Mangabeira discute defesa com equipe de Obama
SÃO PAULO – O ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, rejeitou uma sondagem da equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a possibilidade de as Forças Armadas brasileiras ajudarem a policiar a América do Sul e o Caribe no combate ao tráfico de drogas. “As Forças Armadas do Brasil têm a tarefa de defender o Brasil, não de servir de polícia do mundo”, disse o ministro.
Autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mangabeira encontrou-se com futuros auxiliares de Obama no início da semana passada para tratar de possíveis acordos com os EUA. Não houve consenso sobre o uso das Forças Armadas para ajudar a combater o tráfico de drogas no continente, mas foram iniciadas conversas a respeito de defesa, educação e biocombustíveis, entre outros temas.
Mangabeira pediu que os EUA, em vez de insistir em vender caças e outros armamentos ao Brasil, façam acordos de cooperação na área da defesa. “Senti que, na questão dos caças, eles ainda não querem oferecer a tecnologia. Mas admitiram colaborar com o Brasil na construção de tecnologia, pesquisa e produção. Podemos fazer uma troca de ideias e de pessoas”, afirmou. “Não vi arrogância na superpotência. Pelo contrário. Os Estados Unidos estão muito receptivos. Nada ajuda mais a abrir caminho do que as crises.
FONTE: Estadão
Esta estória de “defender o Brasil” é muito relativa. Não estariam nossas Forças Armadas, defendendo o Brasil, quando impedissem a entrada de armas que tantos cidadão indefesos matam? Não estariam defendendo o Brasil e seu povo, se auxiliassem no combate as drogas que infestam nossa pátria e destroem principalmente nossos jovens? Se felizmente não temos inimigos externos (pelo menos declarados), não estaria na hora de nossas instituições executarem outras tarefas? Os principais países do mundo, atualmente combatem a pirataria na costa da Àfrica. E nós até quando estaremos imobilizados, usando barcos,aviões e blindados para desfiles?
Engraçado o M. Unger.
A MB está comprando lanchas de guarda costeira então pra que??????????????????????????
Para patrulha!!!!!!!!!!
Já notei que essas autoridades quando vão aos EUA voltam com esse tom meio arrogante, que falaram e fizeram e tal.
No minimo inoportuno pois é o tipo de declaraçaõ que poderá afetar o FX 2 que se encontra na reta final. Os franceses por exempo podem interpretar, antes de ter sua proposta publicada, que o F 18 é carta fora do baralho. Isso pode tornar a proposta mais tímida, em prejuízo do Brasil.
Engraçado, quando vão a Cuba, nunca falam sobre iniciar a democratização da capitania hereditária dos irmãos Castro, para melhora das relações internacionais. São uns pelegos mesmo.
Ufa! Afinal um ótimo comentário no blog, fazia tempo que não lia um.
Parabéns, Mauro.
Também concordo contigo Mauro…
abraços
Faço coro com os colegas nos elogios ao texto do Mauro.
Sds.
“Senti que, na questão dos caças, eles ainda não querem oferecer a tecnologia.”
Então adios Super Hornet?
Douglas, eu creio que vc está equivocado. O nosso Ministro Mangabeira Unger tem cidadania estadunidense e foi professor de um tal de Obama na Universidade. Acredito que ele saiba muito bem como negociar com os nossos irmaos do norte 😉
Abração
Acredito que as nossas forças armadas tem o direito e o dever de proteger as nossas fronteiras contra o flagelo do tráfico de drogas e armas, mas no BRASIL, e não no CONTINENTE.
E que cada país faça a sua parte e não se meta nos outros governos.
Afinal, não concordo com a política estadunidense de “libertar” os outros povos do que é problemático para os EUA.
O Brasil não vai ser o braço armado de baixo custo dos EUA na América Latina.
O FX é outro assunto.Que eles não misturem as coisas, como de custume.
Cinquini,
Tens toda a razão, o Ministro Unger aparenta ser uma pessoa de opinião formada sobre defesa, pode até errar, mas não creio que será por má fé ou subserviência aos EUA ou a qualquer outro.
Só achei que ele se precipitou em falar da dificuldade americana em fornecer tecnologia, sabemos que essa transferência é uma condição “sine qua non” para fechamento do FX2, e em plena reta final esse tipo de comentário não ajuda.
Abraço.
Se a propria Inglaterra e Holanda tambem tem forcas fazendo op. anti-droga e patrulha no Caribe nao vejo com tanta clareza assim a insistencia do Brasil nao participar.
