Maldição do petróleo ameaça venezuelanos
Cenário: Christian Science Monitor
A dispersão dos recursos provenientes do petróleo deixou a economia da Venezuela em frangalhos, embora seus líderes coloquem nos EUA a culpa pela situação de sua economia. Outros países com grandes reservas aprenderam a se esquivar da “maldição do petróleo” e Caracas poderia seguir na mesma direção.
Entre os poucos países abençoados com grandes quantidades de petróleo em seu território, a Venezuela é um exemplo lamentável do que não se deve fazer com uma abundante riqueza natural. Produtos de primeira necessidade são escassos, a inflação explode e os apagões são comuns. Filas de pessoas em busca de vistos para sair do país são longas.
Em vez de mudar e investir os seus petrodólares para um período de escassez de óleo, o presidente Nícolás Maduro recorreu a uma velha artimanha usada por Hugo Chávez, seu predecessor. Inventou um inimigo do Estado para desviar a atenção da sociedade da corrução e da má condução do governo. Expulsou três diplomatas americanos, acusando-os de complê para sabotar a economia.
O mau uso das benesses temporárias provenientes do petróleo e outros minérios é similar ao fenômeno comum dos ganhadores de loterias que logo acabam falindo. Nações como Noruega, Botswana, Chile e Canadá adotaram alguns princípios básicos para ampliar os ganhos obtidos com a exploração dos seus recursos naturais.
Em primeiro lugar, são transparentes quanto ao destino do dinheiro, o que exige um certo compromisso com a democracia. Em segundo lugar, a riqueza é distribuída de modo equitativo, especialmente para as faturas gerações, e não é canalizada secretamente para uma elite bem relacionada. E, em terceiro, procuram duplicar a riqueza investindo os recursos em educação, novos empreendimentos e infraestrutura.
À medida que mais países exploram novos depósitos de gás e petróleo, especialmente em formações betuminosas, eles começam a aprender qual a melhor maneira de reciclar os ganhos obtidos. A orientação, com frequência, parte de grupos privados e dc organizações globais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Muitos países com recursos naturais de grandes proporções, especialmente no Oriente Médio, não são democráticos. Os economistas discutem se é a riqueza de recursos ou a história de cada uma deles que explica isso. A riqueza não teria um efeito corrosivo se mais países adotassem práticas básicas, como abertura, uma poupança prudente e liberdade política.
A Venezuela não precisaria transformar os EUA num espantalho se começasse a entender que a maldição do petróleo é algo que um país cria sozinho. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
FONTE: Estadão
Brasil indo pelo mesmo caminho da Venezuela.
Notícia do “PIG” não vale, kkkkk…
Eles poderiam ter feito um acumulo de reservas igual a Rússia fez, e aberto zonas econômicas livres ( como Moscou tambem fez) para investimentos estrangeiros.
Parte da grana poderia ter sido usada em infraestrutura…
Fizeram tuudo errado !!!
A culpa é sempre do Imperio do Mal.
Aplicam a ideologia falida deles a mesma dos nossos governantes atuais, colhem os frutos e distribuem as culpas a quem lhes convém.
Isso é a esquerda no poder.