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O veículo é maior e apesar de ser mais pesado, tem maior volume interno, melhor distribuição de peso sobre o solo, permite montar armamento mais pesado e tb devído ao seu tamanho, são possíveis níveis de proteção mais elevados.
wsmdal
12 anos atrás
Ou seja, esse projeto não foi desenvolvido aqui. Foi importado e adaptado.
Perdemos a capacidade de projetar e desenvolver esse tipo de veículo?
alphasr71a
12 anos atrás
“Quais as vantagens/desvantagens da configuração 8×8 em relação à 6×6?” A vantagem é que o primeiro tem a BAE Systems segurando a mãozinha…
Mauricio R.
12 anos atrás
O veículo acima não foi proposto ao Brasil e nem é projeto nacional.
O mesmo é a proposta das empresas BAe e IVECO, p/ uma concorrência do USMC, o MPC – Marine Personel Carrier.
No veículo nacional, a propulsão na água seria feita por hélices que são, na minha opinião, muito grandes e sujeitas a mais problemas; No BAE parecem ser hidrojatos.
rsbacchi
12 anos atrás
Mauricio R. – eu gostaria de fazer uma critica ao seu comentário!
O projeto do Super AV já estava pronto quando a IVECO começou a trabalhar no Guarani.
Pelo que sei a ideia do Super AV era oferecer uma opção da IVECO para o mercado dos VBTPs sobre rodas.
Foi aquilo que os britanicos chamam de “private venture”, ou seja ou projeto sem um usuário final definido.
Quando ha cerca de um ano atrás o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos emitiu um requisito para um VBTP, a IVECO percebeu que o Super AV preenchia os requisitos pedidos.
Para facilitar o seu trabalho associou-se a BAE.
Esta é a historia completa.
Bacchi
rsbacchi
12 anos atrás
Mario Martins escreveu no Facebook
“… Bacchi , pq o EB não optou por uma viatura 8X8 como o Patria (na qual eu li que ofereceu uma parceria com o EB anos atrás do Patria AMV) , que é um novo conceito de viatura modular (Patria, Boxer) que o EB ainda não tem e optou por outro de um conceito que já temos. Não seria interessante ao EB ter esse tipo de viatura (não digo as 2.000 encomendadas), mas uma quantidade para equipar nem que fosse apenas uma brigada mecanizada para se ter o domínio dessa tecnologia modular em seus meios mecanizados. …”.
Vou responder aqui por que não frequento nenhuma das chamadas “redes sociais”.
Vamos responder por partes (como dizia Jack – o estripador:
1 – Pergunta: Bacchi , pq o EB não optou por uma viatura 8X8 como o Patria (na qual eu li que ofereceu uma parceria com o EB anos atrás do Patria AMV) , que é um novo conceito de viatura modular (Patria, Boxer) que o EB ainda não tem e optou por outro de um conceito que já temos.
O EB não optou pelo AMV da firma Patria porque quando emitiu o pedido de ofertas para o projeto e produção do VBTP-MR, a única firma que forneceu informações e garantias satisfatórias de seus propósitos, foi a IVECO.
Vou copiar o que escrevemos sobre este assunto no nosso artigo na Tecnologia & Defesa:
“…O EB ……, e ao emitir seu ROB nº 09/99 em que definiu o seu VBTP-MR 6X6 (Viatura Blindada Transporte de Pessoal Média sobre Rodas), especificou também uma série de versões derivadas: comunicações comando e controle, socorro mecânico, morteiro de 120 mm, ambulância, posto de comando, direção de tiro, oficina e em versão 8X8: as viaturas de combate de fuzileiros e de reconhecimento.
Deve-se notar que o Decreto 8666/93 no Artigo 24, Inciso XXVVI, permite ao exército, para os casos que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, fazer a escolha do fornecedor sem necessidade de uma concorrência.