O pais deseja assento no Conselho de Seguranca nao? Deseja maior visibilidade internacional, deseja maior participacao nas decisoes importantes mundiais mas se recusa a patrulhar seu proprio quintal….Me parece um pensamento equivocado, nao sendo compativel com o que o pais almeja.
Como que o cara pode ser respeitado no bairro se ele permite/assite que o proprio vizinho faca trafico de drogas? Quem quer papel grande no mundo e aspira ser potencia nao pode ter essa ideia isolacionista pra tudo.
Do ponto de vista militar acho que seria excelente para o adestramento e treinamento real de nossas forcas, trabalho conjunto com outras nacoes melhorando nossa doutrina no assunto e ate “fostering” uma maior tradicao militar nossa e aumentando a motivacao das forcas em se sentindo que estariam lutando contra um inimigo nacional.
Sei que muitos vao discordar mas e a minha opiniao.
Sds!
As idéias do Mauro e do Marine se complementam. É preciso agir em várias frentes. Na produção e no transporte, principalmente. Ficar em cima do muro não leva a nada.
E aí surge uma ótima oportunidade de barganhar algumas coisas, como meios navais, aéreos e terrestres, além de informações e treinamento. Tudo de graça, é claro. A gente entra com o material humano.
Tenho certeza de que se a gente mostrar interesse, seriedade e um plano de ação, as doações vêm.
You got that right, Marine!
O Brasil já está no Caribe, não está? Com o maior contingente das Forcas de Paz da Minustah.
E se existe um tipo de operação capaz de:
_projetar o nome Brsil e aumentar mais o nosso “softpower” em elação ao NOSSO entorno estratégico;
_capacitar nossas Forças Armadas a criar e desenvolver toda a logística que envolve ações de emprego no Exterior;
_possibilitar à Marinha treinar e afiar sua capacidade de operar em longas distâncias, longe de nossa costa – um precursor de qualquer missão de projeção de poder;
_Criar uma “tradição” com todo o capital de confiança, visão da necessidade de FFAAs sempre bem equipadas, que disto decorre,
este é o tipo de exato de operação!!
A Alemanha – a Alemanha! – têm tropas no Afeganistão e seus navios de Guerra patrulham as águas do Oceano Índico. Mesmo o Japão mandou seus navios para lá.
Fica a pergunta: Porque não o Brasil?
E o Ministro Unger erra nisto: Creio que é obrigação de um país membro permanete Conselho de Segurança poder agir como policial do mundo, quando esse Conselho de Segurança decide agir em conjunto, sob a hégide da ONU.
Elogios também ao Mauro. E mais, só o fato de mandarmos o Ministro Unger e mantermos esse contato estreito com os americanos (e qualquer outro país interessante) é um ganho para nós.
Joao-Curitiba,
Isso me parece uma questao de como o pais se ve no futuro. Vejo aqui muitos que desejam o pais como uma futura potencia mas nao se pode ser potencia sem ter certos compromissos.
O pais e o povo vao ter que decidir se querem ser um “player” no cenario internacional ou se querem ser espectadores…Queremos ser novas Inglaterra, Franca, India, ou desejamos ser um futuro Canada, Suica e paises nordicos.
Desejamos dar as cartas como tanto se fala ou isso so passa de conversa pra boi dormir pois para se dar as cartas teremos que aceitar e fazer coisas que as vezes nao estamos acostumados ou que va contra a tradicao que tivemos ate hoje…
Sds!
Acho que os comentários do Marine e do Mauro são antagônicos quanto a utilização das FAs, embora ambos estejam corretos em sua linha de raciocínio.
Aas palavras do ministro podem ser interpretadas também como “ as FAs do Brasil atualmente não tem condições de absorver mais essa competência de policiar e dar combate ao tráfico”.
A nossa PF é que deve ser aparelhada e aumentada em seu efetivo para essa função, armamento pesado, helicópteros, recursos em geral, e principalmente integração com as FAs, como no caso do uso dos helis russos que estão chegando e se especula que sejam usados em conjunto pela FAB e PF.
Nos EUA as condições de operação são bem diferentes, eles têm uma Guarda Costeira independente da Marinha, é fortíssima, bem aparelhada e executa muito bem a função de policiamento, nós não temos esse braço das FAs para essa função. Nos EUA também há 3 polícias federais, me parece que uma só para cuidar dos aeroportos, o Marine deve saber mais a respeito. Nós temos apenas uma e meio capenga em termos de recursos.
