Brasil X Bolívia: brasileiros estariam mantendo militar boliviano como refém
Um conflito internacional que já dura alguns anos no meio da selva amazônica teve mais um capitulo em Extrema de Rondônia, distrito a cerca de 350 km de Porto Velho.
Extrativistas e seringueiros brasileiros que moram na Bolívia e que já foram vitimas de integrantes de grupo paramilitares do país vizinho desta vez, resolveram fazer justiça com as próprias mãos, com a detenção em território brasileiro de um oficial da Marinha Boliviana.
Por volta de 19h30 desta terça-feira (14) a Polícia Militar recebeu a informação que extrativistas estariam mantendo um militar boliviano em solo brasileiro contra sua vontade. O grupo de cerca de 30 homens foi localizado no ramal Abunã, estrada que dá acesso ao país vizinho. No local, com os ânimos exaltados, brasileiros mantinham “detido” o tenente Juan Adalberto Pacheco Surriable (28).
De acordo com relato do tenente boliviano, registrado no B.O.1039/2011 na 9ª delegacia de Polícia Civil, os brasileiros tiveram recentemente apreendidos uma parte da safra de Castanha por não terem autorização para trabalharem no país. Também teriam sido surpreendidos com diversas toras derrubadas sem autorização. Uma embarcação brasileira também está apreendida.
Em retaliação, o grupo de seringueiros e castanheiros brasileiros estão impedindo a entrada de bolivianos do assentamento Molina ( cerca de 5 minutos rio Abunã acima) de fazerem compras no Brasil. O tenente alega que ao ter ido negociar com os brasileiros a liberação para compra de comida em Extrema foi feito refém.
Os extrativistas afirmam que o tenente Juan Pacheco é corrupto e pratica constantemente extorsão contra brasileiros que vivem em território boliviano há mais de 30 anos.O militar cobraria propinas para o trânsito de mercadorias. Com a detenção do tenente, os brasileiros reivindicavam a liberação dos produtos apreendidos.
O militar foi retirado do meio da turba e levado para o quartel em Extrema. Nenhum brasileiro foi preso. Durante a madrugada desta terça, o tenente boliviano foi encaminhado até Guajará Mirim, onde após exame de corpo delito foi repatriado, sendo entregue ao comandante da Marinha Boliviana de Guayara Mirim (BO).
O conflito tende a continuar enquanto o Governo Brasileiro não cumprir as promessas de reassentamento dos extrativistas em território brasileiro
FONTE: Rondoniaoavivo
Era só o que estava faltando. Já faz algum tempo que eu vejo relatos de problemas na fronteira oeste, mas quase sempre vindos do site Defesanet, que é sempre muito alarmista. Já faz algum tempo que os militares andam enviando tropas para aquelas bandas, mas parece que o governo federal não anda acompanhando.