AMAN 200 Anos: Reportagem da Globo
A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) teve entre seus alunos o escritor Euclides da Cunha e o Duque de Caxias. Eles entram pelos portões muito jovens com 16 a 21 anos de idade. Em quatro anos, saem preparados para comandar. A academia é uma instituição de ensino superior, que além das aulas teóricas, ensina disciplina – até mesmo na hora de entrar no refeitório para o almoço.
E exige treinamento pesado. Todos os exercícios e o aprendizado em sala de aula são colocados em prática em situações de combate como essa. As simulações fazem parte da rotina na academia, aqui, os cadetes aprendem na prática a comandar um pelotão. Até mesmo pra manter a paz, esses homens são treinados para estarem sempre prontos para a guerra.
A única escola que forma oficiais combatentes do Exército no país, mais parece uma cidade com 67 quilômetros quadrados e 1700 alunos. A sede, em Resende, no estado do Rio, foi inaugurada em 1944. Mas a academia já carrega duzentos anos de tradição e história. Começou como Academia Real Militar, no dia 23 de abril de 1811, por determinação do Príncipe Regente Dom João. “A partir da criação da academia é que o exército teve efetivamente a robustez necessária pra vir a ser o que ele é hoje”, diz o Coronel Carlos Roberto Peres .
Em dois séculos a academia mudou de nome e de sede várias vezes. Por ela, passaram personagens ilustres.
Marechal Rodon, Marechal Floriano, escritor Euclides da Cunha e Luiz Alves de Lima e Silva, cadete que virou o patrono do Exército Brasileiro, Duque de Caxias.
Leandro vai deixar a academia este ano. E sabe que, mesmo em um país sem guerras, ele vai ter uma grande missão. “O oficial é formado aqui, é formado pra liderar homens tanto em combate como em situações de paz formar cidadãos”, diz o cadete Leandro Martins.
Fonte: Globo.com
Grande AMAN.