‘Robocops’, a nova arma da Polícia Militar do Rio nos protestos

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Robocop PM-RJ - 1

PMS vão usar capacetes e coletes mais resistentes, além de máscaras antigás, para conter tumultos

Vera Araújo

ClippingSe alguém se deparar com um “Robocop” por aí nos próximos dias, não se trata de um folião fantasiado para o carnaval, mas de um policial do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE). A parafernália que PMs vão usar para se proteger em manifestações pesa dez quilos. O Equipamento de Proteção Individual (EPI) foi comprado para a Copa do Mundo, mas já está pronto para ser usado em protestos em que houver violência, como a praticada por black blocs. Os policiais terão um capacete que resiste à penetração de objetos pontiagudos, um colete que protege as costas, o tórax e os ombros, além de caneleiras que envolvem ainda os joelhos e os pés. Tudo feito de um material plástico super-resistente, mas não à prova de balas.

Segundo o comandante do BPGE, tenente-coronel Wagner Villares, o equipamento absorve fortes impactos como, por exemplo, de rojões e pedras. Há também protetores de mãos resistentes a chamas de até 427 graus. No cinto, é possível guardar duas pistolas: a .40 e a de choque (Taser). Mas, nos protestos, só oficiais e sargentos podem portar armas letais. O batalhão, onde estão lotados 600 policiais, conta com 200 desses equipamentos. Assim como as fardas, eles terão letras e números para identificar os policiais. Os agentes do Batalhão de Choque também vão usar os protetores.

Segundo o tenente-coronel Villares, além do material de proteção, os treinamentos estão sendo intensificados. O batalhão é formado por homens vindos de outras unidades da PM, além de policiais recém-formados.
– No momento, todos estão fazendo cursos de aperfeiçoamento e treinamento. Vamos começar um curso específico para aprimorar técnicas de abordagem em situações de tumulto – detalhou Villares.

robocop

TÉCNICAS DE ARTES MARCIAIS
A exemplo da PM de São Paulo, a polícia do Rio também está aumentando a carga horária na prática de artes marciais.

– Temos instrutores altamente qualificados. Professores de artes marciais estão dando instruções para o uso mínimo da força. A ideia é imobilizar e conter os mais exaltados, usando a energia necessária, porém sem violência. Fala-se muito em uso gradual de proporção da força, mas temos que ir além disso. Observamos que, se nós ficarmos trocando bombas com os manifestantes, isso só alimenta um confronto – disse o comandante.

Para Villares, o equipamento especial fará com que seus homens se aproximem dos manifestantes mais exaltados, além de reduzir o número de lesões nos policiais. O único inconveniente é que, durante um protesto, o policial anda, em média, de dez a 15 quilômetros. Com mais equipamentos, a mobilidade do PM fica um pouco prejudicada. Apesar de máscaras antigás terem sido adquiridas, a corporação pretende não usá-las com frequência:

– Do treinamento do policial também consta o aumento da tolerância ao gás. Nossa ideia é chegar à conciliação, mas as revistas vão continuar, pois elas são importantes. Não vamos permitir que ataquem o patrimônio público e privado, nem que queimem ônibus ou atinjam policiais e pessoas de bem.

FONTE: O Globo

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Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Bem que poderiam ter desenvolvido uma proteção para os “países baixos”. Um chute no amiguinho de estimação e 110 kg de policial vai pro chão.

Ricardo Cascaldi
Ricardo Cascaldi
10 anos atrás

Vou me abster de comentar os investimentos do governo em “segurança governamental” enquanto a “segurança pública”, que deveria ser sua prioridade, continua uma m****.

O mundo preocupado com terrorismo em grandes eventos e nós preocupados com nós mesmos.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Ricardo

Poucas vezes vi uma síntese tão correta e precisa como esta sua