Argentina adia nomeação de chefe do Exército

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Ação veio após novas denúncias de que César Milani participou de atos de repressão na ditadura

 

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Janaína Figueiredo

vinheta-clipping-forte1Mais uma saia justa para o governo da presidente Cristina Kirchner. Ontem, quando o Congresso argentino se preparava para debater a designação do general César Milani como novo chefe do Exército, o Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS), comandado pelo jornalista Horacio Verbitsky, enviou uma carta ao Parlamento reforçando recentes denúncias sobre a suposta vinculação de Milani com violações dos direitos humanos durante a última ditadura (1976-1983).

A iniciativa do CELS, cuja opinião é considerada importantíssima pela Casa Rosada, levou congressistas kirchneristas a suspenderem o debate – segundo a TV, a pedido da própria presidente. Durante todo o dia de ontem, kirchneristas e opositores especularam sobre qual será, finalmente, a decisão de Cristina. A possibilidade de recuar e solicitar a renúncia de Milani, que, na prática, já está à frente do Exército, ganhou força. As acusações contra o general começaram na semana passada mas, até ontem, o governo Kirchner não parecia preocupado, nem mesmo com a opinião de personalidades como o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel.

-Nossa posição continua a mesma, mas diante da carta do CELS decidimos analisar melhor os fatos – disse o senador e chefe da bancada kirchnerista no Senado, Juan Manuel Pichetto.

Apesar da denúncia de ex-presos políticos como Ramón Olivera, que confirmaram a participação de Milani em operações de repressão a opositores do regime militar após o golpe de 1976, o governo Kirchner insistia em dizer que não há processos contra o general. O próprio Milani compareceu semana passada aos tribunais da província de Tucumán para negar as denúncias e colocar-se à disposição de juízes que investigam crimes da ditadura. Domingo passado, em artigo no jornal “Página 12”, Verbitsky antecipou sua opinião: “Não estamos tão seguros de que as acusações sejam falsas.”

Durante a ditadura, o general atuou no Regimento 141 da província de La Rioja, que funcionou como centro clandestino de torturas. Quatro chefes do regimento já foram processados. Milani era subtenente, e sua participação ainda está sendo investigada. No entanto, sobreviventes da ditadura já confirmaram à imprensa e à Justiça que o homem apontado por Cristina para chefiar o Exército esteve diretamente vinculado a atos de repressão.

FONTE/FOTO:
O Globo / La Nacion

 

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rsbacchi
rsbacchi
11 anos atrás

Na Argentina, como nos Estados Unidos, Grã Bretanha, França, Italia, Espanha, e muitos outros paises, o posto mais alto do Exército é o de chefe do estado maior.

Na Defesa o cargo mais alto é o de chefe do estado maior da Defesa.

Bacchi

rsbacchi
rsbacchi
11 anos atrás

Corigindo: Na Defesa, depois do cargo de Ministro, o posto mais alto é de chefe do estado maior da defesa.

Bacchi