O mercado militar da Agrale
EM 2003, A GAÚCHA AGRAle, fabricante de tratores, caminhões e chassis de ônibus, resolveu se aventurar no segmento de veículos utilitários. Na ocasião, o objetivo era diversificar a produção e tentar repetir a trajetória da cearense Troller, que disputava curva a curva esse mercado com a britânica Land Rover. Em meio ao desenvolvimento do jipe Marruá (nome de uma raça de boi selvagem do Pantanal), a direção da Agrale deu um verdadeiro cavalode- pau no projeto. Em vez de tentar brigar na área civil, em que seria apenas mais uma competidora, percebeu que sua melhor chance de êxito estava no setor militar. Da fábrica de Caxias do Sul (RS) já saíram cerca de 500 exemplares do Marruá pintados com o escudo de inúmeros batalhões das Forças Armadas do Brasil e do Exterior. Quase a metade disso foi vendida no ano passado, quando o Marruá se tornou o veículo-padrão da Marinha brasileira. Também fechou contratos com a Argentina, que utiliza os veículos na força de paz que mantém no Haiti, e o Equador, que usa o jipe no patrulhamento da fronteira com a Colômbia. E tudo indica que a lista deverá ser ampliada em breve. “Estamos em estágio avançado de negociações com o Peru e a Colômbia”, conta Flavio Crosa, diretor de vendas e marketing da Agrale. A divisão de veículos militares e offroad (para mineradoras, por exemplo) será uma das alavancas da empresa para atingir a ambiciosa marca de R$ 1 bilhão em receitas neste ano. Em 2008, as vendas totais somaram R$ 830 milhões.
O sucesso da Agrale no segmento militar se deve a uma boa dose de senso de oportunidade. Após a falência da Engesa, em 1990, a produção de veículos militares praticamente deixou de existir no País. Esse espaço acabou sendo ocupado por marcas estrangeiras, como a britânica Land Rover e a romena ARO, o que causava um certo desconforto aos integrantes das Forças Armadas, que temiam ficar nas mãos de fornecedores de fora. Até porque, mesmo nos momentos de contenção orçamentária, as três Armas jamais deixaram de investir em equipamentos de reposição. Foram R$ 600 milhões em média, por ano, no período 2003- 2008. Após três anos de testes e adequações às exigências específicas desse setor, a Agrale conseguiu colocar seu jipe no mercado. O Projeto Marruá consumiu R$ 11 milhões e deu origem a um veículo versátil, ágil e robusto. A linha de montagem, situada em Caxias do Sul (RS), tem capacidade para produzir até 70 unidades por mês. São três versões: reconhecimento (equipado com metralhadora ou um pequeno canhão), transporte de pessoal e ambulância. O jipe suporta 750 quilos de carga, atinge a velocidade de 128 km/h e possui autonomia de 700 quilômetros. O nível de emissão é compatível com as regras da União Europeia. Mas, sem dúvida, um de seus maiores trunfos é o preço: entre US$ 45 mil e US$ 60 mil, cerca de 30% menor que os similares.
O Marruá consagra a aposta da Agrale em nichos de mercado. Fundada em 1965 por Francisco Stedile, a companhia sempre procurou segmentos deixados de lado pelas grandes corporações e nos quais uma estrutura ágil poderia fazer a diferença. Foi com isso em mente que ele optou pelo segmento de minitrator (até 50 cv), do qual é líder com uma fatia de 70%. Também entrou no setor de transporte de cargas, com um minicaminhão, e de transporte de passageiros, produzindo chassis para micro-ônibus e ônibus de tamanho médio. Em todas essas empreitadas, a Agrale conta com um suporte de parceiras estratégicas, como a italiana MV Agusta, a americana Navistar e a brasileira Marcopolo. A única exceção foi na hora de vestir o uniforme militar. É que, nesse caso, a etiqueta “feito integralmente no Brasil” faz toda a diferença, já que o principal cliente fala português e reza pela cartilha do nacionalismo.
FONTE: IstoÉ Dinheiro
Não tenho uma sugestão de veículo mas sim de especificação.
-Tem de ser produzido no Brasil, manutenção mais barata.
-Blindagem que suporte no minimo o disparo de uma .30mm e esplosões de minas anti-pessoal que fosse.
-Ser adaptavel a diversas funçoes( comunicações, ambulância, reconhecimento, morteiro,comando, etc)
– Se possivel uma versão anfibia para operar na Amazonia.
– Boa motorização, 3.0cc ou 4.0cc
– ar condicionado, direção hidraulica, vidros e travas eletricas, porque os bravos soldados brasileiros tambem são filhos de Deus.
Cara acho que isso seria o minimo, não é tanta coisa assim.
Cara se tu precisa de uma viatura pra comprar um chuveiro compra um uno mille, um gol que custa ae uns R$18.000 sem impostos não um que custa R$50.000 na versão basica. Concordo que é necessario um veiculo leve para o exercito, só que o Marruá que o exercito comprou vem equipado com uma torreta com uma metralhadora .30mm , obviamente que não é para uso em serviço burocratico.
A minha pergunta é – Qual é a função tática desse veículo? Se alguem souber diz ae….
O Marrua usa o mesmo motor da S10 o 2.8 MWM porem nãoo lembro se é a versão com Bomba de combustivel(132Cv) ou a eletronica(140Cv).
