Reaparelhamento das FAs custará 2 bi em 2009
Os programas de readequação e reaparelhamento das Forças Armadas irão custar pouco mais de R$ 2 bilhões aos cofres da União este ano. A rubrica engloba, por exemplo, a construção de unidades habitacionais destinadas aos militares e servidores civis, a modernização de equipamentos e a implantação de novos sistemas bélicos. No ano passado, R$ 1,9 bilhão foi desembolsado com as ações, valor 73% superior ao gasto em 2007. Mas apesar do aumento, especialistas acreditam que é preciso investir mais para garantir a soberania e independência do Brasil, em meio aos “estranhos” e recentes movimentos na América Latina.
Os programas de reaparelhamento têm a finalidade de garantir a construção de unidades habitacionais destinadas e servidores das Forças Armadas, modernizar equipamentos e instalações militares e complementar necessidades existentes de imóveis. Desde 2003, foram gastos R$ 6,8 bilhões com o reaparelhamento e adequação das três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica).
Desde 2003, a Aeronáutica é a mais bem contemplada com o programa. Nos últimos seis anos, a força aérea desembolsou R$ 4,8 bilhões, enquanto o Exército teve gastos na casa dos R$ 773 milhões. Já a Marinha gastou R$ 1,3 bilhão nesse mesmo período, valor quase igual ao gasto pela FAB só no ano passado.
As ações que mais geraram despesas, dentro dos programas de reaparelhamento, foram as de aquisições de aeronaves, navios, submarinos, carros de combate, tanques, dentre outros meios de transporte. Em 2008, 38% do orçamento do programa ficou comprometido com as aquisições, que somaram R$ 732,9 milhões. Em média, são gastos R$ 600 milhões ao ano com a obtenção destes veículos de guerra. Desde 2003, foram desembolsados R$ 3,5 bilhões com essas aquisições. Até o fechamento da matéria, o Ministério da Defesa não apresentou esclarecimento sobre a finalidade e destinação dos recursos do reaparelhamento da Forças.
Para Walter Bartels, presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, aparelhar as Forças Armadas é um dever constitucional do Estado. “A Constituição defende que o Brasil deve preservar sua soberania e independência nacional. Além disso, deve garantir o desenvolvimento nacional”, afirma Bartels. Para ele, o crescimento econômico dos países está atrelado ao desenvolvimento tecnológico. “Nos últimos 25 anos, enquanto outros membros do BRIC, como a China e Índia, tiveram respectivamente o crescimento de 1000% e 400% em seu Produto Interno Bruto, o Brasil teve a evolução de apenas 85%”, destacou.
Bartels, que também é diretor no Departamento de Defesa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), lembra que para classificar um país estar classificado como de “alto” desenvolvimento tecnológico, segundo índice da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é preciso investir no setor aeroespacial. “A influência da área aeroespacial é enorme. O Brasil tem dimensões continentais, população elevada, costa e fronteiras extremamente longas e muitos recursos naturais. Por isso necessita de comunicações, vigilância, controle, dados meteorológicos, todos dependentes de produtos e serviços espaciais”, afirma. Bartels acredita que os recursos federais investidos até agora são insuficientes para suprir a defesa nacional, considerada por ele como “extremamente frágil”.
Segundo dados levantados pelo site Power Military Review (Revista Poder Militar), especializado em assuntos militares no mundo, o Brasil ainda lidera o ranking do “Poder Militar” na América Latina, embora sua posição não represente ameaça em relação aos países de primeiro mundo.
O site ainda compila dados do Balanço Militar de 2006, do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, que apontam algumas comparações entre as forças militares das nações. Naquele ano, o efetivo e os principais equipamentos do Exército Brasileiro, por exemplo, eram semelhantes aos da Tailândia, um país 17 vezes menor que o Brasil. Já a Marinha tailandesa apresentava 30.500 homens no serviço ativo a mais. Já o efetivo da Força Aérea Brasileira perdia, em números, para a Grã-Bretanha – país 37 vezes menor (veja tabela).
