Plano de Desativação do Sistema de Defesa Antiaérea BOFORS – FILA 40 mm do Exército Brasileiro

Data: 17 de Outubro de 2024 Fonte: Portaria COLOG/C Ex Nº 253, de 21 de fevereiro de 2025. NUP/NUD: 64447.005755/2025-09 – Plano de Desativação do Sistema de Defesa Antiaérea BOFORS – FILA 40 mm (EB40-P-20.005), 1ª Edição, 2025.
Resumo Executivo:
Este documento é um plano formal do Exército Brasileiro detalhando o processo de desativação do Sistema de Defesa Antiaérea BOFORS – FILA 40 mm. O plano, aprovado pela Portaria COLOG/C Ex Nº 253, define as responsabilidades, procedimentos e destinações do sistema desativado, que inclui canhões BOFORS 40mm L70 e Equipamentos de Direção de Tiro (EDT) FILA. O objetivo principal é regular as atividades e responsabilidades pela execução do processo de desfazimento, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Estado-Maior do Exército (EME). Parte do material será destinada para acervos históricos, enquanto outra parte será alienada por venda após a devida inutilização.
Temas Principais e Ideias Chave:
- Desativação Formal: O documento estabelece um processo formal e regulamentado para a desativação do sistema BOFORS-FILA 40 mm. A desativação foi autorizada pela Portaria EME/C Ex nº 994, de 17 de março de 2023, devido à obsolescência e restrições de manutenção do sistema.
- “Regular as atividades e responsabilidades pela execução do processo de desfazimento do Sistema de Defesa Antiaérea BOFORS – FILA 40 mm, desativado por meio da Portaria – EME/C Ex nº 994, de 17 de março de 2023, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Estado-Maior do Exército (EME).”
- Destinação Mista: O plano define duas principais formas de destinação para o sistema desativado:
- Acervo Histórico: Uma parte dos canhões e equipamentos será transferida para compor acervos históricos de diversas organizações militares e museus, tanto no Rio de Janeiro quanto em outros estados.
- Alienação por Venda: Os Equipamentos de Direção de Tiro (EDT) remanescentes serão alienados por venda após a inutilização total, processo a ser realizado pelo Batalhão de Manutenção e Suprimento de Armamento (BMSA).
- Responsabilidades Definidas: O documento atribui responsabilidades específicas a diversas organizações do Exército Brasileiro para a execução do plano, incluindo o Comando Logístico (COLOG), o Comando de Defesa Antiaérea do Exército (Cmdo DAAe Ex), Comandos Militares de Área (C Mil A), Regiões Militares (RM), Grupamentos Logísticos (Gpt Log), o Batalhão de Manutenção e Suprimento de Armamento (BMSA), e as OM detentoras do SMEM.
- “Responsabilidade pela execução: 1) Comando Logístico (COLOG) – Chefia de Material (C Mat). 2) Comando de Defesa Antiaérea do Exército (Cmdo DAAe Ex). 3) Comandos Militares de Área (C Mil A). 4) Regiões Militares (RM)/Grupamentos Logísticos (Gpt Log). 5) Batalhão de Manutenção e Suprimento de Armamento (BMSA). 6) OM detentoras do SMEM.”
- Procedimentos Administrativos: O plano detalha os procedimentos administrativos necessários para a descarga do material, incluindo a elaboração de pareceres técnicos (PT), Termos de Exame e Averiguação de Material (TEAM) e Termos de Recebimento e Exame do Material (TREM). É enfatizada a importância do correto preenchimento das informações, especialmente o Número de Série, para evitar problemas administrativos.
- Aproveitamento de Componentes: Os componentes dos Equipamentos de Direção de Tiro FILA serão recolhidos ao Centro de Logística de Mísseis e Foguetes do Cmdo Art Ex para serem utilizados como suprimento de 2ª classe nos radares do Sistema ASTROS.
- Aspectos Financeiros e Logísticos: O documento aborda questões relacionadas à reclassificação contábil dos bens, o transporte dos equipamentos (que pode ser feito pelo Estabelecimento Central de Transporte ou por meios próprios das OM), e a utilização de créditos orçamentários.
- Conformidade Legal e Ambiental: O plano garante a conformidade com diversas leis e regulamentos, incluindo o Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), a Política Nacional de Resíduos Sólidos e outras legislações ambientais relevantes.
Principais Fatos e Dados:
- O sistema BOFORS-FILA 40 mm foi adquirido na década de 1980 e recebido pelas OM Antiaérea do Exército Brasileiro em 1986.
- Serão destinados 26 canhões BOFORS 40 mm L70 e 13 Equipamentos de Direção de Tiro FILA.
- 26 Canhões BOFORS 40 mm L70 serão destinados a acervo histórico.
- 9 Equipamentos de Direção de Tiro FILA serão alienados por venda, mediante inutilização total realizada pelo BMSA.
- O Anexo A detalha a destinação específica de cada canhão e equipamento, incluindo a localização atual e o número de série.
Implicações:
- Operacional: A desativação do sistema BOFORS-FILA 40 mm reflete a modernização das capacidades de defesa antiaérea do Exército Brasileiro e a necessidade de substituir sistemas obsoletos por tecnologias mais avançadas.
- Logística: O plano garante a gestão eficiente e transparente do processo de desativação, minimizando o impacto ambiental e maximizando o reaproveitamento de componentes.
