Com estande na LAAD, Firjan apresenta soluções tecnológicas para os setores de defesa e segurança

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o SENAI CETIQT, leva para a principal feira do setor da América Latina a oferta de serviços e as tendências de novos materiais desenvolvidos pelas instituições
Pela primeira vez com estande próprio, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) participa da 15ª edição da principal Feira de Defesa e Segurança da América Latina, a LAAD Defence & Security. O evento, de 1 a 4 de abril, no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro, reúne bienalmente empresas brasileiras e internacionais da cadeia produtiva de defesa e segurança, fornecedoras de equipamentos, serviços e tecnologias para as Forças Armadas, Forças Policiais e Especiais, assim como executivos da segurança corporativa do Brasil e outros países.
“A indústria de defesa representa hoje 4,78% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Além disso, o setor é responsável por empregar cerca de 2,9 milhões de pessoas, sendo 1,6 milhão de empregos diretos e 1,3 milhão indiretos. Ela não apenas contribui para a geração de empregos qualificados e o desenvolvimento de habilidades tecnológicas avançadas, mas também promove a inovação e a competitividade no país”, destaca o vice-presidente da Firjan e presidente do Conselho Empresarial de Defesa e Segurança Pública da federação, Carlos Erane de Aguiar.
O executivo lembra também que a indústria de defesa e segurança tem um vasto potencial, que vai muito além do uso exclusivamente militar. “Ela envolve o desenvolvimento de tecnologias de ponta que impactam diversos setores da sociedade e da economia, o que chamamos de tecnologias duais, para uso militar e civil”, aponta Aguiar.
Nesse sentido, a federação, além de estreitar o relacionamento da indústria fluminense com empresas e instituições nacionais e internacionais – em ações no estande T31 no Pavilhão 4 –, apresentará toda a oferta de serviços tecnológicos e pesquisa aplicada da Firjan SENAI SESI para os setores de defesa e segurança. A Rede de Institutos de Tecnologia e Inovação da Firjan SENAI SESI abordará novas tendências, com novos materiais aplicados às FFAA; defesa biológica; ciência de dados e Inteligência Artificial (IA); assim como os protótipos de simuladores de alta complexidade do submarino Tupi e os procedimentos de motorista do veículo blindado Guarani.
Oferta de serviços e tendências de novos materiais
“A parceria entre a Firjan e as Forças Armadas Brasileiras demonstra como o setor industrial e o Sistema S podem colaborar de forma estratégica para atender às necessidades de defesa e segurança do país. Os diversos projetos ressaltam a importância da integração entre a indústria e o Sistema S, não apenas para atender às necessidades operacionais, mas também para impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a autonomia da defesa nacional. Além disso, o papel do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE) na coordenação dessas iniciativas e no fortalecimento da Base Industrial de Defesa foi corretamente destacado como um pilar estratégico para a segurança do Brasil”, ressalta Carlos Frederico Aguiar, vice-presidente Firjan CIRJ e presidente do SIMDE.
“A participação dos Institutos SENAI de Tecnologia e Inovação da Firjan SENAI SESI é um reflexo claro do compromisso com o desenvolvimento de soluções tecnológicas de ponta para o setor de defesa. Este setor não apenas fomenta a inovação e a criação de tecnologias avançadas, mas também exerce um impacto direto e significativo na evolução da indústria nacional e no fortalecimento do bem-estar da sociedade. Por meio da sua atuação, o SENAI contribui para a criação de um futuro mais seguro, sustentável e tecnologicamente avançado, impulsionando o progresso em diversas áreas essenciais para o país”, afirma Paulo Roberto Furio, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Firjan SENAI SESI.
Durante a feira, a Firjan ainda promove o seminário “Pesquisa e inovação na aplicação de bacteriófagos em defesa biológica, saúde, agronegócio e indústria”. O encontro com renomados especialistas acontece no dia 3, a partir das 14h30, no Pavilhão 5 do Riocentro.
Já o SENAI CETIQT levará para a exposição o novo Conjunto Camuflado Alto Desempenho, um Produto Estratégico de Defesa (PED) desenvolvido para o Exército Brasileiro em cooperação com as indústrias têxteis e de confecção nacionais. “O novo Conjunto Camuflado representa um marco tecnológico para os fardamentos do Exército Brasileiro. A alta tecnologia empregada no uniforme incorpora funcionalidades essenciais para os militares, como acabamento antimicrobiano, proteção contra infravermelho, alta solidez, proteção solar e tecnologia anti-vetores, muitas dessas aplicadas por meio de nanotecnologia no tecido. Esse projeto reafirma a capacidade do SENAI CETIQT de desenvolver soluções inovadoras para o setor de Defesa e Segurança”, destaca Renata Monteiro, engenheira Têxtil e especialista em Projetos Estratégicos de Defesa e Segurança do SENAI CETIQT.
