Gepard no ferro-velho alemão
Matéria do Jornal Nacional (clique na imagem acima para assistir) mostrando a transformação de blindados alemães em material reciclável. O cemitério de blindados fica próximo à cidade de Hockensussra (eu, particularmente, nunca ouvi falar dessa cidade).
Na parte final da matéria o repórter aparece ao lado de vários Gepard B2L ou 1A2 (observar o telêmetro a laser acima do radar de controle de fogo). Se o repórter tivesse um pouco mais de conhecimento sobre o tema poderia ter traçado um paralelo entre os blindados da reportagem e aqueles adquiridos recentemente pelo Brasil.
Tudo o que tinha lá dentro ainda daria, a rigor, um bom caldo aqui. So para constar, 3 dos regimentos de cavalaria blindada (sáo 04), estão operando apenas com um esquadrão CC, o outro estando desativado por falta de veiculos.
Ainda, será que lá não poderíamos fazer um bom estoque de peças para os nossos 1A-5?
Tem muita gente no EB que ia se sentir literalmente um “pinto no lixo” (na feliz expressão que foi certa feita dita aqui para o presidente dos EUA para expressar satisfação) no ferro velho alemão.
Essa cidade não existe!
O nome correto é Rockensußra, no estado de Thuringen (Turíngia).
Luis, não sei se explica, mas a reforma ortográfica que ocorreu lá faz com que hoje o ß seja dois “s”.
O ß (“stsét”) foi substituído em sua maioria pelo ‘ss’, na maioria das palavras, mas não em todas, e nem em nomes próprios. E a primeira letra do nome também estava errada.
O lixo de uns seria o luxo de outros…
Brrazilero adorra uma xucatinha!
Hehehe Marcos, é o que temos…
O EB carece de defesa AA, mas o Gepard já deu o que tinha que dar….
Pois é, de dar dó foi ver a fileira de Marder esperando pra virar gilete.
Por que não fazemos um catadão lá na xepa da dona Merkel e trazemos uns para cá?
Desta forma trocaríamos os M113 dos BIB por Marder. Ao menos para operar junto aos RCC equipados com os Leo1 A5.
Sds.
e Brasil comprando sucata dos alemão mais e melhor do que nada pq na verdade como a reportagem da globo falo algum estão quaser novos mais mesmo assim o preço cobrado pelos brindados foi bem acima do valor de mercado
O custro benefício de muita coisa ali vale eventualmente a pena.
LC, tu tens razão, o M-113 padece de um problema de velocidade em campo para compor uma FT com os CC, seja um BIB com RCC, seja na cavalaria blindada que opera os dois na mesma unidade nos RCB. Quando era o M-41 não era um problema, mas com o M-60 e Leopard 1-A1 ja comçou a gerar défict.
A questão seria o valor unitário. Independentemente disso, há muitas peças compatíveis com o Leopard 1-A5 e seria de bom alvitre adquirir estoque.
Colombelli disse:
28 de maio de 2013 às 22:37
“Tem muita gente no EB que ia se sentir literalmente um “pinto no lixo” no ferro velho alemão.”
Hehehe!!! Verdade!!!
Mas esse ferro velho alemão tem mais equipamentos mais novos que o nosso ferro velho!! rssss….
Quantos destes Marder poderiam ser ainda aproveitados???? E aquilo que é ferro velho pra eles é equipamento de ponta por aqui….
Colombelli,
Desta forma nos equipararíamos aos argentinos e seus regimentos de cavalaria blindada com seus TAM e derivados. Não que eu ache os Hermanos uma ameaça crível. Sem contar no incremento que tais viaturas nos trariam. Poder de fogo, proteção e mobilidade.
Em minha opinião, relegaria os M113 à tarefas secundárias.
Mas, como você mesmo disse, custo unitário para uma nação que só quer saber de Copa, Olimpíadas, bolsa esmola, além de tecer loas aos vagabundos de plantão, seria mesmo um problema.
Sds.