- Histórica e Cultural: A destinação de parte do sistema para acervos históricos preserva a memória e a história militar do Exército Brasileiro.
Próximos Passos:
- As organizações militares designadas devem iniciar os procedimentos administrativos de descarga do material, conforme o Regulamento de Administração do Exército (RAE).
- O BMSA deve providenciar a inutilização total dos Equipamentos de Direção de Tiro FILA a serem alienados por venda.
- A Chefia de Material/COLOG deve coordenar e supervisionar todas as atividades, garantindo o cumprimento do plano.
Anexos:
- ANEXO A – PROPOSTA DE DESTINAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA ANTIAÉREA BOFORS – FILA 40 mm.
- ANEXO B – QUADRO RESUMO DA DESTINAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA ANTIAÉREA BOFORS – FILA 40 mm.
Sintetizando nossa capacidade antiaérea em apenas 1 frase:
– A Defesa Antiaérea Brasileira é como um sanduíche natural: Coisa nenhuma com nada dentro.
Ficaremos somente que com Iglas, rbs 70 e guepards para defesa AA, não que o bofors seja muita coisa.
Mas a defesa AA do Brasil é quase inexistente, enquanto a Venezuela, um país falido tem meios muito mais capazes e uma defesa AA em camadas minimamente eficiente.
Até quando tratamos nossa defesa como uma não prioridade? Governantes, acordem, povo acorde! Elejam políticos nacionalistas!
Um bom sistema para substituir o bofors é o sistema de defesa aérea Gürz da Turquia, eles têm muita coisa boa por lá.
https://www.planobrazil.com/2024/02/06/aselsan-da-turquia-apresenta-sistema-de-defesa-antiaerea-gurz-na-wds-2024/
Se o EB tiver uma lista de 50 prioridades, a aquisição de sistemas AA aparecerá em 90° lugar na lista.
O que não falta na história são exemplos aonde alguém ter sistemas AA deu “dor de cabeça” no inimigo, e o EB chega em 2025 do séc. XXI tendo aoenas “meia-dúzia” de IGLA, RBS e Guepard, al3m de suas .50.
Nada de médio ou longo alcance. Nada. Coisa que os soviéticos já tinham nos anos 60.
Concordo! A Turquia tem muito a oferecer e o melhor é com a possibilidade de participação da indústria nacional e a nacionalização de itens.
Se tivessem dado um pouquinho de atenção para a Avibrás, hoje, o projeto do Astros AA poderia estar ganhado forma com baterias já estando em fase de testes pelo EB.
Mas… bem… melhor comprar equipamentos de segunda ou terceira mão do ocidente do que investir na indústria nacional de defesa, tendo em vista que projetos nacionais demandam visitas e vistorias, e o oficialato não está disposto a ficar saindo da caserna tanto assim. Uma ou duas vezes no ano em viagens internacionais com tudo pago no máximo. Eles trabalham muito, sabe…
Um lenda.
Gostaria que continuasse por mais uns 20 anos pelo menos.
Realmente uma lenda…fica na imaginação…
Poderiam mandar todos para um museu em Kyiv juntos com os Guepard. Devem funcionar bem contra os Shaheed 136 e K-55.
Opções para substituir não faltam.
Vontade para isso é outro assunto.
Eu achava que já estava desativado,
Eu não critico o sistema, se essas metralhadoras fossem automatizadas por guiagem de radar, mesmo o M60 já ajadava bastante em defesa contra morteitos, drones e etc
“Operacional: A desativação do sistema BOFORS-FILA 40 mm reflete a modernização das capacidades de defesa antiaérea do Exército Brasileiro e a necessidade de substituir sistemas obsoletos por tecnologias mais avançadas.”
Teve alguma compra recente de MANPAD’s pelo EB, e eu não tô sabendo, ou o EB desativou esses BOFOR’s sem algo pra “colocar no lugar”?
Bem, considerando-se que esses sistemas já tinham utilidade questionável a anos, não é como se fosse uma enorme perca pro EB…
Já não temos nada e vamos perder os Bofors, é brincadeira. Seriedade com a defesa desse país passa longe, dentro e fora da caserna.
Saudações.
Compra umas 30 HILUX blindada e coloca esses canhões pra apoio de infantaria
Está aí.
Se a alta administração da Avibras tivesse visão, teria desenvolvido uma versão modernizada desse sistema.
Mas preferiu ficar discutindo o “sexo” dos anjos, e vender eternamente “bananas” no mercado!
Será que não era possível integrar o M60 e utilizar para antidrones?
Teoricamente serão substituídos pelos Guarani AAe (https://www.sgex.eb.mil.br/sg8/006_outras_publicacoes/01_diretrizes/04_estado-maior_do_exercito/port_n_944_eme_12jan2023.html). De acordo com as diretrizes do exército 49 unidades de tiro e 13 de alerta/controle, agora vai saber quando ficará pronto o protótipo para iniciar testes.
Ess documento e de 2006 no início do projeto Guarani e variante anti aérea nada, então como se ter a mínima segurança, que o teremos justamente agora, aliás obviamente não teremos, ficando ainda maís fracos em defesa antiaérea.
Se as outras versões do Guaraní, como porta-morteiro ou de engenharia, ainda não saíram do papel ou só agora começam a ser criadas, imagine essa versão AA do Guaraní…
Nosso exército brasileiro é ridículo em capacidade bélica