Conheça as principais soluções ofertadas pela Rede de Institutos de Tecnologia e Inovação da Firjan SENAI SESI durante a LAAD:
- Desenvolvimento de materiais alternativos aos comercializados e novos processos de produção de materiais de defesa;
- Reaproveitamento de resíduos, circularidade e reciclagem de fardamentos e coletes balísticos;
- Mobilidade e conforto com redução de peso de materiais, mantendo ou aumentando a eficiência;
- Desenvolvimento de materiais Resilientes, Resistente a intemperes, Adaptabilidade e Redução de Peso;
- Sistemas de alta resistência mecânica e baixo peso específico;
- Sistemas absorvedores de radiação eletromagnética multi-espectral;
- Tecnologias a base de materiais de alta resistência ao desgaste por atrito e temperatura;
- Sensor de ultra-baixa concentração de amônia;
- Revestimento polimérico elastômero hidrofóbico para sensor acústico com casamento de impedância mecânica de vibração;
- Cerâmicas avançadas e cerâmicas piezoelétricas;
- Sistemas de Simulação para processos, instrução e Tecnologias imersivas para treinamentos complexos;
- Materiais/meta-materiais absorvedores de radiação eletromagnética na faixa de frequência de radares;
- Membranas poliméricas, porosas e hidrofóbicas para remoção de CO2 e dessalinização de água via;
- Destilação com membranas;
- Inteligência Artificial: Aprendizagem de Máquina, Aprendizagem Profunda, Visão Computacional, IA;
- Generativa e Modelos de tradução de texto para fala (ASR); e
- Simulações de cenários para apoio de decisão (Estratégico e Operacional).
DIVULGAÇÃO: Firjan
Não sabia que a indústria de defesa contribuía com mais de 4% do PIB.
Isso é bastante dado o tamanho da nossa Indústria de Defesa atual.
Realmente é surpreendente. Imagine se nossas forças armadas comprassem material feito aqui em grandes quantidades!
Stella Tecnologia e Xmobots estão produzindo drones sensacionais. O Nauru1000C com o míssil Enforcer, por exemplo. Aí o EB vai lá e compra meia dúzia, num país maior que toda a Europa Ocidental…
Se não me engano nessa conta da indústria de defesa/PIB,entra até às empresas de segurança patrimonial, que dada as limitações das polícias civis e PMs locais , se tornaram um negócio enorme na nação. PS com a comum participação ativa de agentes das próprias polícias, sem demérito, porque onde ha necessidade, existe oportunidade.
Se isso de Segurança Privada entrar no cálculo for verdade, o Brasil é uma piada maior do que eu pensava.
Piada por que?? é um setor relevante e até mesmo os EUA e países europeus tem setores de segurança privada relevantes. Eu hein.
Porque Segurança privada (guardinha de banco) é serviço e não criação de produtos de alto valor agregado.
Acha mesmo que o João das Couves, 56 anos, 1º grau completo, com um 38 canela fina 5 tiros, deveria ser adicionado ao cálculo de Defesa Nacional?
É esse o nível de discussão no Forte?
Se você fosse no site do IBGE, saberia que na segurança privada está incluída a fabricação e comércio de veículos blindados civis e para forças policiais e privadas.
Além disso, conta a produção e comercialização de radios táticos civis e militares, equipamentos de comunicação em geral, proteção balística civil e militar. Então eu acho que o seu comentário, significa o nível baixo de discussão no forte.
E mais diversos outros produtos, entram no calculo. Então não força.
https://smabc.org.br/carros-blindados-tem-producao-recorde-e-ja-sao-quase-400-mil-no-brasil/
E sobre o “João das Couves” deveria saber – e sabe, que para ser Segurança Privado, por lei você precisa de ensino médio completo, e realizar curso especifico para ter a autorização da Policia Federal para atuar na profissão.
Recomendo pesquisar.
Uma política de conteúdo mínimo nacional nas compras das secretárias de segurança dos Estados seria bem vinda em alguns desses projetos, apesar de eu ser contra a exclusividade (só serve pra deixar essas empresas preguiçosas e pouco inovadoras).