E também não adianta exigir do Brasil que torne as fronteiras da AL invioláveis, isso é uma missão impossível. Os EUA, com todos os recursos tecnológicos, de pessoal e de acessibilidade ao local não conseguem vedar a fronteira com o México, imaginem a fronteira amazônica, muito maior e de acesso muito mais difícil.
De qualquer forma acho que sempre pode haver um meio termo, e nesse aspecto os comentários do Mauro e do Marine realmente se completam.
Forte abraço a todos.
Marine,
eu particularmente não discordo da sua idéia, não. E acho até, como falou o João-Curitiba, que sua idéia complementa a do Mauro e coloca outras questões que precisariam ser melhor pensadas, inclusive pelo Mangabeira e/ou pelo MD. (Embora eu também ache que tudo venha a seu tempo. Os EUA ainda estão em fase de transição de governo e essa conversa do Mangabeira com o Obama foi totalmente informal. Até porque o próprio Obama já disse várias vezes que não discutirá nada em termos oficiais até assumir o cargo…então qualquer conclusão agora pode ser pricipitada).
Em princípio também acho que o combate ao tráfico (seja de drogas, de armas ou qualquer outra coisa) caberia à Polícia federal. Mas como o próprio Mauro já disse, as FAs podem cotribuir… meios para isso as nossas FAs têm: Super Tucanos, SIVAN, R-99, Navios patrulhas etc. (Se é que já não contribuem…não sei…).
E acho que vc coloca outra questão interessante para a gente pensar: o Brasil não pode querer apenas o bônus de uma cadeira no CS da ONU, tem que arcar também com o ônus. Nem saberia dizer se esse ônus passa por essa questão em particular, mas que existirá algum ônus, certamente existirá…e o Brasil tem que estar preparada para isso.
gostaria de saber a opinião dos outros colegas do blog sobre isso.
grande abraço
LeoPaiva,
Concordo que o Brasil nao possui uma guarda costeira, mas dai vem outro dilema…O pais que fazer da PF uma forca para-militar com todo esse equipamento pesado ou uma forca policial de investigacao como nos moldes de um FBI ou Scotland Yard?
Tambem concordo que as palavras do ministro podem dizer que nao a capacidade para o Brasil fazer tal coisa.
Com relacao a policias federais nos EUA, nao existe uma so policia federal aqui, uma manda-chuva so. O que existe sao varias agencias como missoes diferentes, encarregadas de coisas diferentes. Por exemplo envolvidas no Caribe vao desde a Guarda costeira ja mencionada por vc que faz parte do Departamento de Homeland Security, tbm estao envolvidas o Bureau of Immigration and Customs, a Drug Enforcement Agency e outras.
Com certeza e impossivel “trancar” o Caribe mas isso tambem nao se pode ser o motivo para que se nao faca nada.
Agradeco os elogios e sds a todos!
Leo Paiva,
engraçado…lendo o seu post (que só li depois que postei o meu aí de cima), eu me perguntei: o que será que o amigo Leo viu de tão antagônico? Mas depois no final entendi. Claro, EUA e Brasil são realidades diferentes como vc bem disse. Mas como nossa PF não é muito grande e tem que cuidar de tudo, desde fronteiras até portos e aeroportos, não vejo motivo para não haver a colaboração entre PF e FAs que o Mauro colocou e, assim, colaborar também com aquilo que o Marine colocou, expandindo um pouco o patrulhamento de nossas FAs, para atuar em conjunto com outras FAs (se não me engano, está previsto no acordo feito com a França que as duas FAs podem ou devem atuar em conjunto em várias questões aqui na América do Sul…não é isso?). Não sei… O que vc acha?
grande abraço
LeoPaiva e Hornet,
Agora sim, estamos falando de como a PF e super taxada…Penso eu que como o exemplo de outros paises de “primeiro mundo”, deveria haver outras agencias encarregadas de certos servicos mais mundanos hoje sendo feitos pela PF, dando a essa organizacao maior foco em fatores de maior importancia ao pais.
Sds!
Marine,
pois é, mas por enquanto a PF aqui no Brasil tem que bordar, costurar, lavar e ainda por cima prender traficantes e vigiar as fronteiras…e tudo isso com um contigente que é infinitamente menor que o contingente de uma polícia civil ou militar de algum estado mais ou menos gande ou médio…
por isso que a coisa fica complicada…
abração
Marine,
Obrigado pelas informações aí dos States.