Levando em consideração a excepcional importância deste programa e a complexidade do mesmo, o exército decidiu, mesmo com a dispensa de licitação, seguir os passos de uma concorrência, com os seguintes requisitos:
• Orçamento – valor, consistência, cronograma de desembolso;
• Risco na escolha do parceiro – histórico econômico e técnico do parceiro ao longo do tempo;
• Logística;
• Desenvolvimento científico-tecnológico – capacidade de transferência de tecnologia.
Logo depois, começou o processo de seleção de uma firma capaz de trabalhar com o exército no projeto desta família, que culminou em 9 Agosto 2007 com a seleção da FIAT Automóveis S.A.- Divisão IVECO, com a qual foi assinado o contrato em 22 Dezembro 2007. Posteriormente a razão social da empresa foi modificada para IVECO Latin America Ltda. …”.
Devo chamar sua atenção que o VBTP-MR como concebido pelo Exército Brasileiro é um veiculo tão modular como o AMV da Patria e o Boxer, para não dizer do MOWAG Piranha, Steyr Pandur e muitos outros. Não deve absolutamente nada a nenhum deles.
Eu não entendi o que você quer dizer com: “…e optou por outro de um conceito que já temos. …”.
Esta frase não faz sentido para mim!
2 – Pergunta: “… Não seria interessante ao EB ter esse tipo de viatura (não digo as 2.000 encomendadas), mas uma quantidade para equipar nem que fosse apenas uma brigada mecanizada para se ter o domínio dessa tecnologia modular em seus meios mecanizados. …”.
Não entendo sua pergunta.
O exército pretende montar 8 brigadas de infantaria mecanizada com o VBTP-MR e seus derivados, como parcialmente está descrito no nosso artigo da Tecnologia &Defesa.
Os cerca de 10 Esquadrões de Cavalaria Mecanizados e os 19 Regimentos de Cavalaria Mecanizados existentes, vão receber além dos veículos destinados a infantaria mecanizada, mais a versão mobiliada com o canhão de 90 mm Cockerill Mk 8.
Que mais você quer?
Bacchi
rsbacchi
12 anos atrás
Mario Martins escreveu:
“…Bacchi , pq o EB não optou por uma viatura 8X8 como o Patria (na qual eu li que ofereceu uma parceria com o EB anos atrás do Patria AMV) , que é um novo conceito de viatura modular (Patria, Boxer) que o EB ainda não tem e optou por outro de um conceito que já temos. Não seria interessante ao EB ter esse tipo de viatura (não digo as 2.000 encomendadas), mas uma quantidade para equipar nem que fosse apenas uma brigada mecanizada para se ter o domínio dessa tecnologia modular em seus meios mecanizados. …”.
Mario, eu já fiz uma resposta à aquilo que eu pensei fosse sua pergunta.
O que eu escrevi antes é totalmente valido, mas o problema é que você mistura tantas coisas que não tem a ver uma com a outra, que o ponto principal foi completamente perdido de vista, e portanto cheguei a conclusão que minha resposta não foi completa.
Revendo mais uma vez o que você escreveu eu acho que o ponto principal de sua questão é:
POR QUE O EB ESCOLHEU UM 6X6 E NÂO UM 8X8?
Eu acho que desde que o VBTP-MR (aka Guarani) foi apresentado à uns 3 anos atrás eu já respondi esta pergunta umas 20 vezes em varios sitios de defesa.
Este fato causou um dos maiores desapontamentos já vistos no Brasil.
Como é possivel que se o 8X8 é uma maravilha, algo deslumbrante, algo portentoso – o exército brasileiro o despreza?
Simplesmente, meu caro Mario, por que temos no exército gente competente que percebeu que o 6X6 faz aquilo que o EB considera aceitavel, a um preço menor do que o de um 8X8.
Ao contrario do que muita gente pensa o 6X6 continua vivo e nos ultimos 5 anos, inumeros novos veiculos foram projetados.
O futuro VBTP que está sendo testado no exército francês para substituir o VAB 4X4 nas brigadas de infantaria mecanizadas (como as nossas) vai ser um 6X6, cujo protótipo da Nexter parece até cópia do VBTP-MR!