Não acho que não foi uma boa aquisição pelo EB, também acho que mandaram os Oficiais do EB comprar essa sucata que nem os Chilenos quiseram, tinhamos que fazer um grande investimento na defesa aérea e comprar materiais mais novos como o Pantsir S1, seria mais caro mas o ganho em tecnologia e tempo de uso valeria a pena, essa foi a minha contribuição!
A verdade é que aqui divulgaram a compra como se fosse a última coca-cola do deserto, equipamentos moderníssimos adquiridos a preço de pai para filho, os jornalecos daqui repetiram as baboseiras do ministério da defesa, do exército e do governo, mas a verdade é uma só: Compramos lixo!!! Cadê os “especialistas” para falar agora? Cadê o ministro da defesa que não entende nada da pasta? Não tem o que falar, compramos sucata! Somo o que somos, cidadãos de terceira classe, vivendo num país de quinta categoria, com síndrome de vira-latas.
E eu dessa vez não disse nada…
kkkkkkkkkkkkkk !!!
🙂
Prezado Carlos. É preciso lembrar que a desativação do Gepard no exército alemão não se deu necessariamente pela obsolescência do equipamento ou por sua ineficácia, mas por questões de doutrina e custo, uma vez que a defesa aérea esta sendo centrada na aviação no ambito da OTAN. O fato de haver este equipamento em um ferro-velho não é indicativo de que seja um “lixo” ou mesmo um equipamento imprestável ou de segunda linha. O desmanche acaba sendo a unica alternativa, pois mantê-los em reserva seiria muito caro. Ou se vende ou se desmancha.
Eu acho que ainda acabou sendo uma boa aquisição pelo custo benefício. Sendo um pais de orçamento militar contingenciado em regra (injustificadamente, aliás) não podemos operar so misseis. Eles são caros e tem vida útil curta, ao passo que o canhão enquanto houver munição esta operando. Um sistema complementa o outro.
LC
Os argentinos tem, hoje, 230 TAM, pouco mais de 100 TAM na versão VBCI (com canhão 20mm), 470 M113, e 112 SK-105, dos quais se alvitrou a modernização para o Patagon.
Eles e os Venezuelanos são as únicas possibilidades de conflito blindado que temos, pois o norte de Rorraima tem regiões aptas a ação de carros.
O primeiro protótipo da modernização do TAM saiu estes dias, e acho que não estão fazendo um bom negócio. Primeiro aspecto que chamou a atenção foi a falta de divulgação do orçamento total do programa e quantidde de carros a serem modernizados. Tudo indica que será um número pequeno.
Ademais, devem ter gasto mais de US$ 500.000,00 por carro e das mudanças somente o aumento da velocidade do carro em situação de disparo e a câmera térmica são elementos que aumentam significativamente a eficiência em combate.
O alerta laser pode ser ludibriado desde que o atirador do missil ou CC adversário não faça visada direta sobre o carro senão no último momento. Aponto ou tira os dados apontando para perto do carro.
O sistema de controle por GPS para que o comadante saiba a localizão individual dos carros, a qual é apresentada em display, tem pouca utilidde prática. A nivel Esquadrão, o controle é facilmente feito na via visual, ou mesmo comindicação via carta/rádio. Já a nivel regimento ou brigada, o que interessa é a localização das unidades ou subunidades, e não a individual. Tenho alguma experiência com FT blindada e lhes digo que isso não acrescerá muito em eficiência.
Já o sistema elétrico de movimentação da torre para redução da assinatura térmica é de realtiva eficácia, pois a maior parte da assinatura é do motor e não da torre.
Com o valor investido em cada carro poderiam quiçá ter adquirido um de segunda mão mais capaz,como um M-1 Abrahan ou M-60 A3TTS. Isso somado ao sigilo, esta a indicar que serão poucos carros modernizados, o que somente esta ocorrendo pela pressão representada pelo Chile e pelo Brasil.
