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Autoridades de defesa dizem que cerca de 10 mil soldados foram reunidos ao longo da fronteira nos últimos dias

ClippingGAZA – Uma coluna de tanques israelenses, alguns atirando com suas armas, entrou na Faixa de Gaza neste sábado, 3, disseram testemunhas palestinas segundo a Reuters. O exército confirmou que uma operação terrestre contra o Hamas está sendo iniciada e começou a mobilizar dezenas de milhares de reservistas para apoiar a operação. Autoridades de defesa dizem que cerca de 10 mil soldados foram reunidos ao longo da fronteira nos últimos dias.

O Exército israelense confirmou que uma força havia entrado na Faixa de Gaza para ocupar algumas áreas usadas no lançamento de foguetes.
“O objetivo é destruir a infra-estrutura de terror do Hamas na área de operações”, disse a major Avital Leibovitch, porta-voz do Exército. “Vamos tomar algumas das áreas de lançamento usadas pelo Hamas”.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse que a campanha de Israel contra o Hamas não acabará tao cedo. “Nós não buscamos guerra, mas não vamos abandonar nossos cidadãos diante dos atuais ataques do Hamas”, declarou. A porta-voz do exército de Israel, major Avital Leibovich, afirmou que essa será uma operação extensa. “Temos muitos, muitos alvos”, disse, acrescentando que o Hamas tem escavado túneis e outras instalações.

Após a invasão israelense, o braço armado do Hamas afirmou que Israel vai pagar “um alto preço” pela operação terrestre. “O inimigo vai pagar um alto preço por sua operação no norte da Faixa de Gaza”, disse um comunicado das Brigadas Izzedine al-Qassam lido pela rede de televisão Al-Aqsa, ligada ao movimento.

A testemunha, morador da cidade de Beit Lahiya, disse que a coluna de veículos militares atravessou a cerca na fronteira em meio à escuridão, acompanhada por helicópteros de combate israelenses. A testemunha não pôde de imediato informar até onde os israelenses adentraram em território palestino.

Tanques e soldados israelenses tinham sido estacionados na fronteira com a Faixa de Gaza em preparação para uma possível ofensiva terrestre, enquanto os militantes do Hamas continuavam a lançar foguetes contra o sul israelense, desafiando os pedidos internacionais para que parassem com tais ataques.

“Espero que os resultados dessa operação tragam tranquilidade no longo prazo. No momento em que eles dispararem, nós responderemos com grande força”, disse a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, na TV israelense. “Pode ser que sejam necessárias várias operações.

“Testemunhas disseram que um ataque aéreo a uma mesquita na cidade de Beit Lahiya foi realizado enquanto pessoas rezavam lá dentro. Pelo menos 11 civis, incluindo crianças, foram mortos e outros 50 feridos, disseram autoridades médicas e do Hamas.

Equipes de resgate retiraram pessoas dos destroços e os corpos de vítimas estavam caídos sobre poças de sangue, afirmaram testemunhas.

A incursão na mesquita elevou o número de palestinos mortos para pelo menos 446, além de cerca de 2.050 feridos, no pior derramamento de sangue contínuo em décadas de conflito entre Israel e os palestinos.

Uma autoridade do Hamas, Mohammad Nazzal, afirmou após o início da ofensiva terrestre que os combatentes do grupo mataram vários soldados israelenses no leste de Gaza. Ele deu a informação em uma entrevista à TV Al Arabiya, mas não especificou números.

À medida que a ofensiva de Israel entrava em sua segunda semana, moradores desesperados de Gaza se abrigavam em suas casas e agências de ajuda humanitária e alertavam que os estoques de comida, água e suprimentos médicos estão acabando.

Durante o dia, pelo menos 20 ataques aéreos israelenses atingiram Gaza e navios de guerra também dispararam contra a região, a partir do Mediterrâneo, disseram testemunhas.

Um dos ataques matou Abu Zakaria al-Jamal, um alto comandante do braço armado do Hamas, afirmou o grupo islâmico. Ele foi o segundo dirigente do Hamas morto em três dias. A maioria dos líderes do grupo está agora escondida para escapar das tentativas de assassinato por parte de Israel.
Israel desencadeou a campanha no dia 27 de dezembro, para pôr fim aos ataques de foguetes do Hamas contra o sul israelense.

FONTE: Estadão/Agências Internacionais

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WAR
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15 anos atrás

Agora, a porca vai torcer o rabo. Já pensaram a quantidade de túneis que existem sob Gaza? Os israelenses vão ter que lutar de casa em casa. Vai morrer muita gente dos dois lados. Vai ficar igual à Grozny, na Chechênia. Vão haver muitas baixas entre os civis também, é claro. Tá na hora de evacuar as mulheres e crianças. Será que o Hamás topa esta delicadeza? Ou não são “machos” para isto? Podem escrever: seus líderes vão fugir para o Egito pelos túneis que sobraram (ou já fugiram). Quem vai morrer são os meninos soldados de 18 anos, criados sob a lavagem cerebral destes radicais que vivem no século 13. E a população civil…

WAR
WAR
15 anos atrás

Na WW2, tanto a Inglaterra quanto os outros contendores, evacuaram as crianças das cidades sob bombardeio. E agora, Hamás? Olha, eu até simpatizei com vocês durante um bom tempo. Os fracos e oprimidos atraem minha simpatia. Mas ignorancia e fanatismo me fazem, às vezes, descrer de Deus (embora, logo depois, volte atrás). Que Ele salve os inocentes da idiotice humana!! E do cinismo também!!

João-Curitiba
João-Curitiba
15 anos atrás

Israel não aceita que os palestinos tenham um país. Os árabes não reconhecem Israel como país. Ambos querem Jerusalém como capital. Tá difícil, né?