Xmobots - Nauru 100D_ (1)

Drone tático desenvolvido no Brasil é voltado para missões de vigilância; versões conceituais exploram cenário de combate e ataque coordenado

 São Carlos-SP, abril de 2025. A Xmobots, 6ª maior empresa de drones civis do mundo, anuncia o Nauru 100D, um UAS (Unmanned Aerial System) tático de vigilância que representa um novo capítulo na atuação da companhia no setor de Defesa.

Projetado para missões de reconhecimento, monitoramento e observação tática, o Nauru 100D une mobilidade, inteligência embarcada e autonomia operacional. Com design compacto, operação simplificada e desempenho robusto, o sistema reforça a capacidade de resposta das forças de defesa em cenários críticos.

“O contexto geopolítico – como os conflitos na Ucrânia, no Azerbaijão e em Gaza – tem demonstrado a relevância dos drones. Com o Nauru 100D, inauguramos uma linha com resposta rápida embutida”, afirma a Diretora Comercial da Xmobots, Thatiana Miloso.

Monitoramento avançado e operação furtiva
A versão padrão do UAS Nauru 100D é equipada com o Gimbal SIS031A, permitindo o rastreio preciso de alvos, análise em tempo real e cálculo de distâncias com sensores RGB e Infravermelho Termal. As imagens são transmitidas de forma segura às equipes em solo, mesmo em condições adversas.
A Inteligência Artificial (IA) embarcada no SIS031A amplia as capacidades operacionais, permitindo também:

  • Leitura de placas;
  • Tracking de veículos e pessoas;
  • Reconhecimento facial;
  • Localização para busca e salvamento.

Com assinatura térmica, sonora e visual reduzida, o UAS atua de forma praticamente invisível durante as missões. Sua tecnologia eVTOL (Electric Vertical Take-off and Landing) permite decolagens e pousos verticais, o que amplia sua operação em ambientes com infraestrutura limitada.

Mobilidade e prontidão para missões ininterruptas
UAS Nauru 100D foi desenvolvido para operações ágeis e contínuas. Seu kit operacional é composto por duas maletas compactas: uma para transporte do drone e outra que funciona como uma estação de carregamento das baterias em campo.
Com três baterias intercambiáveis – cada uma garantindo duas horas de voo – e recarga simultânea em operação, o sistema oferece mais de seis horas de missão, sem a necessidade de longas pausa. O modo Plug & Play ativa o UAS em menos de três minutos, com interface simplificada de controle simples via dois tablets.

Principais características do UAS Nauru 100D (padrão – vigilância)

  • Envergadura: 2,1 metros;
  • Peso máximo: 9kg;
  • Teto de serviço: 400 a 1000ft;
  • Alcance operacional: 20 a 30km;
  • Velocidade de cruzeiro: 17m/s (33kt);
  • Autonomia de voo: 2 horas
  • Inteligência Embarcada: reconhecimento e aquisição de alvos;
  • Câmera FPV: Transmissão em tempo real;
  • Sistema de Iluminação: Para voos diurnos e noturnos;
  • Paraquedas: acionamento em emergências.

Conceitos estratégicos: UCAV e Swarm
A partir da plataforma Nauru 100D, a Xmobots vem desenvolvendo duas propostas conceituais voltadas para aplicações militares avançadas: os modelos UCAV (Unmanned Combat Aerial Vehicle) e Swarm (enxame). Ambos estão em fase de estudo e representam um salto em capacidades operacionais.

O conceito UCAV prevê um sistema de combate com atuação em altitudes elevadas, evasão de radar e ataques de precisão milimétrica. A proposta inclui disparo a 60 metros de altura, correção da trajetória em tempo real e retorno à base para novas missões. Entre as cargas de emprego em estudo estão bombas de alto pode explosivo (HE) e bombas antitanque com penetração (HEAT).
Já o conceito Swarm explora o lançamento simultâneo de até 30 aeronaves a partir de um contêiner de 20ft – três destinadas ao reconhecimento e 27 ao ataque coordenado. Com alcance previsto entre 120km e 340km, a proposta sinaliza uma nova dinâmica ao campo operacional, com foco em saturação de alvos e resposta tática em larga escala.

“O conceito tecnológico UCAV e Swarm com o Nauru 100D amplia as capacidades, além das missões ISTAR (Intelligence, Surveillance, Target Acquisition and Reconnaissance)”, explica o fundador e CEO da Xmobots, Giovani Amianti.

Xmobots Defense: um braço dedicado ao setor militar
O lançamento do UAS Nauru 100D marca o início da Xmobots Defense, divisão criada estrategicamente para o desenvolvimento de inovações voltadas às forças de defesa ao redor do mundo. A estrutura consolida o movimento de expansão da empresa no setor e reforça seu plano de internacionalização.

