China mira setor de defesa dos EUA e impõe restrições à exportação de minerais raros

Dois dias após o ex-presidente Donald Trump anunciar tarifas de 34% sobre produtos chineses, Pequim respondeu com novas restrições à exportação de minerais estratégicos, afetando diretamente a base industrial de defesa dos Estados Unidos. As medidas incluem licenças especiais para a exportação de sete elementos de terras raras — disprósio, gadolínio, lutécio, samário, escândio, térbio e ítrio — todos cruciais para aplicações militares e aeroespaciais.
Segundo o Ministério do Comércio da China, as restrições visam “proteger a segurança nacional e cumprir obrigações internacionais como a não proliferação”. A escolha dos minerais foi estratégica, já que os Estados Unidos dependem fortemente da China para o fornecimento dessas substâncias, e não possuem capacidade de produção em escala, mesmo com depósitos internos disponíveis.
Especialistas consideram a ação um “ataque de precisão às cadeias de suprimento do Pentágono”. Minerais como o térbio e o disprósio são essenciais para a fabricação de ímãs de neodímio-ferro-boro, usados em sistemas de mísseis, radares, comunicações via satélite e caças como o F-35, além de submarinos das classes Virginia e Columbia. O térbio é escasso, compondo menos de 1% da maioria dos depósitos, o que torna sua extração dispendiosa.
Além disso, o gadolínio é fundamental na produção de turbinas de motores aeronáuticos, pois melhora as propriedades mecânicas das ligas metálicas. Também possui aplicações promissoras na proteção de satélites e espaçonaves contra radiação cósmica, segundo nota da empresa Stanford Advanced Materials.
As restrições ocorrem em meio a um esforço crescente dos EUA para reduzir a dependência de minerais estratégicos chineses. Em 20 de março, Trump assinou uma ordem executiva invocando a Lei de Produção de Defesa, determinando a criação de um fundo para impulsionar a produção doméstica, coordenado pelos departamentos de Defesa e Finanças Estratégicas, em parceria com a Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional (DFC).
Apesar dessas iniciativas, a autossuficiência americana ainda enfrenta obstáculos significativos, tanto técnicos quanto econômicos. O governo Trump reconheceu esses desafios ao isentar minerais críticos das tarifas comerciais mais amplas, adotadas contra diversos parceiros comerciais, sinalizando a complexidade do tema em meio a crescentes tensões econômicas e geopolíticas com a China.
E essa é uma indústria, que para mim o Brasil precisa desenvolver, desde extração até o processamento e utilização. Temos a terceira maior reserva do mundo de terras raras
Se o Trump souber disso, vai querer invadir o Brasil sob o argumento de Segurança Nacional, como está ameaçando a Dinamarca em relação à Groelândia.
O troglodita inaugurou a era do Vale Tudo na política internacional.
E olha que muitos “patriotas” iriam apoiar entusiasticamente.
Caso ele tome a Groelândia os habitantes locais se converterão em cidadãos americanos.
Para uma tribo de esquimós, sejam os Inuit ou os Lapões, faz muita pouca diferença se suas terras pertencem aos EUA, Canadá ou Dinamarca. Ou ainda Rússia, Finlândia, Suécia ou Noruega.
Afinal os Inuit se distribuem por todas essas nações próximas ao ártico.
Outrossim, que diferença faz para o Indígena amazônico se é um branco de São Paulo/Brasília/Caetés/Glicério ou de Washington que manda nele?
Ele não precisa invadir:
O que não falta por aqui são “patriotas” que dariam essas terras a ele, de bom grado e com sorriso no rosto, e ainda ficariam felizes deles terem bases por aqui, como “troco”.
Já são duas vezes em que o Brasil é denunciado ao governo americano por pesquisa bomba atômica rsrsrs, uma no período Collor.
Se é para falar de “patriotas”, o que dizer daqueles que, ligados a interesses econômicos ou mesmo escusos, admitem e saúdam a legalização e liberação de jogos on line (“bets”, que só estimulam a corrupção e a degradação), ou mesmo a liberação, aprovação, e propaganda extensiva de “remédios miraculosos”, “complementos alimentares”, e “tratamentos mágicos”, para aqueles com QI limítrofe que caem nesses “contos”?
(Que devem ser muitos, pela quantidade e duração das propagandas na TV e outras mídias…).
Olá Pedro.
Concordo com vocẽ sobre o problema das BET.
Um dos grandes avanços civilizatóriso brasileiros foi a restrição ao tabaco…. começando pela proibição de propaganda e patrocínios
O país já tem uma experiencia de sucesso… é aproveitar o que funcionou…
É muito difícil impedir o acesso aos sites estrangeiros.
Os EUA sabem.. durante a II Guerra, os navios dos EUA usavam areias monazítica como lastro, ricas em terras raras.
As terras raras são encontradas como óxidos. Sua separação para pela separação química. O Brasil sabe como separar… um bom departamento de química sabe fazer isto (só em SP temos pelo menos 4 lugares com gente que sabe saber esta separação).
O que não teve foi um capitalista interessando em fazer dinheiro separando terras raras, que no Brasil nem são tão raras.
talvez agora alguém queira colocar capital para fazer uma planta de produção de terras raras.. ou talvez a Petrobras fundar uma subsidiária..
A questão está das dificuldades está no refino, altamente poluentes, o Brasil perde oportunidade por falta de investimento em pesquisa na industrial, por falta de conhecimento das aéreas de mineração e por ter um órgão ambiental altamente moroso e burocrático, veja o caso da explicação de petróleo na margem equatorial.
O Brasil é desorganizado demais pra fazer isso. Olha pra novela que é a extração de petróleo na foz do Amazonas; qualquer juiz inventa que na área de extração de terras raras foi um quilombo ou que teve uma tribo indígena lá é embarga a obra.
Creio que o Brasil possa pegar esse mercado no vácuo da China, mas acho tbm q isso impulsiona o desejo do Trump de anexar a Groelândia.
Fico tentando imaginar o tamanho do atoleiro que os EUA estão, e não deve ser pequeno para estarem fazendo o que estão fazendo. O irônico nisso tudo é que é um presidente republicano dos EUA quem está enterrado o neoliberalismo e todas instituições internacionais criadas para os EUA ditar sua agenda. No mais, a China pensa muito antes de cada passo e evita usar IA pra determinar tarifas.
O cálculo das tarifas do Trump foi pegar a proporção entre exportação e importação de tal país em relação aos EUA (déficit ou superávit comercial), dividir pelo valor de importações novamente e dividir por 2. Uma conta de padaria patética e que sequer leva as tarifas reais em conta, o déficit comercial pode ser simplesmente pelo fato do produto americano muitas vezes não ser competitivo mas isso não é levado em conta.
Terraplanismo econômico em sua melhor forma, parabéns aos envolvidos e, por menção honrosa, aos gênios brasileiros que bateram palma pra isso kkkkkkk
Se foi pra arrebentar o globalismo foi um cálculo bem feito o problema é que todo mundo vai ficar mais pobre.
Sua menção me faz lembrar um ex chanceler que pedia orações e conselhos ao mentor dos terraplanistas verde amarelo em como bajular a bandeira alheia ianque em seu gabinete uma cena patética .
Prelúdios da 3° guerra mundial, já dizia Einstein, “não sei com que armas a 3° guerra será lutada, mas a 4° será com paus e pedras” loading……