França: DGA e indústria testam novas soluções anti-drones em cenário realista

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Exercice DGA EM 2025 2

De 17 a 20 de fevereiro de 2025, o centro de expertise e testes DGA Essais de Missiles, em Biscarrosse, disponibilizou um espaço para a implementação de novas iniciativas estatais e industriais voltadas à luta contra drones em cenários operacionais.

Batizados de “LAD Lab”, esses exercícios fazem parte da Task Force Luta Anti-Drones do Ministério das Forças Armadas, co-liderada pela Direção Geral de Armamento (DGA) e pelo Estado-Maior das Forças Armadas (EMA).

Realizados em colaboração com a Agência de Inovação em Defesa, os exercícios permitiram que todos os atores nacionais envolvidos no desenvolvimento de soluções contra drones — incluindo centros da DGA, serviços do EMA, forças armadas e indústrias — pudessem usufruir de um espaço estruturado para:

  • Explorar as capacidades de detecção de longo alcance (até 10 km) de micro e mini-drones;
  • Analisar a precisão do rastreamento e as dinâmicas de voo de enxames de drones.

Para garantir que o ambiente fosse o mais próximo possível da realidade operacional das forças armadas e que as medições e observações fossem confiáveis, os especialistas do DGA Essais de Missiles instalaram todo o dispositivo em seu campo de testes.

Quatro cenários foram avaliados:

  1. Drones isolados;
  2. Munições teleoperadas (MTO) de guiagem GPS e FPV, além de drones de lançamento, todos com carga inerte;
  3. Enxames de drones.

As observações obtidas em aproximadamente setenta voos ajudarão a aprimorar o desempenho dos sistemas de detecção, rastreamento e interceptação, além de alimentar reflexões sobre o uso operacional de enxames de drones e munições teleoperadas (MTO). Essas soluções contribuirão especialmente para aumentar a proteção de pessoal e infraestruturas sensíveis.

Um novo ciclo de exercícios já está programado para o segundo semestre, na Île du Levant, local onde está situado o centro DGA Essais de Missiles, no departamento de Var.

Essa iniciativa dá continuidade aos exercícios “BASSOA” (“Bois” em basco) realizados em 2024 no Campo de Tiro de Captieux da Força Aérea e Espacial, em parceria com o Centro de Expertise Aérea Militar.

FONTE: DGA – Direction générale de l’armement

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Hamom
Hamom
30 dias atrás

Os drones não são uma onda passageira para a qual se desenvolverão contra-medidas que os anularão e fim…

Sejam aéreos, terrestre ou aquáticos, seu uso vai aumentar e desenvolver seus próprios drones e sistemas de contra-medidas é fundamental para qualquer exército atual.

E o Brasil tem capacidade de produzir seus próprios drones, sem necessidade de importar… O EB deve se atualizar e equipar com tipos de drones de combate mais práticos e simples de produzir em massa e operar.

o vídeo abaixo está em russo, mas as imagens falam por si ↓

https://mf.b37mrtl.ru/files/2025.03/67d4517585f540718b307727.mp4

*5;37 do vídeo → unidade móvel de guerra eletrônica movida à queima de carboidratos ;D

Última edição 30 dias atrás por Hamom
Carlos
Carlos
Responder para  Hamom
29 dias atrás

Pois é, é uma “moda” que veio para ficar e vai ficar por muito, muito tempo mesmo. Mas alguns ainda insistem em dizer que se enterrar no meio do mato é solução e que a guerra na selva ainda faz sentido nos dias de hoje, sendo que, se perdermos áreas importantes como centros urbanos, por exemplo, perderemos qualquer conflito em que nos inserirmos, mesmo que essa inserção seja de maneira forçada com alguma invasão do nosso território. Se esquecendo que na Ucrânia, antes de trincheiras, os soldados focam em defender cidades e vilas, já que sem os centros urbanos, rodovias e locais de geração de energia, não há o que defender e a guerra já estaria perdida. A Ucrânia conseguiu “empatar” a guerra na defesa de Kiev. Se Kiev tivesse caído, essa guerra já teria acabado faz tempo.

Ademais, não é um tipo de assunto que a galera ainda presa nos tempos da primeira guerra mundial ( tanto aqui nos comentários quanto na caserna ) são capazes de debater.

George A.
George A.
Responder para  Hamom
29 dias atrás

Até pelo custo né, é uma tecnologia militar bem destrutiva, mas acessível.

Hamom
Hamom
Responder para  George A.
29 dias atrás

Carlos e George A,
Penso o mesmo…

Última edição 29 dias atrás por Hamom