A História Militar e o Cinema: O Resgate do Soldado Ryan (1998)

Sérgio Vieira Reale
Capitão de Fragata (RM1)
A história militar e o cinema é uma coletânea de artigos sobre filmes e séries cinematográficas do gênero guerra. Os referidos artigos abordam fatos históricos marcantes da guerra no ar, no mar e na terra. Eles podem ser baseados em fatos reais ou fictícios e tem as seguintes finalidades: despertar nos leitores a vontade de assistir ou rever os filmes e as séries selecionadas; bem como utilizá-los no meio acadêmico como um valioso recurso didático.
Segundo o historiador canadense Robert Rosenstone, autor do livro “A história nos filmes, Os filmes na história”, lançado em 2010 no Brasil: “O filme histórico tem tanto valor quanto os livros acadêmicos, pois ambos seriam diferentes formas midiáticas de descrever as verdades sobre o passado”.
Os filmes de guerra, de modo geral, retratam temas relevantes, têm uma narrativa atraente e misturam cenas de ação com elementos emocionais.
O Resgate do Soldado Ryan (“Saving Private Ryan”), lançado em 1998, é uma história fictícia. Ambientado no contexto da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), é considerado uma obra prima cinematográfica e um épico do gênero guerra. O filme foi muito bem recebido pelo público e aclamado pela crítica.
Consta que, o roteirista do filme, Robert Rodat teria se inspirado na história real dos quatro irmãos Niland (Edward, Preston, Robert e Fredrick), que causou grande comoção na sociedade norte-americana durante a Segunda Guerra Mundial. Naquele episódio, os quatro irmãos estavam servindo nas forças armadas. Robert e Preston morreram. Fredrick e Edward sobreviveram.
O Resgate do Soldado Ryan também foi baseado no livro “D-Day june 6, 1944: The Climatic Battle of World War II” (1994) de Stephen Ambrose.
As filmagens foram realizadas na Irlanda com a participação de reservistas do exército irlandês. Em relação as premiações, o filme ganhou cinco Oscars de 11 indicações: Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.
O filme retrata, principalmente, a política do único sobrevivente. Conjunto de normas que foram sendo estabelecidas para proteger pessoas da mesma família, que estejam no mesmo período no serviço militar.
O ator Tom Hanks interpreta o Capitão John Miller, que comanda um grupo de soldados para resgatar o único filho vivo de uma família de quatro irmãos (Sean, Peter, Daniel e James Ryan). Três já haviam sido ceifados pela guerra. O propósito era evitar que os pais perdessem todos os filhos da mesma família.
Dessa forma, oito combatentes recebem a missão de localizar e resgatar o paraquedista James Ryan na região de Neuville. Último dos quatro irmãos sobrevivente na guerra.
O longa começa com uma tomada da bandeira norte-americana. Logo a seguir, mostra a visita de um veterano no cemitério e memorial norte-americano na Nomandia. Naquele instante, o veterano, que estava sendo acompanhado pela família, se emociona no túmulo de outro soldado e relembra as agruras do desembarque anfíbio nas praias da Normandia.
O filme exibe, de forma bem realista, durante mais de 20 minutos, a chegada das embarcações dos aliados no sangrento desembarque na praia de Omaha. No dia D, o mais longo dos dias, muitos soldados não pisaram na areia, pois foram alvejados pela artilharia alemã quando ainda estavam desembarcando na praia. Segundo o cineasta norte-irlandês Mark Huffam: “Não queremos glamourizar a guerra, queremos que ela pareça com o que aqueles soldados e homens realmente passaram quando chegaram naquela praia.”
- Filme: O Resgate do Soldado Ryan (1998)
- Diretor: Steven Spielberg
- Atores principais: Tom Hanks, Edward Burns, Tom Sizemore, Matt Damon, Jeremy Davies, Giovanni Ribisi, Barry Pepper e Vin Diesel
- Trilha Sonora: John Williams
- Disponível: Netflix / Amazon Prime Vídeo
Referências Bibliográficas e Sites Consultados
- https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/o-resgate-do-soldado-ryan-existe-uma-historia-real-por-tras-do-filme.phtml
- Stephen E. Ambrose’s D-Day is the definitive history of World War II’s most pivotal battle, a day that changed the course of history.
- https://www.youtube.com/watch?v=dcz1Tvsx_f4 O Resgate do Soldado Ryan – Trailer Oficial
>https://www.bbc.com/news/articles/c80z0zj201xo Como as filmagens de O Resgate do Soldado Ryan sacudiram uma praia irlandesa - ROSENSTONE, Robert. A história nos filmes / Os filmes na história. São Paulo: Paz eTerra, 2010.
