poggio …. perfeito seu comentário… concordo… e utilizando-me dele que vem a questão: a República democrática da Coréia e a República democrática da Alemanha são governadas por governos de esquerda ou direita? Esquerda certo? daí a concordância com seu comentário… hoje com meus 45 anos de vida cheguei a seguinte conclusão e não tenho aqui a pretensão de “converter” ninguém, é apenas a minha visão de mundo: não existe no mundo nenhum regime tão meticuloso, sorrateiro quanto os regimes de esquerda; acusam você daquilo que eles praticam, corrompem a democracia assim que possível, e todos são travestidos de “Democracia”…abs

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Afinal, espectro ideológico não tem nada há ver com fato histórico ou filosofia, tem a ver com a psicólogia e como as pessoas atribuem valores aos fatos, problema é que ultimamente tem um certo grupo de pessoas que dizem o supra-sumo da intelectualidade que querem fazer que só haja um ponto de vista certo, a monopolização da vdd, não me espanta a imensa maioria desses intelectuais serem de esquerda, afinal é pra isso que a esquerda serve, pra destruir o senso comum da sociedade. Essa matéria me deu nojo só de ler a intro.

Bardini
Bardini
7 anos atrás

Ah… A velha bipolarização…
.
Se resumir em “Esquerda” e “Direita” todas as vertentes de pensamento que a humanidade já produziu fosse fácil assim, o mundo seria mais simples.
.
Mas seria no mínimo “engraçado” ver um Nazista de “direita” sentar ao lado de um Liberal Judeu, também de “direita”, pra bater um “papo descontraído” a respeito das suas correntes de pensamento.

Wiliam César Violato
Wiliam César Violato
7 anos atrás

Mas seria no mínimo “engraçado” ver um Nazista de “direita” sentar ao lado de um Liberal Judeu, também de “direita”, pra bater um “papo descontraído” a respeito das suas correntes de pensamento.

rsrsrs seria muito interessante mesmo

como dizia meu pai ” Se Mao Tsé Tung, bom tem que ser TANG” kkkkkk

João Augusto
João Augusto
7 anos atrás

Deus do céu…
Um texto cheio de justificativas e fundamentação, referenciado e com fontes para aprofundar a pesquisa e o que se vê nos comentários é relativização ou ódio… Uns até querendo saber do autor ao invés das razões e porquês de seu texto.
Não esperava nada diferente aqui, infelizmente, mas ainda assim é surpreendente.

João Augusto
João Augusto
7 anos atrás

Em tempo: parabéns para o blog pela disponibilização do espaço para esse texto.

Jacinto
Jacinto
7 anos atrás

hannes 5 de outubro de 2017 at 16:40 É o mais correto. O nazismo e o fascismo têm características, tanto da “esquerda” quanto da “direita”. Quem afirma que o nazismo é um movimento “de direita” oculta, por exemplo, que a economia da Alemanha Nazista caracterizava-se pelo intervencionismo estatal – uma clássica característica dos governos de esquerda. Assim, por exemplo, enquanto a URSS(e a China) tinham o “plano de 5 anos” para sua economia os nazistas tinham um plano quase idêntico – “plano de 4 anos”, que era administrado pelo Goering. Por outro lado, quem afirma que o nazismo é de… Read more »

Ed Aurélio
Ed Aurélio
7 anos atrás

Texto tendencioso, e me espanta ser publicado aqui no Forte direcionado para assuntos “militares” relativo as nossas Forças Armadas.

Augusto
Augusto
7 anos atrás

João Augusto 5 de outubro de 2017 at 17:02 Deus do céu… Um texto cheio de justificativas e fundamentação, referenciado e com fontes para aprofundar a pesquisa e o que se vê nos comentários é relativização ou ódio… Uns até querendo saber do autor ao invés das razões e porquês de seu texto. Não esperava nada diferente aqui, infelizmente, mas ainda assim é surpreendente. Fundamentado pra quem ? Pra mim não é . Particularmente não acredito em nenhuma filosofia que se oponha ao liberalismo seja ela qual for, pra mim não importa quem é o autor ou sua obra é… Read more »

Augusto
Augusto
7 anos atrás

E ninguém pode dizer que eu estou errado até pq fato histórico não tem atribuição de valor definitiva cada um pode falar como é.

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

Eu até achei divertido esta matéria, eu acompanho este site – voyager1- pelas matérias econômicas e eu digo com convicção que essa matéria foi uma das melhores do site. Pior mesmo é ter que ler matérias sobre a Venezuela, isso sim é um analfabetismo funcional.

