Exército dos EUA integra míssil israelense Spike NLOS ao helicóptero Apache

No dia 5 de março de 2025, o Exército dos EUA atingiu um marco significativo ao testar com sucesso o helicóptero de ataque AH-64 Apache equipado com mísseis Spike Non-Line of Sight (NLOS). O teste foi conduzido pela 101ª Brigada de Aviação de Combate e representou a primeira vez que uma unidade convencional do Exército disparou mísseis Spike NLOS em uma área operacional do Comando Central dos EUA. Esse avanço prepara o terreno para o uso do sistema em operações reais de combate e reforça os esforços do Exército para aprimorar suas capacidades de ataque de precisão.
O programa Interim-Long Range Precision Munition (I-LRPM), adotado pelo Exército dos EUA em 2020, incorporou o Spike NLOS como uma solução para aumentar a flexibilidade e alcance operacional do Apache. Desenvolvido pela Lockheed Martin e baseado na tecnologia da israelense Rafael Advanced Defense Systems, o míssil permite ataques além da linha de visão (BVR), com um alcance de até 32 km. Essa capacidade estendida possibilita o ataque a alvos estratégicos de maneira mais segura, reduzindo a exposição do helicóptero a sistemas de defesa aérea inimigos.
O Spike NLOS pertence à família de mísseis Spike, projetada para oferecer precisão e versatilidade em diferentes plataformas e cenários. A variante NLOS se destaca pelo uso de sistemas avançados de orientação, permitindo disparos contra alvos que não estão diretamente visíveis. A tecnologia permite que o míssil seja lançado com base em coordenadas precisas ou dados de sensores em tempo real do Apache, garantindo eficiência mesmo em ambientes de combate onde a visibilidade é comprometida por obstáculos naturais ou artificiais.
A integração do Spike NLOS proporciona ao Apache a capacidade de atingir alvos escondidos atrás de construções ou terrenos irregulares, utilizando seu sofisticado sistema de orientação. Além de seu longo alcance, o míssil conta com um mecanismo de controle man-in-the-loop, permitindo que os pilotos façam ajustes na trajetória do projétil em pleno voo. Essa capacidade é essencial em cenários dinâmicos de combate, onde os alvos podem se mover ou mudar de posição rapidamente, garantindo maior flexibilidade e precisão nos ataques.
A compatibilidade do Spike NLOS com os sensores e sistemas de aviação do Apache garante que a aeronave mantenha consciência situacional enquanto realiza ataques de precisão. Os sensores a bordo do Apache identificam e rastreiam alvos a grandes distâncias, permitindo o lançamento do míssil com precisão mesmo em ambientes complexos. Essa integração reduz danos colaterais e melhora a eficiência operacional, tornando o Apache ainda mais letal e versátil para diferentes tipos de missões, como operações contra o terrorismo e conflitos convencionais.
A introdução do Spike NLOS no Apache representa um avanço significativo para o Exército dos EUA, substituindo parcialmente o míssil AGM-114 Hellfire, que tem limitações em alcance e exigência de linha de visão para disparo. Com o novo sistema, os helicópteros Apache podem realizar ataques mais seguros e estratégicos, mantendo-se fora do alcance das defesas inimigas. O Exército dos EUA continuará testando e refinando a integração do Spike NLOS para expandir sua utilização global, consolidando o Apache como um ativo essencial nas operações militares dos próximos anos.
É,…Apache mantendo-se no topo da cadeia alimentar entre os helis de ataque.
O bixin é caro mais vale cada centavo, agora então com essa nova capacidade de armamento…
Só uma dúvida, então o Spike Nlos pode ser redirecionado para um alvo de oportunidade de alto valor; ou uma vz trancado no alvo ele só segue os movimentos desse alvo ?
Saudações
BVR,
O Spike NLOS é dotado de um link de radiofrequência de duas vias com o lançador que permite o modo “lançar e atualizar” , onde um outro alvo que não o original , percebido no campo de visão do seeker do míssil, possa ser adquirido.
Tem até a possibilidade do controle manual do míssil, sem utilizar o modo de “tracking automático”
Um complicador de mísseis NLOS é que obrigam que os alvos sejam identificados por uma plataforma externa , como um drone.
De modo geral é possível 6 formas de ataque, sendo 3 no modo fire and forget e 3 no modo fire and update.
1- utilizando as coordenadas GPS contra alvos fixos ou estacionários no modo fire and forget.
2- utilizando o seeker IIR no modo LOBL (trancamento antes do lançamento) no modo fire and forget
3- utilizando o seeker no modo LOAL (trancamento depois do lançamento) combinado com o sistema ATA (aquisição automática do alvo) onde o míssil adquire um alvo específico dentro de uma área específica no modo fire and forget
4- utilizando o modo LOAL com atualização do alvo via data-link de radiofrequência no modo fire and update
5- utilizando o modo LOAL com atualização via data-link de RF com controle direto sobre o míssil
6- utilizando o modo LOAL com atualização via data-link de RF com o envio de uma imagem do alvo atualizada.
Mestre Bosco
Este míssil está na categoria do LMUR russo que está sendo usado na Ucrânia?