Abraço
Para quem não sabia…. o Marruá é um melhoramento de um produto originalmente projetado pela …… ENGESA. Não lembro o nome do modelo original, mas foi um colega de trabalho de um amigo meu que “reprojetou” a convite da AGRALE o Marruá. Notório “jipeiro” e mecânico especializado em jipes “Willis” e “Engesa”, foi contratado para desenvolver um novo conjunto motor e suspensão para o antigo prjeto. Depois de algumas tentativas frustradas, saiu o Marruá. Por aqui, em Cx. do Sul, dizem que a motorização é razoável mas a suspenção teria ainda alguns problemas. Agora, convenhamos, uma média de Us$ 50… Read more »
Caro M. Torres, você deve ter em mente que existem veículos preparados para o combate, existem outros para uso diário da corporação.
É necessário um MRAP para levar os conscritos para lá e para cá dentro das unidades, ou um caminhão Mercedez 2 1/2 dá conta? Você vai mandar o sargento até a cidade para comprar um chuveiro novo, ele precisa de um Humvee ou um Marruá faz o mesmo por uma fração do custo? Pense nisso.
Abraços
O Marruá não tem uma metralhadora .30mm ?
De que serve um veiculo armado e sem qualquer blindagem?
Não serve nem pra subi os morro do Rio.
Alguem sabe as especificações que o Exercito pediu, e pra qual teatro de operações ele foi criado.
Para mim o Marrua não passa de uma solução pifia, pois no caso de uma guerra assimétrica, nem na Amazonia esse veiculo teria utilidade. Tenho duvidas se ele aguentaria uma mina anti pessoal que fosse, Se até o Hummer com blindagem adicional já não da conta mais.
Realmente não entendo certas coisas.
Torres, sugestões?
Tudo indica que muito em breve não teremos mais saudades da ENGESA. Se tiver uma linha de produtos diversificada, com certeza teremos uma ENGESA QUE DÁ CERTO!!!
Sds.
Que tal o mercado da África,tem de ser veículos simples,robusto,fácil de manutenção e barato,não é atoa que o fuzíl AK47 é o mais vendido no mundo.
Humm…
Parceria com a Navistar, entao vamos fazer o Maxxpro e MXT aqui?
😛
Vamos devagar !!!! Comparar o Marrua com Hummer é piada de mal gosto. Mas estamos no caminho certo, hj falamos no Marruá amanhã estaremos falando em outra versão melhor, mas pra isso precisa de Investimento do governo e vendas para outros países Até alguns anos arás o EB tinha Jipe Willys, então estamos caminhando com o Marruá muito bom em outros temos não iamos ver isso acontecer, olha o que aconteceu com a Engesa. Acho que poderiam produzir carros para as Policias Militares dos estados dando ainda um a maior bagagem a Agrale. Estamos no caminho certo e logo em… Read more »
Se não me engano, pois tou sem saco de pesquisar, uns 130hp, não lembro o fabricante, ok.
Vassili Zaitsev,
as informaçoes, sobre as versões,
http://www.agralemarrua.com.br/sitePortugues/default.asp
abraços.
O murruá é um jipe leve de patrulha adequado as missões a qual foi projetado porem não é um carro reconhecimento para frente de combate como o Guará, no caso o murruá e o humvee foram desenvolvidos para “teatros’ operacionais um pouco diferentes.
saudações
Marruá e Guará em um moderno campo de batalha, seriam bons nomes p/ cemitérios.
Rl,
Valeu!!!!
Noel,
Qual o motor do Marruá!!!!!! pergunto em potência de cv??????
abraços.
Olha com blindagem igual o Marruá nem iria sair do lugar, teria que trocar os motores, pois os Humvee usam um V-8, de mais de 165hp, e é muito maior; não quero dizer com isso que talvez não se pudesse disponibilizar um kit de blindagem, desde que compatível com MO e suspenão, mais será que valeria a pena comercialmente falando… provavelmente não, pois esse Marruá ainda nem possui uma real produção em escala prá esses aperfeiçoamentos, no momento, quem sabe se ele realmente conseguir mais operadores, ai…
Se o Marruá fosse revestido com blindagem igual aos Humvee norteamericanos, será que, mesmo assim eles conseguiriam manter uma performance aceitável?????????????
É uma dúvida minha, e acho que ela procede.
abraços.
Mais uma fonta de receitas para o Brasil e claro, evidênciando as qualidades do produto que se justifica pelas recentes e futuras encomendas.
Amigo Vassili, também concordo com o seu questionamento, porem, calma..rsrsrs…um passo de cada vez. Ainda chegamos lá. Para que não tenhamos que assistir mais uma “ENGESA” (todos sabemos o histórico), vamos por partes.rs
Abraços.
Não tem sugestão por que não existe, simples assim. No mundo inteiro, não existe nada que reúna todas a especificações que você listou.
Abraços
Tirando a capacidade anfibia que eu listei pega uma ´Pagero e manda blindar em nivel 3… pronto
o minimo de proteção é indispensavel.
e quanto a ser adaptavel é questão de configuração interna.
não vejo tanta dificuldade assim
Quanto custa esse carro pro publico em geral? Aonde posso comprar??? Vende nas Concessionarias?? Cacilds!