Fred
Fred
7 anos atrás

Parabéns à trilogia.

Em tempos que o ódio ideológico quase se traveste de religião, a trilogia optou pelo caminho da seriedade, e respeito à ciência. Ganhou em coerência, elevou-se a um espaço muito mais sério do que 99% dos veículos de imprensa brasileiros.

Congratulações extremadas. Vos aplaudo de pé.

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Fred que ciência ? Cada um tem sem opinião fatos são vistos de várias formas não só de uma, o problema são pessoas como essa que escreveu o texto e você que querem uma visão so. Sem contar que ngm é obrigado a aceitar essa visão marxista do autor, como se o marxismo fosse o supra-sumo da explicação da sociedade, verdadeiramente um lixo. Quando ao Ódio ele é justificado quando a pessoas tentando dominar outras ideologicamente

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

Galante
Achei uma boa matéria.
Eu, particularmente, acho q o nazi-fascismo é algo “híbrido”.
Nem esquerda, por diversos motivos q a descaracterizam, e pelo mesmo motivo, nem capitalismo.
Muitos tentam encaixar o estudo político, histórico, geopolítico, militar em preto ou branco, mas não entendo dessa forma.
Sds

Ramos
Ramos
7 anos atrás

esse ja foi o melhor blog de militarismo no Brasil, perdeu o caminho!

Bosco
Bosco
7 anos atrás

Opinião por opinião tem essa aqui dessa simpática mocinha: https://www.youtube.com/watch?v=bM85MU-5hDY

Renato Clementi
Renato Clementi
7 anos atrás

Serio. Eu quase vomitei !!

ERABREU
ERABREU
7 anos atrás

Deus do céu.
Quanta desiformação num texto só.
Bem marxista mesmo…

ERABREU
ERABREU
7 anos atrás

Sugiro uma abordagem mais embasada do que o textinho citando Eric Hobsbown,,,

http://sensoincomum.org/2017/05/31/guten-morgen-38-nazismo-direita/

H.Saito
H.Saito
7 anos atrás

Esse site foi hackeado é? por favor poupe-nos disso!

Socialista é sempre vigarista tentando jogar seu próprio lixo por cima do muro na casa dos outros, vão bostejar sempre para tentar convencer de que o que dizem é verdade.

hannes
hannes
7 anos atrás

Bosco, fica difícil terminar de assistir o vídeo quando a própria premissa inicial utilizada para definir o que é direita ou esquerda — isto é, tamanho do Estado — está completamente incorreta. Eu tenho certeza que, bem lá no fundo, você também sabe que essa lógica não tem lógica nenhuma.

Agora, opinião por opinião, eu prefiro o palpiteiro que fala com um certo embasamento científico sobre o assunto do que uma simpática mocinha qualquer que vende chavões ideológicos como verdade universal.

Abraço.

Bosco
Bosco
7 anos atrás

Hannes,
Pensei a mesma coisa mas foi quando li a introdução desse texto onde o autor já deixa claro ser de esquerda e aí ele se auto desqualifica para fazer uma análise minimamente aceitável.

Bosco
Bosco
7 anos atrás

Outro fator que meu deu certa “preguiça” se deve a um péssimo hábito meu de ler o título, ir para a introdução e depois pular para a conclusão. O título e a introdução versa sobre a mesma coisa mas a conclusão já mistura alguns conceitos que deveriam ter ficado claros e dissociados no desenvolvimento do texto sob pena de complicar a cabeça do leitor.

Ramos
Ramos
7 anos atrás

3.bp.blogspot.com/-fre7Lvo9fYE/UwXyW1gsWOI/AAAAAAAAGkI/516nZt3u7mE/s1600/Moeda+Nazicomunista.jpg

Matheus G.
Matheus G.
7 anos atrás

Meu Deus que decadência
Isso aqui é um blog sobre militarismo ou político?
Quando abri a página do site e encontrei essa matéria de cara, achei que era sobre política.

Matheus G.
Matheus G.
7 anos atrás

Tá difícil encontrar um blog de defesa sem posicionamento político, acho que vou ficar pelo youtube mesmo com o Marcelo.

Ramos
Ramos
7 anos atrás

podecrer!