Eu quero parabenizar o pessoal do EB que escolheu este tipo de veículo, não se deixando levar pelas aparencias, baseando-se exclusivamente em fatos concretos e atualissimos.
O veículo é maior e apesar de ser mais pesado, tem maior volume interno, melhor distribuição de peso sobre o solo, permite montar armamento mais pesado e tb devído ao seu tamanho, são possíveis níveis de proteção mais elevados.
Ou seja, esse projeto não foi desenvolvido aqui. Foi importado e adaptado.
Perdemos a capacidade de projetar e desenvolver esse tipo de veículo?
“Quais as vantagens/desvantagens da configuração 8×8 em relação à 6×6?” A vantagem é que o primeiro tem a BAE Systems segurando a mãozinha…
O veículo acima não foi proposto ao Brasil e nem é projeto nacional.
O mesmo é a proposta das empresas BAe e IVECO, p/ uma concorrência do USMC, o MPC – Marine Personel Carrier.
De fato, muito parecido.
No veículo nacional, a propulsão na água seria feita por hélices que são, na minha opinião, muito grandes e sujeitas a mais problemas; No BAE parecem ser hidrojatos.
Mauricio R. – eu gostaria de fazer uma critica ao seu comentário!
O projeto do Super AV já estava pronto quando a IVECO começou a trabalhar no Guarani.
Pelo que sei a ideia do Super AV era oferecer uma opção da IVECO para o mercado dos VBTPs sobre rodas.
Foi aquilo que os britanicos chamam de “private venture”, ou seja ou projeto sem um usuário final definido.
Quando ha cerca de um ano atrás o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos emitiu um requisito para um VBTP, a IVECO percebeu que o Super AV preenchia os requisitos pedidos.
Para facilitar o seu trabalho associou-se a BAE.
Esta é a historia completa.
Bacchi
Mario Martins escreveu no Facebook
“… Bacchi , pq o EB não optou por uma viatura 8X8 como o Patria (na qual eu li que ofereceu uma parceria com o EB anos atrás do Patria AMV) , que é um novo conceito de viatura modular (Patria, Boxer) que o EB ainda não tem e optou por outro de um conceito que já temos. Não seria interessante ao EB ter esse tipo de viatura (não digo as 2.000 encomendadas), mas uma quantidade para equipar nem que fosse apenas uma brigada mecanizada para se ter o domínio dessa tecnologia modular em seus meios mecanizados. …”.
Vou responder aqui por que não frequento nenhuma das chamadas “redes sociais”.
Vamos responder por partes (como dizia Jack – o estripador:
1 – Pergunta: Bacchi , pq o EB não optou por uma viatura 8X8 como o Patria (na qual eu li que ofereceu uma parceria com o EB anos atrás do Patria AMV) , que é um novo conceito de viatura modular (Patria, Boxer) que o EB ainda não tem e optou por outro de um conceito que já temos.
O EB não optou pelo AMV da firma Patria porque quando emitiu o pedido de ofertas para o projeto e produção do VBTP-MR, a única firma que forneceu informações e garantias satisfatórias de seus propósitos, foi a IVECO.
Vou copiar o que escrevemos sobre este assunto no nosso artigo na Tecnologia & Defesa:
“…O EB ……, e ao emitir seu ROB nº 09/99 em que definiu o seu VBTP-MR 6X6 (Viatura Blindada Transporte de Pessoal Média sobre Rodas), especificou também uma série de versões derivadas: comunicações comando e controle, socorro mecânico, morteiro de 120 mm, ambulância, posto de comando, direção de tiro, oficina e em versão 8X8: as viaturas de combate de fuzileiros e de reconhecimento.
Deve-se notar que o Decreto 8666/93 no Artigo 24, Inciso XXVVI, permite ao exército, para os casos que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, fazer a escolha do fornecedor sem necessidade de uma concorrência.
Levando em consideração a excepcional importância deste programa e a complexidade do mesmo, o exército decidiu, mesmo com a dispensa de licitação, seguir os passos de uma concorrência, com os seguintes requisitos:
• Orçamento – valor, consistência, cronograma de desembolso;
• Risco na escolha do parceiro – histórico econômico e técnico do parceiro ao longo do tempo;
• Logística;
• Desenvolvimento científico-tecnológico – capacidade de transferência de tecnologia.