Não acredito que a participação do Brasil em um movimento de policiamento e combate ao tráfico internacional, visando até obter prestígio para o CS, passe necessariamente pela utilização das FAs, isso pode ser feito perfeitamente pela PF em conjunto com as FAs, contanto que lhe seja dado condições para isso.
Entre essas condições necessárias incluem-se também armamento pesado e recursos de mobilidade também, não que queiramos tornar a PF uma organização paramilitar e acéfala, inclusive acho que um dos pontos fortes da nossa PF hoje é justamente a inteligência, mas o braço armado ( e bem armado ) é indispensável, mande a Escotland Yard desarmada para a fronteira convencer os traficantes das Farcs a se renderem e você não obterá um bom resultado.
Hornet,
Falei da diferença de pensamento entre o Mauro ( que não é a favor da utilização das FAs) e do Marine ( que é a favor ). Mas como falei, se colocarmos os dois pensamentos no liquidificador vai sair uma boa vitamina para o Brasil.
Respondendo a sua pergunta no final creio que a palavra chave para nós é INTEGRAÇÃO, já que não temos os recursos dos vizinhos lá de cima, então vamos somar tudo o que temos, a FAB entra com o SIVAM ( ou o que resta dele ), com uma lei de abate que abata alguma coisa, com os helis russos, o exército com uma ampliação de bases como vimos aqui no blog outro dia, e a PF com capacidade mais efetiva de patrulhamento e combate, sem falar dos recursos de inteligência e investigação, e obviamente com o amparo legal em poder efetuar prisões.
Abração.
Leo Paiva,
sim, sim…no começo eu não estava entendo seu argumento, mas logo quando acabei de ler já havia entendido…
E penso nesta direção também…aliás, Integração, foi justamente o que o Mauro disse (lá no post dele, lá em cima):
“Creio que seria sim bem vindo uma integração maior com a Polícia Federal, a meu ver, a responsável por essa questão.”
Por isso que inicialmente eu não estava entendo a sua posição, mas depois entedi sim…sem problemas. E concordo com ela. Precisamos mesmo otimizar o que temos. Esse é um caminho. E a questão do amparo legal que vc levantou é primordial.
abração
LeoPaiva,
So pra esclarecer, nao quis dizer que sou a favor da utilizacao das FAs nessa hipotese mesmo porque desconheco das capacidades brasileiras que seriam necessarias em uma missao destas, apenas sou a favor do pais participar e como vc disse utilizando da melhor maneira possivel os meios que dispoe.
Com relacao a Scotland Yard (Rsrsrsrsrs) achei boa a anedota! Mas apenas indago se a PF deve ter a dupla funcao de inteligencia e “direct action” ou se seria melhor ter duas agencias se especializando em areas diferentes…FBI ou Carabinieri, FSB ou Gendarme entende?
Mais uma vez sds!
Entendi perfeitamente seu ponto de vista amigão.
Quanto ao “modus operandi” da PF, se mais para uma linha de inteligência e investigativa ou mais para a força eu diria que ambas tem que ser utilizadas, como falei tudo depende do ambiente, a polícia de Londres não usa armas de fogo, mas nas nossas fronteiras as condições exigem força bruta e a PF tem que estar preparada para tudo.
Abraços e boa noite a todos.
So pra citar o exemplo americano:
Fronteiras sao vigiadas pela Border Patrol. Claro que fronteira com Mexico nao e o mesmo que a Amazonia mas so quero ilustrar a divisao de responsabilidades.
Imigracao e Alfandega: Immigration and Customs.
Anti-terrorismo, contra-espionagem, Crime de colarinho branco, assalto a banco, sequestro e outros: FBI
Drogas: DEA
Explosivos, trafico de armas e gangues: ATF
Protecao a testemunhas e outros: US Marshals
Protecao ao Presidente e familia, Lavagem de dinheiro: Secret Service
Protecao a embaixadas e dignatarios estrangeiros: Diplomatic Security Service
E por ai vai, mais uma vez so para ilustracao de nossa discussao sobre a PF.
SDs!
Sobre a participação das nossas FA na luta contra o trafico ilegal de drogas, armas, pessoas, etc; eu acredito que teria que ver a legalidade nessa questao, sei que a nossa constituição permite o uso da FA nas fronteiras pois é a obrigação dela protege-la e nao fiscaliza-la. As FA acabam fiscalizando as fronteiras pois a PF nao tem agentes o suficiente deixando eles somente em postos de controle da fronteira.