Alexandre
Alexandre
7 anos atrás

O nazismo é nazismo o fascismo é fascismo! Mas hoje em dia tem gente que chama o Papa de comunista! Te gente que vê comunista, esquerdistas, socialista até debaixo da própria cama! A história não é apenas um ponto de vista! A história não pode nem deve ser relegada a achismos medíocres e a subjetividade patéticas! Se existe alguma dúvida sobre fatos históricos que sejam feitas as devidas análises pautadas em pesquisas! Se um historiador , um intelectual, um pesquisador opta pela teoria marxista como base metodológica para sua análise , que se faça a oposição mediante a metodologia distinta!… Read more »

Adriano Luchiari
7 anos atrás

Por que será que em países como Hungria e Polônia, após a invasão alemã na WW2, grande parte da população ativa se alistou no Exército alemão ao invés de agir como partizans, que sabotavam seus invasores, como fizeram franceses, belgas e outros? Porque tinham mais medo do comunismo, que também os ameaçava, e Hitler também combatia. Ironicamente, ao fim da guerra acabaram anexados à então URSS. Três protagonistas da WW2, de origens tão distintas quanto suas ideologias (Roosevelt, Churchill e Stalin) se aliaram contra os nazistas. Esse singelo resumo demonstra que o nazi-fascismo não era capitalista, socialista ou comunista, mas… Read more »

Moacir
Moacir
7 anos atrás

O que diferencia a esquerda da direita é, na base, o coletivismo contra o individualismo. Facismo vem de uma palavra italiana que significa feixe, como um feixe unido de varetas. Ou seja, um coletivismo. E o nazismo também é contra a liberdade individual, por ter uma ideologia totalitária que não aceita divergências. Portanto Facismo e Nazismo em sua base são de esquerda, ou seja, coletivistas.

Juliano M
Juliano M
7 anos atrás

O viés vermelho da trilogia sempre se fez presente na moderação e comentários dos editores, este texto não é mera proposta de discussão mas representa o alinhamento da trilogia.
Este site é deles q publiquem oq quiserem, nada contra, só não caio no conto de isenção.

Alexandre
Alexandre
7 anos atrás

Em tese todas as democracias ocidentais tem por premissa um governo,um Estado que tem por finalidade o Bem Comum! Por certo tal premissa é a expressão de uma finalidade coletiva! Logo todas democracias ocidentais ou são de esquerda ou são nazi fascistas!?????

Moacir
Moacir
7 anos atrás

Nazismo e Facismo são regimes totalitários de esquerda, como foi o Stalinismo e o que ainda hoje ocorre na Coréia do Norte. São regimes em que um ditador comanda uma nação com base numa ideologia de coletivo, com particularidades seja com o argumento de classe social, nacionalidade ou etnia, onde as liberdades individuais como a liberdade de opinião e expressão são suprimidas, inclusive com risco de vida em caso de insubmissão.

Ramos
Ramos
7 anos atrás

A questão n é nem a respeito do viés politico do site, e sim a respeito dos próprios editores de quebrarem a regra que eles criaram!

esta aqui no lado, “tem como objetivo tornar os assuntos de defesa parte da agenda nacional” e leia o resto!

Em todo o caso, n é de hoje que perderam o pé!

Ivan BC
Ivan BC
7 anos atrás

Eu discordo inteiramente da matéria…na minha opinião a matéria não prova que o Nazismo e Fascismo eram de direita, mostra apenas aquilo que eu sempre comento, há um absurdo de desconhecimento acerca do termo “direita”, assim como do termo: Esquerda. A polarização no Brasil transformou os termos Direita e Esquerda em sacos de pancada. Direita virou coxinha e Esquerda virou mortadela, sendo que nem os coxinhas são de Direita e nem os mortadelas são de Esquerda. Infelizmente grupos gigantescos de mídia como os conglomerados da Globo, SBT, Band, Abril, sem falar os blogs sujos, entre outras atacam dia e noite… Read more »

Doug385
Doug385
7 anos atrás

Nazismo era tanto de direita que o Partido dos Trabalhadores alemães nasceu fundamentado no marxismo e pregava o fim da burguesia. Durante anos o Hitler foi abastecido por Stalin, inclusive dividindo a Polônia entre a Alemanha e a URSS. Tropas da Wermacht eram recebidos calorosamente por socialistas franceses quando da invasão da França.
Podem falar e escrever o que quiserem, mas os fatos são: Hitler teve amplo apoio de Stalin, e o nacional-socialismo não passa de um retrato fiel do marxismo.