“Não atirem, não atirem…deixe-os queimar!
Sgt Moreno
NOTA: Difícil ter compaixão com o oponente que acaba de exterminar dezenas de camaradas, amigos de cia.
Provavelmente compatível com o que de fato aconteceu em Omaha Beach. Mas até nisso o filme tem um toque de genialidade.
Tem uma cena com dois “alemães” se rendendo com as mãos para o alto e falando alguma coisa que os americanos não entendem. Em seguida eles são mortos.
Na verdade eles estão falando em checo “Eu não são alemão, eu sou checo. Eu não matei ninguém, eu sou checo.”.
O que provavelmente indica que eram checos alistados de forma forçada e não queriam estar ali. O filme não explica. Só quem fala alemão ou checo entendeu.
O exercito alemao tinha combatentes de varias nacionalidades. Na invasão a União soviética, os nazistas tinham combatentes fascistas espanhois por exemplo. Acredito que nao eram forcados.
Não só não eram forçados como havia toda uma divisão de voluntários, Recomendo buscar referências sobre a Divisão Azul. Havia inclusive franceses entre as tropas alemãs, que compuseram a Divisão SS Charlemagne. Se não me engano, seus últimos membros atuaram na defesa de Berlim.
Sim, inclusive havia franceses na invasao soviética
Tinha as duas coisas.
Ucranianos que odiavam os russos. Franceses etc
Os forçados normalmente eram do leste europeu do vasto império soviético.
O livro conta isso. E conta de diversas outras origens.
O Sgt era alemão, mas o resto da tropa era toda de fora.
Simplesmente o melhor filme, disse filme, da SGM. A série todos bem sabem e pode-se dizer que é derivado do filme por ser do mesmo diretor/produtor.
Sobrevive e ultrapassa qq congênere com a tecnologia cinematográfica atual, mas ainda, seu roteiro, personagens e atuações são impecáveis.
Uma única ressalva, que não lhe tira pontos, é terem trocado o ator que interpreta o Ryan … Poderiam ter “envelhecido” o Matt Damon …
Nota: 10/10
Olá Ozawa,
Spilberg sabe como poucos como contar uma história…. por exemplo, “Encurralado” e “Louca Escapada”, lá do primeiros, são ótimos.
Eu não gosto de “I.A.”… tem alguma coisa neste filme que me incomoda profundamente. Assisti uma vez e fiquei muito incomodado… é um filme que evito.
“Soldado Ryan” é legal porque é uma história que vai surpreendendo.. tem um eixo mas que é a missão, mas existem várias histórias.. a profissão do Capitão.., a covardia do soldado tradutor… eu acho que a cena na qual os soldados fazem piada com as plaquetas de identificação uma das mais fortes.
O diretos é tao bom que a gente nem se dá conta que um dos soldados é Vin Diesel..
curiosidade… Spilberg é o funcionário da prefeitura que assina o recibo do pagamento dos impostos atrasados do orfanato em “Os Irmãso Cara-de-Pau” … ele faz esta pontinha no final do filme
Não dá para comparar por causa da tecnologia dá época e dinheiro disponível.
Mas para mim The Guns of Navarone – Os Canhões de Navarone ainda não foi superado.
Os atores então…
Assisti há pouco tempo um excelente filme “A colina dos homens perdidos”… não tem combate mas é show.
“Tora Tora Tora” também é muito bom..
sobre a Guerra da Coreia nada supera “M.A.S.H.”
Resgate do Soldado Ryan é como o “Das Boot” = ser quase universalmente aceitou como um dos melhores filmes de guerra já feitos.
Assisti esse no cinema. Foi tão realista e dramático que saí do cinema traumatizado com a violência. Passei inclusive algumas semanas evitando filmes violentos. Para quem cresceu assistindo Rambo, foi um grande choque ver como é guerra “de verdade”. Me recuperei a tempo de apreciar The Matrix depois.
Mas realmente é um dos melhores filmes de guerra já feitos, pois não mostra supersoldados ganhando do dia, apenas o tremendo sacrifício que os soldados de todas as nacionalidades passaram naquele conflito.
Tem um pouco de patriotada americana? Tem, mas é executado com melhor tato que a maioria dos outros filmes americanos sobre o tema. Por exemplo, os britânicos reclamaram da tropas não-americanas no filme, no que concordo. Mas tirando isso é um bom retrato da Guerra.
No aspecto produção, é o melhor filme de guerra já feito.
Já no quesito roteiro, nem tanto, porque acaba repetindo aquelas bobagens irrealistas típicas de filme de Hollywood: o mocinho que sozinho mata vários inimigos, o batalhão inimigo inteiro atira no soldado dos EUA e todos erram, etc.