Para ajudar numa missao no exterior, se nao for a pedido da ONU ou da OEA eu acredito só por vontade popular expressa pelos seus representantes na câmara.
Complicado né? A nossa constituição é um saco rss mas temos que respeita-la.
Sobre a nossa PF, ela é de fato um misto dessas agências que o amigo Marine disse, o que acontece é que tem várias “diretorias” dentro da PF.
Ha, o controle sobre produtos militares (armas, munições, pólvora) na fabricação, comercialização e até importação é de responsabilidade do EB, mais trabalho pro EB rssss
Abração
Cinquini
Cinquini e Leo Paiva,
esta questão que vcs colocaram do amparo legal para se fazer as coisas, pra mim é um ponto fundamental nessa questão toda que estamos discutindo, de combate ao tráfico (de armas, drogas etc.).
Se tem uma coisa que eu odeio no Brasil (além de pagode, axé, funk e sertanojo) é a idéia de “lei catapora”…pode pegar, pode não pegar.
A lei, principalmente a Constituição (lei maior), precisa ser cumprida. Leis existem para serem cumpridas. Se estão desatualizadas ou equivocadas, precisam ser mudadas, mas até para isso existem leis. Portanto, que se mudem as leis que forem necessárias ser mudadas, mas dentro da lei e das normas democráticas (pressão popular, votação no Congresso etc.).
Por isso que achei legal vcs terem tocado neste assunto, pois às vezes queremos que o Brasil ou as FAs façam isso ou aquilo (sempre aparece alguém querendo invadir não sei o quê, fuzilar não sei quem etc.), mas esquecemos que tais coisas podem ser contra as leis do país, ou até mesmo contra as leis internacionais. Não estou dizendo que seja este o caso aqui, mas precisamos ter em conta isso também, não é? Até porque, combater a ilegalidade por meio da ilegalidade definitivamente não é o caminho adequado.
abraços
Hornet,
Essa questão do amparo legal seria algo cômico se não fosse trágico, um soldado do EB por exemplo não pode prender um traficante na fronteira, se o fizer a justiça manda soltar o meliante devido a ilegalidade da prisão; outro exemplo das leis que podem pegar ou não é o exemplo da lei do abate, desde que foi sancionada apareceram vários defensores dos direitos humanos questionando sua constitucionalidade, eles dizem que a constituição veda a pena de morte e portanto o piloto da FAB estaria contrariando a constituição ao derrubar um avião pois haveria a morte de alguém no processo.
Ou seja nós cidadãos podemos ser mortos por traficantes ou por balas perdidas, isso poooode, já derrubar o avião dos coitadinhos dos traficantes isso não poooode.
Outra questão de impedimentos legais é a questão da atuação da Marinha com aviões de asa fixa, até hoje eu não entendi o motivo desse impedimento, a Marinha só pode atuar com aviões assim de forma embarcada, porque será que inventaram essa lei? Será que o lobby da FAB é mais forte que o da Marinha, e a FAB ficou com ciúmes, ou existe algum motivo lógico que eu desconheça, com a palavra os juristas de plantão.
Sds.
Leo Paiva discordo com vc em duas questões:
Primeiro: Um soldado, na fronteira, pode e deve prender o traficante pois na fronteira o Exército tem legalidade de atuação.
Segundo: “Antigamente” era proibido o uso de aeronaves de asas fixas pela MB de qualquer tipo, embarcadas ou não! Hoje a MB pode sim operar aeronaves de asas fixas, como por exemplo opera o A-4 e não opera só a bordo do PA nao! Opera através da Base Aeronaval (bom, spo tem operado em terra faz tempo) e através das Bases da Força Aérea Brasileira.
Abração
Nesse caldeirão de opiniões, muitas interessantes, ninguém lembrou que um permanente receio, principalmente no EB, no uso direto de tropas contra o crime, é o fato de que o contingente executor, SOLDADOS, ser temporário, ou seja amador, os militares participantes dos blogs podem confirmar. Parece algo simples, mais não, enquanto Oficiais e Sargentos planejam a missão o executor final, mesmo devidamente comandado, é um AMADOR, diferente das corporações estrangeiras citadas. Essa dor de cabeça se perpetua após a baixa do contigente, pois o ex-soldado conhece o modus operandi de sua tropa, temos como exemplos vários ex-Pqdt, e outros ex-militares, atuando no crime carioca, já acontecendo alguns casos em outras cidades.