Com quase duas décadas de atuação no mercado aeroespacial, a Xmobots consolida sua expertise no desenvolvimento de UAS e inaugura uma nova fase no setor de Defesa.

Sobre a Xmobots
Fundada em 2007, a Xmobots é uma empresa referência em tecnologia robótica, que verticaliza o desenvolvimento de veículos, hardware, software e inteligência artificial. O ecossistema de soluções integradas garante maior eficácia em processos produtivos de segmentos vitais para a humanidade, como Agro, Geo, Ambiental, Defesa e Segurança. Isso proporciona redução dos custos operacionais e aumento da produtividade sem prescindir da acurácia e qualidade.

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Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
3 dias atrás

Off: olha aí o CV-90120 em demonstração nos fuzileiros navais

https://youtu.be/II1vN15tTPg?si=FoFjNCxrdCKNJ0F9

Hamom
Hamom
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
2 dias atrás

O ‘conceito Swarm’ creio ser algo como o exemplo baixo↓

”No campo de batalha russo-ucraniano, a 92ª Brigada Mecanizada do Exército Ucraniano usou drones FPV para destruir tanques russos T-90M e atacar as áreas fracas da blindagem superior. Embora a taxa de sucesso tenha sido de 38%, muito menor que os 75% dos mísseis antitanque, a relação custo-efetividade foi mais de 20 vezes maior.”
….
E numa guerra a capacidade de sustentar seus custos financeiros é vital…

Última edição 2 dias atrás por Hamom
Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
3 dias atrás

Possivel substituto do Horus FT-100 e do DJI Matrice 300 (mesma categoria), um drone de batalhão capaz de auxiliar o comandante no reconhecimento, coordenação da tropa e tambem no apoio de fogo de morteiros…o eb dá nome para isso de IRVA (inteligência, reconhecimento, vigilância e aquisição de alvos)….parabéns a Xmobots…agora o governo precisa fazer a parte dele que é compra-lo….rs

Gabriel
Gabriel
3 dias atrás

Eita! Estariam nascendo a loitering munition brazuca e o enxame de drones?
Imagina isso operando ao lado de um Gripen, que coisa linda.

Parabéns ao time da XMobots, que tenham sucesso nessa empreitada!

Diego
Diego
Responder para  Gabriel
3 dias atrás

De nada adianta projetar e construir se não compramos, ficaremos sempre no ciclo de desmanche industrial.

Última edição 3 dias atrás por Diego
Gogeta
Gogeta
Responder para  Diego
3 dias atrás

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

Mauro Oliveira
Mauro Oliveira
Responder para  Diego
3 dias atrás

O ponto é que sem uma reforma radical na FAs a coisa não vai mudar:
Formação, linha de comando e promoção tem que mudar.

A desculpa sempre é orçamento; mas vejam o que fazem com R$ dezenas de bilhões/anos em alguns programas…

Assim como tirar de sua responsabilidade qualquer atividade civil/fiscalização. Mas para isso teria que ser criada uma Guarda Nacional e Guarda Costeira (que nunca saíram do papel por resistência dos comandos que nos relegam as “FAs” atuais).

Em suma: militares de alta patente e civis (que não exercem Comando-em-Chefe) estão acomodados na absoluta mediocridade e defesa de interesses que não são Defesa e Soberania Nacional.

George A.
George A.
Responder para  Mauro Oliveira
3 dias atrás

Falta orçamento pra uma guarda nacional tbm e parece haver resistência dos governos estaduais, por exemplo, o último a levantar a hipótese, por exemplo, de uma força pra proteger a Praça dos Três Poderes foi o Dino como ministro da justiça, houve resistência do governo do DF e da Câmara e a hipótese nunca virou nem projeto.
Outra ideia recente eram forças comuns de defesa civil geridas por consórcios entre estados, ideia que tbm nem sequer virou proposta até hj.
Por fim até mesmo a ampliação das competências da PF e da PRF tá enfrentando resistência desses governos.
Enfim, falta obviamente orçamento, tem a resistência das FAs, mas considerando esse histórico provavelmente um projeto de Guarda Nacional teria resistência dos governos estaduais, o que é uma pena, pois chuto que seria uma boa até pra BID.

Mauro Oliveira
Mauro Oliveira
Responder para  George A.
3 dias atrás

Não, o problema não é, nunca foi, falta de recursos mas sim político.

Desde a primeira metade dos anos 1990 com a política macroeconômica neoliberal implantada no país; agravada com a “independência” (da soberania popular e nacional) do BC e o bizarro e absurdo “Teto de Gastos” via EC apenas para despesas obrigatórias essenciais e que deixam de fora a extorsão do mercado financeiro que compra títulos da Dívida Pública e controla o BC (que define os indexadores); ou seja, o maior gasto do governo, financeiro, que beira R$1 trilhão em juros, não está no teto de gastos.

E esse governo desistiu da ideia das Guardas por que é inepto e covarde (foi só haver mínima resistência que cedeu).