Ficção difere de realismo muitos acreditam.
Em termos de guerra, pra mim e o melhor filme. E. Termos de história, a conquista da honra.
Eu concordo, é um dos melhores no desembarque e procura do soldado Ryan, depois que acham fica meio galhofa.
A preparação da emboscada para os nazistas no terço final lembra muito os esquemas do “Esquadrão Classe A”. Que aliás eu e meu irmão adorávamos.
Acho que tu não assistiu ao filme.
Os que negativaram também não assistiram …kkkkkkkk…no final do filme, praticamente todos os envolvidos na missão estão mortos. E qual é o mocinho que mata vários inimigos nesse filme?
P.S.: podem negativar o quanto quiserem.
Pra mim o vilão e o cabo uphan kkk
Verdade…covarde que no final resolveu virar corajoso, mas aí o pior já tinha acontecido.
“E qual é o mocinho que mata vários inimigos nesse filme?”
Essa é fácil! O M1 Garand!
E do lado alemão a MG42.
Os filmes desse perfil buscam mostrar os acontecimentos relatados.
Ambrose foi muito fiel a isso nos seus livros,
O problema do filme é o tempo…
Foi a mesma coisa q ocorreu em Black Hawk Down.
Os acontecimentos com um protagonista ocorreram, na verdade, com mais de um.
Mas fica impossível no filme mostrar cada ocorrido com seu respectivo relator, pois seriam muito mais histórias pra contar ao mesmo tempo.
O Resgate do Soldado Ryan relata / está inserido ficticiamente numa parte do q ocorreu no Dia D (livro de mesmo nome de Ambrose), e o depois, foi relatado em Soldados Cidadãos. Na minha opinião, o melhor livro de guerra q já li.
”A Ficção da História Militar e o Cinema”
Seria um título mais realista.
Especialmente em relação a maioria dos filmes de guerra norte-americanos…
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A História Militar e o Cinema: Os Canhões de Navarone – The Guns of Navarone (1961).
Anthony Quinn, David Niven, Irene Papas, Gregory Peck etc.
Olha., “Cartas de Iwo Jima” é excelente..
Bom mesmo. Recomendo também “Vá e Veja” e “A Cruz de Ferro”.
Clint Eastwood é excelência.
Um livro excelente sobre o assunto, é Soldados Cidadãos.
O meu já está com meio quilo de marcadores.
O filme é ótimo. Tecnicamente existem falhas que o YouTube mostra, mas isso não tira o brilhantismo de um filme sobre a coragem e a covardia que a todo instante se contrapõem a ponto de tornar difícil julgar um personagem.
Os nazis poderiam ter rechaçado a invasão se os Flak 88 Tivessem disparado ou ao menos…retardado. Somente um nazi disparou 5 mil balas sobre os aliados e…conseguiu fugir para contar.
Soldado Ryan e Os Imperdoaveis são duas obras ótimas.
Final da época de ouro no cinema, onde ainda era necessário ter figurantes devidamente trajados e equipados para fazer as cenas, as explosões tinham mesmo que acontecer tudo na mesma tomada…claro que existiu algumas situações onde se fazia necessário CGI para recriar veículos e cenários, mas abusar fica “exagerado e caro”, coisa que hoje o cinema abusa e na minha opinião perde muito a imersão.
Me sinto honrado de ter assistido Band of Brothers e Save the Private Ryan, a atenção com a captura de áudio foi um trabalho incrível, pois aquelas armas eram de colecionadores e realmente atiravam festim para recriar as batalhas a ponto dos veteranos ficarem sensibilizados com as superproduções.
Recentemente o filme “Interestellar” de 2014 foi relançado e exibido novamente no Cinema; O Resgate do Soldado Ryan merecia que o mesmo destino, ainda mais em tempos de tão poucos filmes realmente bons sendo lançados… Tive o prazer de assistir este filme em 1998 quando do seu lançamento no cinema e a primeira cena do desembarque do dia D vista na telona junto com o som insuperável das balas e artilharia em geral a forma como tudo foi filmado, variando em primeira pessoa ou numa visão geral da batalha são de um tensão e sensação únicas que dificilmente vai ser superado por outro filme, é uma obra prima, Sensacional com certeza um dos melhores filmes de todos os tempos, não só sobre guerra como no geral e foi graças a esse filme que tivemos as também magnificas séries “Band off brothes e “The pacific” que já foram temas de postagens anteriores aqui.
Lembrando que daqui um.mes completara 80 anos do suicídio devHitler