Vários pontos citados como apoio das FFAA as policias e a outros órgãos são feitos a mais de uma década, principalmente após a Rio 92, mapeamento aéreo de favelas e fronteiras, até apoio logistico geral, transporte, inteligencia, etc…
Se não estou enganado, existe uma legislação específica, que da poder de policia as FFAA em área de fronteira, sinto não pesquisar isso, to sem tempo e paciencia, quem souber…
Quanto ao uso de aeronaves de asa fixa pela MB, nós estamos seguindo uma doutrina semelhante aos ingleses, a RAF opera aviação de patrulha e a RN opera aviação embarcada; apenas uma opção de uso, outras FFAA tem outra visão, em Israel, segundo alguém postou recentemente, as aeronaves são todas da FAe; a Russia tem duas FAe. Cada pais escolhe o que for mais interessante operacionalmente, ou economicamente viável.
Sds
Alguem pode então informar para que servirão as 27 canhoneiras encomendadas?
Alguem aqui lembrou que nas fronteiras e em alto mar as FA tem total mando legal para coibir qualquer atividade ilicita.
Em alguns casos o infrator deverá ser encaminhado á autoridade civil para responder o processo na Justiça Federal comum. Mas as FA podem exercer a repressão.
Como não temos tantos órgãos administrativos de repressão como os EUA. As FA exercem parte das atribuições que nos EUA são de agencias civis.
A MB por exemplo exerce a guarda costeira no Brasil. E as canhoneiras servirão para fechar esse enorme gap na patrulha marítima.
É descabido interpretar isso como uma diminuição da MB. Não é. é apenas uma das suas funções. Ocorre que não há dinheiro e principalmente vontade política para o fortelecimento da MB em todos os níveis de atuação.
Não vejo nada demais sobre a consulta dos EUA para repressão ao trafico internacional. A leniência com que são tratadas as organizações criminosas na Ame. Latina, como as FARC, permitiram a essas organizações montarem verdadeiros exércitos.
Enfrentar e suprimir as FARC na selva, por exemplo, é atividade do EB. Até porque o poder de fogo da guerrilha de narcotraficantes é enorme.
Leo Paiva,
pra gente ver como esse negócio é bem complexo. A “lei do Abate” se tornou uma pendenga jurídica, nem tanto pelos “direitos humanos” que ela estaria (supostamente) desrespeitando, mas sim por pressões externas, vinda de países que por algum motivo se opõe a ela…E olha que doideira: um dos que mais pressinaram para que a lei não fosse regulamentada aqui no Brasil, foram os EUA…dentre outros países (como Espanha e Inglaterra, se não me engano)…
Hoje, parece, que a questão está mais ou menos resolvida com os EUA…mas a pendenga jurídica continua internamente…e as pressões externas também…
Então, vamos fazer o quê? É uma lei que ainda não é lei?…é só uma intenção de lei?…ou é uma lei nacional que precisa de aval da comunidade internacional para se tornar lei?… e aí a nossa soberania como Estado Nacional já fica condicionada e deixa de ser soberania, enfim…já nem sei mais em que pé está isso…desisti de acompanhar…
Apesar de tudo, ainda acho que as leis precisam ser cumpridas se quisermos galgar a condições de cidadania mais elevadas…mas…
abraços
ps. As leis precisam ser cumpridas, mas as leis também precisam ser bem feitas e ter alguma lógica social, econômica, cultural e/ou política…acho que um dos grandes problemas das leis no Brasil “pegar ou não pegar” está na maneira como elas são feitas, muitas vezes de forma arbitrária, representando interesses de grupos minoritários e não interesses gerais da Nação, e sem conexão nenhuma com a realidade. Um exemplo: certa vez um prefeito idiota e moralista da minha cidade proibiu o beijo em praça pública. Isso virou lei na cidade. E, é claro, não foi respeitada nunca (eu mesmo fui um dos primeiros a desrespeitar essa lei, e em frente à prefeitura, como sinal de protesto…hehehe) e essa lei teve que ser revogada meses depois. Não tem como aceitar uma idiotice dessa, né? Então, as leis precisam ser sensatas e com algum sentido social ou político bem estabelecido e bem definido, senão vira uma idiotice que ninguém vai cumprir mesmo…Claro que aqui não estou me referindo à “Lei do Abate”…foi só um adendo, pra comentar que muitas coisas no Brasil ainda são surrealistas.
