2023-08-26,Radom,Poland,The,Panther,Kf51,Is,A,German,Main

A Rheinmetall encerrou o ano fiscal de 2024 com um crescimento significativo, alcançando vendas consolidadas de €9,75 bilhões, um aumento de 36% em relação ao ano anterior.

O setor de defesa foi o principal impulsionador desse crescimento, registrando um aumento de 50% nas vendas. O lucro operacional do grupo subiu 61%, atingindo um recorde de €1,478 bilhão, com margem operacional de 15,2%, chegando a 19% no segmento de defesa. A carteira de pedidos da empresa também atingiu um novo patamar histórico, chegando a €55 bilhões, um aumento de 44% em relação a 2023.

Para 2025, a Rheinmetall projeta um crescimento contínuo, com um aumento esperado nas vendas entre 25% e 30%. A margem operacional do grupo deve se manter elevada, em torno de 15,5%. A empresa destacou que o atual cenário de segurança global favorece sua atuação no setor de defesa, e grandes pedidos militares garantirão alta demanda nos próximos anos. O CEO, Armin Papperger, afirmou que a Rheinmetall está expandindo sua capacidade produtiva para atender à crescente demanda por equipamentos militares na Europa e países parceiros.

O setor de defesa passou a representar cerca de 80% das vendas do grupo, impulsionado pelo aumento dos gastos militares em resposta ao novo cenário geopolítico. Enquanto isso, no setor civil, os resultados foram mistos. O segmento de comércio da Rheinmetall registrou o maior faturamento de sua história, enquanto a divisão automotiva enfrentou uma desaceleração, refletindo a tendência da indústria.

A carteira de pedidos do grupo inclui contratos de grande porte, como um novo acordo para veículos de transporte não blindados no valor de €2,935 bilhões e um contrato para o veículo Boxer “Heavy Weapon Carrier” de €1,666 bilhão. Em 2024, o segmento de veículos militares gerou €3,79 bilhões em vendas, um aumento de 45% em relação ao ano anterior.

O setor de armas e munições da Rheinmetall teve um crescimento expressivo, com vendas subindo 58%, atingindo €2,78 bilhões. O segmento foi impulsionado por pedidos de munições de artilharia e blindados, especialmente da Alemanha, de países da OTAN e da Ucrânia. O lucro operacional do setor praticamente dobrou, atingindo €790 milhões, com uma margem de 28,4%, devido ao aumento da demanda por munições tradicionais.

A divisão de soluções eletrônicas também registrou crescimento, com vendas subindo 31% e atingindo €1,73 bilhão. O setor foi impulsionado por contratos para sistemas de defesa aérea, como o Skyranger 30 e o Skynex. A carteira de pedidos do segmento mais do que dobrou, alcançando €5,07 bilhões, refletindo a crescente demanda por tecnologia militar avançada.

No setor civil, a Rheinmetall reorganizou sua divisão Power Systems, que combina sensores, atuadores e materiais industriais. No entanto, esse segmento teve um leve declínio de 2% nas vendas, totalizando €2,04 bilhões. O recuo foi atribuído à fraqueza do mercado automotivo e ao ritmo mais lento de adoção de veículos elétricos. Apesar disso, a unidade de comércio registrou o maior faturamento de sua história, com um crescimento de 14% em relação a 2023.

A empresa fechou 2024 com um lucro líquido de €808 milhões, um aumento de 38% em relação ao ano anterior. O lucro por ação subiu para €16,51, e o dividendo proposto para 2024 é de €8,10 por ação, um aumento significativo em relação aos €5,70 do ano anterior. Além disso, o fluxo de caixa operacional triplicou, atingindo €1,045 bilhão, graças a pagamentos antecipados de clientes.

Para 2025, a Rheinmetall espera manter sua trajetória de crescimento, impulsionada pela crescente demanda por equipamentos de defesa na Europa e em países aliados. O setor militar deve registrar um crescimento de 35% a 40%, enquanto a margem operacional do grupo deve permanecer em torno de 15,5%.

A empresa também ressaltou que os recentes desdobramentos geopolíticos, como o aumento do orçamento militar de países europeus e da Ucrânia, podem melhorar ainda mais suas perspectivas de mercado. A Rheinmetall planeja ajustar suas previsões ao longo do ano, conforme os contratos militares forem firmados e os investimentos em defesa forem ampliados.

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PACRF
PACRF
5 horas atrás

Para quê comprar material bélico norte-americano? A Europa pode fabricar material bélico de A a Z, gerando empregos, aumentando a atividade econômica e sem perder divisas. Além de mostrar os “dentes” para os russos em sua sanha expansionista.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  PACRF
3 horas atrás

Uma das reclamações da Polônia era que os alemães demoravam à entrega (cerca de 3/4 anos para entregar os primeiros lotes dos pedidos)….os sul coreanos viram oportunidade, prometeram e cumpriram entregar na metade desse tempo…Vamos acompanhar se essa balançada na política de defesa auropeia melhore esses prazos, nada funciona tão bem como tirar alguém da “zona de conforto” para as coisas acontecerem.

José Gregório
José Gregório
Responder para  PACRF
3 horas atrás

Por que os americanos são melhores em muitas outras coisas que os europeus não são, quem quer o melhor escolhe o melhor, não é pela origem.

JuggerBR
JuggerBR
Responder para  José Gregório
3 horas atrás

Não só melhores, mas bem mais baratos. FMS é uma maravilha pra fazer qualquer país comprar muito armamento americano.

Alexandre Costa
Alexandre Costa
4 horas atrás

Desculpem o offtopic, mas ultimamente na trilogia tem aparecido umas propagandas que cobrem metade da tela do celular. Muitas delas eu nem consigo fechar. Teria como melhorar isso um pouco?

JuggerBR
JuggerBR
Responder para  Alexandre Costa
3 horas atrás

Use Ad Block pro seu navegador… Até que se resolva isso.

JHF
JHF
4 horas atrás

A metade do crescimento deve ser de material para a Ukrania. Dahi o interesse Européia em manter as atividades bélicas por lá. O discurso do “expansionismo russo” até Lisboa vai longe….

Heinz
Heinz
4 horas atrás

Primeiro Putin, depois veio o Trump para aumentar as vendas e projeções de crescimento das indústrias bélicas europeias.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
3 horas atrás

Quem tinha Leo1 ( Brasil não incluso ) já o “desovou” na Ucrânia, e está atrás de Leo2.
KMW vai vender Leo2 igual água nos próximos anos.

JuggerBR
JuggerBR
3 horas atrás

Países europeus fazendo fila.

Carlos Campos
Carlos Campos
16 minutos atrás

KF 51 seria um sonho aqui no Brasil, deveríamos comprar junto da Itália, mas sei que estou sonhando acordado