FONTE: Contas Abertas
Hornest Tambem concordo com vc até porque cada país tem sua condição politica economica territorial quase sempre de caracteristicas unicas, mas é pensando nos provaveis adversarios que se elabora a estrategia temos sim que observar o que ocorre na vizinhança e no mundo com relação a capacidade militar, temos que gastar o que é necessario para garantir nossa soberania e infelizmente um orçamento de 2 bilhões de dolares da pra nada temos um nosso território é enorme com isso precisamos de meios em quantidade consideravel para garantir nossa soberania, isto ai é orçamento para um país como a Georgia que… Read more »
Talvez seja mal acostumado por servir nos EUA mas esses numeros sao de me deixar triste…
Um dia, um dia…
Marine, não tem como comparar. São realidades diferentes. Só pra fazer um paralelo em outra área, na área de educação. Se somarmos a verba anual das 10 maiores universidades norte-americanas ela (a verba) se equivale a tudo o que o Brasil gasta em educação por ano, da creche até a pós-graduação. Por outro lado, só a verba anual destinada para a USP é o equivalente ao que Chile investe em educação no ano todo e em todo o país. Por isso que não gosto de comparações deste tipo, elas são enganosas. Partem de realidades diferentes e tornam os números absolutos,… Read more »
Eu sou daqueles que acha que o Brasil tem que gastar (investir) o suficiente para ter uma Defesa eficiente. Só isso. Nem um centavo a mais, e nem um centavo a menos. Não me importo com o montante que os outros países gastam ou do modo como gastam.
Cada país tem suas necessidades, suas possibilidades e seus limites. Não levar isso em consideração é procurar chifre na cabeça de cavalo.
abraços a todos
em tempo: Marine, o comentário que eu fiz não foi para vc, mas sim para a própria matéria do post, ok? É a matéria que propõe essa comparação que eu critico tanto e não é de hoje, aqui no blog. E critico mesmo, pois esse modo de comparação está equivocado. Seria o mesmo que compararmos o exército chinês com o americano, pelo número de soldados…para chegar-se a conclusão que o exército chinês é bem maior que o dos EUA. Mas e daí? O que isso significa realmente? Por isso que não gosto deste tipo de comparação…espero que os amigos entendam… Read more »
Hornet,
Concordo mas acho que ja nem e os editores do Blog que alias fazem excelente trabalho, e mais os leigos do Blog que ficam fazendo comparacao de ficha tecnica quer com equipamentos ou orcamentos…
Sds!
Marine, eu também nem estava me referindo aos editores…não era isso, não. O trabalho deles é postar a informação e é um trabalho bem feito. Não me oponho a nada neste sentido. Eu só escrevi o que escrevi acima, me antecipando à choradeira que certamente virá. Coisas do tipo: como pode o Brasil, com um PIB de não sei quanto, só gastar essa merreca, enquanto a China e a India que tem um PIB de tanto gasta não sei quanto…sabe aquelas coisas, né? É como se o mundo se resumisse a duas siglas: PIB e BRIC. Mas acho que não… Read more »
Com essa história de comentar a comparação, acabei esquecendo de comentar algo importante (entre outras coisas) que está na matéria: “…o crescimento econômico dos países está atrelado ao desenvolvimento tecnológico”. É meio que óbvio isso, mas nunca é demais destacar este ponto chave. Por isso que, no meu modo de ver, só faz sentido pensar a Defesa do Brasil do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico agregado. Se vamos investir em defesa, então que cada centavo da Defesa seja pensado para o desenvolvimento tecnológico também (que envolve uma série de coisas, desde educação primária até centros de pesquisa e de… Read more »
Hornet
“Mas acho que não vai adiantar nada e minha antecipação, esse tipo de comparação-lamurienta será feita aqui assim mesmo, quer apostar?…kkkkk”
Estou 100% com você
Abraços
Hornet,
Mais uma vez assino embaixo o que disse, principalmente quanto a area aeroespacial, como ja disse por aqui antes, o Brasil precisa de uma MB forte em tempo de paz por razoes economicas mas necessita de uma FAB forte em tempo de guerra…
Nosso futuro e o de um pais maritimo mas sem superioridade aeroespacial nao se pode ganhar um confronto hoje.
Sds!
Marine,
estou totalmente de acordo contigo.
abraços
Patriota,
eu também copncordo com vc, mas não podemos fazer planejamento pensando somente na conjuntura, senão ficamos loucos e nada acontece. Na minha opinião os planejamentos têm que ser a longo e médio prazos mesmo, independente da conjuntura. Mas, é claro, precisamos sempre ficar de olho aberto, em tudo.
abraços
“Hornet em 12 fev, 2009 às 1:18
Marine,
eu também nem estava me referindo aos editores…não era isso, não.”
Ah, bom!… rsrsrsrs
Em tempo: não vai aparecer ninguém pra discordar do Hornet? Pôxa assim fica fácil pra ele…
Saudações a todos!
É´um absurdo mesmo,se não tivessemos dinheiro tudo bem,mais pagar 130 bilhões de juro e mais uns 6 para o congresso nacional é duro de aguentar.
me lembrei das ong,mais uns 5 bi.
Nunão em 12 fev, 2009 às 14:33
hehehe…boa. mas parece que já apereceu…heheheh
abraços
SÒÓÓÓÓ?? Poxa, ACHEI que seria algo em torno de U$ 25 bilhões só em equipamento!!
Claro, ao longo de uns 10 anos.