Cinquini,
Desculpe a demora em responder mas estive fora o dia todo, embora o colega seja da AMAN e tenha uma bagagem bem maior que a minha em assuntos do exército, eu também sou forçado a discordar de sua discordância.
Em um trabalho jurídico sobre atuação do Exército eu li uma série de procedimentos para que prisões possam ser efetuadas por militares, e a maioria delas com mandado previamente expedido, segue um trecho do trabalho :
“ASSESSORIA JURÍDICA DA 11ª BRIGADA DE INFANTARIA LEVE
DILIGÊNCIAS PARA PRISÃO E CAPTURA (1ª Parte)
a)…
b) se prisão por crime comum, é obrigatória a presença de representante de órgão policial (civil ou militar), que deverá estar de posse de mandado judicial, expedido pela Justiça competente; cabe ao Exército apoiar a captura; o cumprimento de mandado de prisão por delito comum feita exclusivamente pelo Exército apenas poderá ser efetuado em Op GLO e desde que esteja expressamente previsto por ordem anterior de autoridade competente;”
Não me agrada discutir um assunto sem que eu tenha certeza absoluta do que estou falando, por isso seria interessante que o colega colocasse um link da regulamentação específica que dá legalidade ao ato de poder de polícia comum para os militares.
Quanto ao caso da Marinha operar asas fixas em terra, realmente, o decreto 55.627 assinado por Castelo Branco, decretava que só a FAB poderia utilizar aviões, entretanto em 98 o Presidente Fernando Henrique Cardoso assinou o Decreto 2.538, que revoga o Decreto 55.627 e determina que a Marinha do Brasil passaria a dispor de aviões e helicópteros destinados ao guarnecimento dos navios de superfície, além de aeronaves asas rotativas em geral, embora fale apenas na operação a partir de sua frota e não de terra.
O mais interessante nessa história é que a FAB e a Marinha já trocaram tiros, LITERALMENTE, no auge da crise, uma guarnição da FAB metralhou um helicóptero da Marinha que decolava, quase derrubando-o. E também dizem que uma proteção AA da Marinha também abriu fogo contra aviões da FAB que sobrevoavam sua base. Pelo que sei não há atualmente ressentimentos sobre essa questão.
Grande abraço.
Os facínoras do PT se recusam a combater o tráfico de drogas, por isso milhões de jovens Brasileiros estão se entregando ao crack, cocaina e maconha, afinal o dinheiro vai para o bolso destes bandidos mesmo. Ainda LULA e o PT apoiam o terrorismo nacional continental e mundial com PCC, FARC, HAMAS, IRã. Cadê a notícia que as FARC mataram nestes dias três criança, além diversas outras pessoas utlizando, segundo o genial jornalista, “mísseis de fabricação caseira”? Cenário parecido? LULA entregou os bxeadores cubanos que pediram asilo nas mão do assassino CASTRO e agora deu asilo a um terrorista condenado pela justiça Italiana.Como se não bastasse, o contribbuinte, o povo Brasileiro, nós os miseráveis que trabalhamos para pagar brutais impostos, vamos comprar mais gás de boliiivia para sustentar o governo golpista daquele “indio” fajuto, entre outros bolivarianos como venezueeela, Cuuuba e claro,logo também pagaremos mais caro pela energia de Itaipú para bancar o governo comunista do padre (uma ova!!) LUGO. Que esperar de um governo Brasileiro formado por TERRORISTAS??!?!
Leo Paiva, discordar é saudável, o que seria do azul se todos gostassem do amarelo?
Discordo mais uma vez do colega quando ele diz que eu sou da AMAN, sou nada, sou apenas um “curioso”, estive apenas em um congresso do Ministério da Defesa lá.
Achei legal vc ter colocado as leis. É interessante notar que a 11ª Brigada de Infantaria Leve está preparada pra operar em qualquer lugar em território nacional nas missões de Garantia de Lei e da Ordem – GLO, essa é a “missão” da unidade.
Agora seria interessante ver com o CMA ou outros comandos que atuem na fronteira para saber qual o procedimento adotado por eles. Vou tentar ver com as minhas fontes se consigo algo.
