Cinco comandos especiais antidrogas dos EUA operando na América Latina
(El País, 08) 1. A agência antidrogas dos EUA tem cinco comandos operacionais que realizam missões secretas em países da América Central, América do Sul e Caribe, segundo foi revelado ao jornal The New York Times. Esse pequeno exército de operações especiais foi criado há seis anos para combater o cultivo de ópio pelos talibãs no Afeganistão, mas nos últimos anos, e no contexto da onda de mortes provocadas no México pelas atividades dos cartéis de drogas, a Casa Branca teria autorizado que o grupo fosse enviado em missões nos países vizinhos. Até hoje, e segundo revelou o jornal citando fontes anônimas da Administração norte americana, esses soldados têm realizado missões em Honduras, Haiti, República Dominicana, Guatemala e Belize, entre outras nações.
2. Foi o ex-presidente George W. Bush que criou os cinco comandos secretos sob o nome de Equipe de Apoio e Assessoramento de Dispersão Estrangeira (FAST, na sua sigla em inglês). Cada esquadrão tem 10 soldados. Cada um dos cinco grupos do FAST seria composto por um agente especial, que é o supervisor, quatro agentes especiais, e um especialista em investigação de inteligência. Os grupos FAST, que recebem formação especializada, implantados no Afeganistão, com dois grupos atuando simultaneamente e com revezamento a cada 120 dias, disse a fonte anônima.
3. Foi o atual presidente Barack Obama que autorizou, após sua chegada ao poder em 2009, a implantação desses cinco esquadrões da DEA na América Latina, além das áreas de cultivo de ópio no Afeganistão. A Casa Branca admitiu abertamente a mudança nas operações. O treinamento e o equipamento dos soldados é de responsabilidade do Pentágono. Os soldados norte-americanos não têm o poder de prender cidadãos estrangeiros em países com os quais não estão em guerra, portanto, neste caso, geralmente são acompanhado por grupos militares nacionais, que ajudam em suas missões. Alguns países têm negado a presença de tropas dos EUA em seu território nacional. É o caso do México, que, no entanto, aceitou outras formas de assistência, como espionagem de narcotraficantes através de aeronaves não tripuladas, os “drones”.
FONTE: El Pais, via Ex-Blog do Cesar Maia