Hoje, temos a segunda ou terceira força blindada da AL, e a mais numerosa se considermos todos os meios desta natureza. Mas acho que deveriamos investir em constituir uma reserva, criando, por exemplo, dois regimentos de carrros de reserva, um no Saicã em Rosário do Sul-RS, e outro em Formosa-GO, até para serem usados em adestramento, totalizando mais 100 CC que não precisariam ser o Leopard 1A-5.
Cunha, so para esclarecimento. A versão adquirida pelo Chile e depois devolvida, com 30 unidades, não havia passado por modernização ( digitalização dos sistemas),ao contrário da que adquirimos. Estes estariam sendo baixados no exército alemão somente em 2030.
Da mesma forma, os chilenos nao fizeram como o Brasil, que tem um contrato com a empresa alemã para manutenção dos veículos. Eles quiseram fazer as coisas por conta e viram que não tinham como levar.
Esta lição foi aprendida pelo EB. Na verdade a manutenção acaba saindo mais caro que o meio em si, mas sem ela, se tem uma situação como a Venezuela, que compra equipamentos para desfile. Uma coisa é comprar. Outra é operar e outra ainda é manter em operação em nivel de eficiencia.
Acho que os Marders seriam interessantes, porque qualquer .50 faz um m113 virar peneira.
Senhores,
Por favor, como ficaria o Brasil em um eventual conflito com um país caso um ou mais tanques ou gepard sejam avariados? E imaginado que ambos os países sofram embargos bélicos? Poderia esta empresa contratada pelo exercito realizar a manutenção dos equipamentos?
Não entendo nada sobre o assunto o pouco que sei aprendi com este blog e os ilustres comentários feito por vocês, gostaria de agradecer desde já pelo ótimo trabalho dos blogs : aereo, forte e naval os acompanho desde junho de 2009 e essa e a primeira vez que tiro uma duvida, isso por que os comentários técnicos do Mo, vader, bosco, ivan e demais são tão perfeitos que nunca precisei argumentar, mas agora me surgiram estas que ninguém mencionou…
Muito bom!!! não tinha outro pior para comprar em tchê? que baixaria esse EB cada vez pior, graças as pragas dos engravatados de Brasilia!!! Se a Republica Rio Grandense estive-se funcionando agora não iria acontecer essas baixarias que a gente é obrigado a ver todos os dias.
Barreiro, tudo vai depender de ter peças disponiveis aqui e do contrato.
Uma parte da manutenção, as mais simples e comuns, tipo 1º e 2º escalões, é feita até pela tropa (motoristas e mecânicos da unidade). Coisas como troca de patins e elementos da lagarta, alguma coisa de motor etc… Os escalões seguintes é pelos B log e pelo Parque Regional de Manutençãod a área, abarcando, inclusive, equipamentos óticos, eletrônicos e de rádio. Em caso de guerra, a priori é a estrutura do EB (esta citada) que faria esta manutenção e não a empresa privada. Mas tudo depende do que estiver no contrato. Eu te diria, especulando, que muito provavelmente o contrato da empresa somente prevê manutenção em tempo de paz. E tempo de guerra, com embargos, ela estaria sujeita à limitações impostas pelo seu pais de origem a Alemanha.
Dai, por conta da necessidade de peças, é que seria interesante o Brasil aproveitar o desmanche alemão e se munir do quanto pudesse dos tipos de peças que mais quebram. O principal fator de impossibilidade de recolocação de um blinado em ação quando isso é possivel é a falta de peças não intercambiáveis com meios civis ou disponíveis em estoque. No Guarani, por exemplo, parte do motor e transmissão são as mesmas de caminhões civis, pra facilitar.
Colombelli
Muito obrigado pelos esclarecimentos e concordo contigo com relação a compra para uso das peças.
Os tanques em Rockensußra são GEPARD 1A1. Na foto você pode ver um repórter com o 1A1 B2L (Outro sistema de medição Vo e sem antena GPS – desenvolvimento em 1980). Só estes são demolidos. O 1A2 foi modernizado em 2010.
Hans Schommer