Abração
Cinquini
Cinquini,
Desculpe o equívoco, vi você uniformizado, com o boné da AMAN, ao lado do Gen. Heleno, então concluí…
Segue abaixo um link da “guerra” entre a FAB e a Marinha, ainda bem que ninguém se machucou, mas a coisa foi séria:
http://www.geocities.com/livremanobrar/historiaavnav.htm
Abraço.
Mauro,
barbaridade!!!…kkkkkkkkkk
“Xoxó tá aí, Xoxó tá lá”…e o duro que essa meleca gruda na cabeça…agora vai uma semana até esquecer essa porcaria…Vou ter que fazer um tratamento intensivo a base de Stravinskys diários, com doses cavalares de Miles Davis e Egberto Gismontis…veja o que vc arrumou…hehehe
abração
Mauro, falou tudo.
Mais, vem cá, o SU-35 não tá operacional né rsrsrs
Mais não, MAS.
Assunto espinhoso, que o Mauro citou, e que já tratei com Of’s PM’s meus conhecidos: transformar as PM’s em instituição federal, nos moldes dos Carabinieris por exemplo. Os estados poderiam investir, muito mais, apenas na Polícia Civil; as PM’s teriam uma padronização que iria do salário à doutrina; os contatos, convênios e intercâmbios com instituições congêneres seria muito mais eficiente; …
Os dois grandes entraves, entre tantos outros, desse devaneio, que não é só meu, são: o custo, inicial, altíssimo prá União, e o impacto político quase intransponível nos estados.
O tal assunto espinhoso, evidentemente, é muito mais complexo, porém é tratado em todos os lugares a anos, e nada muda prá melhor.
Amigo Mauro,
e como esse troço gruda na cabeça, é uma nhaca…hehehehe
Mas tem um antídoto bem legal e eficaz: já ouviu o grupo Língua de Trapo?
forte abraço
Esse nosso ministrozinho eh q ta bem arrogante… Uma parceria destas com os EUA iriam beneficiar MUITO a nossa segurança interna e externa, alem de nos aproximar militarmente com a potencia com a qual temos nossas maiores relacoes economicas. Porcaria de ideologia politica miope e retrograda!!!
OS CARAS ESTAO VINDO ATE AQUI ABERTAMENTE PEDIR E OFERECER AJUDA CONTRA UM INIMIGO EM COMUM, POMBAS!!!
Ah sim, esqueci q esta mesma ideologia politica aplaude as FARC e estas precisam do narcotrafico. Ok, faz algum sentido.
Mauro,
como assim, adorava!!!…não adora mais?!!!…hehehe
Eu ainda curto pra caramba os caras, tenho tudo deles aqui em casa e de certo modo ainda mantenho contato com esse povo da chamada Vanguarda Paulista. Se te interessar, dá uma olhada neste livro (abaixo), é sobre o Língua, o Arrigo Barnabé, o Itamar, o Premê, o Rumo…enfim, sobre a Vanguarda Paulista. Eu sou meio suspeito pra falar do livro, mas quem leu gostou:
http://www.annablume.com.br/comercio/product_info.php?cPath=20&products_id=944&PHPSESSID=2f36e832c08f965c0efdb43c63450c67
Não tenha dúvidas que temos muitas coisas em comum, além das opiniões no Blog.
abração
Nossa, o Mauro e o Hornet desenterram cada coisa!!!!
Nem conhecia isso!!
Abração
Amigo Mauro,
eu tenho essa coletânea do Paulo Vanzolini, aliás, excelente. Um monte de gente interpretando a obra dele, não é essa?
Sobre as suspeitas, eu suspeito que vc tenha suspeitado corretamente…hehehe
Se quiser, eu te mando esse livro, quer dizer, o texto, por email, zipado. Me passa um email: jafenerich@asbyte.com.br
um grande abraço
em tempo: assim continuamos a nossa conversa musical sem tomar o espaço aqui do Blog, ok?
Daqui a pouco, vão falar do Terço, Vimanna, …
Mauro,
pois é, essa “tiarada” toda eu me lembro bem…por isso que falei que havia mais coisas em comum entre a gente que apenas os comentários do blog…
Eu entrei em 90 e terminei em 94…eu cursava o diurno, mas às vezes assistia aulas de noite também…na verdade, eu ficava na USP quase o dia todo…ou seja, certamente nos conhecemos…nem que tenha sido apenas “de vista”.
Claro, gravo sim, sem problemas. E aproveito e gravo umas coisas do Língua também…enfim…conversaremos a respeito.
abração