Exército dos EUA testa novo drone YRQ-10A com decolagem vertical e inteligência em tempo real

O Exército dos Estados Unidos iniciou uma nova fase no programa Future Tactical Uncrewed Aircraft Systems (FTUAS) com a entrega de dois protótipos do drone de reconhecimento MK 4.8 HQ Aerosonde, designado YRQ-10A, ao Redstone Arsenal, no Alabama, em 18 de março de 2025. Cada conjunto inclui duas aeronaves, duas estações de controle terrestre, dois terminais de dados terrestres, um kit On-the-Move (OTM) e equipamentos de apoio associados. Esses sistemas passarão por testes rigorosos ao longo do ano para informar uma decisão de produção e um contrato de implantação rápida, esperado para o outono de 2025.
O programa FTUAS visa substituir o antigo RQ-7B Shadow, fornecendo às Brigadas de Combate (BCTs) uma capacidade orgânica de reconhecimento e vigilância. Diferentemente do RQ-7B, que requer uma pista para decolagem e pouso, o YRQ-10A utiliza tecnologia de Rotor Híbrido Quadrotor para decolagem e pouso verticais (VTOL), eliminando a necessidade de pistas e permitindo operações a partir de terrenos confinados ou acidentados.
O MK 4.8 HQ Aerosonde é uma plataforma comprovada em combate, com mais de 600.000 horas de voo em ambientes desafiadores. A versão adaptada para o FTUAS mantém a portabilidade por dois soldados, facilitando o transporte por helicópteros UH-60 Black Hawk ou veículos terrestres táticos, essencial para operações de alta intensidade e expedicionárias.
Um dos conjuntos de protótipos foi enviado ao Redstone Test Center para testes de transportabilidade, validando a capacidade do sistema de ser implantado e reposicionado por ativos de transporte orgânicos do Exército em ambientes reais. O segundo conjunto foi entregue ao Joint Technology Center Systems Integration Laboratory para iniciar testes de rede e cibersegurança, cruciais para alcançar a Autoridade para Operar (ATO) e garantir a disseminação segura de dados de ISR nas redes do Exército.
O YRQ-10A exemplifica o compromisso do Exército com um design modular e centrado no soldado. Sua Arquitetura de Sistemas Abertos Modulares (MOSA) permite a rápida integração de novos sensores e atualizações de software, assegurando que o sistema permaneça tecnologicamente relevante à medida que as ameaças evoluem. Além disso, sua capacidade de controle On-the-Move permite que os operadores comandem e recebam dados do drone enquanto estão em patrulha, sem a necessidade de interromper as operações para controle da missão.
Gerenciado pelo Escritório Executivo do Programa (PEO) de Aviação no Redstone Arsenal, o FTUAS reflete o esforço mais amplo do Exército para modernizar seu portfólio de aviação e manter uma vantagem decisiva sobre adversários em potencial. O Escritório de Projetos de Sistemas Não Tripulados (UAS) dentro do PEO Aviation continua focado em equipar as formações do Exército com sistemas não tripulados avançados, escaláveis e resilientes, alinhados às necessidades da guerra no século XXI.
Aerosonde® Hybrid VTOL FTUAS Mk. 4.8
O Aerosonde® Hybrid VTOL FTUAS Mk. 4.8, da Textron Systems, é uma aeronave não tripulada de alto desempenho e extrema confiabilidade, desenvolvida especificamente para atender aos requisitos do programa Future Tactical Unmanned Aircraft System (FTUAS) do Exército dos EUA, oferecendo às Brigadas de Combate (BCTs) uma capacidade de reconhecimento portátil por duas pessoas.
Projetado com base na abordagem MOSA (Modular Open Systems Approach), o drone não depende de pista de decolagem e pode ser operado com uma infraestrutura logística mínima, sendo possível montar e lançar o sistema completo em menos de 30 minutos.
A potente aeronave é movida por um motor a combustível pesado, compatível com JP-5, JP-8, F44, Jet-A ou Jet-A1. Com capacidade de carga útil de 25 libras (11,3 kg), pode transportar até seis sensores por voo, escolhidos entre mais de 40 opções, incluindo:
- Sistemas de imagem EO/IR (eletro-ópticos/infravermelhos)
- Busca marítima de área ampla
- Radar de abertura sintética (SAR)
- Sistemas automáticos de identificação (AIS)
- Cargas para guerra eletrônica (EW) e inteligência de sinais (SIGINT)
- Scanners LiDAR
- Comunicação em rede MANET (mobile ad-hoc networking)
Especificações técnicas:
- Peso máximo de decolagem (MGTOW): 205 lb (93 kg)
- Capacidade de carga útil: até 50 lb (22,7 kg)
- Autonomia máxima: 14 horas
- Bandas de datalink: L, S, C, Ku
- Teto operacional: 15.000 pés (5.000 metros)
Caramba , irmão do Nauru 1000C
Sem querer ser do contra mas esse conceito (VTOL híbrido) é utilizado por “centenas” de drones e EVTOLs mundo afora.
Nunca tinha percebido , do mesmo desenho do Nauro1000C,
Um amigo que produz disse que a galera copia mesmo, e tudo iniciou dos amadores
Muito parecido com o do Brasil.
Comparativo: teto do Nauru 1000C 3.000 metros contra 5.000.
Autonomia máxima: 10 horas contra 14 horas.
Peso de decolagem Max. 150kg contra 93kg.
Carga útil 18kg contra 11,3 kg ou 22,7 kg?.
Os 11.3kg seria de combustível? Não sei.
Qualquer país com um orçamento de defesa projetado para o ano que vem de um trilhão de dólares pode fazer isto. Me surpreendo mesmo é com o que o Irã sancionado e também a Coréia do Norte conseguem fazer.