Sim, Leo.
Em que pese a diferença de peso e o desempenho (alcance) são de mesma categoria , com sistemas de guiagem semelhantes e ambos voltados a alvos táticos.
Salve Bosco !!
Pô então esse missil é melhor ainda que eu imaginava, e a matéria apresenta.
Mas ele deve ser tão rápido que nesses 32 km de alcance fica pouco tempo pra fazer essa troca.
Jugger,
Ele tem baixa velocida subsônica. Pra percorrer esse alcance máximo (32 km) ele levaria uns 3 minutos.
Salve JuggerBR !!
Entendi. Realmente acabei negligenciando um fator importantíssimo, o tempo da corrida até o alvo.
Pergunta de um leigo… há condições técnicas de integrar o Spike NLOS ao Super Tucano ?
É uma questão do ponto de vista da engenharia.
Em tese sim, mas por ser monoplace dificilmente seria extraído do míssil todas as suas possibilidades, que exige um controlador dedicado.
Toda a capacidade “man in the loop” seria perdida.
Mas o A-29B é biplace.
Rsss
Realmente.
Nesse seria mais viável.
Acho que os helicópteros de ataque nessa configuração clássica inaugurada pelo Cobra com dois tripulantes e blindados estão se tornando obsoletos. Não é necessário um helicóptero de ataque pra disparar um Spike. Penso que Chipre ao substituir seus Mi-24 por Airbus H145 deu um passo na direção correta. O H145 é mais versátil servindo também para transporte. Parece que o Japão vai aposentar seus Apaches.
Um helicóptero de ataque como o Apache é uma plataforma absurda de reconhecimento graças aos excelentes sensores, além da alcance considerável se comparado a drones simples.
Helicópteros de ataque clássicos (blindados e com canhão orgânico) estão obsoletos em cenários de alta intensidade. Pouco se fala em helicópteros de ataque na guerra da Ucrânia. Até ATGM foi usado contra aqueles que empregaram as táticas tradicionais. Para sobreviver os russos desenvolveram mísseis de longo alcance para os helicópteros Ka-52 (o Mi-28 foi relegado a missões de reconhecimento e o Mi-24/35 foi praticamente aposentado) Os EUA seguem o mesmo caminho.
Ambos os lados utilizam intensamente helicóptero de ataque, ainda que seja lançando foguete apontando pro sol; ainda são úteis e não há garantia que um próximo conflito será como o de agora.
Essa vulnerabilidade à ATGM não é nova, em manuais doutrinários de décadas atrás é mencionado seu uso contra helicópteros.
A tática que os ucranianos estão usando foi improvisada e é inócua. Tal maluquice só serve para colocar a vida de jovens pilotos em risco. Todos que erraram o roteiro de cobertura do solo estão mortos.
Aliás, não precisa de um Apache ou Mi-35 para apontar e disparar foguetes na “direção do sol”. O Mi-8/17 ucraniano (ou o H225M no caso do Brasil) cumpre a mesma missão…provavelmente carregando mais foguetes e com maior versatilidade (p. ex. pode resgatar feridos durante a missão).
Um H225M não tem a agilidade de um Apache e nem a sobrevivência… se um helicóptero de ataque dedicado é vulnerável ainda mais um helicóptero de transporte.
Na minha visão o problema deles na Guerra da Ucrânia se deve mais por inépcia ou/e doutrina inadequada.
Todas as vulnerabilidades de helicóptero mencionadas nessa guerra já eram conhecidas décadas atrás e há em documentos doutrinários contra-medidas.
Há por exemplo “nap-of-the-earth” para evitar o fogo inimigo direto e detecção; tem o “popping up” em que o helicóptero sobe e desce detrás de algum obstáculo, etc.
Prezado
Eu discordo.
He Atq tem muita capacidade. Tanto de inteligência, quanto de ataque.
Podem empregar armamentos de longe, e ainda tem o Longbow sobre o rotor, q o põe em posição abrigada/coberta.
Obviamente, armas AC e drones complicaram mais o espaço da batalha, mas ainda se entende como um ativo importantíssimo, quando se pode ter.
Aeronaves como o Mi-24/35 estão ultrapassadas ha mais tempo, em virtude de não poderem voar tão baixo, pela pouca manobrabilidade.
Sim, desde que utilizem mísseis de longo alcance e com excelente resiliência à Guerra Eletrônica. É o caso do russo LMUR. A questão é que não precisa de um caríssimo Apache para disparar mísseis de longo alcance. O Mi-8 do FSB também dispara o LMUR contra alvos a 15 km de distância. O Blackhawk de ataque da Colômbia (Arpia) emprega o Spike. Por que não armar o nosso Pantera ou o futuro UH-60M com mísseis de longo alcance?
As doutrinas estão mudando muito rápido nos conflitos atuais…
As 3 forças têm que estar cada vez mais juntas nas tomadas de ações, tanto na compra de equipamentos…, como no desenvolvimento e melhoria contínua nas doutrinas…
Muitas ações simples estão mudando rumo de conflitos…
Abraço a todos
Usando lixo israelense?os poderosos Yankees indo ladeira abaixo.kkkkkkkkk