Forças ucranianas começam operação para retomar Slaviansk
Segundo agências russas, milicianos pró-Moscou derrubaram dois helicópteros e um piloto morreu
MOSCOU – As Forças Armadas da Ucrânia começaram na madrugada desta sexta-feira, 2, uma operação militar em Slaviansk, no sudeste do país, para retomar o controle da cidade. O local está nas mãos dos separatistas pró-russos, informaram autoridades e meios de comunicação russos e ucranianos.
De acordo com as agências russas, os milicianos pró-Moscou derrubaram dois helicópteros e um piloto morreu, enquanto outro foi capturado, de acordo com o autoproclamado prefeito da cidade, Viacheslav Ponomariov.
O líder das chamadas “forças de autodefesa”, Igor Strelkov, afirmou que a cidade está agora bloqueada pelas tropas ucranianas, que utilizaram 20 helicópteros na ofensiva.
“Todas as estradas estão interrompidas e de todas as direções chegam blindados e soldados. Eles estão utilizando contra nós até 20 helicópteros, de combate e de transporte de tropas. O inimigo bloqueou a cidade totalmente, as entradas e as saídas”, disse Strelkov ao canal russo de televisão “Rossia 24”.
Outros meios informam que uma sirene soou na cidade e que era possível ouvir tiros e explosões.
Um porta-voz dos pró-russos disse à agência “RIA Novosti” que “o ataque tem como alvos vários postos de controle ao mesmo tempo. Chegaram alguns blindados e veículos militares, e soldados desembarcaram de helicópteros e atacaram os postos de controle”.
Segundo a “Interfax”, há vários feridos entre os milicianos pró-russos.
Slaviansk se transformou no bastião do levante pró-russo no sudeste da Ucrânia contra o governo de Kiev.
Seis inspetores militares europeus e um intérprete continuam retidos nessa cidade, acusados pelos separatistas de serem espiões da Otan.
O governo de Kiev não confirmou a operação e os meios ucranianos fazem seus relatos com base nas informações da imprensa russa.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia advertiu que se autoridades de Kiev fizessem uma ofensiva no sudeste da Ucrânia poderia trazer “consequências catastróficas”.
FONTE: Estadão/EFE