Logo depois, começou o processo de seleção de uma firma capaz de trabalhar com o exército no projeto desta família, que culminou em 9 Agosto 2007 com a seleção da FIAT Automóveis S.A.- Divisão IVECO, com a qual foi assinado o contrato em 22 Dezembro 2007. Posteriormente a razão social da empresa foi modificada para IVECO Latin America Ltda. …”.
Devo chamar sua atenção que o VBTP-MR como concebido pelo Exército Brasileiro é um veiculo tão modular como o AMV da Patria e o Boxer, para não dizer do MOWAG Piranha, Steyr Pandur e muitos outros. Não deve absolutamente nada a nenhum deles.
Eu não entendi o que você quer dizer com: “…e optou por outro de um conceito que já temos. …”.
Esta frase não faz sentido para mim!
2 – Pergunta: “… Não seria interessante ao EB ter esse tipo de viatura (não digo as 2.000 encomendadas), mas uma quantidade para equipar nem que fosse apenas uma brigada mecanizada para se ter o domínio dessa tecnologia modular em seus meios mecanizados. …”.
Não entendo sua pergunta.
O exército pretende montar 8 brigadas de infantaria mecanizada com o VBTP-MR e seus derivados, como parcialmente está descrito no nosso artigo da Tecnologia &Defesa.
Os cerca de 10 Esquadrões de Cavalaria Mecanizados e os 19 Regimentos de Cavalaria Mecanizados existentes, vão receber além dos veículos destinados a infantaria mecanizada, mais a versão mobiliada com o canhão de 90 mm Cockerill Mk 8.
Que mais você quer?
Bacchi
Mario Martins escreveu:
“…Bacchi , pq o EB não optou por uma viatura 8X8 como o Patria (na qual eu li que ofereceu uma parceria com o EB anos atrás do Patria AMV) , que é um novo conceito de viatura modular (Patria, Boxer) que o EB ainda não tem e optou por outro de um conceito que já temos. Não seria interessante ao EB ter esse tipo de viatura (não digo as 2.000 encomendadas), mas uma quantidade para equipar nem que fosse apenas uma brigada mecanizada para se ter o domínio dessa tecnologia modular em seus meios mecanizados. …”.
Mario, eu já fiz uma resposta à aquilo que eu pensei fosse sua pergunta.
O que eu escrevi antes é totalmente valido, mas o problema é que você mistura tantas coisas que não tem a ver uma com a outra, que o ponto principal foi completamente perdido de vista, e portanto cheguei a conclusão que minha resposta não foi completa.
Revendo mais uma vez o que você escreveu eu acho que o ponto principal de sua questão é:
POR QUE O EB ESCOLHEU UM 6X6 E NÂO UM 8X8?
Eu acho que desde que o VBTP-MR (aka Guarani) foi apresentado à uns 3 anos atrás eu já respondi esta pergunta umas 20 vezes em varios sitios de defesa.
Este fato causou um dos maiores desapontamentos já vistos no Brasil.
Como é possivel que se o 8X8 é uma maravilha, algo deslumbrante, algo portentoso – o exército brasileiro o despreza?
Simplesmente, meu caro Mario, por que temos no exército gente competente que percebeu que o 6X6 faz aquilo que o EB considera aceitavel, a um preço menor do que o de um 8X8.
Ao contrario do que muita gente pensa o 6X6 continua vivo e nos ultimos 5 anos, inumeros novos veiculos foram projetados.
O futuro VBTP que está sendo testado no exército francês para substituir o VAB 4X4 nas brigadas de infantaria mecanizadas (como as nossas) vai ser um 6X6, cujo protótipo da Nexter parece até cópia do VBTP-MR!
Eu quero parabenizar o pessoal do EB que escolheu este tipo de veículo, não se deixando levar pelas aparencias, baseando-se exclusivamente em fatos concretos e atualissimos.
Bacchi