Não adianta aumentar orçamento; esses comandos incompetentes das “FAs” que não enxergam um palmo fora de EUA/OTAN continuarão gastam mal e nos relegando forças medíocres que mal servem pra treinamento e desfile.

Marcos Bishop
Marcos Bishop
Responder para  Mauro Oliveira
2 dias atrás

Não é que não enxerguem “um palmo fora da OTAN / EUA”. Eles tem um projeto próprio em que o Brasil é integrado à aliança Atlântica. Um sonho de ser um Aliado dos EUA e da Europa. Um desejo de ver o Brasil integrado como um parceiro equivalente ao que o Canadá e Inglaterra eram até ano passado…

Mauro Oliveira
Mauro Oliveira
Responder para  Marcos Bishop
2 dias atrás

Não é?

Não é só eles…

brutus
brutus
Responder para  Marcos Bishop
2 dias atrás

isso nao faria absolutamente nenhum sentido

Sensato
Sensato
Responder para  Mauro Oliveira
16 horas atrás

O que engessou o orçamento das FAs foram as autorizações dadas pelos GFs das últimas duas décadas para aumento desproporcional de efetivo, visando tripular os inúmeros equipamentos e vetores que nunca vieram, a ser comprados com dinheiro, que nunca veio, dos sucessivos PACs, que foram sérios nem progrediram

Pedro
Pedro
Responder para  George A.
2 dias atrás

Guarda do regime, quer dizer. Por isso a resistência…ainda bem.

Sensato
Sensato
Responder para  Mauro Oliveira
16 horas atrás

Guarda Nacional e Guarda Costeira pra quê se EB e MB já fazem, respectivamente essas funções e tem carência de orçamento? Mais concentração de poder nas mãos do GF? Mais comandos para promover oficiais alinhados? Mais orçamentos pra extrair um %? O que o GF tem que fazer em prol da defesa e da Segurança Pública é fazer o básico bem feito que já “despiora” muito!

MMerlin
MMerlin
Responder para  Diego
2 dias atrás

Claro que adianta. Desde que se tenha a visão de diversificar os produtos e os mercados.
A Xmobots tem como seu forte o agronegócio e outras áreas civis.
Se a Embrear e outras empresas que compõem o BID dependesse só do mercado nacional, principalmente defesa, nem mais existiram.

Iran
Iran
3 dias atrás

EB tinha que se encher desse tipo de equipamento

Mauro Oliveira
Mauro Oliveira
Responder para  Iran
3 dias atrás

Daqui a 20 anos adotam alguma doutrina da OTAN derrotada na Ucrânia…

paulop
paulop
3 dias atrás

O mais interessante desse sistema é que poderia ser utilizado em nível Cia e Btl. Agregaria capacidade de IRVA muito interessante nos Pel Recon. Talvez associado com Sarp menores, em nível de Pelotão, como o Mavic, também da XMbots, em um sistema integrado, permitiria aos comandantes dos Pel, Cia e Btl ter uma dimensão mais ampla da configuração do campo de batalha, trazendo mais consciência situacional nas operações.

Paulo
Paulo
1 dia atrás

O Roberto Caiafa do Caiafa Master e infodefensa, fez uma descrição detalhada do sistema Nauru 100D na versão UCAV e enxame em uma live ontem à noite. Do ponto de vista dele não há nada parecido no mundo. Segundo Caiafa, a sofisticação do sistema é tremenda e sua simplicidade, tanto no design quanto na operação o torna uma arma absolutamente letal. Impressionou o Caiafa ,o sistema de ataque em enxame do Nauru 100D municidado por granadas ou bombas de dupla carga oca. Envelopados em um contêiner de 20ft ,30 drones se desdobram e autonomamente seguem para o alvo: 3 drones são responsáveis pelo rastreio, identificação e designação de alvos através de uma IA altamente sofisticada. Os outros 27 drones de ataque recebem as informações desses 3 drones e se coordenam entre si ( através de suas próprias IAs ) para atacar os alvos com a máxima eficiencia possível.. uma coluna de blindados pode ser dizimada por este sistema. Os drones possuem sistemas para evitar contramedidas tanto eletromagnéticas, de interferencia quanto de sistemas de artilharia anti drone. Apos a missão, os drones voltam ao conteiner de forma autônoma
Caiafa afirmou que o conceito é simplesmente revolucionário no mundo, e de uma letalidade absoluta . A Xmobots verticalizou a produção
Significa que fabrica tudo, do motor, ao sensor embarcado.
O alcance estaria entre 100 e 350 km com alta altitude
Caiafa por fim, alerta para o EB adquiri- lo em massa ,antes que outros o façam.
O custo por drone é de U$ 3.000,00. Um contêiner com 30 drones custaria aproximadamente U$ 100.000,00. Até pars o EB o custo é baixissimo ,se comparado à um caça tanques como centauro II .